Chegou as minhas mãos o Livro de André Garcia Brito de Morais, cujo Título é ENÉAS O brasileiro por excelência. Este livro retrata a trajetória da vida de Dr. Enéas e sua luta para se eleger Presidente do Brasil.Recomendo a leitura, mostrando a sua busca incessante pelo conhecimento como forma de se libertar de um sistema injusto e hierarquizado de classes sociais ainda reinante em nosso país. Um homem de uma sensibilidade humana extraordinária e de uma visão de futuro espetacular. Logo abaixo, transcrevo uma resposta do Dr. Enéas quando lhe perguntaram, qual o sentido da vida. A pessoa que fez a pergunta estava no alto dos vinte anos, na época, em 1990, durante o programa Matéria Prima, da TV Cultura.O Dr. Enéas deu ao jovem o que, para ele, era o sentido da vida.A plateia do programa era toda jovem e todos prestaram atenção ao que ele disse. " Cada ser humano é um universo em miniatura.Cada ser humano tem aspirações que são difersntes,quando a gente sai de um para outro representante dessa espécie. Eu vejo como uma tônica geral, que deveria ser objeto, deveria ser escopo do processo educacional do nosso país, desenvolver em cada indivíduo,em cada ser humano, o respeito pelo seu semelhante.Na medida em que cada um de nós apreender que a matéria de cada um de nós é feita é idêntica à matéria com que todos os outros são feitos; na medida em que cada um de nós tiver a consciência que não há nada intrinsecamente diferente que nos separe, a nós todos, seres humanos, quando nós tivermos consciência de que a palavra semelhante que dizer semelhante mesmo, nós todos nos respeitaremos melhor. O que eu dou como mensagem de vida, em toda a minha vida de educador, para mais de de vinte mil jovens que me deram a honra de estudar comigo, é sempre essa mensaqgem de respeito ao ser humano.Não adianta se brigar, como se fala muito aí, direitos humanos, direitos humanos, que a Ditadura fez isso, e metade da população passa fome. E crianças viram latas de lixo para achar comida. Isso é um absurdo. Então, se isso não for corrigido, nada mais tem sentido para mim.A mensagem que eu trago sempre é essa, olhar para o outro indivíduo. A diferença entre o indivíduo que limpa o chão e um astrofísico é uma diferença de informação. Ele estudou muito pouco, coitado. Ele sabe apenas limpar o chão, mas ele é tão útil quanto o astrofísico. Ele tem direito a uma vida digna. Esse, para mim, é o sentido da vida; quando eu não me sentir mais útil, quando eu sentir que eu estou pensando só em mim mesmo, eu não tenho mais o direito de estar vivo." A maneira de pensar de Dr. Enéas que sirva de referência aos atuais políticos brasileiros, nas formulações de políticas publícas que visem o engrandecimento do povo brasileiro.
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
Dr. Enéas Ferreira Carneiro " Um grande brasileiro"
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Gaza
Amigos, brasileiros, compatriotas, prestai-me atenção! Estou aqui para sepultar os Palestinos e Israelenses, vítimas da estupidez humana que prevalece nesta guerra absurda entre Israelitas e Palestinos. O mal que fazem os homens perdura depois deles! O número de Palestinos mortos é desproporcional ao número de Israelenses, em razão da estrutura bélica de Israel ser superior em comparação com a dos Palestinos. Israel está fazendo uma guerra, usando a fome e a miséria, pressionando assim o adversário para entregar os réfens que são mantidos em cativeiro. Este catveiro é uma posiçao suja dos Palestinos. Deixando diversas famílias no desespero pelos seus entes. A política que se faz com o estômago é arte para homens que não tem coração, que admitem um jogo hipócrita, de meras aparências.O político deve dialogar e compor mesmo com seus inimigos. O homem público que não cede e se deixa levar pela emoção e pelo orgulho , terá com certeza um destino miserável. Lembrando que o homem é sempre responsável pela suas ações e que toda ação tem consequências. Os líderes do Hamas e de Israel são responsaveis por está estupidez que o mundo assite, que só envergoha a raça humana. Famílias inteiras, crianças e idosos sendo massacrados diariamente pela força e pela fome em nome de uma paz que ao meu ver jamais será atingida nestas circunstâncias. Eu vejo isto sim, o ódio sendo alimentado cada vez mais, como uma forma doentia entre das duas nações. Um grande erro histório cometido pela ONU foi, quando da criação do Estado de Israel não criou o Estado da Palestina. Para mim, chego a conclusão que o bem estar das pessoas passou a ser relegado ao segundo plano. O que deixa o mundo horrorizado é a passividade do mundo Árabe, e a decisão dos países desenvolvidos em aceitar este massacre vergonhoso que o mundo contempla. Israel envergonha a América do Norte perante o mundo. Tenho certeza que os valores americanos vão de encontro com está estupidez. Os palestinos devem se livrar desta facção chamada Hamas que só tem contribuído para estimular a miséria e as desavenças entre as duas nações através de um discurso emotivo e sem conteúdo capaz de conduzir à tão desejada paz.
"Não resta nenhuma outra causa a não ser a mais antiga de todas, a única de fato, que desde o início de nossa história determinou a própria existência da política: a causa da liberdade em oposição à tirania" William Shakespeare em Júlio Cesar.
MARIO SERGIO CORTELLA
O escritor Mario Sergio Cortella de quem sou admirador e sempre leio os seus livros, escreveu um artigo que consta na trilogia: Provocações filosóficas, no livro "Não se desespere" cujo título é " O sonho não é fácil e nem impossível" onde sugiro que todos tenham acesso e que serve de reflexão para os nossos dias atuais. Em resumo,passo a descrever: Quem estudou latim se lembra que a palavra feliz é felix, que significa também fértil. Felicidade é sinônimo de fertilidade. Fertilidade não é apenas gerar outras pessoas. Fertilidade é impedir que a vida cesse na sua múltipla condição. Fertilidade é dificultar a desertificação dos nossos sonhos. Fertilidade é fazer com que não haja a esterilização do nosso futuro. Ser feliz é sentir-se fértil. claro que felicidade não é um estado contínuo.Felicidade é uma ocorrência eventual. Não há o estado de felicidade contínua, inclusive porque nós somos seres de carência. A gente tem carências em relação ao nosso corpo, em relação aos nossos desejos, mas fertilidade e felicidade são ocorrências que, no nosso dia a dia, vêm à tona quando sentimos que a vida pulsa.Felicidade é a gratuidade, isto é, o não obrigatório que, quando ocorre, você sente a vida pulsar.Aquilo que mais apequena avida é a perda da esperança na felicidade. E a felicidade não é só a ausência de atrito.A felicidade é a possibilidade de não fazer com que o atrito se transforme em ruptura. Porque o atrito,inclusive, é parte do mundo físico. Mas a felicidade é quando entendemos que a vida está em equilíbrio.E não é o equilíbrio da estática, é o equilíbrio da bicicleta, quando o equilíbrio se dá no movimento. Parece muito estranho que alguém venha a falar sobre felicidade nos tempos atuais. Muitas pessoas quase que seriam tentadas a dizer: "Você está brincando! Num mundo como este, você vem falar de felicidade? Com tanta coisa séria para pensar?"Preciso educar meus filhos e preciso formar pessoas para o mundo real.Mundo real? Isso não significa mundo imutável;reconhecer o mundo como está sendo não nos obriga que aceitemos que só possa ser assim. O escritor uruguaio Eduardo Galeano usa uma expressão para a palavra utopia que eu acho ótima. Ele diz: " A minha utopia é o meu horizonte". Eu ando dois passos e ele se afasta dois passos, eu ando dez passos e ele se afasta dez passos. Ele disse: " Eu já entendi para que serve a minha utopia. A minha utopia não serve para que eu chegue até ela, mas para me impedir de parar de caminhar". Alguns de nós estamos apodrecendo a ideia de felicidade. Porque felicidade é fertilidade, e para ter fertilidade é preciso ser capaz de transbordar. Quando a água é colocada no copo ela se conforma ao copo. Nós precisamos transbordar, ir além da borda, sermos inconformados com as amarras que nos contêm, nos aprisionam e nos infelicitam. Sugiro que leiam o artigo completo do Mario Sergio Cortella, ou melhor adquira a trilogia e faça uma grande viagem em busca de sua utopia. Nunca deixe de buscá-la. Afinal a vida é breve.
quinta-feira, 17 de julho de 2025
DESIGUALDADE
O economista francês Thomas Piketty autor do livro "O Capital no Século XXI", afirma que o Brasil não voltará crescer de forma sustentável enquanto não reduzir sua desigualdade e a extrema concentração da renda no topo da pirâmide social. No seu livro citado, ele apontou um aumento na concentração de renda nos Estados Unidos e da Europa. Atualmente se dedica a investigar o que ocorreu em países em desenvolvimento como o Brasil, China e a Índia. Os primeiros resultados obtidos para o Brasil foram publicados no início do mês pelo irlandês Marc Morgan, estudante de doutorado da Escola de Economia de Paris que tem Piketty como orientador. O trabalho do Morgan, calcula que os 10% mais ricos da população ficam com mais da metade da renda do país. Afirma que, apesar dos avanços dos últimos anos,o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo. Em sua base de dados , só encontra grau de desigualdade semelhante na África do Sul e em países do Oriente Médio. Houve um pequeno progresso nos segmentos inferiores da distribuição da renda, beneficiados por programas sociais e pela valorização do salário mínimo. Mas os ganhos dos pobres vieram às custas da classe média, não dos mais ricos e a desigualdade continua grande. No Brasil, as elites políticas e os diferentes partidos que governaram o país nos últimos anos foram incapazes de executar políticas que levassem a uma distribuição mais igualitária da renda e da riqueza. Acho que isso é precondição para o crescimento econômico. O grau de desigualdade extrema não é bom para o crescimento e o desenvolvimento sustentável. Mas adiante afirma, parte da explicação pode estar na história do país, o último a abolir a escravidão no século XIX,o sistema tributário é pouco progressivo.Há isenções para rendas de capital, como os dividendos pagos pelas empresas a seus acionistas. Impostos sobre rendas mais altas e heranças têm alíquotas muito baixas, comparadas com o que se vê em países mais avançados. A elite sempre tem um monte de desculpas para não pagar impostos, e isso também ocorre em outras partes do mundo. O problema é saber por que a elite no Brasil tem sido bem sucedida ao evitar mudanças no sistema tributário. É possível ter um sistema tributário mais justo, uma distribuição da renda e da riqueza mais equilibrada, e mais crescimento econômico , ao mesmo tempo.Essa foi a experiência de outros países. O trabalho do Morgan, mostra que as políticas sociais adotadas nos últimos anos foram boas para os pobres,mais insuficientes.Precisamos melhorar as condições de vida deles e investir em educação e infraestrutura, mais precisa de um sistema tributário mais justo para financiar isso e reduzir a concentração da renda no topo. Diz o mestre: Se não resolvermos o problema da desigualdade de forma pacífica e democrática, vamos sempre ter políticos tentando explorar a frustração causada pela desigualdade, incentivando a xenofobia e pondo a culpa dos nossos problemas sociais em imigrantes e trabalhadores estrangeiros. É um risco para a globalização e os fluxos de comércio. A eleição de Donald Trump nos EUA e a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia não foram uma coincidência. São os dois países ocidentais em que a desigualdade mais cresceu nos últimos anos.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
O Clamor da Região Semiárido
segunda-feira, 2 de junho de 2025
MARIO SERGIO CORTELLA
Mais uma vez comento em resumo um artigo do filósofo Mario Sergio Cortella, no livro "Não nascemos prontos" da trilogia Provocações filosóficas, cujo título é "Vergonhas amargas". Em resumo diz o mestre: Vergonha! A frase ecoa: nós (eles) também construímos e fizemos está cidade, nós também edificamos este lugar,nós também pusemos nossa vida na obra coletiva, mas, ainda assim, somos envergonhados. Envergonhados por habitações paupérrimas, por corpos famintos e adoentados, por privação do lazer criativo,por desempregos socialmente evitáveis,por inseguranças agudas,por humilhações cotidianas, corriqueiras e aparentemente infindáveis. Não é possível admitir a persistência desse envergonhamento; não é aceitável assimilar depauperações da dignidade coletiva; não é moralmente justificável a omissão e a lerdeza de uma sociedade no enfrentamento de tudo aquilo que humilha,ofende, e degrada a integridade do outro na partilha da vida e na convivência humana.Por isso,o amoroso pernambucano e universal educador Paulo Freire tem uma reflexão que auxilia muito a compreensão e a tarefa do nosso tempo e que precisa ser repetida não até que as pessoas se cansem, mas até que se convençam: " A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito.Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer". Sábia advertência, poderoso desejo! Em outro artigo deste mesmo livro cujo título é "A resignação como cumplicidade" em resumo diz o autor: Pode-se argumentar que , felizmente, ainda há muita esperança. Mas, como insistia o inesquecível Paulo Freire,não se pode confundir esperança do verbo esperançar com esperança do verbo esperar. Aliás, uma das coisas mais perniciosas que temos nesse momento é o apodrecimento da esperança; em várias situações as pessoas acham que não tem mais jeito, que não tem alternativa, que a vida é assim mesmo. Violência? O que posso fazer?Espero que termine. Desemprego? O que posso fazer? Espero que resolvam. Fome? O que posso fazer? Espero que impeçam. Corrupção?O que posso fazer? Espero que liquidem. Isso não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar e construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo. E se há algo que Paulo Freire fez o tempo todo foi incendiar a nossa urgência de esperanças.Julio Cortazar, o argentino que deu novos contornos à prosa latino-americana dos anos 1960 em diante, afirmava que " a corvadia tende a projetar nos outros a responsabilidade que não se aceita". André Destouches, compositor e diretor artístico da Ópera de Paris advertia que "os ausentes nunca têm razão". Precisamos refletir as nossa posições.
terça-feira, 27 de maio de 2025
BAIXO CRESCIMENTO ECONÔMICO
Uma longa história por trás do baixo crescimento. Diz o mestre: A redemocratização do nosso país se deu em um contexto social e econômico caracterizado por alta desigualdade, péssimas condições sociais para os mais pobres no momento da transição para a democracia e enraizados privilégios para as classes sociais mais altas. Uma sociedade desigual é tipicamente composta por uma massa de pessoas pobres e um pequeno grupo muito rico. Ao longo da história do país, desde o período colonial,os grupos mais ricos usaram seu poder econômico e antigos laços com a elite política para criar, preservar, e ampliar seus privilégios:crédito subsidiado de bancos públicos para grandes empresas, socorros financeiros a empresas e empreendimentos agrícolas, sistema judiciário frágil e sujeito a influência de poder econômico e proteção comercial aos produtos nacionais. Isso significou o enfraquecimento de instituições importantes para o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, gerou aumento dos gastos públicos correntes que levou a uma tributação mais alta e de pior qualidade, com reflexos negativos no O livro " POR QUE O BRASIL CRESCE POUCO?", do economista Marcos Mendes, onde indico aos estudiosos da área econômica, ele nos mostra com muita propriedade as razões sobre o baixo crescimento da economia brasileira. De uma leitura agradável, o Mendes utiliza seu conhecimento e sua experiência no setor público para explicar que este baixo crescimento foi uma escolha nossa, que se traduz em uma péssima combinação de A) altos gastos públicos; B) elevada carga tributária;C) baixa qualidade dos serviços de educação; D) insegurança jurídica; E) baixa poupança do setor público. Mas nos aponta a saída, que passaria, pela retomada da agenda de reformas,redução dos subsídios para empresas e focalização da política distributiva. Mendes, em seu livro,chama a atenção de que existe investimento e na produtividade,o que reduz o potencial de crescimento da economia. Ademais , o surgimento de um déficit público crônico diminuiu a poupança agregada da economia, encarecendo os custos de financiamento dos investimentos. A necessidade de atender a grupos sociais distintos, transferindo-lhes renda por meio de subsídios, salários e programas de transferência de rendas , levou também à necessidade de cortar investimentos em infraestrutura, pois simplesmente não havia recursos fiscais para tudo. Mais uma vez prejudicou -se o crescimento.Os segmentos mais ricos da sociedade, que controlam as grandes empresas, têm sido bem-sucedidos em se proteger da competição. Sistemas judicial e regulatório frágeis e economia fechada são úteis quando se deseja bloquear o surgimento de novos concorrentes, expropriar acionistas minoritários ou preservar uma situação de monopólio ou oligopólio. Tudo isso enfraquece a competição, desestimula o investimento e a busca de ganhos de produtividade, reduzindo o crescimento potencial. O livro de Marcos Mendes revela essas verdades mas nos aponta uma saída, só depende de nós como sociedade organizada e bem dirigida. Adquiram o livro e tenham uma ótima reflexão sobre o baixo crescimento da economia brasileira.
