quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Final de 2013

Meus caros leitores, quero neste momento parabenizar um veículo de comunicação do nosso país, que tem desempenhado com muita competência o seu papel de levar a todos os brasileiros informações extremamente ricas em todas as áreas do conhecimento. Refiro-me ao Jornal Folha de São Paulo.Tenho dito sempre em minhas aulas aos meus alunos, que acessem este meio de comunicação como forma de se manterem atualizados e bem informados. Na minha área de atuação onde lido com o mundo da economia disponho semanalmente de opiniões de grandes especialistas: Na quarta feira temos o Delfim e Alexandre,na sexta feira o Mendonça de Barros e no domingo o Henrique Meirelles, fora os articulistas pontuais que sempre apresentam as suas ideias, além de ter diariamente o Vinícius Torres. A construção de uma sociedade civil, exige que tenhamos além de um corpo político confiável e transparente, uma força policial honesta, um poder judiciário independente e um ambiente de negócio que estimule o empreendedorismo precisa ter sim uma impressa moderna e livre. Isto a Folha de São Paulo faz com grande desempenho. Parabenizo a toda a equipe deste grande jornal. Aproveito a oportunidade para agradecer e desejar aos meus leitores (alunos e ex-alunos), meus pares e demais profissionais que me visita e deixam as suas impressões e comentários, um feliz Natal e um próspero Ano Novo e que em 2014 os seus sonhos possam ser realizados e que o mundo caminhe na trilha da solidariedade e que todos os homens possam realmente serem felizes e realizados. Finalmente, entro em férias e só retorno no final de janeiro de 2014. Abraços a todos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Estabilidade x Crescimento

No artigo cujo título era" Investir", do dia 06\12\2013 deste site, que trata do assunto escrito pelo  Profº Delfim Netto no jornal  Folha de São Paulo no dia 04\12\2013   " Manufaturas", neste mesmo dia no mesmo jornal, outro grande economista Alexandre Schwartsman no espaço mercado,  escreveu um artigo magnífico cujo título é "A conta do desleixo" que complementa e amplia a discussão sobre a economia brasileira. Diz o mestre:   
Estabilidade não garante crescimento, mas sua ausência é certeza de desempenho pífio
Embora tenha finalmente reajustado os preços dos combustíveis, o governo ainda resiste a adotar uma regra que relacione preços domésticos aos externos, usando, para isso, dois argumentos, como de hábito, equivocados.
Afirma, primeiro, que não poderia "indexar" a gasolina num momento em que supostamente luta contra a indexação. Adicionalmente argumenta que trabalhadores ganham em reais, não em dólares, não sendo, portanto, justo que tenham que arcar com o preço internacional do combustível.
O primeiro argumento é risível. A começar porque ligar o preço doméstico da gasolina à sua contrapartida internacional não guarda nenhuma relação com indexação. Esta consiste em reajustar automaticamente preços (ou salários) de acordo com a inflação passada, como ocorre com os aluguéis ou as mensalidades escolares.
No caso da gasolina, seu preço lá fora pode aumentar ou diminuir, assim como o preço do dólar (a taxa de câmbio) pode subir ou descer. Nada sugere que preços internacionais de gasolina se guiem pela inflação (americana?) passada, nem que a taxa de câmbio passe por qualquer processo semelhante.
Diga-se, aliás, que --se isso fosse mesmo um problema de indexação-- o governo teria também problemas com os preços da carne, da soja, do aço, das TVs, dos automóveis ou de qualquer outra mercadoria que fosse comercializada no mercado externo, pois seu preço doméstico, ao menos numa primeira aproximação, não pode se distanciar muito do preço internacional (mais eventuais custos de transporte e impostos), devidamente convertido em moeda nacional.
Na verdade, os preços desses bens (denominados "comercializáveis", pois podem ser internacionalmente transacionados) não são indexados e até há pouco cresciam menos do que o IPCA, na prática contribuindo para reduzir a inflação.
(A propósito, se o governo quisesse mesmo combater a indexação, deveria trazer a inflação mais rapidamente em direção à meta. É a própria lentidão --quando não recusa-- do BC em desempenhar seu papel que induz empresas e trabalhadores a reajustar preços e salários de acordo com a inflação passada.)
Já o segundo argumento consegue a proeza de ser ainda pior. A própria existência de bens comercializáveis mostra ser possível (na verdade comum) que preços de coisas tão essenciais como alimentos estejam, de alguma forma, ligados aos praticados no mercado internacional, muito embora consumidores, como regra, tenham sua renda denominada em reais.
Mais importante que isso, porém, é que a quebra da ligação entre os preços externos e internos causa problemas sérios do ponto de vista de eficiência, pois introduz ruídos no sistema de comunicação da economia.
Na prática, o aumento do preço de um bem qualquer envia dois sinais: consumam menos e produzam mais. São esses sinais que garantem que a economia produza aquilo que se queira consumir. Quando esse sinal não funciona, no caso por interferência do governo, o consumo não cai e a produção não aumenta, perenizando o desequilíbrio.
No caso específico dos combustíveis, isso implica também importações maiores, agravando o deficit externo, assim como impactos negativos no caixa da Petrobras, já que a empresa é forçada a vender produtos a preços inferiores aos que pagou por eles.
Pensando bem, é difícil imaginar uma política de preços mais errada do que a atualmente em vigor, e isso num momento em que não faltam políticas equivocadas.
E a verdadeira justificativa não é nenhuma das apresentadas acima, mas sim a perda de controle do processo inflacionário, que leva o governo a agir diretamente sobre preços para não perder a meta de inflação. O que começou como desleixo com relação à estabilidade agora cobra seu preço na forma de políticas que ampliam os desequilíbrios.
Estabilidade não garante crescimento, mas sua ausência é certeza de desempenho pífio e nossa experiência recente comprova exatamente isso. Muito interessante as interpretações dos dois professores, extremamente competentes e que permite a nós educadores, enriquecermos de conhecimento e saber, o que contribui com o refinamento de nossas análises em sala de aula. Parabéns Mestres.
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rio Grande do Norte - Urgente

O Estado do Rio Grande do Norte encontra-se em uma situação política, econômica e social muito difícil. É preciso que a classe política desse Estado compreenda que os interesses  partidários não podem sobrepor aos interesses da sociedade. Lutar pelos cargos do poder executivo é louvável desde que, os postulantes tenham as condições técnicas e políticas que as funções exige. Nos últimos meses temos assistido situações que nos deixam estarrecidos, que compromete o funcionamento da maquina administrativa que tem implicações nos projetos que precisam serem implementados, criando um desconforto nas classes sociais que deles necessitam. Ao mesmo tempo cria um clima de insegurança pela ausência de governança, afastando os investidores da região e comprometendo a geração de emprego e renda, para as gerações atuais e futura. A ex- prefeita da Capital foi impedida de terminar o seu mandato, a segunda cidade do Estado, Mossoró, a prefeita eleita já foi afastada várias vezes criando uma descontinuidade nunca vista. A governadora recentemente foi afastada por uma decisão do TRE - RN, como cabem recursos, essas idas e vindas cria uma situação de instabilidade que compromete todo o planejamento estratégico da região. Os políticos precisam encontrar em seus quadros um nome que realmente consiga através de reformas inovadoras integrar os vários aspectos que compõem a administração pública, como o orçamento, planejamento, estrutura organizacional, recursos humanos, gestão e políticas públicas, tendo como objetivo a eliminação das tradicionais desigualdades sociais e territoriais, endividamento, precariedades políticas e eliminação do déficit fiscal, permitindo que o estado caminhe com  uma gestão de efeitos positivos e  que tenhamos um Estado forte, capaz de servir a sociedade de forma mais eficiente, efetiva, transparente  e acima de tudo com respeito a cidadania. A situação atual em que se encontra o RN, exige um aperfeiçoamento da política e da própria escolha de candidatados, a estabilidade monetária e a responsabilidade fiscal precisa ser acompanhada com rigor e criar mecanismos de combate à corrupção.  O crescimento e a dinamização dos mercados precisam ser estimulados tendo como objetivos a diminuição da desigualdade e a inclusão social e sabermos utilizar de forma racional o nosso patrimônio natural. Desenvolvimento: é isso que nos falta, o Estado vem perdendo nos últimos anos,  espaço na macro região nordeste e uma região para ser competitiva precisa encontrar a melhor combinação de: energia, mão de obra qualificada, modal de transporte, informática e telecomunicações. Desenvolvimento é a única palavra capaz de unir todas essas dimensões em busca de uma direção coerente. Os avanços que ocorreram em determinadas áreas, por mais que sejam louváveis, não podem se dar em prejuízo ou em detrimento de outras. Por isso, desenvolvimento pela metade não é desenvolvimento. Chegou o momento da classe política desse Estado buscar um político que realmente esteja comprometido com os anseios de toda a sociedade Riograndense. Desenvolvimento não ocorre de forma espontânea. Tem que ser sonhado, provocado, consensado e construído.  Não podemos mais esperar.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Investir

Recentemente no jornal folha de São Paulo no dia 04\12\2013 o Profº  Delfim Netto em artigo cujo título é "Manufaturados", chamou atenção da queda vertiginosa da demanda externa do setor de produtos manufaturados e as manipulações da taxa de câmbio brasileira que desestimularam os empresários em investir, diz o mestre: " O crescimento econômico é condição necessária, mas não suficiente, para um desenvolvimento social civilizatório em que a distribuição dos seus benefícios produz uma inserção crescente da população. Ele é condicionado por fatores internos e externos. Internamente, depende de um Estado forte, constitucionalmente controlado, com instituições capazes de assegurar a dotação adequada de bens públicos (como a segurança e o valor da moeda) e garantir as condições para o adequado e eficiente funcionamento dos mercados e sua regulação. Externamente --porque todo país é parte do mundo--, ele depende do poder de compra da exportação com a qual paga a importação. Esta última é um indispensável "fator de produção", da mesma forma que o trabalho, o capital e os recursos naturais, pela qual se apropriam, ainda, os avanços tecnológicos. O "poder de compra" das exportações pode ser medido pela evolução da relação entre o preço médio das exportações dividido pelo preço médio das importações, à qual se dá o nome de relação de troca. A intuição física é simples: se no ano passado, uma tonelada de exportação "comprava" uma tonelada de importação e neste ano (por efeito dos preços de nossas exportações terem crescido mais do que o das importações) ela "compra" 1,1 tonelada, tudo se passa como se o país tivesse ganho de presente, 100 quilos de importação. Visto por outro ângulo, tudo se passa como se a nossa produtividade no setor exportador tivesse crescido 10%. Os resultados dos estudos econométricos são sempre ambíguos, mas eles frequentemente confirmam que as variações nas relações de troca têm influência nas flutuações cíclicas da economia e talvez "expliquem" entre 25% e 40% das variações do PIB.
No caso do Brasil, o comportamento da relação de troca (que está relativamente estabilizada depois de ter passado por um máximo em 2010) deve ter tido alguma influência na recente queda do crescimento do PIB. Mais importante, entretanto, foi a destruição da demanda externa do setor de produtos manufaturados. Esta foi gerada não apenas pela redução da renda dos países importadores mas, principalmente, pela dramática valorização do câmbio real produzida pelo laxismo salarial combinado com a valorização do câmbio nominal para controlar a inflação que derivava da própria política econômica. Para se ter uma pálida ideia do que isso representou, basta dizer que o superavit exportador de 139 bilhões de dólares entre 2002/07 foi substituído pelo deficit de 136 bilhões em 2008/13. Uma fantástica redução da demanda externa dos nossos manufaturados de 275 bilhões de dólares! Por que um industrial iria investir nessas condições?" Para atrairmos o capital privado é necessário priorizarmos investimentos em infraestrutura, melhorar a nossa logística gerando conforto operacional aos empreendedores, reduzir a burocracia estupida que ainda prevalece neste país, ou seja reduzir o custo Brasil nas áreas (tributária, trabalhista, previdenciária e política), lembrando que só a produtividade é que permite uma nação se desenvolver. Visualizo melhoras no ambiente externo nos próximos anos e me preocupo com o ambiente interno em razão dos equívocos da política econômica  que vige.

sábado, 23 de novembro de 2013

Desenvolvimento

Existe no mundo da economia vários conceitos sobre o que é desenvolvimento econômico. Uma definição da qual a expressa com maior abrangência diz:" O desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social". Qualquer país que possua um projeto de prosperidade, poder e prestígio, só atinge elevado nível de desenvolvimento político, social e econômico se possuir internamente um corpo de líderes capazes de exercer uma orientação firme e segura na busca desse objetivo. Desenvolvimento é um processo contínuo, precisa ser planejado, implica na atuação das  forças nacionais que atuem por um longo período e que tenha como resultado proporcionar um aumento do produto nacional e uma melhoria no bem estar social da população. Para que haja desenvolvimento, é preciso muito mais do que o aumento do PIB. O homem precisa se realizar mentalmente e desenvolver suas potencialidades emocionais e físicas. É preciso que a igualdade de oportunidade cresça permitindo a todos o acesso ao processo cultural e aos recursos naturais disponíveis. O desenvolvimento deve ser orientado no sentido de proporcionar a sociedade condições de estudar, amar, divertir-se, viver e até morrer. Claro que é um conceito amplo e as dificuldades para a sua implementação são muitas, o país precisa transpor obstáculos que são na maioria das vezes difíceis e de grande magnitude. Precisa englobar e adequar os fatores econômicos, sociais e regionais em um só processo de adequação e maturação. Os países para se desenvolver precisam eleger políticos que possuam uma visão de futuro e que estejam comprometidos com esses ideais.Os conhecimentos técnicos devem ser melhor explorados e os recursos disponíveis melhor utilizados criando uma combinação para aumentos continuados de produtividade, reduzir as práticas monopolistas, diminuir a burocracia, a tributação,  flexibilizar o mercado de trabalho, ter cuidado com a previdência e estabelecer maiores facilidades para os pequenos comerciantes e os agricultores. O Estado deve reconhecer que necessita da participação do setor privado para que esses objetivos sejam atingidos e como bem definiu o Profº Gustavo Franco: "O investimento privado precisa de outro tipo de incentivo: uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a carga tributária moderada, o custo do capital razoável, a macro economia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais profundo, os investidores institucionais prestigiados, o empreendedorismo celebrado e a chance de intervenções discricionárias de autoridades de vezo redentor desprezível. Esse conjunto de premissas ainda carece de um invólucro ideológico, um novo desenvolvimentismo, que melhor articule seus componentes e propague". O modelo de desenvolvimento que desejamos deve ser elaborado de tal forma que estimule a motivação da sociedade e que em todos os brasileiros o sentimento de pertencimento desse objetivo seja ampliado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Política Fiscal do Brasil

O governo tem uma participação significativa da renda nacional efetuando gastos no período com bens e serviços finais de consumo e com bens de capital e esta modificação na estrutura dos gastos  do governo provocou uma mudança no perfil da economia. O governo deve ser visto como uma macroempresa, influenciando direta e indiretamente o mercado. A sua influência direta se dá quando participa ativamente na produção de bens e serviços, investindo em determinado setor ou comprando cada vez mais bens de consumo. Sua influência indireta ocorre através das medidas tomadas no âmbito da política fiscal, trabalhista, previdenciária, cambial ou quando toma medidas eminentemente políticas  que provoca reflexos no sistema econômico. Ele financia esses gastos através das suas receitas fiscais, ou tomando empréstimos junto ao setor privado. O governo pode elevar ou reduzir a demanda agregada induzindo para uma política de demanda expansionista ou contracionista, quando aumenta ou diminui os seus gastos ou a tributação. Lembrando que gastos governamentais é injeção  e tributação é vazamento no circuito econômico. O grande Keynes afirmava que em períodos de insuficiência da demanda agregada, nos momentos em que consumo e investimento se retraem, gerando redução na renda e desemprego de trabalhadores o aumento dos gastos governamentais  eleva a demanda agregada e estimula os investimentos expandindo o nível de emprego e renda por meio do efeito multiplicador Em períodos que uma nação convive com uma inflação persiste e elevada para uma economia estabilizada é conveniente o governo realizar uma política fiscal com foco no futuro, ter controle sobre o seu déficit fiscal, ser rigoroso na relação dívida pública versus PIB, economizar nos seus gastos para abrir espaço para o investimento e contribuir com a política monetária para termos juros aceitáveis, e só teremos quando tivermos inflação aceitável. Precisamos atualizar as metas de inflação para 2015, definirmos um centro de 3% a.a. com viés de 2% e sermos persistente para alcançá-la. Segundo alguns estudiosos o país gasta hoje 5% do PIB com pagamento de juros  temos uma dívida liquida em relação ao PIB de 35% que nos obriga a termos um juros médio de 14,5% a.a. lembrando que um PIB real de 2,2% a.a com uma inflação beirando os 6% nos obriga a termos um PIB nominal de  no mínimo de 8% a.a. O crescimento vegetativo da nossa dívida liquida em relação ao PIB está na casa de 6,5% a.a o que nos obriga a termos um superávit primário para mantermos um equilíbrio nesta relação de no mínimo de 2,2%a.a.Se quisermos diminuí-la monotonicamente precisamos elevar esse superávit. Com desordem nas contas pública estabelece desconfiança no mercado, não atrai o capital privado e o custo do financiamento aumenta pressionando ainda mais a nossa dívida pública. Precisamos pensar a longo prazo o nosso país e não na campanha eleitoral que já começou e colocando em risco uma estabilização que é uma conquista do povo brasileiro que juntamente com a redemocratização tantos benefícios gerou a nossa sociedade. Vale apena lembrar o que dizia o memorável escritor Aldous Huxley, no seu livro" Admirável Mundo Novo", já preconizava as verdades dessa nova sociedade tecnocrática e cruel, em suas complexidades. Diz ainda o escritor acima citado que o preço da liberdade é a eterna vigilância. Fiquemos atentos.

domingo, 10 de novembro de 2013

Os macros mercados

Qualquer país se preocupa com o funcionamento dos seus macros mercados que precisam estarem bem alinhados na questão de preço e quantidade. Quais são esses macros mercados? O mercado de trabalho cujo preço é salário e cuja quantidade é o nível geral de empregos. Este mercado no nosso país encontra-se defasado em relação as reais necessidades de pessoal qualificado que o setor privado necessita para desenvolver as suas atividades. Importamos mão de obra qualificada, em razão do baixo nível de conhecimento dos nossos profissionais.Por termos uma baixa qualidade na educação, comprometemos toda a cadeia produtiva e como consequência temos baixa produtividade nas atividades que desenvolvemos. Produzimos mais com mais e perdemos a nossa competitividade. Daí a razão do nosso país apresentar baixo crescimento e de ampliar as dificuldades para fazermos a transição de um capitalismo de commodities para um capitalismo intelectual. Este mercado apresenta um custo elevado, contribuindo para termos uma inflação de custos. O mercado de moeda, cujo preço é a taxa de juros e cuja quantidade é os meios de pagamento, também encontra-se desequilibrado, possuímos uma das maiores taxas reais de juros do mundo (A SELIC, a taxa básica da economia brasileira irá aumentar na próxima reunião, atingira o patamar de 10% a.a.) com o objetivo de frear a inflação que já passa do centro da meta a muito tempo e aproximasse do teto estabelecido. A razão de termos uma taxa de juros tão elevada é consequência do descontrole das contas públicas, tributação elevada, crédito direcionado, inadimplência, inflação e depósito compulsório. Só teremos juros aceitáveis quando tivermos inflação aceitável. Atualizar as metas de inflação anual do nosso país se faz necessário, para continuarmos com a nossa estabilização econômica. O mercado cambial, cujo sistema de câmbio utilizado em nosso país é o de flutuação com intervenções governamentais que busca manter um valor que não estabeleça desequilíbrio interno e externo. Na minha opinião, um dos preços mais importante em um sistema econômico. A volatilidade cambial é um dos desafios da governança corporativa global e tem implicações com a nossa economia. Basta o Banco Central Americano, sinalizar recuo dos incentivos a sua economia e aumentar a taxa de juros de seus títulos que a desvalorização se espalha pelo mundo emergente.Desorganizando as contas públicas e pressionando o custo financeiro no ambiente empresarial. O mercado de bens e serviços, cujo preço é o índice de preços e cuja quantidade é o PIB, encontra-se estagnado. Desde a posse da nossa presidenta nos dois primeiros anos crescemos a taxa decrescente (2011-1,7% ;2012-0,9%) cujos valores são ridículos e este ano não passaremos de 2,5%, se atingirmos.É preciso que trabalhadores, comerciantes e empresários entendam que estamos em um ambiente de estabilização, aumentos de salários acima da produtividade,remarcações de preços abusivos como forma de gerar lucros extraordinários é a mesma coisa de estarmos marcando um encontro futuro com a desorganização econômica e ao mesmo tempo precisamos evitar que o consumo desse país corra sempre atrás da produção. Segundo os estudiosos precisamos gerar 130 milhões de empregos até 2030, neste ritmo dificilmente atingiremos está meta. As missões governamentais (estabilizadora, distributiva, regulatória, crescimento,bens e serviços e alocativa) precisam ser direcionadas em buscar um equilíbrio nestes macros mercados, e que os pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico ( metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante) não sejam negligenciados. Caso contrário nos defrontaremos em um futuro não tão distante  com sérios problemas interno e externo e a tensão social, tenderá a elevar-se. 

sábado, 2 de novembro de 2013

Eu tenho um sonho

Qualquer nação que possua um projeto de prosperidade, prestígio e poder precisa atingir as oito metas do milênio aprovadas na ONU em 2000, na maior reunião de dirigentes mundiais já realizada em todos os tempos. As metas são: Acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a Aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. As metas nos leva a um novo modelo de responsabilidade social e ambiental. Nos últimos anos muito se investiu  em programas sociais,  pelo setor público e privado. Observamos uma nova cultura corporativa, baseada na convicção de que já não basta oferecer bons serviços nem dispor de avançadas técnicas de gestão, contar com moderna tecnologia ou investir na inovação. Para que um país tenha sucesso exige adotar em todo o seu sistema produtivo as melhores práticas sociais e ambientais. Queremos ou (sonhamos) mudar o destino de todos os excluídos e não mudar a vida como acontece com os programas assistencialistas. Estimular as empresas para elaborarem e desenvolverem projetos estruturados, que tenham continuidade e concentrem neles seus recursos e talentos e que os resultados a serem atingidos tenham o mesmo empenho que adotam para atingir as suas metas operacionais e financeiras. Projetos sociais com mais foco, impacto e abrangência. A transparência na condução dos negócios e as práticas de governança corporativa, são manifestações de respeito não só pelo acionista como pelo mercado e pela sociedade em geral. É preciso profissionalizar a gestão da área social, com quadros capacitados, para montar programas, firmar parcerias,  auditar, fiscalizar e acompanhar.  A responsabilidade social é parte integrante da missão da maioria das empresas por entenderem que o Estado, mesmo nos países desenvolvidos, enfrentam dificuldades para atender às demandas, cada vez maiores da sociedade. Segundo o senador Cristovam Buarque, nós brasileiros temos  sonhos." Sonhamos que um dia nenhum dos filhos do Brasil será privado de uma educação de qualidade que lhe permita entender a lógica do mundo, deslumbra-se com suas belezas, indignar-se com suas injustiças, falar e escrever seus idiomas, ter uma profissão que lhe permita usufruir e melhorar o mundo onde vive. Para isso, sonhamos fazer que a mais pobre criança tenha, desde a infância, uma escola com qualidade das melhores do mundo, que um dia os filhos dos trabalhadores estudarão nas escolas dos filhos de seus patrões, os filhos das favelas nas escolas dos filhos dos condomínios e, em consequência, o Brasil terá pontes no lugar de muros entre suas classes e seus espaços urbanos. Sonhamos com cidades pacíficas, com economia eficiente, sustentável e distributiva; com serviços sociais funcionando; com a renda nacional bem distribuída. Sonhamos que  o Brasil será celeiro não apenas de soja e ferro, mas também de conhecimento nas ciências, tecnologia e artes; que o Brasil será um país regido pela ética no comportamento dos políticos e nas prioridades da política. E sabemos que todos estes objetivos passam pela escola de qualidade e mesma qualidade para todos. Sonhamos que o Brasil futuro será o Brasil de nossos sonhos." Finalizo, afirmando que a solução dos problemas sociais dependem da contribuição de todos e que os programas sociais ganhem cada vez mais abrangência e se tornem permanente para que os nossos sonhos como afirmou Cristovam possam ser realmente materializado.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desregulamentação

No mundo corporativo os empresários que conseguem acumular grandes fortunas e começam a aparecer na mídia como verdadeiros vencedores, começamos a desconfiar. As experiências passadas e presente nos leva a essa afirmação. Quando analisamos a crise americana e tomamos conhecimento da patifaria envolvendo professores de renomadas instituições de ensino, governo, presidentes de instituições financeiras, seguradoras, empresas de risco, auditorias e bancos envolvidos em escândalos que colocam em risco a vida de milhões de pessoas, fica difícil acreditarmos no sistema capitalista regidos pelos mercados. A desregulamentação promovida por muitos governantes e tidos como o melhor caminho a ser seguido pelas economias só levou sofrimento e desconfiança a milhões de famílias. Segundo o escritor Mia Couto, no seu livro "Um rio chamado tempo e uma casa chamada terra", o velho Mariano afirma:( Por sua experiência ele já tinha visto os homens. E aqueles não eram diferentes dos que ele conhecera antes. Começamos por pensar que são heróis. Em seguida, aceitamos que são patriotas. Mas tarde, que são homens de negócios. Por fim, que não passam de ladrões). Se analisarmos a crise americana no ambiente imobiliário e financeiro  que destruiu milhões de empregos pelo mundo e os escândalos em  empresa corporativas que levaram a muitos trabalhadores ao desespero a afirmação de Couto é perfeita. Pior, alguns homens foram premiados por sua conduta e se negam a explicar as razões das suas decisões  tomadas no passado. Logo Mia Couto esta certo ao afirma no seu livro " Antes de nascer o mundo" que: Quem perde a esperança foge  e quem perde a confiança  esconde-se. Como uma nação tida como a mais respeitada no mundo capitalista chega a este ponto. Como a governança corporativa global liderada por este país pode argumentar princípios a outros países que eles mesmos não adotam. Pior esses homens continuam no poder das grandes decisões o que sinaliza que  amanhã não tão distante, essa crise poderá se repetir. Um dos economista que mais defendeu o capitalismo ( Joseph Schumpeter )  onde enfatizava que a evolução capitalista significa perturbação dizia que o capitalismo é essencialmente um processo de mudança econômica. Na ausência de mudança, a sociedade capitalista não pode existir. Se a máquina capitalista enguiçar, o sistema econômico se desintegra. E a chave que dá partida no motor e o mantém em funcionamento é a inovação. Sem inovações, não há empreendedores, sem a realização empresarial, não há lucro capitalista nem impulso capitalista. Tenho certeza que jamais teria tolerado o tipo de comportamento que chegou ao conhecimento do público, fraudes contábeis, esquemas escandalosos de remuneração de executivos, a prática de antedatar opções sobre ações e outros tipos de pilhagem de tesourarias corporativas por parte daqueles mesmos executivos que deveriam estar empenhados em sua proteção. Com certeza teria considerado esses tipos de práticas uma autentica traição ao capitalismo. O grande Winston Churchill, em almoço na Casa Branca, em 1954 afirmou que " O vício inerente do capitalismo é a participação desigual nos benefícios; a virtude inerente do socialismo é a participação igual nas privações". Realmente até na bandidagem esse conceito é perfeito. Finalizo, afirmando da necessidade da eterna vigilância das instituições governamentais de regulação, fatores muitas vezes subestimados por muitos estudiosos que creem que o mercado se encarrega de encontrar o verdadeiro equilíbrio. Sonhos ou participação nos benefícios.

domingo, 13 de outubro de 2013

Joaquim Nabuco

O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, carioca ,sociólogo formado pela USP e hoje professor emérito desta instituição, lecionou em diversas universidades do Chile, Estados Unidos e da França e recentemente empossado na Academia Brasileira de Letras com todos os méritos, tem a cada ano lançado livros que nos encanta e estimula a nós professores, da necessidade de despertar aos jovens estudantes o conhecimento da nossa formação como nação. Diz Fernando Henrique:  Machado de Assis se refere a José Tomás Nabuco de Araújo como um dos melhores representantes de seu tempo e cuja  trajetória deveria despertar um interesse permanente nas gerações futuras. O livro, Pensadores que inventaram o Brasil, vai de encontro com este pensamento e começa apresentando o filho desde ilustre brasileiro Joaquim Nabuco. Como intelectual, homem público e  diplomata, este homem se antecipou no futuro. Diz Fernando, para Nabuco, cabe sempre recordar: a escravidão contaminava os mais diversos campos da vida nacional, desvalorizando o trabalho, viciando a instrução, comprometendo a indústria, minando o Estado, alimentando o patrimonialismo, sacrificando o pluralismo e sufocando a cidadania. A escravidão era para ele a condição sociológica que explicaria de maneira cabal o atraso brasileiro. Para combater de forma definitiva um problema tão arraigado, não bastaria a letra da lei, advertia Nabuco. Insistia na necessidade de complementar a Abolição com amplas reformas sociais e políticas, que incluíssem a democratização da estrutura agrária, a educação universal, a proteção do trabalho, uma previdência social operante, a federação. Preconizava reiteradamente que não basta acabava com a escravidão,era preciso destruir a obra da escravidão, por conhecer bem o sistema de poder vigente e saber que a emancipação dos negros, para ser duradoura, tinha que ser exaustivamente negociada. Era-lhe suficientemente familiar o hiato existente entre Estado e a incipiente sociedade civil para apostar numa capitulação forçada dos redutos escravagistas. É no parlamento e não nas fazendas nos quilombos do interior onde se há de ganhar, ou perder, a causa do abolicionismo, previa em "O abolicionismo". Sustentava que a ação política não deveria prescindir jamais da reflexão, da análise prévia e cuidadosa dos fatos. Fez dessa convicção um ritual em sua vida pública. Nem tudo que parecia benéfico à glória do Estado contava com sua anuência. Preocupava-se antes com os valores, respeitava a tradição conquanto fosse submetida à justiça. Daí sua desconfiança da república, que via como uma presa fácil das tiranias, ou uma aventura desnecessária, de pouco interesse para o progresso social. Costumava dizer que a grande questão da democracia brasileira não é a monarquia ( ou sua superação), é a escravidão. Mais adiante diz Fernando: sabemos que atualizados à linguagem de hoje, os preceitos enunciados de Nabuco ainda encontram resistência, incomodam aqueles que desejam fazer da soberania uma garantia da impunidade, um amparo que autoriza o desrespeito dos direitos básicos da pessoa humana, a degradação do meio ambiente, a deterioração da imagem externa do país. Este é o grande brasileiro (pernambucano) que Fernando destaca em seu livro. Outros breve citarei recomendando a leitura deste livro fantástico que escreveu. Parabéns,  professor pelo livro e por sua posse na Academia Brasileira de Letras. Desejando vida longa e riqueza intelectual permanente.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A produtividade do Brasil

No fórum da revista exame que foi realizado recentemente em São Paulo o professor Dani Rodrik mostrou que a produtividade brasileira alcançou nas últimas duas décadas um crescimento anual de 1,8%, perdendo para o México (2,2%), o Chile (3,8%), o Peru (3,7%), a Coreia do Sul (5%) e para a Turquia (4%). Os estudiosos já chamava a atenção sobre está questão a muito tempo. O profº Maílson da Nóbrega em artigo na revista veja de 9/3/2011,cujo título é "A produtividade é decisiva.Como obtê-la", resume muito bem o que temos que fazer, diz o mestre:Já se sabe que o desenvolvimento envolve três elementos fundamentais: 1-investimento (máquinas, instalações, infraestrutura); 2- incorporação de mão de obra ao processo produtivo; e 3- ganhos permanentes de produtividade. A produtividade deriva de muitos fatores, com destaque para a educação, que é a base do conhecimento e daí da inovação e da tecnologia. Boas instituições e gestão pública adequada aumentam a produtividade via menos burocracia, menores custos e mais eficiência". Necessitamos de um programa econômico sólido, que nos garanta crescimento sustentável contínuo, é preciso investimentos em infraestrutura e principalmente em aprendizagem de qualidade, caso contrario não chegaremos ao estágio de desenvolvimento que tanto sonhamos. Na revista veja desta semana na coluna Carta ao Leitor o artigo Fazer Mais com Menos diz: "Um país com PIB em alta mas com baixa produtividade terá, em pouco tempo, um encontro marcado com a inflação ou a estagnação. Por que? Pela razão de que os outros fatores que influenciam o PIB, o crescimento demográfico e o aumento da oferta de emprego, se esgotam rapidamente. É o caso do Brasil hoje. Pela mesma razão, um país em que a renda aumenta mas a produtividade se mantém estagnada está simplesmente consumindo mais riqueza do que produz e, consequentemente, comprometendo a qualidade de vida das próximas gerações. Aliás, esse é também o caso do Brasil hoje. A produtividade é a chave do progresso das nações por resumir em um único indicador diversas outras variáveis. Se a produtividade cresce muito e por longo tempo, com toda a certeza o país tem alta qualidade de educação, nível adequado de investimento, capacidade de inovação e carga fiscal não punitiva. A existência de um ambiente de negócios atraente e com segurança jurídica é um poderoso emulador da produtividade, que, por sua vez, realimenta e legitima aquelas condições, em um desejável ciclo virtuoso.A produtividade é até mesmo a medida indireta da qualidade da classe política, pois ela cresce sempre que seus mandatários pensam mais na próxima geração do que na próxima eleição e, para corrigir distorções incapacitantes do país, estão prontos a amargar impopularidade pessoal momentânea em troca de benefícios para todos pelas próximas  décadas. A contatação mas aguda foi que chegaram ao limite da exaustão no Brasil os extraordinários ganhos de produtividade que a economia experimentou com a derrota da inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, as privatizações e outras reformas modernizadoras dos governos FHC e de Lula em seu primeiro mandato. É necessário que a classe política brasileira esteja atenta a está questão que compromete as gerações futuras é preciso preparar o país para  trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável para não colocar em risco os nossos filhos e netos. 

domingo, 29 de setembro de 2013

Em busca de um futuro melhor

No artigo Planejando o futuro chamava a atenção das razões que têm levado muitos brasileiros as ruas exigindo dos governantes uma nova forma de gerenciar o nosso país. Neste artigo fazia a seguinte afirmação: "As manifestações que ocorrem em vários Estados brasileiros, tem como objetivo o aperfeiçoamento da política e da democracia, a sociedade exige a permanente vigilância da estabilidade monetária e fiscal, exigem crescimento e dinâmica dos mercados como forma de gerar empregos de qualidade para todos e ao mesmo tempo diminuindo as desigualdades sociais,fortalecendo a inclusão social e tendo respeito ao nosso meio ambiente. Desenvolvimento para que ocorra precisa ser provocado e construído, é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todas as áreas". O escritor moçambicano Mia Couto em seu livro E se Obama fosse africano? (Que indico como leitura), em um dos seus ensaios afirma que:" ter futuro custa muito dinheiro. Mas é muito mais caro só ter passado. A pergunta crucial é esta: O que é que nos separa desse futuro que todos queremos? Alguns acreditam que o que falta são mais quadros, mais escolas, mais hospitais. Outros acreditam que precisamos de mais investidores, mais projetos econômicos.Tudo isso é necessário, tudo isso é imprescindível. Mas para mim há uma outra coisa que é ainda mais importante. Essa coisa tem um nome: é uma nova atitude. Se não mudarmos de atitude não conquistaremos uma condição melhor.Poderemos ter mais técnicos, mais hospitais, mais escolas, mas não seremos construtores do futuro." Mas adiante diz o mestre: que uma das caracteristica africana que vale para o nosso país é a pressa em mostrar que não se é pobre, é em sim mesma , um atestado de pobreza. A nossa pobreza não pode ser motivo de ocultação.Quem deve sentir vergonha não é o pobre mas quem cria pobreza. Quanto mais pobre é um país maior é a capacidade de se destruir a si mesmo.No conflito entre expectativa e realidade é comum o sentimento de desapontamento que faz pensar que, no passado, o futuro já foi melhor. Na realidade, no momento atual e global muito de nós deixamos simplesmente de querer saber do futuro. E parece recíproco: o futuro também não quer saber de nós. Estamos tão entretidos em sobreviver que nos consumimos no presente imediato.O amanhã tornou-se demasiado longe. Mais do que longínquo, tornou-se improvável. Mais do que provável, tornou-se improvável. O descrédito político gerou o cinismo com que hoje olhamos a gestão do nosso quotidiano. O que estas manifestações dos brasileiros  sinaliza e  segundo o pensamento de Mia Couto é que não fomos apenas nós, nações periféricas, que falhamos. Algo maior falhou. E que está desmoronando é todo um sistema que nos disse que se propunha tornarmo-nos mais humanos e mais felizes. Na luta pelas nossas independências era preciso esperança para ter coragem. Agora é preciso coragem para ter esperança. Antes nós sonhamos uma pátria porque éramos sonhados por essa mesma pátria. Agora, queremos pedir a essa grande mãe que nos devolva a esperança. Mas não há resposta, a mãe esta calada, ausente. A única coisa que ela nos diz é que ela teve voz enquanto nós fomos essa voz. Enquanto nos calarmos, ela permanecerá em silêncio. O que significa que precisamos de recomeçar sempre e sempre.O adversário do nosso progresso está dentro de cada um de nós, mora na nossa atitude, vive no nosso pensamento.A tentação de culpar os outros em nada nos ajuda. Só avançamos se formos capazes de olhar para dentro e de encontrar em nós as causas dos nossos próprios desastre. Uma grande potência não começa nos recursos naturais, começa nas pessoas e na capacidade de essas pessoas serem produtoras de felicidade. Precisamos intensificar as nossas reivindicações que são justas e  não ter medo dessa nossa nova atitude que busca a construção de um  futuro melhor que tanto almejamos para a nossa nação.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Bem estar

O objetivo do estudo de economia é formular propostas para resolver ou minimizar os problemas econômicos, de forma a melhorar o bem estar das pessoas.Mas é preciso compreender a noção de bem estar e para isso é preciso separá-la do aumento continuado do consumo material. As famílias quando atinge certo nível de renda, o seu bem estar passa a ser representado pelo tempo que dedica a família e aos amigos, ao lazer e a fácil mobilidade  de chegar ao seu ambiente de trabalho. Por muito tempo a situação econômica de um país sempre foi avaliada pelo tamanho do seu mercado ( PIB) ou por seu PIB per capita.Logo maiores níveis de PIB per capita ,( que representa a renda média da população) estariam associados a padrões mais elevados de bem estar material. Realmente o progresso baseado no crescimento do PIB mostrou que grande parte da sociedade teve acesso aos frutos do progresso e do consumo, mas este modelo de progresso nos deixa preso a um esquema que privilegia a quantidade contra a qualidade. Hoje o sentido de riqueza não se limita apenas ao capital físico ( produtos e serviços feitos pelo homem, bens monetários) é preciso levar em consideração outros capitais: como o capital humano (saúde, educação e inteligência), o capital social ( segurança nas ruas e outros elementos da convivência social),e o  capital natural ( respirar ar puro e beber água limpa) buscando a melhor combinação entre eles.O economista  indiano Pavan Sukhdev uma das maiores autoridade nas questões ambientais,  afirmou:" Há quem pense que a defesa ambiental é um luxo para os ricos. A realidade é o oposto, a proteção da biodiversidade é uma necessidade para os pobres, principalmente os de zona rural. Eles sobrevivem dos benefícios diretos das florestas, dos recursos hídricos e do solo.Essa dependência se explica porque os pobres não têm muitos bens acumulados.Como têm pouca riqueza privada,precisam da riqueza pública, na forma de serviços ecológicos, para sobreviver.Enquanto não mudarmos a maneira de fazer negócios, vamos continuar perdendo as vantagens dos serviços ambientais e, por consequência, prejudicando a sobrevivência da maior parcela da humanidade. A visão dominante,hoje, é a da necessidade de escolher entre desenvolvimento e ambiente,ou entre riqueza e biodiversidade.Esses elementos não são intercambiáveis. Os empresários precisam começar a explorar o potencial de uma nova área de inovação, a criação de tecnologias sustentáveis inspiradas em soluções da natureza". Diz o mestre, se o custo ambiental do produto fosse incluído no preço final aí, sim, as empresas teriam de inovar. Atualmente, a inovação apenas tem substituído consumo por mais consumo, isso é preguiça. A verdadeira inovação é fruto de limitações, de oportunidades e da engenhosidade humana. Em uma economia verde,haverá ainda mais inovação,porque as empresas terão de descobrir uma maneira de fabricar os mesmos produtos sem poluir e substituindo determinados matériais por outros,mais sustentáveis. A economia verde é um modelo econômico que busca a redução do risco de escassez ecológica e dano ambiental.Uma economia verde deverá contabilizar os custos que a atividade empresarial impõe à sociedade e terá de lidar com eles. A riqueza, obrigatoriamente terá de ser medida com base no acúmulo de capital humano, natural, e social, e não apenas do capital físico.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Planejando o futuro

As manifestações que ocorrem em vários Estados brasileiros, tem como objetivo o aperfeiçoamento da política e da democracia, a sociedade exige a permanente vigilância da estabilidade monetária e fiscal, exigem crescimento e dinâmica dos mercados como forma de gerar empregos de qualidade para todos e ao mesmo tempo diminuindo as desigualdades sociais,fortalecendo a inclusão social e tendo respeito ao nosso meio ambiente. Desenvolvimento para que ocorra precisa ser provocado e construído, é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todas as áreas. Não se limita ao produzir mais, deve sim ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. Requer um esforço do governo apoiado por lideranças políticas, dirigentes governamentais,consultores e entidades empresariais para a construção de um Estado melhor, que seja capaz de servir a sociedade de forma mais eficiente e profissional e que os princípios da governança corporativa ( transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa)  estejam presentes em todos os fluxos de decisão. Ter uma visão de futuro para o país e alcançá-la requer uma serie de mudanças que precisam ser definidas para esse fim, exigindo remodelar os modos de gerir o país.Qualquer país que tenha um projeto de prosperidade, poder e prestígio,necessita de um planejamento estratégico que possibilite aos dirigentes definir suas metas principais, a estratégia para alcançá-las e os projetos e ações prioritários,baseado em análise do ambiente interno e externo da nação.Planejar é escolher, escolher a visão de futuro,  os alvos, os caminhos, estratégias e táticas, os projetos, as ações, os responsáveis e os prazos e principalmente, escolher o que não será feito. Segundo o Professor F. Abell Derek, do International institute for Management Development (IMD), que desenvolveu uma teoria do "Duplo Planejamento", afirma que este conceito surgiu em função dos agentes econômicos precisarem competir no presente e paralelamente , se preparar para o futuro. Não basta mais uma única estratégia englobando presente e futuro. A abordagem dual exige duas estratégias simultâneas e coerente entre si. A primeira com foco na excelência da gestão das atividades atuais(curto prazo) e a outra concentrada na competência para gerenciar as mudanças necessárias para o futuro (médio e longo prazo). Nenhum país atinge elevado estágio de desenvolvimento político, social e econômico, sem possuir um influente corpo de líderes capazes de exercer uma orientação firme e segura nas varias camadas da sociedade. Desenvolvimento é um processo, tem que planejar este desenvolvimento.Este  processo deve implicar na atuação de certas forças que atuem durante um longo período de tempo.O desenvolvimento deve ser direcionado no sentido de que a população tenham condições ótimas de viver, estudar, amar, diverti-se e até morrer. Avança Brasil.

sábado, 7 de setembro de 2013

A sustentabilidade na engenharia civil

Os professores Elismar Álvares, Celso Giacometti e Eduardo Gusso escrevam um livro cujo título é "Governança Corporativa  Um modelo brasileiro", que recomendo a todos a sua leitura pela importância do tema na atualidade. Os mestres afirmam que responsabilidade corporativa não é nem filantropia nem cega obediência à lei,mas sim uma visão mais ampla da estratégia empresarial, contemplando todos os relacionamentos da empresa com a comunidade em que atua. Mas adiante, afirma que toda atividade humana afeta o meio ambiente.O desenvolvimento sustentável não implica na preservação das condições originais do meio ambiente, que está em permanente evolução, com ou sem a presença do homem.Na verdade, o desenvolvimento sustentável significa a preservação do processo evolutivo, incluindo o homem.Devido ao grande potencial de impacto de algumas atividades empresariais,o que está em jogo nas relações das empresas com o meio ambiente são as condições para a permanência da humanidade no planeta,o que significa disponibilidade de comida, água, energia, e ar em quantidade e qualidade suficientes para que a própria humanidade evolua. Isso exige que as organizações preservem essas condições mínimas. A empresa responsável para com o meio ambiente é aquela que consegue consumir o mínimo possível de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços, retornando ao meio ambiente o mínimo possível de rejeitos. Mas esse processo não se restringe a isso, implica também na responsabilidade com o ciclo de vida dos produtos e serviços.A empresa ambientalmente responsável, portanto, é aquela que cuida dos impactos de seus processos e produtos, desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados. A empresa considerada responsável é aquela capaz de sintonizar suas atitudes e resultados com os requisitos de ética, desenvolvimento e bem estar das comunidades nas quais exerce influência.Os stakeholders da empresa são agrupados em comunidades de entorno, sociedades regionais, nacionais e mundiais, organizações não governamentais e governo,e os melhores resultados são alcançados quando as relações se pautam na cooperação. Quando analisamos a atividade da construção civil tida como a vilã ambiental e a sua atuação na cidade do Natal, constatamos em um artigo publicado pelo jornal Tribuna do Norte no caderno especial no dia 25\08\2013, cujo título é: Indústria e as ideias sustentáveis, existe  a necessidade de incorporar práticas que garantam maior durabilidade e menor consumo energético e nisso os especialistas são unânimes que a escolha de produtos e processos mais limpos faz a diferença. Segundo a professora Maria das Vitórias, do curso de engenharia civil da UFRN, o conceito de sustentabilidade não pode ser desvinculado ao da duração das edificações e afirma que não é só o uso de materiais em si, mas também a destinação adequada dos resíduos. Quanto mais tempo a edificação durar, menos recursos serão usados para manter ou mesmo para construir outra em substituição. Localizar, medir, mitigar ou compensar emissões de carbono, bem como estudar alternativas para ter bom desempenho com menor consumo energético e de demais recursos naturais, é a fórmula que deve ser aplicada desde as pranchetas até os canteiros de obras.O desafio para a mudança conceitual,passa pela educação. A mudança vai nascer nas universidades, com a formação de engenheiros, este é o papel da academia.Segundo a reportagem,  existe na grande Natal  200 construtoras onde 30% dos entulhos são destinados às usinas de reciclagem  e o restante vai parar em terrenos baldios e locais indevidos para o descarte que contamina o solo e não gera renda, informa Ubirajara da Costa, sócio diretor da usina Ecobrit. Segundo os especialistas 95% dos resíduos da construção civil são reaproveitado e somente 30% dos novos produtos são adquiridos e reincorporado à obra quando esses produtos são 50% mais baratos e tendo um impacto importante na redução dos  custos da construção. Dentro desta avaliação a missão do engenheiro moderno é de fundamental importância para a sociedade, para que possa garantir a segurança da população, salvaguardando sua integridade física através da melhor técnica; promover a socialização do consumo, através da redução do custo dos produtos, melhorando sempre a eficiência e a eficácia dos sistemas produtivos, assegurando a qualidade de vida da sociedade, protegendo e recuperando o meio ambiente e desenvolvendo produtos que atendam suas necessidades.Só assim poderemos tornar essa atividade duradoura e tão importante na geração do emprego e renda em nosso país.

sábado, 31 de agosto de 2013

A Cidade do Natal

O Plano Diretor de uma cidade é um instrumento de gestão extremamente importante para o Prefeito tomar suas decisões, permitindo que a cidade que dirige cresça de forma ordenada ou seja o seu crescimento e desenvolvimento ocorra de forma sustentável. A cidade do Natal tem tido nos últimos anos a infelicidade de absorver intervenções municipais de péssimas escolhas, senão vejamos: a ex-prefeita Vilma construiu no bairro do Alecrim, uma das obras que deveria ser estudado na academia  no curso de arquitetura como um case de uma intervenção sem sentido, o famoso camelódromo, onde tornou o bairro do Alecrim, que tem uma história na formação da cidade do Natal, completamente desestruturado e pior em seu entorno e no acesso da avenida Coronel Estevão, onde os cidadãos trafegam pela rua já que as calçadas são tomadas pelos camelôs,projeto sem estética, de uma plasticidade horrorosa desfigurando completamente uma área de um bairro tão tradicional. O alcance social de uma prefeitura é enorme e o seu Plano Diretor tem que contemplar a geração de emprego e renda definindo os espaços para que o comércio ocorra e gere riqueza. A construção de um mercado modelo verticalizado e inteligente que absorvesse os comerciantes e camelôs, dando a eles dignidade em suas tarefas e criando um ambiente de trabalho saudável para todos, era o deveria ter ocorrido. Os natalenses,tem assistido nos últimos anos a proliferação de bancas de revistas e bares em quase todas as avenidas no seu canteiro central, as únicas que ainda não foram invadidas são Salgado Filho,  Prudente de Morais e Engenheiro Roberto Freire.As suas transversais são tomadas por esta atividade  e pior, os usuários deste espaço são de uma ousadia que nos leva a afirmar que nesta cidade a  governança corporativa não existe.Eles acimentam o canteiro, colocam mesas e cadeiras, vendem bebidas alcoólicas e as pessoas frequenta com a maior naturalidade,colocando em riscos suas vidas. Algumas pessoas levam inclusive os seus filhos, que ficam circulando enquanto os pais bebem e se alimentam, é de um surrealismo nunca visto em lugar nenhum.Tomando como exemplos as Avenidas Antônio Basílio e Nascimento de Castro, constata-se que da avenida nove até o bairro de Morro Branco os canteiros centrais são invadidos por esta atividade e pelo comércio informal. Descaracteriza toda a plasticidade dessas avenidas que foram projetadas para dar maior visibilidade as pessoas que nelas trafegam. Esse uso indevido do solo está ocorrendo em uma área da cidade que foi planejada há muitos anos e que consta na história do desenvolvimento da cidade do Natal. Solicitamos ao Prefeito Carlos Eduardo que impeça esta desorganização não só nos canteiros centrais das nossas avenidas como também, devolva ao bairro do Alecrim o espaço que foi tomado por uma das piores intervenções já feita em uma gestão municipal. Que permita aos moradores e comerciantes do bairro uma melhoria ambiental e  visual ,estimulando uma revitalização de uma área histórica e significativa para a cidade do Natal.  

domingo, 25 de agosto de 2013

Acesso a informação e ao conhecimento

Os professores Vanderlei Canhos, Dora Ann Canhos e Sidnei de Souza, escreveram um artigo cujo título é: "INFORMAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICA DE CIDADANIA",  que consta no livro Práticas de Cidadania da Editora Contexto. Um artigo extremamente rico e oportuno nos dias atuais e tentarei retratar algumas passagens que no meu entender é importante que tenhamos conhecimento.Diz os mestres: O meio ambiente é a base natural sobre a qual se estruturam as sociedades humanas. O desenvolvimento socioeconômico requer, portanto, uma condição harmônica de relacionamento de seres humanos com o meio ambiente. Os conflitos socioambientais em geral são conflitos gerados pela disputa de acesso e posse de recursos naturais como os recursos hídricos, petróleo, produtos extrativistas,incluindo recursos florestais e pesqueiros, ou disputas pelos serviços gerados pelo meio ambiente, como qualidade da água e do ar.Em função da crescente utilização não-sustentável dos recursos naturais, agravada por uma maior demanda em função de aumento populacional, a destruição ambiental e os conflitos socioambientais tendem a aumentar. A situação pode ser amenizada, e até mesmo resolvida, por meio do emprego e apropriação de avanços científicos e tecnológicos e pela adoção de políticas e estratégias adequadas que conduzam a uma maior sustentabilidade ambiental.E  e nessa esfera de análise e equacionamento dos conflitos socioambientais que a educação ambiental, voltada para a formação da cidadania, passa a ter importância fundamental. E é também nessa esfera que informação de qualidade, disponível, compreensível e acessível é essencial. Qualidade ambiental e cidadania estão intimamente relacionadas. Mas adiante os professores ressaltam: a resolução dos problemas e o planejamento de um futuro sustentável exigem, além de competência local, a articulação entre os diferentes segmentos da sociedade ( nos planos local, regional e internacional). Assim, a evolução para um cenário de maior equidade e justiça social passa necessariamente por um processo de socialização da informação e do conhecimento. O terceiro setor surge na década de 1990 como portador de uma nova promessa: a renovação do espaço público, o resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do capitalismo ( cidadania empresarial), a conservação do meio ambiente e a superação da pobreza.Naquela década, houve uma transição da ação social assistencialista para uma cidadania ativa. Pode-se definir o terceiro setor como sendo o conjunto de iniciativas provenientes da sociedade, voltadas à produção de bens públicos. Tem como papel fazer frente aos problemas sociais mais prementes do país.Representa uma mudança no papel do Estado e do Mercado e na forma de participação do cidadão na esfera pública.Rompe a dicotomia entre o público e o privado e é fruto da democratização da sociedade brasileira (maior maturidade e consciência cidadã) e do desenvolvimento da sociedade civil organizada. Internalizar esses princípios e conceitos implica ainda mudanças significativas nos valores e nos estilos de vida das sociedades atuais.Daí a importância da educação , da informação e da conscientização pública, que, aliadas a instrumentos econômicos, jurídicos e a políticas adequadas, tem a missão de alterar comportamentos e promover mudanças substantivas de valores e atitudes. Os professores alertam e dizem que o maior desafio é transformar a informação e o conhecimento científico em infraestrutura para a tomada de decisão e formulação de políticas públicas é um enorme desafio para a comunidade científica e para os gestores públicos. Transformar esta mesma informação em infraestrutura para a participação cidadã é um desafio ainda maior, mas, se bem sucedido, será um instrumento fundamental capaz de influir nos processos culturais vigentes. Finalizo, convidando a todos que leiam o artigo dos professores que é de grande relevância para toda a humanidade neste mundo em transformações continuada para que possamos crescer e desenvolver de forma sustentáveis.

sábado, 17 de agosto de 2013

Nova regulação financeira

As funções da governança corporativa global é atribuída ao principal fórum de cooperação econômica mundial conhecido como o G-20. A sua existência tem como foco principal discutir a cooperação e a coordenação de políticas a serem adotados por todos os países ou regiões onde tem os seus representantes. Os grandes desafios que este colegiado se defronta são no âmbito macroeconômico (guerras fiscais, volatilidade do câmbio e colapso dos ativos), comercial (mercados ilícitos de toda ordem que criam custos para as atividades lícitas) e a questão ambiental motivada pelo crescimento da demanda por recursos naturais e energia. Atualmente, estamos vivenciando uma valorização do dólar em relação ao real que cria desconforto e preocupação aos agentes econômico do nosso país. Uma valorização acentuada estabelece situações como:Dólar e juros mais elevados, dificulta o credito externo para as empresas do nosso país.Dólar mais caro estimula uma inflação maior prejudicando a situação  das empresas com dívida externa eleva os custos dos investimentos produtivos gera um desconforto na classe empresarial, desestruturando toda a política de precificação o que ocasiona dúvidas sobre a real possibilidade de crescimento do país e ainda eleva de forma acentuada suas dívidas. Está desvalorização acentuada prejudica uma das maiores empresas do Brasil (Petrobras) que necessita importar gasolina mais cara para vender barato aqui, deixando-a em uma situação vulnerável.Mas até o momento as tentativas de uma ação global para uma regulação financeira mais rígida não foi concluída talvez por conflito entre as partes. A teoria econômica sinaliza que a taxa ideal de câmbio é aquela que permite ao país encontrar um equilíbrio interno e externo. Internamente é uma situação onde o produto efetivo  do país esteja próximo do seu potencial e, que a inflação encontre-se ao redor da meta estabelecida pelo governo. Este equilíbrio nos diz que existe uma relação direta entre a taxa de câmbio e o ritmo de expansão da demanda interna, ou seja: demanda forte requer taxa de câmbio forte para manter a economia funcionando sem pressões inflacionarias, enquanto a queda da demanda precisa de uma taxa de câmbio fraca para evitar deflação. Quando analisamos a questão externa a relação entre demanda interna e câmbio a relação é inversa. No Brasil,um dos pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico é a meta de inflação, atualmente nos encontramos com uma inflação acima do centro da meta (4,5%) e bem próximo do teto estabelecido pelo governo (6,5%). Diante deste quadro onde a economia americana da sinais de recuperação e o seu Banco Central já sinaliza aumentos de juros na remuneração dos títulos de sua dívida os países emergentes com certeza se defrontará com problemas internos que está valorização cria e compromete ainda mais o crescimento de todos. O mundo precisa de uma nova regra nas relações financeiras internacionais.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Círculo vicioso

Nos últimos meses a mídia tem chamado atenção sobre a questão da inflação, órgãos como IBGE, FIPE e DIEESE tem alertado sobre os aumentos de preços que tem ocorrido de forma generalizada e persistente, reduzindo o poder aquisitivo da sociedade.Se olharmos com atenção a inflação que insiste em elevar-se é fruto do desarranjo histórico da economia nacional. Neste momento a inflação encontrá-se em patamar que nos preocupa, logo o Banco Central utiliza um dos instrumentos de política monetária para freá-la aumentando os juros, com os juros elevados reduz-se o consumo e os investimentos e todo o sistema produtivo fica comprometido em seu crescimento, gerando aumento do desemprego. Quando a inflação encontra-se em níveis satisfatório, a política monetária reduz os juros a economia volta a ser impulsionada e a sociedade amplia o seu nível de consumo. Novamente em determinado momento as empresas não conseguem atender a demanda que foi estimulada e novamente observa-se elevações de preços e os estudiosos afirmam que tratá-se de uma inflação de demanda. A economia brasileira vive em constante mudanças conhecida como (stop and go). Todos nós sabemos que uma economia sólida para ser construída requer ações que combatam as causas e não os sintomas.A nação brasileira necessita elevar o seu nível de poupança  de crédito contínuo e de juros estáveis para estimular os investimentos buscando um equilíbrio entre a oferta e a demanda. Um grande empresário brasileiro chamado Emílio Odebrecht já nos alertava que :" Quando a produção no Brasil parar de correr atrás do consumo e quando tivermos uma cultura da poupança,inclusive no setor público, nos libertaremos do circulo vicioso que nos encontramos". A classe política brasileira juntamente com a classe empresarial precisa elaborar um plano com foco no longo prazo, montando uma estratégia positiva que vá ao encontro das necessidades da sociedade que hoje se manifesta em todo o território nacional. E quais as prioridades devem ser levadas em consideração para caminharmos alcançarmos o crescimento, reduzindo cada vez mais o desemprego e proporcionando maior distribuição de riqueza? Primeiro acabar com a fome e a miséria, segundo educação básica de qualidade para todos,terceiro investimentos em infraestrutura, quarto investimento em pesquisa e inovação e acelerar as reformas que tanto a sociedade clama que são: Tributária, política, previdenciária e trabalhista. A sociedade acordou, cabe agora ao governo escutar e agir de forma coletiva com responsabilidade para formular e implantar um novo modelo de gestão que nos leve a uma situação confortável e duradoura, já que o nosso destino é  construirmos uma sociedade sustentável, e que sirva de exemplo para o mundo.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa Francisco

O final de julho de 2013 foi um período maravilhoso para o nosso país com a chegada do Papa Francisco, com o seu estilo simples, humano e solidário, inflacionou a juventude mundial para lutar por seus direitos de serem felizes. Disse: sejam revolucionários, lutem contra a correnteza que impedem que vocês sejam felizes. Afirmou que" a juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e,por isso, nos impõe grandes desafios". Para o corpo político deste país espero que a mensagem seja compreendida e que permita aos nossos jovens serem escutados em suas reivindicações criando  um canal de comunicação para que se estabeleça em todos um estado de felicidade. Diz o Papa:  uma juventude que não contesta é preocupante, os jovens são inconformistas por natureza, sempre buscam o novo, e cabe a nós criamos mecanismos para que eles não sejam manipulados por oportunistas que em nada contribuirá com os seus sonhos.Chamou atenção sobre as questões da exclusão de milhões de pessoas que passam necessidades em todos os recantos do mundo, clamando por uma sociedade mas justa,fraterna e solidária. Um capitalismo mas humano, não a tara pelo dinheiro em detrimento da miséria de milhões de pessoas. Neste novo século o conceito de riqueza de uma nação não pode estar baseado simplesmente no aumento da produção alimentado pelo consumo.O progresso de um país passou a ser medido pelo PIB ´(produto interno bruto), quanto maior, mas rico o país o que não representa uma verdade. O sistema capitalista precisa entender que para sobreviver, o conceito de riqueza neste século do conhecimento exige que  outros valores sejam incorporados.A riqueza deve ser vista como uma combinação do capital físico(produtos e serviços feitos pelo homem, bens monetários), do capital humano (saúde, educação, inteligência), do capital social (segurança nas ruas e outros elementos da convivência em sociedade) e do capital natural ( a possibilidade de respirar ar puro e beber água limpa). É isso que se busca no mundo uma sociedade feliz, onde todos tenham tudo o que precisa para exercer esse estado. Segundo Ziraldo, afirmou que: " Felicidade é o estado em que o ser humano é o que sempre desejou ser e tem tudo o que precisa para exercer esse estado". Isso é possível sim desde que todos compreendam que o mas importante no mundo são as pessoas a razão maior da vida. Como bem afirmou seu Francisco,se existe uma criança com fome e sem educação, e se a educação é dada a fome é  saciada ou pelos judeus, ortodoxos, católicos, mulçumanos e protestantes, pouco impota o que interessa é que salvamos uma pessoa. Precisamos nos unir, para criarmos uma sociedade mas justa, humana, solidária, fraterna e democrática onde todos tenham as mesmas oportunidades de ser feliz.Venha sempre Papa Francisco, serás sempre bem recebido, sem ouro ou prata  o que importa são suas palavras e seus gestos que com certeza  ecoará para a eternidade.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Situação real

Estive recentemente em São Paulo, onde tive o privilégio de exercer o papel de avô, atividade extremamente gratificante. Hoje sou especialista em brinquedoteca e passeios ao ar livre nos parques desta cidade e  conhecendo toda a logística  envolvida, o que não é fácil. Mas também conversei muito com o meu filho que é empresário e com alguns amigos seus e a impressão que ficou é a enorme dificuldade da classe empresarial em produzir neste país. Eles afirmam que introduzem novos métodos, inflaciona os seus colaboradores de conhecimento e amplia a produtividade dentro das empresas e todo esse ganho é perdido em função da ausência de infraestrutura do nosso país. Todos afirmam,que os clientes querem o produto na sua porta (CIF) e para que isso ocorra, é uma verdadeira maratona que inferniza a classe produtiva. Um país para ser competitivo no mundo atual precisa de energia, transporte,mão de obra qualificada, comunicações e informática. O nosso país é possuidor desses requisitos? Além dessas dificuldades adicione a burocracia, carga tributária excessiva, custo do trabalho em elevação, inflação em alta e taxas de juros elevado. A perda de competitividade no Brasil é uma coisa vergonhosa, as empresas absorvem uma carga tributária elevada e os cidadãos não tem acesso a uma melhor infraestrutura, o que aumenta o custo final dos produtos. Falta uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação, investimentos em infraestrutura e continuar nas desonerações tornado-a não pontuais e sim estruturais na economia.A nossa presidente precisa urgentemente demonstrar ao setor produtivo que estímulos serão dados para contemplar a oferta do país e que as ações do governo ( precisa destravar) juntamente com as ações da classe empresarial com certeza contribuirá para criar as condições de demanda e oferta para que tenhamos um crescimento aceitável para o nosso país. O professor Antonio Delfim Netto, em artigo na Folha de São Paulo em 11 de maio de 2011, cujo título Lição de casa, chama a atenção de que nunca foi tão importante como agora conservar o que sobrou da boa e velha lição que fez o  sucesso do estado indutor constitucionalmente controlado:" a) Realizar uma política  fiscal com olhos no longo prazo, com moderados deficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública\PIB;b) Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento; c) Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir; d) Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que , com o conforto da política fiscal, leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa; e) Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos;f) Dar liberdade bem regulada aos mercados;g) Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional.Mesmo com uma boa lição de casa, diz o mestre, a política econômica exige arte para calibrar os instrumentos disponíveis ( por exemplo, as políticas fiscal e monetária), para atingir os objetivos: uma inflação parecida com a do resto do mundo e o pleno uso dos capitais humanos e físico. Por uma boa razão: as políticas fiscal e monetária não são independentes. A arte é juntar pragmatismo, pertinácia e paciência". A sociedade brasileira tem impressão que este governo esta anestesiado, sem iniciativa, travado e é preciso acelerar, correr contra o tempo, ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para uma sociedade se desenvolver. Acorda Brasil.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Manifestações

As manifestações que ocorrem em quase todo território nacional reivindica algumas questões que na minha opinião não eram nem para existir se o governo (Congresso e Senado) atual estivesse mas atento as modificações que passa o mundo atual. Jornada de trabalho de 40 horas é normal nos países desenvolvidos, afinal o avanço tecnológico no mundo digital criou um conforto operacional extraordinário em todos os processos nas organizações, ampliou a produtividade e as tarefas rotineiras tendem a desaparecer permitindo sim a redução das horas sem comprometer a produtividade. O imposto de renda na fonte das pessoas físicas  é outra  imoralidade, quando comparado com outros países e com  os serviços que o Estado presta a sua população. Sufoca a classe média, reduz a sua renda disponível, compromete o consumo, estimula a sonegação e não contribui em nada com o desempenho do sistema econômico. O fator previdenciário é outra questão que angustia os futuros aposentados uma vez que as aposentadorias que são concedidas são irrisórias  deixando os nossos idosos em situação vergonhosa, sem ter como se manter. Quanto a educação em toda a sua cadeia, segurança pública, transporte e saúde pública é uma vergonha e esta ausência é que sufoca os ganhos da classe média que se ver obrigada a ter estas despesas por deficiência da maquina estatal. Em termos de eficiência governamental, cito a alta carga tributária, a corrupção, falta de estimulo ao trabalho, ao conhecimento, a melhoria da educação e ausência  de infraestrutura em diversas áreas que é do conhecimento de todos os brasileiros. Os princípios da boa  governança corporativa não existe a muito tempo nos três níveis de governo ( Federal, Estadual e Municipal). Transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa não  estão presente nas relações do governo com a sociedade há muito tempo, isto é histórico. A sociedade cansou e exige agora mudanças que requer novos caminhos, nova forma de pensar um novo modelo de gestão para moralizar este país. O Ministro do Supremo Tribunal Federal  que é  visto pela população brasileira como um homem reto, integro e extremamente inteligente já sinalizava como encontra-se este país em uma frase sua " O Brasil está em avançado  processo de decomposição dos valores morais e sociais... Qual será o resultado de todos esses disparates?" As manifestações realmente tem fundamento neste país.


terça-feira, 2 de julho de 2013

A revolta de atlas

A escritora Russa, Ayn Rand publicou em 1957 sua última obra de ficção, "A revolta de Atlas",cujo título original é Atlas Shrugged. Publicado em nosso país na década de 1980 com o título Quem é John Galt? Volta a ser relançado em 2010 pela Editora Sextante com o Título "A revolta de Atlas".Tido como um Best-seller, com 11 milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro e considerado pela Biblioteca do Congresso Americano, como o livro mais influente depois da Bíblia. Neste clássico, a sua mensagem    apresenta os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportarem o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade. Lembra algum país? O senhor Paulo Uebel, Diretor Executivo do Instituto Millenium, afirma:" No Brasil,infelizmente, não se tem a cultura de investir em ideias. Entretanto, o Instituto Millenium e todos aqueles que contribuíram para viabilizar a edição desta obra acredita no poder das ideias e, principalmente,na força de valores e princípios. Ao longo da história, concepções como democracia, economia de mercado, estado de direito e liberdade geraram elevados índices de prosperidade e desenvolvimento humano em todo o mundo. Não será diferente no Brasil, desde que se tenha o compromisso de pôr essas concepções em prática com coerência e constância.Muitas vezes, porém, são escolhidos caminhos que geram resultados positivos a curto prazo,mas que trazem muitos prejuízos para a sociedade a médio e longo prazo. A  revolta de atlas aborda um exemplo de sociedade sem princípios e valores, na qual uns tomam dos outros, sem compromisso com a perenidade das medidas e com o futuro do país.Destruir riqueza ou dificultar a vida daquelas pessoas que trabalham para ter um futuro melhor não contribui para reduzir as desigualdades nem para melhorar a sociedade".   Na contra capa deste livro  consta em linhas gerais os princípio desta narrativa tão instigante que a reproduzo. "Lembrando que na mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus.A história se passa numa época em que as forças políticas de esquerda estão no poder.Em um mundo infestado de repúblicas populares, os Estados Unidos estão em decadência e sua economia caminha para o colapso.Neste ambiente tenebroso em que a intervenção estatal se sobrepõe a qualquer inciativa privada de reerguer a economia, os empreendedores, os  homens criativos começam a desaparecer. O Estado se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de manter a lucratividade de seus negócios. Esta escassez de criatividade gerada por um Estado improdutivo, vai cobrar um preço muito alto que toda a sociedade irá pagar. A autora, traça um quadro estarrecedor de uma realidade em que o desaparecimento das mentes criativas põe em xeque toda a existência. A autora apresenta os princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver: a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho". O nosso país vive esta crise atualmente? Os movimentos de revolta  que se espalha em todo o nosso território é fruto desta incompetência? Dentro dos estádios de futebol o patriotismo e orgulho da nação é latente, no seu entorno, a insatisfação é generalizada. Até quando?.....

sábado, 22 de junho de 2013

Ministério Público

O que fazer com os pobres, os atrasados, os excluídos? Essa questão não tem resposta simples. As autoridades defendem uma política governamental ativa, porém tomar as medidas corretas e implementá-las não é fácil. Os protestos que assolam as principais cidades do nosso país revelam o apartheid social que estamos inseridos, uma parte da sociedade, tem acesso à informação, à educação,à saúde, moradia, lazer e à participação política. Enquanto a sua grande maioria, sequer tem condições de buscar informações mínimas acerca de sua própria situação.O Profº Vidal Serrano Júnior doutor em Direito Constitucional, em artigo publicado no livro Práticas de Cidadania cujo Título é Ministério Público e Defesa da Cidadania, enfatiza: Do ponto de vista do panorama social brasileiro, algumas considerações nos afiguram essenciais. O traço mais significativo do cenário econômico social brasileiro é a exclusão de grandes contingentes da população das condições materiais mínimas para uma existência digna. Como aponta Amélia Cohn, " no caso brasileiro, parece consensual que a principal causa da pobreza e,portanto, da exclusão social de grandes contingentes, reside no grau de desigualdade na apropriação da riqueza (econômica e de capital social) conformada historicamente". Diz o mestre: "A história recente do país foi marcada pelo surgimento de um novo ator no cenário social: o Ministério Público. Frequentemente relacionada a temas de grande repercussão social, a instituição se viu enfronhada em boa parte das grandes questões públicas emergentes nos últimos anos.Essa presença mais significativa no meio social teve como elemento facilitador o fortalecimento da instituição na Constituição de 1988. Novas funções e novas garantias trouxeram as bases legais para o seu redimensionamento. Por isso,ele pode ser resumidamente definido, à luz do papel que deve desempenhar, como uma especie de advogado da sociedade. No quadro das relações institucionais, o Ministério Público apresenta-se, portanto, como figura peculiar.Pertence ao Estado, mas deve representar os interesses sociais, muitas vezes cobrando e agindo contra o próprio Estado do qual faz parte. Nessa linha, pode-se dizer que, em grande medida,o papel do Ministério Público se aproxima amiúde ao de um ombudsman, o que , de certo modo, também não o escoima de contradições. O chefe da instituição, por exemplo,é nomeado pelo chefe do Poder Executivo e, ao mesmo tempo, deve comandar a instituição que fiscaliza as atividades deste Poder.Fica evidente,portanto, que em uma sociedade democrática, preocupada com a efetividade das suas leis, a presença e a atuação constante do Ministério Público é fundamental para a construção da cidadania.Por isso, a importância do seu fortalecimento, quer adicionando-lhe garantias de independência e isenção,quer sedimentando atribuições como as de investigação criminal.O ministério Público, como órgão público vocacionado à defesa dos interesses da sociedade, deve ser analisado dentro dos contextos estatal e social em que está enraizado. Como órgão da Justiça,não é uma figura abstrata, delineada hipoteticamente, mas um ente que existe no Estado e atua para uma sociedade específica. Na condição de órgão público, desfruta de status singular( não integra nenhum dos poderes, sendo considerado um ente autônomo), porém, com uma atuação muitas vezes atrelada ao Poder Judiciário. Ademais, como apontado,possui a peculiaridade de pertencer ao Estado e, ao mesmo tempo, ter por função fiscalizá-lo". Mas o nosso corpo político de alta integridade moral, éticos, confiáveis e sobre tudo grandes defensores do nosso país não querem a sua consolidação,preferindo reduzir as suas áreas de abrangência.Você acredita, que as grandes questões que a nossa sociedade clama nas ruas por uma solução serão efetivamente solucionadas se considerarmos os ideais dos nossos atuais congressistas?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Em busca de uma sociedade mais justa

É inaceitável as cenas de guerra a que diariamente assistimos pela mídia entre a população das principais capitais do nosso país com a polícia e como não é aceitável que a nossa população sofra com a falta de segurança pública,sistema de transporte deficiente, saneamento básico,moradias miseráveis, escolas de péssima qualidade, crianças e jovens soltos pelas ruas, empregos de baixa qualidade,  e o consumo de droga aumentando de forma vergonhosa.Precisamos caminhar em busca de uma sociedade mas justa . O que diferencia as conquistas dos fracassos é a dedicação a vontade política de querer mudar ou seja estabelecer metas e a persegui-las.  Romper de uma vez por todas com essa desigualdade gritante que ainda persiste em nosso país ( poucos com muito e muitos com muito pouco), exigindo  que brasileiros se unam contra a indignação das desigualdades, fazendo valer o direito de todos.Os brasileiros sonham  com uma sociedade que acabe com a fome e a miséria, que seja possuidora de uma  educação básica de qualidade para todos, um sistema de saúde decente, reduzindo a mortalidade infantil, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando e sendo bem remunerado para contribuir com o nosso desenvolvimento.O que diferencia sonhar com realizar está na ação que a nossa nação emprega na direção desse sonho.O professor Peter Drucker já dizia que a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. O nosso país que hoje encontra-se em uma situação econômica mas confortável que muitos países desenvolvidos e é parte integrante dos países emergentes precisa mostrar e ensinar  ao mundo como transformar uma sociedade desigual em uma sociedade mas justa, consciente e fraterna e que sirva de exemplo  para o mundo, buscando acesso a economia, a novos mercados e ao mundo. É visível que o nosso país mudou muito nos últimos vinte anos, temos uma economia emergente, porém crescente, estamos alcançando patamares que a tempos atrás eram impossíveis de atingir, somos hoje parte integrante da governança global de um mundo globalizado, e extremamente dividido e temos internamente uma desigualdade regional acentuada que precisamos corrigir, embora tenhamos ilhas de modernidade já vivenciando o futuro. O nosso país, consolidou a democracia e controlou a inflação, somos uma nação possuidora de uma biodiversidade fantástica que podemos ensinar ao mundo saídas para uma sociedade sustentável. Temos uma capacidade inesgotável de alegria e criatividade, sabemos lidar com o diferente e o que nos falta é uma infraestrutura  educacional de qualidade em toda a sua cadeia para impulsionar o nosso país para o destino que fomos designados: o sucesso.Avança Brasil.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Conflitos de interesse

Os investimentos são as poupanças ou sobras que se aplicam no processo produtivo. A sua classificação é definido em autônomo que é aquele normalmente efetivado pelo Estado com o objetivo de promover o desenvolvimento. O investimento induzido que é estimulado pelas modificações nos níveis de renda da sociedade e o de reposição que tem a finalidade de manter a integridade do capital existente em função do seu desgaste no tempo. Os investimentos são efetivados para determinadas finalidade, como equipamentos e instalações, aquisição de matéria prima, energia, transportes, comunicações e educação e outras áreas essenciais ao país.Ao analisarmos a função de investimento constatamos que é uma função descontínua e nela interferem o mercado financeiro, o consumo de bens não duráveis e duráveis. A sua descontinuidade se dar justamente quando o ambiente econômico não é favorável pela sua conjuntura  e o consumo de bens duráveis se reduz e as empresas e os consumidores preferem esperar e deixam para o futuro as suas aplicações e projetos na expectativas de melhores condições econômicas para investirem. O empresário só investira se ele estiver convencido que o projeto  apresentará uma lucratividade aceitável e que haja um retorno da quantia aplicada em um período relativamente curto. Os investimentos para serem efetivados dependem de duas variáveis:taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. O empresário busca projetos que lhe garanta um lucro real maior que a taxa de juros corrente. O que Keynes chamava de eficiência marginal do capital, que nada mas é do que a relação entre o rendimento provável de bens de capital adicional e seu preço. Se o governo reconhece as suas limitações nos investimentos em infraestrutura e busca parcerias com a iniciativa privada precisa estimular a possibilidade de lucros maiores (aceitáveis pelo mercado) que estimule o interesse em investir em obras de infraestrutura gerando maiores ganhos de produtividade para o aparelho produtivo do país que provocará maior crescimento do Produto Interno Bruto. Recentemente o Profº  Carlos Rocca do Ibemec escreveu um artigo na Folha de São Paulo em sete de junho de 2013, cujo título era "Entenda o que é taxa de retorno de um negócio" e afirmava: A taxa de retorno é o lucro que um projeto de rodovia, ferrovia, terminal portuário ou qualquer outro negócio consegue oferecer ao final de um período. Ele remunera o capital empregado no empreendimento.Cada projeto tem sua taxa de retorno, que varia conforme as receitas previstas e a chamada estrutura de capital -ou seja, quanto do dinheiro investido é próprio (geralmente captado com acionistas, que esperam uma remuneração pelo investimento) e quanto é de terceiros (obtido por meio de empréstimos).Se um empresário precisar pagar juros de 20%, ele só investirá num negócio que dê lucro superior a essa taxa. E, dada uma receita fixa, quanto maior o custo do capital, menor o retorno obtido -em geral, quanto menos financiamento e mais necessidade de dinheiro próprio, maior o custo.Para Carlos Rocca, coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais do Ibmec, se o governo tabela uma taxa de retorno baixa, acaba se obrigando a ofertar crédito subsidiado, via BNDES, para conseguir atrair interessados."Se o objetivo é trazer poupança privada para a infraestrutura, já que não há recurso público para os investimentos, o tabelamento da taxa de retorno é uma medida contraditória."Rocca afirma que o modelo é uma forma de garantir a redução das tarifas de infraestrutura, mas, no longo prazo, pode criar também problemas fiscais.Isso porque boa parte do crédito subsidiado ofertado pelo BNDES tem origem na captação feita pelo Tesouro Nacional, que emite títulos pagando uma taxa de juros alta aos investidores.Segundo Rocca, a proposta de elevar a taxa de retorno real (descontada a inflação) de 5% para 10% pode reduzir a necessidade de subsídio. Se o lucro crescer, cai a necessidade de empréstimos mais baratos".Este conflito de interesse precisa ser resolvido até por que os resultados do nosso crescimento nos últimos anos não são animadores é preciso acelerar os investimentos agora para garantir um crescimento sustentável no futuro.

domingo, 2 de junho de 2013

Ao mestre com carinho

Em 16 de dezembro de 2009, o maior economista do Brasil o Profº Antonio Delfim Netto, escreveu um artigo na Folha de São Paulo cujo Título era " Atenção à demografia " e afirmava , que a qualidade do futuro da sociedade brasileira está presa à sua demografia e apresentava projeções que em 2030 seremos qualquer coisa como 216 milhões de habitantes, 151 milhões entre 15 e 65 anos.Esses números mostram que, se o Brasil não for capaz de pensar os próximos 20 anos, corre o risco de ficar velho antes de ficar rico.Há dois graves problemas colocados por essa evolução demográfica. 1) Temos de acertar nossas contas com o setor da previdência social ( principalmente a do setor público). Nas condições atuais de pressão e temperatura (que ameaçam piorar pela miopia do congresso), isso coloca um problema insolúvel de equilíbrio fiscal. Sua simples expectativa ameaça o equilíbrio monetário, o que torna difícil a redução da taxa real de juros. ( medidas estão sendo tomadas pelo ministro da previdência, criando o fundo previdenciário para o setor público) e outras medidas com certeza ocorrerão para regularizar está situação.2) É preciso manter no nosso radar que teremos de dar emprego de boa qualidade a 151 milhões de brasileiros em 2030. Isso não será feito apenas com a atividade agrícola e mineradora ou com a economia de baixo carbono, as duas primeiras certamente poupadora de mão de obra devido ao desenvolvimento tecnológico. Precisamos expandir a produção industrial e a de serviços, complementando o mercado interno com as exportações. O mestre chama atenção para excessiva valorização do real que está destruindo as cadeias produtivas e levando as empresas a se transferirem para o exterior, transformando-se de exportadoras ( que criavam empregos) em importadoras ( que dispensam empregos ). Se tudo continuar como está, em 2030 seremos um grande exportador de alimentos e minérios e um grande e miserável repositório de desempregados! Em 29 de junho de 2011 o mestre escreveu na folha um artigo cujo Título é "A pergunta" e enfatizava da necessidade de criarmos os empregos de qualidade para os 151 milhões de brasileiros e afirmava:talvez seja bom recordar alguns preliminares: 1) Nossa memória é curta e nosso entusiasmo grande.Esquecemos que quebramos duas vezes nos últimos 16 anos(1998 e 2002) e fomos socorridos pelo FMI para honrar nossos compromissos externos o que garantiu a continuidade de nossa democracia. 2) Todas as crises que abortaram o crescimento do Brasil nos últimos 50 anos foram produzidos por dificuldades no financiamento do deficit em conta corrente ou por uma crise de energia. 3) A grande mudança da situação externa não foi resultado de particular melhoria na política macroeconômica. Foi consequência da expansão mundial ( da China especialmente), que aumentou a demanda dos produtos que estávamos preparados para exportar ( alimentos e minérios ), cujos preços  beneficiaram-se adicionalmente, de um fantástico aumento. Tais setores são poupadores de mão de obra.É uma grave ilusão supor que nada vai mudar nos próximos 20 anos. A oferta de alimentos e minérios está sendo estimulada em quase todos os países, inclusive pela própria China. A alegre aceitação dessa nova divisão internacional do trabalho ( para a China a indústria, para a Índia os serviços e para o Brasil alimentos e minérios) põe em risco o futuro da economia brasileira como necessário instrumentos de construção de uma sociedade mais justa, com pequeno desemprego e suficiente emprego de boa qualidade em 2030.Precisamos aproveitar a oportunidade ( os bônus) dos setores agrícola e mineral ( o pré-sal ) para nos livrar da trágica dependência externa e impedir que o pré-sal nos leve a outra dependência. O que precisamos mesmo para responder à grande pergunta é continuar a aproveitar com inteligência os dois bônus e dar condições isonômicas a nossos empresários e trabalhadores para que construam o mercado interno que vai assegurar os bons empregos para nossos filhos e netos. Precisa dizer mais alguma coisa?

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sociedade organizada

Os professores Eduardo Capobianco e Cláudio Weber Abramo em artigo cujo título "O Combate a Corrupção", afirma: Assim, a corrupção nada mais é do que a manifestação de ineficiência econômica. Quem sofre com a ineficiência é a coletividade, em particular os segmentos mais pobres, os quais, em um país com as carências brasileiras, são os que mais perdem com cada real desviado. Uma primeira consequência de se descrever a corrupção como ineficiência é buscar soluções para o problema focalizadas nos mecanismos concreto que a propiciam, ou seja, nas falhas sistêmicas, e não primordialmente nas pessoas que a praticam, buscando a punição dos culpados. Conforme essa perspectiva,o combate à corrupção não se configura como cruzada moral,mas  como necessidade para o desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais. Está questão em nosso país é antiga, em artigo que escrevi em agosto de 2011 cujo título é "Corrupção",  enfatizava: É lamentável o que vem ocorrendo com o nosso país em termos de corrupção, atualmente a mídia tem revelado os escândalos em vários ministérios, envolvendo não só políticos, mas lobistas, empresas e funcionários de carreira, inflacionando os gastos públicos em razão do enriquecimento ilícito, aumentando de sobre maneira os custos da execução das obras tão significativas para uma nação em desenvolvimento que não é possuidora de recursos financeiros em excesso. Fragilizamos a nação, diminuímos as possibilidades de realizar outras obras de infraestrutura tão necessárias ao nosso desenvolvimento e obrigando a nação muitas vezes a se endividar para concluí-la.Mas adiante os mestres afirma: previne-se a corrupção aperfeiçoando-se os mecanismos institucionais e administrativos envolvidos nas decisões tomadas no âmbito do Estado.Um ato de corrupção só pode acontecer porque há oportunidade para que aconteça. O interessante, portanto, é examinar as circunstâncias que favorecem essas oportunidades e desenvolver métodos para reduzi-las.Os processos cujo mau funcionamento levam a corrupção podem, em linhas gerais, ser divididos em duas principais categorias: os institucionais e os administrativos.Em outro momento os mestres afirmam: A identificação e retificação de falhas sistêmicas não acontecem por geração espontânea. Pressões sociais suficientemente articuladas são importantes para levar a mudanças. É nisso que o papel da sociedade civil organizada ganha seu contorno e sua justificação.Ao exprimir um conjunto de demandas ou expectativas a respeito de algum assunto para o resto da comunidade, as organizações sociais levantam temas que passam a integrar a agenda pública. Note-se, porém, que a atuação dessas organizações nunca pode almejar diretamente transformações  profundas e abrangentes. Só as instituições do Estado têm esse alcance.Elas podem apenas procurar e estimular pressões voltadas para induzir transformações na relação entre Estado e a sociedade.É também preciso ter em conta de que a participação da sociedade organizada tem seus limites. Nem todas as vulnerabilidades à corrupção presentes em um ambiente podem ser resolvidas pelo aperfeiçoamento das leis ou dos mecanismos administrativos. Isso é especialmente verdadeiro quanto aos mecanismos que dependem de forma direta da ação e participação dos cidadãos. Quanto menos o eleitor cobra do eleito um comportamento condizente com suas propostas eleitoras,mais este último fica livre para descumprir o que se esperava dele, ou o que ele prometera.O comportamento do eleito é função direta da intensidade da cobrança do eleitor.O motivo fundamental para isso é abaixa consciência política do eleitorado, por sua vez decorrente da pobreza.Não se pode esperar de uma população desempregada, majoritariamente analfabeta funcional, carente de serviços sociais mínimos, mantida na desinformação e sem perspectivas de melhoria de suas condições materiais de vida que consiga desenvolver consciência política. Finalmente, aprimorar o nosso sistema político, cujas ações estejam voltadas aos interesses do povo. Modernizar a nossa democracia, onde a sociedade possa opinar a respeito das políticas públicas, segundo princípios permanentes de legalidade,que garanta igualdade e amplie cada vez mais a oportunidade para a toda população. Se os nossos líderes tiverem consciência, habilidade e competência para encaminhar a nação em busca desses objetivos,tenho certeza que em um amanhã não tão distante poderemos nos orgulharmos cada vez mais de ser brasileiros