A Missão de Crescimento

Esta missão tem como foco prover o crescimento sustentável do PIB. Este crescimento está relacionado ao crescimento do produto potencial do país. Para que isto ocorra é necessário que a nação tenha capacidade de produzir bens e serviços ao longo do tempo. Se este aumento for superior ao crescimento populacional, confirma-se aumento em termos per-capita, que é considerado um dos principais indicadores do crescimento de uma economia. O crescimento da renda per-capita de uma economia exige que o estoque de capital deva também crescer acima do crescimento populacional e além do desgaste gerado pela depreciação do capital. Caso isto não ocorra a economia entrará em um estado estacionário. A acumulação depende, de dois fatores: 1- da taxa de poupança interna; 2- do investimento que representa o uso dessa poupança.Quanto maior a poupança gerada maiores serão as possibilidade de investimento na economia e quanto maior o investimento,maior será a relação capital-trabalho e maior a renda per-capita. Nos últimos anos verificamos avanços nos indicadores econômicos e sociais do nosso país , mais precisamos enfrentar um conjunto de ameaças que ainda compromete o nosso crescimento sustentável, tais como: ausência de infraestrutura, falhas na regulação, comércio ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade, vulnerabilidades às mudanças climáticas, eventos extremos, que tem vitimado centenas de famílias e iniquidades sociais ainda não corrigidas, como bem afirmou o profº Jacques Marcovitch na folha de São Paulo em 03/03/2011, em artigo cujo título é "O Brasil e os riscos globais". Outros fatores contribuem para o crescimento de uma economia, como o incentivo a inovação, que estimula positivamente a produção;Capital humano, que consiste no aprimoramento da mão de obra, que pode ser adquirida através da educação formal, do treinamento e da experiência;Mercado financeiro eficiente e competitivo que permita mobilizar poupanças e aplicá-las nas melhores alternativas de investimentos;Eficiência do investimento, que está associada a forma como é feita a alocação do capital na economia.Para que o crescimento sustentável aconteça é extremamente importante contrair e racionalizar gastos para fazer o Estado caber no PIB, o que ajudaria em muito a queda da taxa básica de juros, o aumento da capacidade de investimento público e o alívio da carga tributária.É preciso eliminar entraves burocráticos que só estimula a corrupção e ao desenvolvimento de novos negócios.Que o governo adote uma política industrial agressiva voltada para o desenvolvimento da inovação e dos setores de alta tecnologia. Chegou o momento de mudarmos esse crescimento baseado no alto consumo, gastos governamentais, pauta de exportação pouco diversificada e deficit orçamentário crônico para caminharmos em busca do aumento continuado da produtividade de tudo que integra o crescimento, como gente, máquinas e organização, que depende, em sua essência, do saber fazer e do fazer com eficácia como bem alertou o profº Martin Carloy da universidade de Stanford. Acorda Brasil.

A Missão Regulatória

A missão regulatória tem como foco suprimir falhas no mercado e conflitos. Independentemente das conquistas do nosso sistema econômico,político e social ainda persistem carências que precisam ser resolvidas, tais como: falhas na regulação, ausência de infraestrutura,comércio ilícito , crime organizado, perda da biodiversidade, fragilidade na gestão pública , insegurança jurídica, sistemas tributário, previdenciário, trabalhista e político defasados da nova realidade mundial, péssima distribuição de renda e aprendizagem de baixa qualidade. Para que ocorra essas mudanças, muitas depende de reformas constitucionais, que com certeza muitos agentes reagirão e levara um bom tempo para a sua aplicação e os seus efeitos na economia somente serão sentidos mais à frente. Para evitar que esses problemas dificulte ainda mais a realização do nosso projeto de poder, prosperidade e prestígio, faz necessário o governo central adotar uma política de parcerias com as grandes empresas brasileiras e estrangeiras, que concilie interesses e estabeleçam uma convivência amigável com o setor privado. Reconhecendo as suas limitações físicas e humanas e consolidando o surgimento de um Estado indutor. Necessitando para tanto, definir com clareza os marcos regulatórios e que sejam bem previsíveis. Muitas empresas estão dispostas a assumir riscos em muitas atividades que hoje apresenta-se deficitária, sem qualidade e prejudicando toda a cadeia produtiva e deixando as empresas brasileiras sem poder competir com as estrangeiras em termos de exportação e importação.Uma das maiores dificuldades interna é a ausência de um sistema tributário moderno que estimule os negócios a serem mantidos, expandidos e facilite o surgimento de novos empreendimentos, reduza a informalidade e de uma logística que integre todo o espaço geográfico do país. Para isso, basta adotar uma política de concessão de rodovias, privatizar aeroportos,terminais portuários, ferroviários, hidrovias , estimular o uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente, a exploração de energia renováveis e convencer o congresso nacional da necessidade da aprovação de novas regras a serem implantadas no país como condição de caminharmos de maneira sustentável e sem interrupções rumo ao desenvolvimento, tão sonhado pelo povo brasileiro. Como bem definiu a nossa presidente Dilma Rousseff " Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos".

A Missão Alocativa

A missão alocativa tem como foco orientar recursos para os setores produtivos. Existe uma série de dificuldades que fazem com que as empresas brasileiras percam a capacidade de exportar e concorrer com o produto importado em função de fatores que independem de seu controle e ação. Podemos citar apenas duas que no meu entender cria obstáculos aos ganhos de produtividade ( tributação e a ausência de infraestrutura "tangível e intangível" ).O Brasil nos últimos anos tem investido muito pouco em infraestrutura o que pode comprometer o seu progresso amanhã. Reduzir a carga tributária dos quase 37% do PIB, que só onera o custo dos produtos, diminuindo o poder aquisitivo dos trabalhadores e dificultando a margem competitiva dos empresários brasileiros ante os produtos que são importados é condição necessária e suficiente para consolidarmos o nosso projeto de poder, prestigio e bem estar da população. No mundo atual o papel do Estado é de produzir bens públicos, estabilizar a moeda, aumentar a igualdade de oportunidades para todos através de uma educação de qualidade, estimular a poupança interna e direcionar recursos para a construção de uma rede logística que integre todo o espaço geográfico (rodovias, energia, portos, aeroportos e ferrovias).Além disso, estimular linhas de financiamentos de longo prazo por parte dos bancos privados e públicos direcionados para o setor privado que hoje só depende do BNDES. O setor privado, necessita de crédito contínuo e a juros que estimule os investimentos. Ampliar a nossa estrutura produtiva é evitar que a economia desacelere em razão dos aumentos de juros a cada sinal de inflação provocada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda.O Brasil precisa sim, que sua produção pare de correr atrás do consumo, para que isso ocorra é necessário que o setor público cumpra com suas tarefas e uma delas é se libertar de uma doença crônica que assola este país a muitos anos ,que é eliminar o seu deficit orçamentário. Criar poupança pública para investir nos grandes gargalos que dificulta o nosso desenvolvimento. Consolidar um Estado-indutor, forte e ágil, que reconheça as suas limitações físicas e humanas, que saiba buscar junto as empresas nacionais e estrangeiras parcerias para a consolidação de projetos que irão proporcionar enormes ganhos de produtividade para a nossa nação é uma questão urgente a se fazer.É preciso aprovar marcos regulatórios que evite conflitos amanhã, delegar as agências reguladoras poder de ação e estruturá-las de pessoal qualificados para dirigí-las .O profº Maílson da Nobrega em artigo na revista veja de 9/3/2011,cujo título é "A produtividade é decisiva.Como obtê-la", resume muito bem o que temos que fazer, diz o mestre:Já se sabe que o desenvolvimento envolve três elementos fundamentais: 1-investimento (máquinas, instalações, infraestrutura); 2- incorporação de mão de obra ao processo produtivo; e 3- ganhos permanentes de produtividade. A produtividade deriva de muitos fatores, com destaque para a educação, que é a base do conhecimento e daí da inovação e da tecnologia. Boas instituições e gestão pública adequada aumentam a produtividade via menos burocracia, menores custos e mais eficiência". Necessitamos de um programa econômico sólido, que nos garanta crescimento sustentável contínuo, é preciso investimentos em infraestrutura e principalmente em apredizagem de qualidade, caso contrario não chegaremos ao estágio de desenvolvimento que tanto sonhamos.

A Missão Distributiva

A missão distributiva tem como foco prover uma vida digna para todos. O nosso país é dualístico, persistem graves disparidades regionais e de renda. Temos problemas internos que exigem uma solução na saúde, educação, segurança e em outras áreas, onde os indicadores de eficácia (fazer o que é certo) e eficiência ( fazer bem feito) estão bem distante do ideal.Não podemos manter harmônia interna, quando a maioria das pessoas passam por sérias necessidades e uma minoria detentora de muitos recursos morre de medo de ser assaltada, fruto perveso da injusta distribuição de renda do nosso país. Nos últimos anos temos observado uma melhoria na vida de milhares de famílias, fruto dos programas sociais implantados pelo governo, independente de falhas em sua implantação, permitindo a muitos brasileiros excluídos de ter esperança por um futuro melhor.Faço, uma diferenciação entre programas sociais e assistêncialistas, o primeiro muda o destino das pessoais é o que precisamos fazer e o segundo muda a vida das pessoais mas não permite mobilidade social para que possam desenvolver-se e se tornarem independente. É bom lembrar que esta população que se beneficia dos programas que compõe a rede de proteção social espera-se que a diminua no transcorrer do tempo, a medida em que a educação , saúde, cultura, emprego e renda se universalise dentro do nosso país. A inclusão é o nosso único caminho. Tenho dito com frequência, em sala de aula que o grande desafio deste século é termos a capacidade de implantarmos uma educação de qualidade em toda a cadeia educacional. Priorizar a educação é a nação consolidar valores éticos e morais identificados nas crenças pessoais e coletivas é essencial para a percepção sobre o sentido da vida e do mundo, consolidando a democracia, a liberdade, a tolerância e dando garantias de oportunidades a todos os brasileiros.Logo o conhecimento é e será o fator decisivo de diferenciar as nações, essa deverá ser a nossa visão que reflete onde queremos chegar, é a imagem que queremos no futuro construir.A visão que buscamos é uma meta estimulante e tem como objetivo maior unificar os nossos esforços, não é uma questão de governo é uma questão pública é de todos nós, ela alavanca a nação criando internamente tensões criativas em todas as organizações,seja pública, privada e do terceiro setor. A missão do governo Dilma, cujo objetivo maior é combater a miséria , é inspiradora, estimulante e deverá servir de trilha para que todos possam caminhar por muito tempo. A missão é a resposta do governo, para as perguntas " por que e para que existimos e onde queremos chegar". A missão e visão são elementos chaves para que a nossa pátria possa tomar as decisões mais relevantes , tais como: O que será mantido, expandido ou até descontinuado,onde o governo quer chegar, que competências terão que ser desenvolvidas e onde encontrar recursos para viabilizá-la. Precisamos criar o nosso modelo de desenvolvimento e que sirva de referência amanhã para outros países, fundamentado no uso inteligente dos nossos recursos com respeito ao meio ambiente. Só assim poderemos nos orgulhar de sermos em um futuro não tão distante uma grande nação.