domingo, 25 de novembro de 2012

Reflexão

Nunca a humanidade evolui tanto os seus conhecimentos em todas as áreas do saber como a atual. A sociedade a cada dia se defronta com uma série de novidades que torna o desenvolvimento de suas tarefas fáceis, rápidas e mais confiáveis. O avanço tecnológico tem proporcionado materializar um conjunto de produtos e serviços que até pouco tempo achávamos impossível de acontecer.Ao mesmo tempo, visualizamos um contraste, ao percebermos que ingressamos em um novo século, sem no entanto conseguirmos eliminar da face da terra dificuldades que levam milhões de pessoas ao desespero diariamente, como a fome, desemprego, habitação, saúde, segurança , transporte e muitas outras coisas que são essenciais a uma vida plena de prazer e satisfação. No transcorrer da minha vida tive o privilegio de participar de vários encontros de tecnologias, congressos e feiras no Brasil (na maior capital do país) e no exterior, onde as novidades tecnológicas que foram apresentadas deixavam você  encantado e ao mesmo tempo chocado com as novas regras de vida que serão estabelecidas daqui por diante. Basta falar do espaço virtual que cria ambientes para você participar sem no entanto, exigir o seu deslocamento físico e o contato com os olhos e as mãos perdem o significado. As grandes avenidas denominadas de infovias com certeza serão onde ocorrerá o grande tráfego de contato entre as pessoas com o mundo, tornando o acesso ao conhecimento, fácil e rápido, permitindo a todos se adaptarem às novas regras que sistematicamente serão colocadas à sua disposição (banda largada).Mas quando me retirava daqueles ambientes sofisticados e encantador e dirigia-me ao hotel e tinha contato real com o nosso povo, não compreendia o tamanho dualismo de vida que o próprio homem criou, sem dar resposta aos inúmeros favelados que vivem ao redor de onde a modernidade acontecia.Parece-me que a vida, a razão maior de tudo, cedeu lugar ao descobrimento de novas regras, onde só uma minoria tem o direito de usufruir deste progresso tecnológico.Que sociedade é essa capaz de dominar tantos conhecimentos, construir uma infinidade de produtos e serviços, sem no entanto sintonizar esses avanços aos problemas primários que a maioria da população sofre diariamente? Desde quando  alocar tantos recursos no descobrimento de novos produtos e serviços é mais relevante do que proporcional a todos, o mínimo para viver de forma digna? Eis uma questão para se refletir.

domingo, 18 de novembro de 2012

Rio Grande do Norte

A capital potiguar, além dos muitos adjetivos que a qualifica, ostenta uma característica primordial que  é a hospitalidade do seu povo simples que logo conquista o turista, fazendo com que sempre volte para mais uma vez desfrutar das delicias locais. O meio físico é sem dúvida um componente essencial para a sedução do turista. Com uma temperatura média de 28º centigrados, sol brilhando por quase dez horas seguidas e o clima mais seco e ameno do país, faz da cidade um ótimo espaço para viajantes. Todos esses fatores são essenciais, devido à importância que o turismo representa para a economia local, além dos seus efeitos sobre o campo social, político e cultural. A sua contribuição ao crescimento econômico é através do incremento de industrias associadas a ela, como meios de hospedagem, transporte, artesanato, restaurantes,, comércio,taxistas, barraqueiros e uma infinidade de atividades a ela correlacionado.A atividade turística apresenta uma característica que a diferencia  de qualquer outra que é ser extremamente distributiva. Nela ganha todos os atores que estão envolvidos, necessitando de uma política que vise conscientizar as pessoas que nela atuam, pois esta atividade deve ser encarada  como duradoura  e não dentro de uma visão imediatista, provocando no período de alta estação verdadeira exploração do turista, com práticas de preços diferenciados com relação a outras cidades, contribuindo para que se tenha  um dos custos de vida mais altos da região. É bom lembrar que Natal concorre com outras capitais do nordeste que é possuidora de uma infraestrutura muito avançada, Recife ( Em cada esquina a uma intervenção governamental) e consequentemente concorrente em potencial. Ao governo estadual e municipal, juntamente com a iniciativa privada, cabe elaborar um plano turístico integrado ( Grande Natal) que vise torná-la duradoura e rentável, buscando a médio e longo prazo eliminar os fatores desfavoráveis, como: limpeza das praias,saneamento, deficiência de equipamentos, insegurança, acesso precário as praias mais distantes, alto custo das passagens aéreas, falta de divulgação no mercado nacional e internacional e finalmente revitalizar a via costeira para tornar está atividade tão importante  para o estado na geração do emprego e renda. Há muito tempo escuto que o Rio grande do Norte é viável, mais precisamos desenvolver um estudo integrado de nossas potencialidades, como forma de atrair capitais que se interessem em explorar nossas riquezas em escala industrial. Não podemos mais esperar que algum empresário descubra o Rio Grande do Norte, temos sim, que elaborar vários perfis de projetos, mostrando as nossas potencialidades e apresentando nos fóruns de negócios do mundo inteiro, vontade política, talento para realizar e sair desta inercia que só sacrifica  a população local, vamos eliminar a burrice, a burocracia, a mesmice,ser criativo, inovador e entender que dirigir um Estado é bem diferente de ser dirigente de um município. Acorda Rio Grande do Norte.

sábado, 10 de novembro de 2012

Obstáculos

Comento em sala de aula dos fundamentos atuais que a maioria das nações tem aplicado como forma de atingir um crescimento e desenvolvimento sustentável, reduzir a pobreza, melhorar os indicadores sociais, reduzir as desigualdades regionais e buscar  maior eficiência.Os fundamentos que refiro-me são: Investimento em educação, maior integração a economia internacional, integração regional e social, respeito aos contratos, regras estáveis, estabilidade macroeconômica e economia  de mercado e livre competição. Acontece que entraves precisam ser eliminados para que as conquistas aconteçam como a reforma do nosso sistema tributário, previdenciário, trabalhista e político. Quanto ao sistema tributário a classe empresarial tem solicitado a muito tempo da necessidade de termos um sistema mais justo e competitivo que tenha como objetivo maior o crescimento sustentável,que crie empregos e diminua as grandes disparidades sociais deste país. O setor industrial que atualmente tem apresentados desempenhos abaixo do esperado sugere um sistema mais transparente, simplificado que desonere investimentos, exportações, importações,  o custo do trabalho e que privilegie a eficácia dos gastos públicos. No meu entender é o maior obstáculo ao desenvolvimento e crescimento das atividades produtivas deste país. Não existe no mundo um sistema igual a este, dificulta as empresas brasileiras se relacionar nos mercados globalizados.É antigo, envelhecido foi concebido quando a nossa nação vivia em um ambiente de completa desorganização econômica, vem sofrendo constantes modificações de caráter temporário que em nada contribui  em uma visão de longo prazo. É oneroso, complexo, causa insegurança jurídica e estimula a corrupção. O sistema tributário tem que ser entendido como um importante instrumento de desenvolvimento econômico e de redistribuição de renda. Quanto a questão distributiva, observa-se que o nosso sistema é fortemente regressivo, em função da predominância de impostos indiretos, diferentemente do que ocorrem em outros países. A elevada taxação do emprego formal leva a diminuição na contratação de empregados com carteira assinada. A ausência de vinculo formal reduz o investimento em treinamento e compromete a empregabilidade dos trabalhadores. Estimula a informalidade e cria dificuldades para a previdência, porque amplia o contingente de homens desprovidos de proteção no momento da aposentadoria, colocando nas gerações futuras mais um encargo a ser solucionado. Está claro que maior tributação ocasiona menor renda disponível, levando a redução do consumo das famílias e menor investimento nas empresas. Inflaciona preços, reduz empregos estimula informalidade e compromete a produtividade da nossa nação. O pior é mesmo tendo uma carga tributária elevada comparada aos países desenvolvidos e tendo uma contra prestações de serviços de péssima qualidade, mesmo assim o governo gasta mais do que arrecada, gerando um déficit orçamentário que desorganiza o sistema financeiro, os recursos que poderiam ser direcionados para a atividade produtiva é alocado para o financiamento público,estimulando juros e reduzindo consumo.A arrecadação excessiva realmente limita o nosso crescimento. Acrescente a este caos as outras reformas ( política, trabalhista e previdenciária). Um bom momento para que os nossos ilustres deputados e senadores terem o que fazer no novo ano que se inicia.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Equilíbrio

Qualquer nação independente da sua posição política, econômica e social busca entre os seus objetivos de política econômica, aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, distribuir melhor a renda e ter um controle nas  contas externas. Para que esses objetivos sejam atingidos elaboram as suas políticas: fiscal, monetária, cambial e renda. Essas políticas não são independentes como muitas pessoas acham são sim conflituosas e cabe as autoridades econômicas terem a habilidade e competência em calibrar os seus instrumentos com o objetivo de encaminhar o país para um  crescimento e desenvolvimento sustentável. As nações que optaram em estabelecer um Estado indutor constitucionalmente controlado tem conseguido resultados positivos, perceberam que precisam construir uma política fiscal voltados para o futuro, com déficits nominais aceitáveis,  com uma boa qualidade no financiamento de sua  dívida e um controle severo na relação dívida pública\PIB. Perceberam a importância de economizar nos gastos do governo criando condições para o surgimento da poupança pública para a realização dos investimentos, dar mais eficiência aos bens públicos que o mercado não tem condições de suprir. Ser possuidor de uma política monetária que garanta a estabilidade da sua moeda e de um sistema financeiro saudável que com as condições mais favoráveis da política fiscal permita fazer com que a nossa taxa real de juros se aproxime das taxas praticadas nas nações desenvolvidas. Estimular de forma horizontal os agentes econômicos, definir os marcos regulatórios dos mercados e estimular a sua concorrência e jamais maquiar os resultados da sua contabilidade nacional. O modelo macroeconômico brasileiro se sustenta em três pilares que são:  Metas de inflação, superavit primário e câmbio flutuante. A estabilização é uma conquista do povo brasileiro e estamos a dezoito anos colhendo frutos que são visíveis a todos os brasileiros.O nosso êxito é fruto de termos uma inflação controlada durante todos esses anos,a nossa situação fiscal tem melhorado fruto da queda dos juros  e por contribuir com melhores resultados nas nossas contas públicas, as nossas reservas internacionais aumentaram em razão do nosso melhor desempenho nas exportações.É preciso que, tanto os empresários, os comerciantes e trabalhadores façam as suas reivindicações de aumentos de preços e salários dentro das metas estabelecidas pela inflação e levando em consideração a produtividade atingida em cada setor .O governo para positivar as expectativas dos agentes precisa sinalizar para a sociedade que continuara a perseguir a redução da dívida pública e o Banco Central dar sinais de que jamais abandonara a meta de inflação estabelecida pelo governo. Lembrando o que nos disse o ex-presidente do Banco Central,o senhor Henrique Meirelles :"A melhor maneira de derrubar as taxas de juros é não se preocupar tanto com as taxas de juros  e sim com a inflação".Se essas condições forem consolidadas esperamos que a classe empresarial tenha capacidade de perceber a necessidade de novos produtos  ou serviços e que tenha certeza que conseguirá encontrar compradores que paguem um preço que compense os custos e lhe dê lucro e desenvolvam uma  estrutura industrial ou comercial que funcionem e que consiga operar gerando responsabilidades fiscais e monetária.Caminhando para uma maior eficiência econômica, reduzindo a pobreza, melhorando os nossos indicadores sociais e econômicos  e todo mundo trabalhando para o nosso desenvolvimento.