sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pavarotti

Uma das vozes mas bela dos últimos tempos, com certeza foi e é a do tenor italiano Luciano Pavarotti. Não existe coisa melhor do que escutá-lo, cantando só ou com outros artistas, passo horas a frente da televisão assistindo aos vários DVDs que possuo deste grande artista. Os grandes encontros que aconteceram na cidade italiana de Modena, para ajudar as crianças vitimas da fome e da guerra são inesquecíveis. Sua voz é envolvente, maravilhosa ou melhor diferente de todos os outros cantores, se sobressai das demais, enriquece qualquer canção, da vida as composições e faz com que nós esqueçamos por uns momentos das dificuldades por que passamos. A sua popularidade no mundo é espantosa, qualquer indivíduo de qualquer lugar do planeta terra o identifica imediatamente quando o escuta. O trabalho que desenvolveu a frente de sua fundação é elogiável, permitindo a muitas crianças se recuperarem do trauma da guerra, sinalizando um amanhã de paz e tranquilidade para milhões de pessoas que foram impedidas de viverem em sua plenitude pela incapacidade daqueles que dirigem suas nações. A participação de grandes artistas nesses encontros, torna ainda mais rico o seu contéudo,onde podemos constatar o poder da música que é universal e homogênea em todos os sentidos. As partes se entendem, cada elemento que participa deste sistema, como: instrumentistas, a composição, a voz, o coro e o público se interagem com uma energia tão contagiante que faz com que nós que assistimos, fiquemos completamente anestesiado com aquela alegria que o encontro proporcionou. Este homem, com esta voz belíssima que Deus lhe concedeu tinha nas mãos o maior instrumento de paz que a humanidade conheceu. A sua força é incalculável, fazendo com que os homens se rendam ao seu poder e as suas diferenças sejam resolvidas dentro da harmonia musical.Para mim sempre o considerei um homem universal, deixou de ser italiano a muito tempo, pertence ao mundo é de todos nós. Que sirva de lição aos nossos políticos do planeta terra, que existe sim, meios capazes de unir os diferentes povos em favor do nosso desenvolvimento humano é só querer fazer, linguagem universal possuímos e quando bem utilizada não tem que resista, o mundo quando foi criado, tenho certeza que Ele estava extremamente inspirado musicalmente para dar, tamanha harmonia planetária.Precisamos isto sim,ter está capacidade de criação para eliminarmos as diferenças absurdas entre os povos, sua destruição continuada que tanto sofrimento nos proporciona, nas diversas guerras sem sentido. Espelhe-se neste grande tenor que nos ensinou como provocar em milhões de pessoas, alegrias, prazer, satisfação e irmandade, utilizando uma única arma, sua voz. Só assim garantiremos a continuidade da vida, dom precioso que nos foi dado e que tanto temos maltratado ao longo da nossa existência. Está decidido, é com os ensinamentos deste grande tenor, que iremos reger este mundo tão conturbado, melancólico e triste, o transformando rapidamente no ambiente tão sonhado por todos nós, que é viver intensamente cada instante em paz, alegria e em plena harmonia musical.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gentileza

Recentemente assistindo a um programa de televisão choquei-me vendo idosos reclamarem do tratamento que recebem das pessoas nas diversas demandas que necessitam suprir para atender aos seus desejos e necessidades.Seja no transporte coletivo,agências bancárias,cinemas, lojas, teatro e até dentro da sua própria casa, sinalizando a completa falta de tolerância e paciência com as pessoas da terceira idade. Prova concreta da falta de educação doméstica que impera ainda nos lares brasileiros em respeito aos mais velhos.É bom lembrar que a sociedade brasileira está envelhecendo, a expectativa de vida aumentou e o índice de natalidade tem diminuído entre as famílias, apontando para em breve termos um contingente considerável de homens e mulheres idosas. Necessitando que a sociedade o contemple com um conjunto de serviços que hoje eles não dispõe, haja visto que sua contribuição ao longo da vida para o desenvolvimento do país já foi dado.O que espanta-me é a falta de gentileza com os nossos velhinhos, parece-me que os jovens de hoje perderam a noção de que os velhos serão eles amanhã e com certeza passaram pelos mesmos constrangimentos em que se encontra os atuais e se alguma coisa não for feita, teremos em breve uma situação que nos envergonhara como seres humanos.Muitas famílias, principalmente nas regiões mais pobres do Brasil, o fluxo de aposentadorias é uma questão de sobrevivência, sem esta renda não teriam a mínima condição de atender as suas necessidades básicas, onde o pequeno comércio da região se mantém em função dela.Muitos empreendedores, começaram a visualizar um novo nicho de mercado, que poderão ser explorados em diversas áreas, tais como:hotéis, pousadas, passeios, universidades, acompanhantes, vestuários, alimentação e saúde, voltados exclusivamente para está faixa etária.Ao governo cabe ao meu ver, realinhar as políticas públicas tendo em vista a mudança da nova composição etária da nossa população.Algumas organizações não governamentais tem tomado iniciativas para proporcionar aos idosos dignidade nos últimos anos de sua existência.O que eles mas reclamam, é a falta de atenção que nós o dedicamos, falta respeito, carinho e compreensão nas suas reivindicações para se sentirem felizes e muitas vezes nos negamos,tratando como um objeto descartável,um incômodo dentro de casa, situação que diariamente é apresentado na mídia televisiva e jornalístico.Ingressamos neste século, com a pura certeza que em breve,teremos uma modificação enorme na composição etária da nossa população, exigindo de todos, mudanças em nosso comportamento com o próximo e lembrando mais uma vez aos jovens de hoje, que eles serão os idosos de amanhã e que o tempo que nos transforma todos iguais não é uma invenção dos homens e sim do grande arquiteto do universo que socializou para todos, independentemente de classe social o mesmo caminho a percorrer até ao seu chamado final.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cunhadas

Tomei a liberdade de expressar minha gratidão e respeito pelas minhas cunhadas que tantas alegrias tem proporcionado-me, durante todos esses anos de convivência.



Casar com a filha mais nova de uma família de treze irmãos tem as suas vantagens, eu que o diga, refiro-me ao tratamento que recebo de todos indistintamente.Como alguns estão espalhados em diversas capitais do país, não tive tanta aproximação, mas mesmo assim, nos comunicamos e atualizamos as nossas informações.Mas quanto as cunhadas não poderia deixar de expressar a minha satisfação pela atenção que recebo até exagerada de algumas.Não conto as vezes em que fui e sou bem recebido por todas e a atenção a mim proporcionado é admirável,deixado-me em muitas ocasiões, até sem jeito em poder retribuir tamanha gentileza.São diferentes na maneira de agir, mas todas tem qualidades exemplares para transferirem aos seus filhos e netos.Extremamente dedicadas aos filhos e maridos e até aos ex-maridos, alegres e vencedoras nas áreas que atuam.Assim são elas, obstinadas em seus objetivos e de vez em quando nervosas, irritadas são um perigo, mas logo passa e em nenhuma fica ressentimentos e mágoas.Sempre estão todas reunidas, para atender a algum membro que delas necessitam, são solidárias em todos os sentidos.Algumas por serem mais alegre e descontraída e ter gostos parecidos com o meu estabelece uma relação mas aproximativa e grandes momentos que passamos juntos, tornaram-se inesquecíveis e sua ausência, quando prolongada já incomoda-me e fico ansioso em poder logo nos encontrarmos.Um fato interessante é o respeito dos seus filhos por mim,sinal que foram bem educados e são muito responsáveis nas suas ações,proporcionando muitas alegrias e orgulho a todos.Quando conseguimos reuni-lás em algum evento familiar, é que podemos constatar as suas qualidades, desdobram-se em atenção e carinho, os assuntos fluem, muitas vezes de forma séria e em alguns momentos engraçados,nos levando a passar horas com elas e vivenciar um momento rico e inigualável no seio familiar e isso as minhas cunhadas são imbatíveis e só elas são capazes de realizar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Impunidade

Não existe maior doença neste país que a prática da impunidade que nos envergonha e faz do povo brasileiro se transformar em verdadeiros imbecis.Aos poderosos aplicá-se o carinho da lei, o benefício, as facilidades, as trocas de favores, e o uso corrupto das generosidades, onde cada vez mais a nação fica dividida, diminuída e a sua posição perante o mundo ridicularizada. Aos pequenos não, aplica-se a lei com todo o rigor, para provar a moralidade e a integridade dos poderes constituídos.Eu pergunto? O que aconteceu a José Sarney, Roseane Sarney, Jader Barbalho, Collor, Antonio Carlos Magalhães (esse já se foi, para o bem do Brasil),o juiz Nicolau , a turma do mensalão e tantos outros, nada, absolutamente nada.Muito pelo contrário, foram premiados, muitos assumindo funções relevantes neste país, só o juiz é que está repousando em casa com a sua remuneração extremamente generosa sendo paga em dia,não tenho certeza, mas neste país tudo é possível.O considero verdadeiro gênio, roubar cento e sessenta milhões de reais do país, sem ser molestado por nenhum órgão federal, (Banco do Brasil, Receita Federal, Banco Central e a Polícia Federal). Sendo descoberto graças ao genro que o denunciou, caso contrário estaria até hoje no poder.Não sei , se o que ocorre no meu país é fruto da sua origem , como já afirmava o professor Roberto Campos: o nosso caldo cultural ( cultura Ibérica-Privilégios;cultura Africana-Magia e a cultura indígena-indolência), para impor ética nesta nação não é fácil.Até quando esta safadeza vai durar, não sei dizer, somos um povo que utilizamos a violência justamente naqueles que nenhum mal nos proporcionou e não exigimos nada para impedir que está corrupção desenfreada acabe. O que aconteceu agora em Brasília, está acontecendo, em outros lugares, isso não tenho a menor dúvida.O ambiente político no Brasil é o caminho mais fácil para a prática do enriquecimento ilícito. Precisamos impedir que esses homens permaneçam no poder, interferindo e definindo os caminhos que a nação brasileira deve seguir.Se fôssemos, listar, nominalmente os infratores deste país, se faz necessário criarmos um banco de dados, com grande área de armazenamento para suportar a imensa carga de informações.Por sinal é uma ideia interessante, onde poderíamos disponibilizar para o mundo, a relação de homens que tanta perversidade tem cometido com o povo brasileiro.Precisamos urgentemente convocar a sociedade brasileira, para exigir que este absurdo, que estár se agigantando de forma vergonhosa e comprometendo as gerações atuais e futuras em não acreditar na nossa justiça , pelo menos se reduza, a níveis aceitáveis, já que não podemos controlar todas as ações desses cafajeste que estão em várias posições nos três níveis de governo(federal ,estaduais e municipais). Comprometendo o comportamento dos nossos jovens e colocando em risco a democracia que foi conquistada com tanto sacrifício pelo povo brasileiro.

domingo, 29 de novembro de 2009

Produto Interno Bruto

O Produto Interno Bruto é composto hoje ao meu ver por cinco setores econômicos: o primário, secundário, terciário, quaternário e o quinário.No primário, estão as atividades relacionadas à agricultura e à pecuária; o secundário as atividades industriais, a indústria extrativa, de transformação, construção civil, e os serviços industriais de utilidade pública, como energia elétrica, telecomunicações e outros serviços;o terciário as atividades relacionadas ao comércio, atacadistas e varejistas, setor financeiro, transportes e outros serviços; o quaternário,representa a sociedade informatizada (telecomunicação, hardware e software) e finalmente o setor mais relevante deste século que é o quinário, nele está relacionados o conhecimento, a criatividade e a inovação (concepção, design, moda, robótica, engenharia genética, biotecnologia, nanotecnologia, consultoria de alto nível e uma infinidade de processos inovadores em andamento).O seu crescimento é extremamente importante, caracteriza que a economia do país gerou mais riqueza e emprego, porém visto isoladamente não permite que tenhamos condições de afirmar que houve uma melhora significativa nos padrões de bem estar material de toda a sociedade.É preciso entender que o PIB per capita é uma renda média da população e portanto não consegue informar com precisão como ela está sendo distribuída entre os diversos grupos da sociedade. Para verificarmos a sua evolução de forma mais detalhada é importante analisarmos as variáveis que influenciam cada um dos elementos que compõem a chamada demanda agregada: O consumo, investimento, gasto público, exportações e importações. Como sabemos, o consumo depende da renda disponível, do crédito, juros e prazos de financiamento.O investimento, também depende das taxas de juros e de recursos para o seu financiamento.O gasto público, tem relação direta com a vontade política do governante em querer solucionar determinados problemas que afligem a sociedade.Finalmente , a exportação e importação dependem da taxa de câmbio, da renda externa e da demanda interna, tarifas , aliquotas e créditos para a sua realização.Com esta análise, já nos permite uma visão mais acurada das intenções governamentais, em direcionar recursos para estimular os setores produtivos e atender as demandas sociais das camadas mais carente da sociedade, que são gritantes. Alardear que no próximo ano voltaremos a ter uma taxa bem superior a que teremos este ano, para mim não significa nada, a não ser que venha acompanhada de melhorias significativas na distribuição desta riqueza gerada, na saúde, segurança, educação e de empregos de qualidade.Caso contrário, continuaremos como um país que é possuidor de uma das piores distribuições de renda do mundo, dividido, poucos com muito e muitos com poucos.Esta questão já não é um problema econônico a bastante tempo, é sim um problema de ordem política em querer resolvê-la.Os dados oficiais nos mostra que os ricos continuam mais ricos, os miseráveis, sendo atendidos pelos programas assistêncialistas e a classe média em via de extinção, cada vez mais empobrecida, por uma política tributária vergonhosa, contraditória e estimuladora a concentração de renda. Aqui, quem ganha menos, paga mais tributos em relação a quem ganha mais.Logo, o crescimento do PIB, visto isoladamente, não significa muita coisa para a sociedade,talvez seja muito bom para o marketing político ou quem sabe para os ricos que mantém fortes laços de amizades com a estrutura governamental, já que são seus agentes financiadores de campanha e em troca exijam a manutenção do quadro atual.Muita paciência Brasil.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Desemprego

Em quase toda a mídia assistimos aos debates,pronunciamentos, artigos, posições de muitos intelectuais e um conjunto enorme de soluções são apresentadas sobre a questão que mais agoniza a sociedade brasileira que é o desemprego.As taxas atuais são gritantes,principalmente nos grandes centros urbanos,contribuindo enormente para o aumento da violência que tem deixado a nossa população apavorada com as estatísticas que nos são apresentadas diariamente.A questão do desemprego não se limita aos países pobres ou em desenvolvimento, é também preocupação permanente das nações ditas de primeiro mundo, como exemplos temos a Espanha, Alemanha, França e Inglaterra.Segundo dados da OIT(Organização Internacional do Trabalho), nos aponta que cerca de 17% da população terrestre, apta para o trabalho, não tem espaço para desenvolverem as suas habilidades.Tive a oportunidade de assistir e participar de diversos debates sobre esta questão e observei que muitas pessoas apontam como responsáveis direto desta situação o avanço tecnológico, a robotização acelerada das empresas, em buscarem a todo instantes aumentos continuados de produtividades,principalmente quando sabemos, que hoje as empresas brasileiras não competem só com grupos domésticos ou do Mercosul, mas sim globalmente.A minha opinião é que os avanços tecnológicos são irreversíveis, e esta busca em produzir mais com menores recursos é uma questão de sobrevivência e que a solução para este problema está justamente na ausência da educação.Na sociedade brasileira, a maioria da classe trabalhadora têm um nível de escolaridade ainda muito baixo e as tarefas hoje exigidas pela maioria das organizações requer um novo perfil de trabalhador.Tenho plena consciência que desempregados sempre existirão,mas tenho certeza que o problema atual vivido pela maioria dos que buscam trabalho é fruto de erros passados de não termos investido maciçamente em educação, como bem nos ensinou a Coréia do Sul.O aumento da escolaridade por parte do trabalhador, tem relação direta com uma maior possibilidade de encontrar uma ocupação, gera maiores ganhos de renda, adapta-se rapidamente as mudanças tecnológicas que o mundo moderno cria de forma continuada.A sociedade avança a passos largos, as pessoas são levadas a entender que seu aprimoramento tem que ser de forma permanente, já não basta um diploma universitário é preciso incorporar novas atitudes e se desvincular de certos vícios do passado.Mudar sua maneira de pensar se realmente quer permanecer sempre ocupado.A visão antiga, que ainda prevalece em muitas pessoas que preferem a segurança,não alterar a sua área de conforto em vez de assumir riscos, acabou.Hoje a instabilidade e a falta de ordem no mercado do trabalho devem ser vista como um estímulo aos trabalhadores, em entenderem que para evoluirem precisam se inflacionarem de novas habilidades e competência.Tenho dito, aos meus alunos universitários que não se preocupem com os dados estatísticos, busquem isso sim, incorporarem as suas habilidades, novos conhecimentos, como o domínio se possível de duas línguas (inglês e o espanhol), absorvam os conhecimentos básicos da informática, instrumento vital em qualquer empresa , ampliem a sua rede de relacionamento e aprimorem a sua cultura geral.Além disso, aprecie o novo, seja flexível, determinado e saiba adaptar-se a velocidade das mudanças.Com certeza, o seu momento chegará e quando chegar, esteja preparado, caso contrário, continuará no contingente dos desempregados.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Desigualdades

Qualquer brasileiro ao viajar pelo país, para uma cidade de médio e grande porte e se der ao trabalho de conhecer os bairros que forma estas cidades ou a sua área metropolitana se defrontará com uma situação de miserabilidade gritante, são áreas onde residem os excluídos e que não estão ao alcance dos olhos de nossos visitantes e tão pouco dos nativos de classe média e rica. Os fenômenos de favelização, violência urbana, droga, desemprego, problemas de trânsito, excesso de falta,abundância de inexistência e exagero de escassez, retrata esse lado cruel a que está submetido milhões de pessoas.Como sabemos o processo de urbanização no Brasil se acentuou a partir de 1950, como consequência do crescimento industrial, principalmente na região sul e sudeste, embora no nordeste, norte e centro oeste este processo também tenha ocorrido com certa defasagem.Criando um crescimento desordenado nas suas áreas metropolitanas, exigindo elevados recursos para investimentos em infraestrutura urbana.O pior é que nascem mais entre os que têm menos:menos educação, menos saúde, menos poder aquisitivo,menos segurança,menos lazer e menos poder político.Segundo os demógrafos a fecundidade é uma das variáveis mais utilizadas para revelar as desigualdades entre os moradores destas regiões.Nestes espaços geo-econômicos, constata-se a coexistência de três cidades dentro de uma mesma cidade: a cidade dos miseráveis, a cidade da classe média e a cidade dos ricos. Presenciamos em qualquer cidade que formos, um aumento considerável de pobres que nos envergonham, prova concreta da péssima distribuição de renda deste país, muitos com pouco e poucos com muito.Embora reconheça o esforço do governo em direcionar recursos para esta população tão carente e necessitada, através dos programas sociais que no meu entender está mal conduzida.Sou favorável a ampliação dos programas sociais, que têm como objetivo mudar o destino das pessoas e não aos programas assistencialista que só mudam as suas vidas e em nada contribui para a sua liberdade social, econômica e política. Se faz necessário conhecer em profundidade as implicações da dinâmica demográfica por parte dos responsáveis pelo planejamento das políticas públicas municipais, como parte integrante das formulações de políticas, programas e estratégias de desenvolvimento social para as cidades brasileiras. Afinal a sociedade brasileira precisa reagir se questionar, se quer conviver eternamente com esta situação degradante, a que é submetido milhões de brasileiros no seu dia à dia e sem nenhuma expectativa de melhora nas suas condiçoes de vida ou melhor sem esperanças no amanhã. Acorda Brasil.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Educação

É lamentável a situação que passam os funcionários e professores das escolas públicas nos três níveis de governo no Brasil.A insatisfação que hoje reina em relação as péssimas condições físicas, materiais e as ridículas remunerações que estão submetidos é uma prova da desatenção dos nossos governantes em relação a educação. Não existe no mundo, ambiente tão rico, promissor,gerador de externalidades positivas, criador, contestador que o meio educacional. Fazer parte dele é ter a oportunidade de no dia à dia se enriquecer nas conversas com seus pares, alunos, bibliotecas, teses e exposições das mais variadas tendências. Contribuindo de forma direta, para que os nossos jovens tenham uma visão crítica do mundo.Permitindo que amanhã sejam eles que criem novos paradigmas e que logo serão substituídos por outros, estabelecendo uma dinâmica viva e contínua na busca de novas descobertas, para que possamos melhor entender o mundo em mudanças em que vivemos.As greves sucessivas,corrupção, falta de verbas e as disputas nos tribunais pelas perdas salariais ao longo do tempo, só tem alimentado para que tenhamos um ambiente frio,sem entusiasmo e comprometedor na criatividade, eliminando o que de melhor existe, que é o calor das discussões e os debates de posições.Só quem perde é a nação, por não possuir um ambiente efervescente e criativo, refletindo na juventude, que vivenciando este quadro de melancolia, o único desejo é livrar-se o mais rápido possível desta obrigação, levando dentro de si, uma semente de desilusão de um período que deveria ser rico em todas as dimensões de suas vidas.Até quando o ensino neste país será visto como despesa e não como investimento, parece-me que possuir pessoas livres, instruídas, cultas e críticas é um incômodo.É bom lembrar que a liberdade educa e a educação liberta. Não pode ser vista como um obstáculo e sim como dever do estado. Aqui se paga bem a quem julga e muito pouco para quem educa, daí a nossa dificuldade de atrairmos os talentosos para a área da educação e ao mesmo tempo comprometendo a formação dos nossos futuros líderes. Qualquer nação desenvolvida tem neste ambiente um parceiro, é parte integrante do seu governo, a uma estreita relação entre eles é extremamente útil nas decisões que requer maior complexidade.Devolver ao ambiente educacional estas características é que a torna diferente de qualquer outra atividade desenvolvida pelo homem.Requer do governante, vontade política de ter dentro da nação um conjunto de homens e mulheres motivados, criativos, contestador e acima de tudo entusiasmados com o que faz.Estamos inseridos neste momento histórico de nossas vidas, na sociedade do conhecimento, onde o principal ativo de qualquer nação é o seu quadro de educadores bem preparados em todas as áreas do saber.Logo necessitamos reverter esta situação agonizante de uma vez por todas, para que os nossos jovens possam ter hoje e sempre a oportunidade de vivenciar o aprendizado e recordar para sempre deste meio tão rico que tanto contribuiu para mudar o seu caráter e assim ter mudado o seu destino. A sociedade brasileira precisa se rebelar contra a naturalização de um país separado e desigual se faz necessário construir um novo país e o melhor caminho é começar pela educação.

domingo, 8 de novembro de 2009

Modernidade

No mundo atual verificamos várias contradições, uma delas é com o comportamento das pessoas no seu dia à dia. Esperava-se que neste século trabalhássemos menos, tivéssemos mais tempo para a criação, lazer,família e fôssemos menos estressados.Mas o que observamos é justamente o contrário:muito trabalho,pouco tempo para usufruir as coisas boas da vida, extremamente mal humorado, sem tempo para a família e os amigos.O avanço tecnológico que é irreversível, disponibilizou uma série de facilidades para o nosso bem estar, mas não foi capaz de tornar a nossa vida mais feliz.Basta olharmos os dados da violência que ocorre em todo o mundo.Desde as nações ricas as mais pobres, nos apontando que alguma coisa está errada, não encontramos ainda uma maneira de reduzir tantas angústias e frustrações neste mundo dito moderno.O sistema capitalista tem em sua essência a destruição do velho e a busca continuada do novo, sem ele, o sistema não funciona, necessitando desesperadamente da criação,que é fonte vital para a sua perpetuação, apresenta uma dificuldade enorme em distribuir os seus benefícios a toda a sociedade.Criando disparidades absurdas na qualidade de vida das pessoas, entre as várias nações do nosso planeta.Mesmo nas nações prósperas, encontramos uma série de contradições, grande população carcerária, violência urbana crescente, falta de perspectivas futuras e um desânimo acentuado quanto as tarefas que hoje são obrigadas a executarem.Eu pergunto,que sociedade é esta que construimos?. Para onde caminhamos?.Será que o bem estar de poucos em detrimento da miséria de muitos é condição necessária e suficiente para a manutenção do modelo vigente.Quanto tempo necessitará o homem para compreender que a vida do jeito que estar, jamais irá contemplar a nossa felicidade e a realização como ser racional a cada ano se distancia de materializar-se.Levando a crer, que chegará um momento, em que o mundo não suportará tamanha insensatez e que o melhor é nós abandonarmos este planeta em busca de uma nova civilização.Como conseguirmos isto?.Não sei, qual o caminho a seguir, não tenho a menor ideia.Mas uma coisa tenho certeza, e as informações estão disponivéis para comprovar a insatisfação das pessoas com este nosso modo de viver. O número de suicídios tem aumentado de forma vertiginosa, seja nos países ricos ou pobres, sinalizando para muitos que não vale a pena mais viver neste sistema que o próprio homem construiu.Aguardamos, se é que ainda temos tempo suficiente,para aqueles que decidem, compreenderem que o modelo esgotou-se, não respondem as reais necessidades da civilização atual."O encontro em Copenhague poderá si tornar um bom momento para refletirmos esta situação". Não proporciona a nós humanos aquilo mas singelo que tanto buscamos que é a grandeza de vivermos felizes.Exigindo, a construção de um novo ambiente político,econômico e social,para perpetuarmos nas gerações futuras a alegria de viver, que tem sido por tantos anos nos negado neste mundo dito moderno.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Presidiário

É lamentável como determinadas sociedades tratam a sua população carcerária, cujo objetivo é reconduzir os homens a viverem segundo as normas estabelecidas por ela.Aqui no nosso país temos um sistema prisional antiquado e desumano, a situação é tão degradante,humilhante a ponto de nós mesmos não acreditarmos que essa verdade exista.Ao ler "Estação Carandiru", belíssima obra do Dr. Drauzio Varella, esperava que a sociedade brasileira despertasse deste absurdo em que vivem muitas pessoas, sem nenhuma chance de se adaptarem a uma vida normal pela brutalidade das condições que estão sujeitas.Somos um país que mantemos, um conjunto de homens e mulheres espalhadas em nosso espaço físico, nas condições de vida mais ridícula que uma pessoa pode chegar, ou melhor, somos o grande alimentador das futuras violências.Esses homens, não terão a mínima condição de galgar alguma posição social digna, vivendo em um inferno, que o estimula cada vez mais a serem violentos.A carta magna de qualquer país, tem como princípio, proteger o melhor de nós e defender o pior de nós.Mas não é isso que acontece por aqui.Precisamos urgentemente reverter este caos do nosso sistema prisional, criando uma nova estrutura que permita aqueles infratores, pagarem por seus erros, mas orientando-os, através da educação e do trabalho as regras da boa convivência.A quantidade de motins, verificados em quase todos os presídios do nosso país e até mesmo em outros países, nos indica que este sistema fracassou, precisa ser revisto urgentemente.Mantermos um contingente de homens ociosos, quando sabemos que mente ociosa é moradia do demônio,requer uma política de ocupação agressiva, precisamos inflacionar de conhecimentos e competências estes homens, para que possam aprender um ofício e sonharem em ter uma vida digna, quando amanhã forem libertados.Não é aceitável, em pleno século XXI, assistirmos a humilhação a que essas pessoas são submetidas todos os dias e pior sem nenhuma perspectivas de melhoria futura para que possam exercer dignamente o seu direito primário de viver.

domingo, 1 de novembro de 2009

Criação

A expansão da criação nas artes repousa na necessidade de se ter um ambiente de liberdade de expressão.Quando hoje, analisamos o período da ditadura militar vivido pelo nosso povo é que constatamos o grande desperdício de obras fantásticas elaboradas pelos nossos artistas e que foram censurados sem um motivo claro, achando que pudessem conturbar o meio político vigente.Negando a sociedade o acesso a tantos conhecimentos preciosos para que pudessem refletir, admirar,negar,criando no seu seio a capacidade de criticar e consequentemente, desfigurando o seu engrandecimento.Como bem definiu Tolstoi,sobre este assunto: "A arte é a atividade humana que consiste em um homem comunicar conscientemente a outros, por meios de sinais exteriores, os sentimentos que vivenciou, e os outros serem contaminados desses sentimentos e também os experimentar". Negar a possibilidade de criar é tornar a sociedade regressiva, sem caminhos e alternativas para a sua evolução.Quantas mensagens dos nossos artistas nos vários campos da arte foram impossibilitados de serem conhecidas pelo nosso povo, na pura ilusão que eram abusivas e perigosas para a manutenção do poder, criando isso sim, um enfraquecimento no ato da criação, negando a sociedade o que ela tem de melhor, a busca consciente de julgar o bem do mal, e extraindo para si valores que estavam adormecidos e que foram lançados pelos homens que a criaram, permitindo a todos a buscarem o caminho de seu crescimento pessoal.O que pensar daqueles que negou e dos atuais que ainda querem negar, dificultar, e não alimentam a fomentar o poder da criação, no mundo veloz, dinâmico e extremamente evolutivo como o nosso?.Como o poder constituído deve nos dias atuais, conviver com esta realidade, tão necessária para o aprimoramento dos povos?. O mundo digital é uma realidade irreversível.Hoje todas as áreas do conhecimento utiliza as ferramentas da tecnologia da informação e comunicação. Estamos vivendo em uma sociedade em rede, e temos que estar conectadas a ela.Tudo acontece com uma velocidade enorme, mas uma coisa é certa, todas as atividades que não agregam valor pensante, será absorvida pela tecnologia. Logo, os dirigentes se forem inteligentes, devem é estimular em todas as escolas públicas o surgimentos de centros de excelência de criação. A conclusão que chego é que os homens em um futuro próximo, não precisará de governo para orientar seus caminhos, a sua evolução atingiu um ponto que estabelecer regras não faz mas sentido para a preservação de qualquer tipo de poder.Só assim os homens estarão livres de qualquer opressão e poderão cada vez mais caminhar para a busca de uma sociedade livre tão desejada, onde todos possam criar e estabelecer novos conceitos sobre o tempo e os homens; mudanças, propostas,paradigmas, alertas, reflexões e conquistas de uma forma sistemática e contínua, levando o mundo a uma nova dimensão.Para nos livrarmos dessa sociedade tecnocrática e cruel em suas complexidades dizia o memorável escritor Aldous Huxley, no seu livro "Admirável Mundo Novo" que o preço da liberdade é a eterna vigilância.Para que isso aconteça em nosso país se faz necessário cuidarmos como muita atenção para termos uma educação de qualidade em todos os níveis.

domingo, 25 de outubro de 2009

Professora Roberta Cláudia

Era extremamente inteligente, culta, preparada, bem educada, excelente educadora e admirada por todos os familiares. Mulher bonita, alta, esguia, alegre, aceitava o novo sem choque, excelente profissional e bem resolvida no campo econômico, assim era Roberta Cláudia.Foi educada por sua mãe, já que o pai falecera quando muito jovem, teve uma boa formação doméstica que aliada a uma educação formal consciente, a refinou a tal ponto, que era solicitada muitas vezes para escrever artigos sobre diversos assuntos, já que possuía uma visão holística da vida, coisa rara para muitas pessoas.Por ser moderna, foi através da rede que conheceu o seu grande amor, diga de passagem, avassaladora, se entregou por completo, não conseguia enxergar diferenças por mais que fosse avisada pelos que lhes rodeava."Que sirva de exemplo para todas as mulheres tomarem os seus cuidados nas suas escolhas pelo ambiente virtual, se faz necessário conhecer em profundidade sua origem, intenções e objetivos futuro". Pensava que o amor que vivia naquele instante tinha forças suficientes para inibir quaisquer divergências que surgisse, acreditava em sua percepção de conseguir homogeinizar fatores extremamentes subjetivos, porque possuía uma arma infalível que era o amor que tinha por aquele homem.Casaram-se, acredito que foram inicialmente felizes assim eles o demonstrava nos encontros familiares. Mas se percebia com o transcorrer do tempo que alguma coisa a estava incomodando.Havia por parte dele uma indefinição de materializar os seus projetos, ficou dependente financeiramente e começou a ter um novo comportamento, afastando-a da família, impedindo que a sogra mantivesse um contato mas estreito com a filha e neta que tanto a entristecia, não só a ela como a seu irmão.Continuou, vivendo assim, dividida, mas leal ao seu grande amor, aceitou todas as imposições, ajudou-o acima de suas possibilidades,muitas vezes solicitando a mãe, meios para resolver problemas não criados por ela, mas sim, de casamentos passados dele. Fazia pelos filhos dele com o objetivo de vê-lo feliz, já que o mesmo não tinha condições de solucionar tais problemas.Com o transcorrer do tempo, percebeu que não era aquilo que queria para a sua vida e dos seus filhos, o segundo estava a caminho, mais mesmo assim se preocupava com o seu bem estar quando o deixasse. As brutalidades se sucediam com muita frequência e viver junto a ele já estava ficando perigoso. Todos avisaram que ela tinha de sair imediatamente e voltar para a casa de sua mãe, mas ela era diferente, acreditava na civilidade das pessoas, esses gestos,atitudes, intenções e ações grosseiras logo passariam e tinham um limite, segundo sua forma de pensar.E Roberta , foi assassinada brutalmente e ele condenado a vinte oito anos de cadeia, cumpriu um sexto da pena ou seja: quatro anos e hoje encontra-se solto, refazendo a sua vida, coisas da justiça brasileira. É bom lembrar que os homens nordestinos é possuidor de uma das estatísticas mais vergonhosa quanto a brutalidade com as mulheres. No meu entender, ela foi uma pessoa dotada de muita inteligência mais sem nenhuma sabedoria. A sabedoria está na linha da eficácia operacional.Mas para ela o que importava, era sair juntamente com os filhos daquele ambiente de uma forma decente, cuidadosa e que as amarguras e decepções vividas,pudessem ao longo do tempo ser cicratizadas não só para ela como para ele também.E ela se foi, deixando um vazio entre nós, não mas teremos aquele sorriso inconfundível, aquela delicadeza que a fazia diferente.Mas Deus, com sua sabedoria deixa para a sua mãe e irmão a possibilidade de um novo recomeço. É através de sua filha tão parecida com ela que está o surgimento de uma nova caminhada que com certeza será extremamente excitante e feliz.Novas gargalhadas se ouvirão, muitos sorrisos aparecerão e todos dirão, é como Roberta fazia, e eis que surge Maria Clara, para sinalizar a beleza da vida com toda a sua exuberância e apontar para uma foto da mãe e dizer:" ela está entre nós e que as coisas boas passadas dela, sejam tão presentes, que com certeza, estarão presente na memória futura de toda a família".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O assalto

A experiência de ser impotente frente a uma dura realidade, saber que sua decisão pode causar estragos irremediáveis não só para mim, mas para os que me cercam é doloroso.Ficar indeciso, nervoso,não encontrar uma decisão lógica, chamar pelos amigos, olhar o filho aflito e saber que tudo pode desaparecer em questão de segundos é horrível.Pior, quando passa essa agonia e suas reflexões de certo e errado e também conclusões de outros o tornam mais frágil ainda, seu sentimento de culpa é estimulado, por não ter tomado tal decisão, como se as coisas naquele momento pudessem ser executadas , como se faz uma conta, exata e sem falhas.Os dias passam, mas você não consegue esquecer, retirar de sua mente aquele quadro alucinante em que participou, fica estranho, com medo, retrai-se, não consegue explicar, com receio de ser criticado pelo que fez.Essa sensação por você vivida é externada pelo filho que também vivenciou.Imagine quem participou dramaticamente do assalto, sentindo que sua vida esta a um fio e mesmo assim argumentando para que não abrisse a porta, com uma fé inabalável e disposta a ir até as últimas consequências. Como fica está pessoa, nos momentos de agonia e após está experiência catastrófica que viveu minha mulher.Completamente fragilizada, desamparada, ausência completa de segurança e insegura no ato de sair livremente no espaço da cidade, para suprir as nossas necessidades. Ainda bem que eles desistiram e nada de mau aconteceu a nenhum de nós,agradeço ao meu vizinho que ao tomar conhecimento começou a pedir da janela de sua casa para que fossem embora ou chamaria a polícia. A liberdade passou a ser limitada, restringida, não por lei imposta a sociedade, mas decidida pelos bandidos, que usam a violência justamente naqueles que nenhuma violência criou, ao contrário, porque também são diariamente violentados, pela ausência do governo, nas áreas da educação, saúde, segurança e geração de empregos, onde historicamente, essa incompetência é por demais visível a sociedade brasileira.Está estabelecido que qualquer indivíduo de classe média, passa a ser um potencial sequestrável,acabaram os grandes sequestros, a necessidade do uso desta brutalidade é definido pelo desespero de milhões de pessoas, de não ter a quem solicitar e o caminho mais fácil e perigoso é roubar daqueles que construíram com sacrifício um relativo patrimônio que a cada ano vai se tornando difícil sua manutenção,pela política fiscal adotada em nosso país.Na minha opinião e para a nossa felicidade, essa violência não é maior ainda, graças a desinformação da massa dos excluídos de não possuir a consciência de enxergar quem os violenta e o quanto são violentados diariamente. Caso contrário, já estaríamos participando de uma guerra civil a muito tempo.Só que a violência, está se tornando repetitiva, numa velocidade nunca vista em nossa sociedade, assaltos em plena luz do dia , mortes de jovens envolvidos no tráfico de drogas ficou uma coisa banalizada, como parte integrante do nosso dia a dia, basta assistir aos noticiários locais ou ler qualquer jornal que ela está presente.Necessitando urgentemente daqueles que decidem uma ação concreta, para eliminarmos de uma vez está doença que está abalando os alicerces da boa convivência do povo brasileiro.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Madrugada

Não tem momento mais inspirador para mim que a madrugada, sou viciado acordar nestas horas, onde leio muito, escrevo os meus artigos, escuto minhas músicas preferidas e contemplo o céu, pela janela de minha casa.Aquele silêncio me seduz, leva-me a lugares tão distantes, faz-me recordar de tantas coisas que fiz e deixei de fazer, remete-me a refletir sobre o mundo, o meu país, o relacionamento com as pessoas que me rodeiam e ao contemplar as telas de Dorian Gray navego com os seus barcos. A madrugada tem seus segredos e só a vivenciando é que descobrimos tantas coisas que no nosso dia a dia não percebemos.Nos meses de inverno quando esta chovendo fortemente, aquela ventania agitada e fria, a minha flanboyant através de sua folhagem cria um som maravilhoso é quando tenho certeza da força e da beleza da natureza. São nesses momentos que mergulho com muita intensidade nas questões que nos afligem, a desigualdade social, ignorância, falta de perspectivas, para onde iremos, quais as alternativas que temos e o que posso fazer para chamar atenção das pessoas para estes problemas.A madrugada me faz viajar, embora ao amanhecer esteja extremamente cansado ela é para mim um energético para enfrentar o cotidiano e praticar tudo que refleti na esperança de alcançar algumas mudanças nas pessoas com quem convivo.Embora em alguns momentos me desânime quando escuto que não devo me preocupar tanto, não vou resolver os problemas do país nem tão pouco do mundo, deixa as coisas acontecerem. Esse comportamento me faz lembrar o que nos disse Martin Luther King ¨O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos,nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.O que mais preocupa é o silêncio dos Bons"O que nos leva a sermos tão tolerante com estas injustiças?Para encontrar esta resposta, terei que reler Sérgio Buarque, Gilberto Freire, Darcy Ribeiro, Caio Prado e Celso Furtado, as respostas as minhas agonias estão lá e simplesmente não quis aceitá-la na esperança de que as mudanças aconteceriam com uma velocidade maior e me enganei.Mas muitas madrugadas ainda me espera e continuarei com minhas reflexões,quem sabe, encontre alguma alternativa que possa sensibilizar meus amigos e colegas para juntos divulgá-las a todos os brasileiros que precisa despertar desta inercia que tanto mal nos faz, para caminharmos em busca daquilo que temos direito e que tem sido negado a muito tempo.Será que faz sentido ou será pura ingenuidade minha.Não sei, mas vou tentar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Novo Mundo

Tomo a liberdade de apresentar de forma extremamente reduzida o pensamento do notável professor Manuel Castells sobre o novo mundo em que vivemos neste século. Maior profundidade encontrarão nos seus livros:A Sociedade em Rede, O Poder da Identidade e Fim de Milênio.

Um novo mundo está tomando forma neste novo século.Originou-se mais ou menos no fim dos anos sessenta na coincidência histórica de três processos independentes: Revolução de tecnologia da informação,crise econômica do capitalismo e do estatismo e a consequente reestruturação de ambos e o apogeu de movimentos sociais e culturais, tais como: Libertarismo, direitos humanos, feminismo e ambientalismo. A interação entre esses processos e as reações por eles desencadeadas, fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede, uma nova economia, a economia informacional global e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real. A sociedade em rede, como qualquer outra estrutura social, não deixa de ter contradições, conflitos sociais e desafios de formas alternativas,de organização social.Tais desafios são provocados pela características da sociedade em rede, sendo muito distinta dos apresentados pela era industrial do século passado. Esta era da informação, representa o desencadeamento de uma capacidade produtiva jamais vista, mediante o poder da mente.Penso, logo produzo. Com isso, teremos tempo disponível para fazer experiências com a espiritualidade e oportunidade de harmonização com a natureza, sem sacrificar o bem estar material de nossos filhos. O sonho do iluminismo está ao nosso alcance.Todavia, a enorme desfasagem entre nosso excesso de desenvolvimento tecnológico e o sub-desenvolvimento social. Nossa economia, sociedade e cultura são construídos com base em interesses, valores, instituições e sistemas de representação que, em termos gerais limitam a criatividade coletiva, confiscam a colheita da tecnologia da informação e desviam nossa energia para o confronto auto destrutivo. Não existe nada que não possa ser mudado por ação social consciente e intencional, munido de informação e apoiada em legitimidade. Se as pessoas forem esclarecidas, atuantes e se comunicarem em todo o mundo, se os meios de comunicação se tornarem os mensageiros e não a mensagem, se os atores políticos reagirem contra a descrença e restaurarem a fé na democracia, se a cultura for reconstruída a partir da experiência, se a humanidade sentir a solidariedade intergeracional, vivendo na harmonia com a natureza, se partirmos para a exploração de nosso ser interior, tendo feito as pazes com nós mesmos e se tudo isso for possibilitado por nossa decisão bem informada, consciente e compartilhada enquanto ainda há tempo, então, talvez, finalmente possamos ser capazes de viver, amar e ser amados.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

New Orleans

Tive a oportunidade de viajar aos Estados Unidos para participar de um encontro de tecnologia digital, no Estado da Lousiana, na cidade de New Orleans, foi um encontro rico em novidades tecnológicas e principalmente cultural.Uma cidade singular, onde preserva através da sua arquitetura a presença francesa e espanhola.Um povo alegre, de predominância negra e extremamente musical.As noites, ou melhor, a partir do meio dia os turistas se dirigem a famosa Bourbon Street, e ficam passeando , visitando sua lojas e seus bares de acordo com suas preferências amorosas com várias opções musicais e o mais importante, a música negra, o magnífico blues. Retirando-se quando termina as atividades artísticas e naturalmente retornando aos hotéis para se recuperarem para a próxima noite, que com certeza, será cheia de surpresas.Os costumes desse povo me impressionaram, pela sua alegria, nas paradas de ônibus, assisti muitas vezes, homens dançando e em cada esquina, um artista apresentava as suas novidades e na praça dos ingleses, uma verdadeira festa popular, onde você se contagia com as apresentações musicais das bandas que ali passam e os homens e crianças, apresentando o sapateado é realmente encantador e você movido por uma boa cerveja tem garantido o seu dia que se tornará inesquecível.Lembrando é claro de adquirir alguns colares nas lojas especializadas se realmente quiserem presentear alguma mulher bonita e desde que ela aceite, ter como retribuição a visualização de suas mamas. É um hábito muito popular, mas lembre-se não pode tocar, tem o respeito a ser seguido e eles são muito rígidos neste quesito.Um dos meus maiores sonhos, era conhecer esta cidade e isso eu dizia sempre a minha esposa, até que a oportunidade aconteceu, podendo materializar, um desejo a muito tempo reprimido.Um ponto interessante, era a forma dos homens se vestirem, principalmente o negro, com suas roupas exageradas para o nosso gosto, onde havia uma combinação e muitas vezes contraste de cor, que ia do sapato ao chapéu.Nessas viagens, presto muita atenção como as pessoas se comportam até para assimilar a sua cultura e extrair algumas reflexões e essa viagem foi extremamente rica.Nesses quinze dias que lá fiquei conheci muitos lugares interessantes, como o seu comércio, shopping, cassino, museus e seus night clubs e fiquei impressionado como eles extravasam suas tensões que para nós brasileiros é um pouco estranho. Nesta cidade, muitas coisas são maravilhosas, mas para mim,jamais esquecerei, sua cerveja, sua culinária e sua inigualável música, executadas por artistas que lhe emocionam, principalmente aos amantes do blues no qual com muito orgulho faço parte.Espero quem sabe algum dia poder retornar, caso contrário, guardo até hoje com muito carinho em minha mente os dias maravilhosos e inesquecíveis que tive oportunidade de vivenciar.Grande New Orleans.

domingo, 4 de outubro de 2009

Brasil

Há quinze anos o meu país tomou a decisão de implantar um novo sistema econômico denominado de Plano Real,cujos frutos começaram a dar resultados significativos, no ambiente interno e externo.Os fundamentos atuais que foram implantados, refiro-me a uma economia de mercado e livre competição, estabilidade macroeconômica, integração a economia internacional, regras estáveis, respeito aos contratos, investimentos em educação e integração social e regional é que deram ao país uma nova posição internacional. Precisamos partir para eliminarmos os entraves que impedem a nossa sociedade de dar saltos importantes rumo ao desenvolvimento , ou seja: reforma dos sistemas tributário, previdenciário, político e trabalhista, por fim as restrições e participação do capital estrangeiro, lembrar que capital não tem pátria, quem tem pátria é sim conhecimento.Melhorar o ambiente sindical, sinalizando que a relação do trabalho deverá estar mais centrada na negociação.Criarmos instituições capazes de gerar responsabilidade fiscal e monetária, termos uma administração pública profissional e eficiente e eliminarmos os monopólios constitucionais, avançar nas privatizações. Necessitamos de melhorar a qualidade dos gastos públicos, temos carência na educação, segurança, saúde e reduzirmos as dificuldades na geração do emprego, principalmente pela pequena e média empresa.A reforma política é de extrema importância para a sociedade, termos parlamentos fortes, confiáveis e transparentes, estimulando o surgimento de novas lideranças e mostrando para os jovens que o ambiente político não é caminho para o enriquecimento fácil e que a corrupção não é a sua principal ferramenta de trabalho. O custo fiscal é extremamente elevado, contribuindo para reduzir o poder de compra dos salários, aumentando o preço final das mercadorias e serviços, retraindo consumo, afastando investimentos produtivos e dificultando a geração de empregos formais . Se o atual ambiente prevalecer só estimula a sonegação, informalidade, perda de produtividade, corrupção, destruição de empregos e desestimula o empreendedorismo de oportunidade. Se resolvermos estas questões, com certeza, alcançaremos a eficiência, redução da pobreza, melhoria dos indicadores sociais, redução dos desequilíbrios regionais e atingiremos o tão sonhado crescimento e desenvolvimento sustentável.

domingo, 27 de setembro de 2009

Georges,meu amigo francês

Tive a oportunidade de conhecê-lo em uma saída à noite que fizemos indo a um restaurante com minha mulher e a sua prima que me apresentou e logo começamos a conversar.A impressão que me causou, foi de uma pessoa bem conectada, visão prática da vida, um homem viajado, conhecedor de vários países e originário de uma nação desenvolvida. A partir daí, novos encontros se sucederam, novas descobertas de posições se convergiam e aumentava a cada encontro o prazer da sua presença.Mesmo residindo em outro estado, já casado e com uma filha recém-chegada belíssima, não deixava de ter notícias suas e ficava feliz, quando sabia de sua vinda a Natal, principalmente no período de veraneio, onde adquiriu uma residência que lhe permitia praticar seu esporte náutico, era um homem ligado a atividades esportivas.Não esqueço uma atitude sua. Estávamos no final do ano, quando o telefone tocou, era o casal, querendo falar comigo e ao atendê-lo, eram eles dizendo que estavam em uma festa em São Paulo e as músicas que tocavam, fizeram lembrar de mim e, portanto decidiram ligar. Assim era o meu amigo francês.Um homem,simples, vencedor em sua profissão, bem casado, apaixonado pela mulher e filha e vivendo a vida em sua plenitude de uma forma inigualável.Extremamente meticuloso,organizado,preocupado com o próximo,ou melhor, generoso em diversas situações com as pessoas que o cercavam,bom filho e amigo dos amigos.Aliás, é bom lembrar que por onde exerceu suas atividades profissionais, em vários lugares de países distintos, pois trabalhava em uma grande empresa de varejo, deixou amigos, prova concreta de sua qualidade em se relacionar com as pessoas.Não poderia esquecer a sua boa vontade, comigo e com minha esposa, nas diversas ocasiões em que estive em sua residência, em São Paulo capital, nos recebendo de uma maneira simples, calorosa e sempre uma boa mesa e um bom vinho era servido.Notávamos o seu bom gosto, a atenção que proporcionava à mulher e filha, disponibilizando uma série de conhecimentos e serviços que a deixavam atualizadas com os novos tempos.Idealizava para a filha uma educação formal na melhor universidade francesa, berço da civilização ocidental.Tinha o cuidado e zelo por tudo que construiu, com sua capacidade e inteligência que o diferenciava. A sua paixão, por conhecer novos esportes, o levava a adquirir instrumentos que muitas vezes por falta de tempo nem sequer usava, ficavam guardados para as próximas férias.Mas a vida, em sua exuberância, cria situações que não compreendemos e nem queremos entendê-la, pois a ausência para nós ocidentais é uma dor insuportável, justamente pelo desconhecido que não queremos e lutamos para retardar o máximo que podemos para conhecê-lo.Como não poderia ser diferente, para as pessoas diferentes, estava o meu amigo em férias, na sua terra natal em pleno verão europeu com a esposa e filha no seio familiar, se divertindo e cada vez mais apaixonado pelas dádivas que a vida lhe oferecia, quando o seu espírito esportivo o chamou para, mais um desafio, e lá foi ele conhecer com sua maneira empreendedora, participar de mais um obstáculo que lhe proporcionasse prazer, satisfação, já que tudo que fazia em sua vida era com paixão, vontade, amor, era um obcecado pelas coisas que queria aprender.Tentou, participou, voou no ultraleve com seu irmão, mas não voltou, talvez a oportunidade de uma visão holística que teve o tenha levado um instante a ver um outro mundo que o encantou que precisava urgentemente conhecê-lo e nos deixou o aguardando para o amanhã. Saudades Georges Torrent, muitas saudades é o que sinto até hoje de você.

domingo, 20 de setembro de 2009

Coerência

Quase todos os países do mundo chegaram a conclusão da necessidade de se ter uma estabilidade macroeconômica para alcançar o tão sonhado desenvolvimento sustentável. Mesmo os países socialistas e ex-socialistas já rezam por esta cartilha.Qual a razão fundamental, que leva hoje os governos a trabalharem de forma ordenada para criar as condições necessárias e suficientes para que o capital aporte?A resposta é simples, os grandes investidores analisam hoje cada país como uma empresa, possuem analistas que examinam alguns pontos fundamentais, para que possam tomar a decisão de investir.Os pontos que são levados em consideração são: Governança, credibilidade, nível de educação da sociedade,fundamentos econômicos e a capacidade do poder aquisitivo de sua população. Esses pontos citados permitem uma visão de como este país se encontra, se realmente os seus investimentos se defrontará com um nível de risco aceitável e as possibilidades de retorno em uma visão de longo prazo sejam razoáveis.Logo os fundamentos econômicos passam a exercer, um papel fundamental,exigindo dos governos um conjunto de políticas coerentes, que sinalize para aqueles que desejam investir que eles têm um comando, diretrizes a serem seguidas, não vivem de improviso, sabem a onde querem chegar e que os entraves institucionais estão sendo eliminados, para acelerar cada vez mais o fluxo financeiro tão necessário para a implantação dos projetos portadores de futuro(geração de emprego e renda de caráter permamente), extremamente importante ao desenvolvimento.O investimento privado necessita que se estabeleça uma atmosfera positiva, que os horizontes sejam claros e transparentes, a carga tributária que vije seja moderada, o custo do capital razoável,a macroeconomia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais desenvolvido, os investidores prestigiados, o empreendedorismo incentivado e a chance de mudanças nas regras contratuais não exista. Estes homens são frios, calculistas e racionais, que buscam espaços econômicos, independente da estrutura política vigente, desde que assegurem as garantias aos seus investimentos.Melhor exemplo é a quantidade de recursos hoje aplicados na China,pela confiança que este país tem adquirido no mundo das finanças internacional, respeitando os contratos, estabelecendo regras estáveis, mostrando ao mundo aonde quer chegar, atingindo taxas de crescimento espantosa nos últimos tempos.No caso brasileiro é importante mostrarmos ao mundo que a fase de redemocratização e de estabilização econômica já superamos com muita competência, depois de anos em que a inflação era parte integrante do nosso cotidiano.Nos últimos quinze anos, preocupações com o déficit público, combate a inflação, e gastos públicos irresponsáveis faz parte de nossa rotina. A sociedade brasileira amadureceu, despertou para a necessidade de mantermos uma política econômica ajustada a nova realidade mundial.Precisamos acelerar as reformas que impedem a nação dar saltos em busca do seu desenvolvimento , me refiro as tributária, trabalhista, política e previdênciaria, importantíssima, para que a cada dia possamos reduzir a pobreza, diminuirmos as disparidades regionais, universalizarmos uma educação, saúde e segurança de qualidade e que tenhamos uma previdência que garanta no futuro as remunerações justas daqueles que tanto contribuíram para o engrandecimento deste país.Só assim construiremos uma nação justa, livre e independente, cuja credibilidade e confiança no futuro servirão de referência para o mundo. É bom lembrar a definição do senhor presidente Barack Obama sobre o século 21 " no século 21, instituições transparentes, capazes e confiáveis são a chave para o sucesso- parlamentos fortes, forças policiais honestas, juízes independentes, uma imprensa livre, um setor privado vibrante, uma sociedade civil. São essas coisas que dão vida à democracia, porque é o que importa na vida cotidiana das pessoas".

sábado, 12 de setembro de 2009

Ensinar

Uma das atividades que executo durante quase trinta anos da minha vida e que me proporciona um prazer inigualável é ensinar.Atividade que exige conhecimento e arte de transmitir, exigindo de nós professores um aprendizado constante. Aprendemos com os nossos alunos coisas simples, que muitas vezes não enxergamos em razão da vida dinâmica que levamos em função da nossa sobrevivência. Ensinar o terceiro grau proporcionou a mim, durante esses anos, melhor entender os meus filhos, a sua linguagem e o código de sua geração. Facilitou-me em muito, manter um diálogo aberto e transparente de suas angústias, gostos, alegrias e suas visões sobre o futuro.Não posso negar que houve uma transferência cultural, pelo gosto de estudar e não tive qualquer problema em levá-los a conclusão dos cursos que eles mesmo decidiram.É uma atividade extremamente desgastante, mal paga e ao mesmo tempo tão necessária a nossa sociedade. Vivemos em uma contradição, coisas do Brasil: a sociedade brasileira necessita formar líderes do futuro, mas para isso precisa repensar o seu sistema educacional. Uma sociedade que paga mais para quem julga do que para quem educa, terá sempre sérias dificuldades para formar os seus futuros grandes líderes.Mas afinal, ela também nos proporciona alegrias, em decorrência da evolução dos nossos ex-alunos, quando tomamos conhecimento de suas conquistas ou ocupando posições nobres nas diversas áreas do conhecimento. Isto nos deixa envaidecidos em saber que nós contribuímos para o seu crescimento pessoal e profissional.Infelizmente, não conseguimos gravar todos os nomes e rostos e muitas vezes ao encontrá-los em solenidades ou casualmente ao nos cumprimentar, ficamos sem jeito, por não lembrarmos da sua condição de ex-aluno, mas mesmo assim, contornamos a situação e as conversas e diálogos que mantemos nos faz relembrar e constatar o amadurecimento daquele jovem e chegamos a conclusão que cumprimos com o nosso dever.No período de recesso após as primeiras semanas se passarem, já nos deixa ansioso para conhecermos os novos alunos e reencontrar os antigos, que a pouco tempo atrás comentava com os nossos pares que estávamos cansados, precisando urgentemente de umas férias. Mas não temos férias, esta profissão não permite, e lá vamos nós, a livrarias ou até mesmo participar de algum curso que nos leva necessariamente ao mesmo ambiente que a pouco deixamos. Ser professor é um sacerdócio, é um caminho sem volta, atividade tão rica, apaixonante e mal compreendida por aqueles que decidem.Tenho certeza que o tempo de me afastar das salas de aula se aproxima a cada ano (espero que demore muito) e isto cria em mim nos meus momentos de reflexões uma ansiedade constrangedora em saber que não poderei no amanhã transmitir conhecimento, liberdade e compartilhar daquele ambiente que tantas externalidades positivas cria e nos enriquece a toda hora. Como não podemos e de encontro com o tempo que trás consigo uma serie de dificuldades que muitas vezes nos obriga a parar, só nos resta, relatar para os novos professores que chegam da importância e singeleza da atividade de ensinar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Novas exigências

O tempo passa e não vejo por parte de algumas pessoas que decidem um discurso moderno quando se referem aos problemas da nossa região nordeste. As solicitações que são feitas, são ridículas e que já não enquadram-se no mundo moderno em que vivemos, não vejo por parte de alguns políticos preocupações em focar as grandes questões, ficam limitados em coisas pequenas, em sua maioria a programas assistêncialistas que em nada contribuem para romper com esse círculo vicioso de pobreza que nos envergonha por tantos anos.Não que seja contrário a esses programas, já que a miséria é tão grande e a fome é uma questão que não pode esperar por muito tempo para ser resolvida é de prazo imediato.Mas é necessário incorporar outras exigências que contribuam para a geração do emprego e renda de caráter permanente (projetos portador de futuro), que consiga a médio e longo prazo reverter de uma vez por todas essa contradição em que vivem milhões de nordestinos.É bom lembrar que a diferença entre um cidadão nordestino de um cidadão da região sul e sudeste, é que lá eles possuem infraestrutura. Ressalto que alguns projetos estão em andamentos e outros sendo efetivados, precisamos é acelerá-lo dada a sua importância para a região, falo especificamente da construção da ponte Natal - Redinha, que tem uma importância enorme para a população da zona norte, como para a atividade turistica do RN, duplicação da BR-101, que terá uma repercussão no fluxo de négocios entre os Estados nordestino, principalmente no turismo, transposição das águas do rio São Francisco, para eliminarmos de uma vez a nossa dependência da boa vontade de São José, transnordestina, infraestrutura necessária para o escoamento da nossa produção, tornando os nossos produtos mais competitivos, instalação do Instituto Internacional de Neurociências (criação da Cidade do Cérebro) tornando a cidade do Natal o centro do conhecimento cientifico de ponta e de Institutos Federais de Educação Tecnológico em vários municípios, interiorizando o conhecimento, democratizando as oportunidades, maiores investimentos da petrobras nas regiões produtora do petróleo e gás e a construção do porto seco no municipio de Ipojuca no Grande Recife, são obras significativas sem dúvidas.Especificamente no Rio Grande do Norte, é necessário, eliminar os entraves que dificultam a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, projeto que permitirá a desconcentração da movimentação de carga, hoje concentrada na região sul e sudeste, e ao mesmo tempo modificando toda a logística e as rotas do setor aeroviário, proporcionando ganhos de produtividades.Este terminal foi desenhado dentro dos padrões da modernidade, aeroporto industria, onde o município de São Gonçalo se tornará um polo industrial de excelência, criando as condições de implantarmos em seu entorno a zona de processamento de exportações, as conhecidas ZPEs. Incentivar a exploração de novas fontes de energia renováveis (eólica e solar), a duplicação da BR-304 que liga o grande Natal ao Grande Mossoró, esta obra permitirá unificar o nosso vetor de négocios, criando um corredor que aproximará estes dois polos que permitirá as cidades entre eles também se beneficiarem. Para isso é preciso concluir as obras do nosso porto, que há anos se arrasta de forma lenta e custosa, a fabrica de barrilha em Macau, é vergonhoso constatar tantos recursos ali injetados e sem até hoje gerarem nenhum retorno ao nosso Estado. A cidade do Natal, tão conhecida interna e externamente, tem agora a oportunidade de ser uma das sedes da copa do mundo, que lhe proporcionará maior visibilidade, momento rico para eliminarmos as dificuldades tão conhecidas por sua população: Falta de saneamento básico,melhorar o nosso sistema de drenagem, implementar um sistema de transporte que contemple toda a área metropolitana, criando um conforto operacional ao dia a dia dos seus cidadãos.Outras obras, se faz necessárias e só assim mudaremos de fato a imagem desta região, criando externalidades positivas para outras áreas se desenvolverem ainda mais, falo especificamente das atividades industrial e turística, estabelecendo as bases para reduzirmos um dos graves problemas que é o emprego.Precisamos renovar as nossas exigências, chega de promessas ridículas, discursos ultrapassados, o povo cansou de tanta incompetência. Chegou o momento, quando temos, como dirigente maior do nosso país um homem originário desta região e conhecedor das inúmeras dificuldades que se defrontam os nordestinos no seu cotidiano, inclusive a fome.Vamos exigir para a região um tratamento não meramente assistencialista e sim de mudanças estruturais,que faça parte permanente de sua agenda política.Só assim conseguiremos libertar o homem nordestino, tão humilhado, dividido e indesejado nas regiões sul e sudeste, pela falta de preparo intelectual para assumir as novas atividades que o mundo moderno cria a todo instante. Está decidido, vamos modernizar as nossas exigências, elevar os nossos horizontes em busca de um amanhã digno e próspero para que os nossos conterrâneos possam se libertar dessas dificuldades que impedem o seu desenvolvimento. E por falar em liberdade é sempre bom lembrar o que nos disse Cecília Meirelles, in Romanceiro da Inconfidência: "Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda".

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Empresários

É muito comum quando se discuti algum assunto referente ao comportamento empresarial brasileiro, julgá-lo de uma forma que muitas vezes não condiz com a realidade.Geralmente comenta-se da sua falta de respeito com a sociedade, seu único objetivo é lucrar, nenhuma importância é dada aos seus clientes e o que mais o interessa é acumular riqueza. Talvez alguns comporte-se ainda assim, mas hoje, estamos assistindo a uma mudança de postura, uma nova classe está surgindo, com uma nova linguagem e uma nova forma de pensar. Observamos que estes novos empresários, nunca estão satisfeito com o que conseguiram, são criativos, não se limitam aos mercados em que atuam, estão sempre preocupados com a satisfação dos seus clientes, apresentando de forma continuada, inovações que permitem as suas empresas ganhos de produtividade, dando-lhes condições de ter uma política de preço cada vez mais agressiva, e com isto, ampliando a sua posição mercadologica.Os novos empresários, tomaram consciência de que hoje a concorrência é global, exigindo uma nova forma de planejar os seus négocios. As suas decisões, são tomadas levando em consideração os benefícios que irão proporcionar aos acionistas,funcionários, clientes e comunidade. Sabem da responsabilidade social, cultural e ambiental da empresa que dirigem.Em um mundo competitivo, evolutivo e dinâmico como este, a mediocridade já não tem mais espaço.Perceberam da necessidade de terem em seus quadros homens preparados, inflacionados de competência e habilidades e retê-los em suas organizações é uma questão de sobrevivência. Hoje, um dos maiores ativos de qualquer empresa é o seu capital intelectual, em outras palavras, é saber fazer, com qualidade,menor desperdício, menor custo, menor tempo e utilizando novos materiais e recursos que não crie impactos ambientais, que amanhã não venham comprometer as gerações futuras.Perceberam que não são insubstituíveis, e estão sempre preparados para serem amanhã sucedidos sem traumas, por que sabem da sua responsabilidade perante, os seus colaboradores e o futuro da sua empresa. O bom empresário, sabe que boa empresa é aquela que é boa para trabalhar, para se ter como parceira, para se investir e para se comprar seus produtos e serviços.Não basta o menor custo de produção, se o custo social ou ambiental embutidos nos produtos forem extremamente elevados, é preciso ter um novo parâmetro de competitividade,com a incorporação da responsabilidade empresarial em toda a cadeia produtiva.A construção de um mundo sustentável é, antes de tudo, uma prática de cidadania e, esses novos empresários conscientemente estão participando, para que tenhamos no futuro uma sociedade mais justa, fraterna e equilibrada.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Coincidência

A história registra na minha opinião, uma coincidência que nos deixa estupefato, trata-se de dois gênios que o mundo conheceu e que tantos conhecimentos nos deixou. Falo de Sócrates e Jesus Cristo, ambos não deixou nenhuma escrita própria sobre os seus pensamentos, onde nós pudéssemos contemplar e refletir as suas posições e contribuições próprias que foram inúmeras.O que sabemos de Sócrates, vem de Platão seu aluno dedicado e de Jesus, através de seus ápostolos.Outro ponto, interessante é a morte de ambos, onde incomodando os poderosos, tiveram fins brutais e nos leva a pensar nos dias de hoje, onde aqueles que exige e argumenta de forma lógica, tem suas vidas em constante risco. É bom lembrar de um pensamento que diz"O ato da desobediência como ato de liberdade é o começo da razão". Talvez, se os argumentos lógicos de Sócrates e os discursos de Jesus, fossem seguidos, com certeza a justiça entre os homens prevaleceria, sobre a brutalidade e incompreensão que reina entre nós.Não haveria a necessidade de criar outras alternativas, por que a lógica e o tratado social,já foi devidamente definido, cabendo, apenas sua implementação, criando as possibilidades reais e concreta de termos um mundo mais feliz.Pode parecer que ambos morreram derrotados, puro engano, eles plantaram as suas sementes no solo fértil da memória de seus discípulos, inspiraram a inteligência, libertaram a emoção, romperam o medo, transformaram um conjunto de jovens em exímios pensadores.Ambos se tornaram mestres inesquecíveis,como bem disse Augusto Cury.Nunca homens tão grandes se fizeram tão pequeno para tornar grande os pequenos.
Mas aconteceu, e não podemos mudar este acontecimento, só nos resta acreditar nas escritas e praticá-las para estabelecer a justa sociedade tão sonhada por eles.Que triste coincidência.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Sociedade em Rede

O professor Manuel Castells, considerado como um dos maiores cientista social da atualidade, escreveu o livro A sociedade em rede que é o primeiro volume da trilogia A era da informação: economia, sociedade e cultura. Seguir-se-ão a ele O poder da identidade e o Fim do milênio.


Tomo a liberdade de apresentar de forma extremamente reduzida este livro rico em informação que tive a oportunidade de acessá-lo e faço uma analogia com a sociedade brasileira atual.






Nos últimos vinte anos do século passado,uma revolução tecnológica com base na informação transformou nosso modo de pensar, reproduzir, de consumir, de negociar, de administrar, de comunicar, de viver, de morrer, de fazer guerra e de fazer amor.Constituiu-se o que chamamos de nova economia ou economia digital, ligando pessoas e atividades importantes de todo o mundo.Uma cultura de virtualidade real, constituída em torno de um universo audiovisual cada vez mais interativo, permeou a representação mental e a comunicação em todos os lugares, integrando a diversidade de culturas em um hipertexto eletrônico.O espaço e o tempo, bases materiais da experiência humana, foram transformados a medida que o espaço de fluxos passa a dominar o espaço de lugares, e o tempo intemporal passou a substituir o tempo cronológico da era industrial.Nesse momento histórico de nossas vidas vivenciamos uma sociedade dinâmica, evolutiva e instável, onde as pessoas tendem naturalmente a reagrupar-se em torno de identidades primárias: religiosas, étnicas, territoriais e nacionais.O fundamentalismo religioso, cristão, islâmico, judeu, hindu, e budista, provavelmente é a maior forma de segurança pessoal e mobilização coletiva nestes anos de mudança rápidas, incontroladas e muitas vezes confusas. As expressões de resistência social à lógica da informacionalização e da globalização se esvazia no tempo, por que o mundo digital é uma realidade irreversível, estamos vivendo uma sociedade em rede. As redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura.O átomo é o passado, o símbolo da ciência para este novo século é a da rede dinâmica, a única organização capaz de crescimento, sem preconceitos e aprendizagem sem guias. Todas as outras topologia são restritivas. Na verdade a rede é a organização menos estruturada da qual se pode dizer que não tem nenhuma estrutura. Nenhum outro esquema, cadeia, pirâmide, árvore, círculo e eixo, consegue conter uma verdadeira diversidade funcionando como um todo.Essa nova sociedade que está mudando nossos costumes, pensamentos e idéias, obriga que o Estado desperte para este novo mundo. O nosso país é heterogêneo por natureza, onde questões primárias ainda precisam ser resolvidas. A exclusão social de grande parcela do nosso povo, pode ser em grande parte eliminada se tomarmos providências para dar aos menos afortunados condições de acesso aos novos conhecimentos tecnológicos (inclusão digital), caso contrário estabeleceremos um agravamento cada vez maior através da exclusão digital, este é por sinal o grande desafio deste século.Espero que daqui a cinquenta anos, quando os futuros historiadores forem analisar e refletir sobre o nosso mundo atual, possam concluir que muitos brasileiros, pensaram com clareza as bases de uma futura sociedade, mais justa, equilibrada e integrada em todos os seus aspectos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Título de Cidadão Natalense

Meu discurso na Câmara Municipal de Natal quando recebi o Título de Cidadão Natalense
19-05-2006

Nasci na cidade do Recife, onde lá permaneci até os meus dezessete anos, a minha vinda para Natal, se deu pela circunstância da ocupação do meu pai, que foi nomeado para assumir uma função no porto da cidade do Natal.Papai, já a conhecia muito bem, falava-me das belezas das suas praias, do povo hospitaleiro e de uma boa culinária, mas avisava-me que era uma cidade pequena em desenvolvimento.Isso ocorreu em 1968.Ao chegar, tive sérias dificuldade de adaptação em razão, da falta dos meus colegas e da saudade imensa do meu avô, onde residi com ele por mais de onze anos.Mas a habilidade de minha mãe em relacionar-se com as pessoas, conheceu um jovem que me apresentou, que se tornou o meu primeiro colega e hoje grande amigo o Sr. Hélio Macedo, cuja relação a mantemos até os dias atuais.Terminei os meus estudos secundário no colégio marista e conclui os meus estudos superiores na UFRN, neste período a minha rede de amizades já tinha crescido e novos relacionamentos duradouro ocorria.Foi nesta cidade que iniciei a minha trajetória profissional, comecei trabalhando no grupo guararapes, sendo levado pelo meu professor Dr. Odir que na época era auditor da empresa.Trabalhei em empresas de consultorias e finalmente ingressei no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, onde conheci o Sr. Getúlio Marques Ferreira, um grande amigo, cuja amizade dura até hoje.Foi através do Dr. Adauto Gouveia Motta, um dos homens mais inteligente que conheci, onde está casa, em tempos atrás, também o outorgou este título, que me encaminhou para participar de um curso de pós-graduação em São José dos Campos-SP.Nesta época, conheci a minha esposa, Dores, norte-riograndense, da cidade de Angicos, que tem tido muita paciência e ao mesmo tempo me ajudado infinitamente para que meus sonhos sejam realizados. A ela sou grato até hoje por tudo que me proporcionou, além do amor, dois filhos que só alegria tem me dado. Foi através das suas amizades familiares que conheci algumas pessoas que muito me ajudaram na minha carreira profissional, primeiramente ao Dr. Aluízio Alves(em memória), Henrique Alves, Maria de Lourdes e Garibaldi Filho, sem esquecer a amizade sincera do deputado José Dias.Não poderia deixar de agradecer ao Sr.Geraldo Melo, que muito me orgulho de ter participado do seu governo e foi neste período que conheci o hoje Vereador Renato Dantas.Mesmo, assumindo funções nos governos ( Federal,Estadual e Municipal), nunca deixei de ensinar. Ingressei na UFRN, através de um concurso, realizado no Departamento de economia em 1977, sendo realocado para funções técnicas em 1979 na área de tecnologia da informação e até hoje pertenço aos quadros desta instituição que tanto me honra.Em 1982, o então Pró-Reitor de Planejamento da UFRN, o Sr. Dalton Mello, me indicou para ensinar em uma nova faculdade que iniciava as suas operações, A APEC, quando tive o privilégio de conhecer o Sr. Paulo de Paula, atual mantenedor da Universidade Potiguar, onde leciono a vinte e três anos, a este homem tenho muito a agradecer, pela sua generosidade, atenção e amizade e não conto as vezes que me atendeu a inúmeras reivindicações.Só um grande homem é capaz de se tornar pequeno para tornar grande os pequenos e ele tem essa qualidade.Nesses anos, aprendi a gostar de Natal, a amar este espaço, onde digo sempre aos meus amigos mas íntimos que se pudesse, compraria a orla de Ponta Negra só para mim, tamanho é o meu amor por aquela enseada. Viajei muito por este país e até fora de suas fronteiras, mas nunca encontrei, vista tão bela e encantadora.Hoje, realizo-me ao ver ex-alunos, ocupando funções relevantes nesta cidade e no Estado, como exemplo o Presidente desta casa o Sr. Rogério Marinho. E muitos outros que hoje se destacam em muitas atividades, e até fora de suas fronteiras.Nós educadores, por mais que tropecemos, o nosso fardo é esperar, que o aprendizado possa mudar o caráter de um garoto e assim mudar o destino de um homem.E isto, tenho feito todos esses anos. Um professor, tem poucas histórias para registrar. Mas sua vida se diferencia dos demais por se prolongar em outras vidas.Aos meus ex e atuais alunos e aos meus filhos sempre digo em sala de aula ou em minha residência da necessidade do aprendizado continuo e utilizo um pensamento de Gandhi que diz "Aprenda como se fosse viver para sempre e viva como se fosse morrer amanhã". Meu caro Renato Dantas, você não pode calcular a alegria que tenho em receber este Título, você não pode imaginar o orgulho em possuí-lo.Poder dizer no futuro aos netos e netas que a cidade que me acolheu, que tantos amigos conquistei e onde formei a minha família tenho apartir de agora o privilégio de dizer que sou hoje, de fato e de direito Cidadão Natalense,muito obrigado.

sábado, 8 de agosto de 2009

Aluízio Alves

As informações sobre ele vinham de meu pai que aqui residia e, quando chegava de viagem nos contava que no Rio Grande do Norte, há um político que encanta multidões, que consegue arrastar pelas ruas de Natal, em qualquer horário, pessoas que se interessavam com o que tinha a dizer. Muitas vezes, não acreditávamos, achávamos que era brincadeira de papai.E ele dizia, que esta multidão, tinha suas músicas, gesto e cor predileta, o verde, e que os galhos das árvores serviam de enfeite para muitas pessoas se identificarem com o seu líder.Ao chegar em Natal, para residir em definitivo, no final da década de sessenta, a situação política do nosso país passava por um período tenebroso, vivíamos em uma ditadura militar imposta a nossa sociedade. Havia por parte do poder a necessidade de eliminar todos os líderes populares que eram visto como uma ameaça a nova estrutura política.Como a nossa família sempre lutou pela democracia, não tínhamos nenhuma simpatia pela situação constituída e já despertava interesse pelo desempenho daqueles que lutavam pela retomada do estado de direito.E lá estava ele, mesmo impedido de expor suas ideias, sabíamos que era o homem que articulava através do filho e sobrinho a chama de sua luta e pude constatar, tudo aquilo que papai dizia.A minha aproximação, se deu através da família de minha esposa,onde o admiravam e seguiam nas suas orientações políticas. Na campanha para governador de 1982, onde estreitamos a nossa amizade é que pude constatar a sua visão de futurista,o que ele pretendia executar,implementar para o nosso estado.E ao fazer uma regressão no tempo, verifiquei um divisor, o Rio Grande do Norte, antes e depois do governo de Aluízio no período de1960 à 1965, como tinha mudado em todos os campos:infra-estrutura, habitação, transporte, turismo, educação e industria. Ampliando de uma maneira assustadora, todo o aparelho produtivo deste Estado.Ao mesmo tempo, criou um complexo de comunicação bem estruturado, evidenciando a sua capacidade empreendedora também na iniciativa privada.Chegou aos oitenta e cinco anos, ainda como grande articulador político, respeitado e admirado por muita gente. Não podia viver longe da política, acreditava-se que a respirava por vinte e quatro horas.Era admirável sua capacidade de estar presente nas grandes decisões, em momentos de alegria ou de tristeza, diziam os seus adversários que ele crescia das cinzas e isso ficou constatado, basta recordar após a derrota de 82, até os últimos dias de sua vida na política. E quem esquece daquele inesquecível discurso que fez no termino da campanha , cujo título era A Luta Continua.Era um homem incansável na sua luta obstinada de apresentar sempre para a sociedade novos caminhos e alternativas para a busca do seu desenvolvimento.A sua morte deixou um vazio, que ainda não foi devidamente ocupado, espera-se que os seus ensinamentos de estar sempre sonhando em construir o novo, esquecendo o ontem (grandes batalhas políticas) e mudando o presente na esperança de construir um futuro melhor, atitude de um grande estadista, possa ser absorvido e seguido pelos novos e velhos políticos que aqui atuam.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Refazendo

Recentemente, fui visitar uma família, na companhia de minha mãe, em um bairro, onde residimos por muito tempo.Desde que dali saí, nunca tinha contemplado aquele espaço, onde passei praticamente minha juventude.Fazia tempo que não visitava os antigos moradores que ainda lá estão. Engraçado, que a casa que nós fomos, foi justamente, onde pude viver um momento de grande alegria, um dia inesquecível para mim, quando o Brasil tornou-se tri-campeão de futebol. Ao entrar na sala , tive uma sensação de melancolia, contraste que o tempo criou, já não tinha a presença do dono da casa, um dos filhos, também tinha falecido e o lugar apresentava-se completamente diferente.Ao mesmo tempo, a conversa que ali se desenvolvia, apresentava problemas e posições totalmente divergente daquela época. Ao sairmos, tive vontade de circular pelo bairro com minha mãe, e paramos em frente da nossa antiga moradia, daquele tempo só restou a velha mangueira que papai, tanto cuidava, tive a sensação que alguma coisa tinha sido retirado de mim e no brilho da minha memória, um conjunto de quadros foi sendo vivenciado, como sinalizando os caminhos que percorri. O passado, que não volta mais, mas que dá vontade de regredir no tempo e se pudesse voltaria a viver aqueles momentos tão divertidos, cercado da segurança dos meus pais e sem preocupação com o amanhã, aliás a única preocupação real era estudar.Mas infelizmente é o presente que estamos percorrendo, marcado pelo passado e aguardando o futuro incerto, sem saber o que vai acontecer a nós. Refazendo, da mesma maneira, com os meus filhos aquilo que fizeram os meus pais.O tempo,não se pode comprar, armazenar, alugar, não tem preço e se comporta perfeitamente divisível, independente das nossas necessidades. Não para como dizia o poeta Cazuza.Infelizmente, dentro do carro, olhei para minha mãe, tão saudosa como eu, tenho certeza que muitas recordações viveu de forma intensa e retornamos para a minha casa. Ao chegar, dirigi-me a geladeira, abri uma cerveja, coloquei uma música e comecei a conversar , passou aquela sensação de saudade, mas não me contive e comecei a relatar a sensação que vivi.Nesse, instante minha mulher pede para ligar para um filho, que tinha viajado e queria saber, como ele estava,naquele momento pude perceber que estava fazendo hoje, aquilo que no passado meus pais também fizeram.Quando escuto, novamente a minha mulher, me chamando e avisando que o almoço estava na mesa, não demorasse que poderia esfriar, palavra que no passado escutei tantas vezes de minha mãe.Após o almoço, fui me deitar, e ao me levantar, chamei pela minha esposa, ela tinha ido ao comércio e me dirigi ao terraço, onde estava mamãe, contemplando o tempo, completamente absorvida, e não quis incomodá-la, preferi me sentar e acompanhá-la, refazendo na memória a trajetória intensa que tínhamos vivido em nossas vidas.

domingo, 2 de agosto de 2009

O Negro

Uma das maiores dívida social, que a sociedade brasileira precisa resgatar é o tratamento que foi e é dado a sua população negra.Historicamente o descaso, a humilhação, a completa falta de respeito e sem criar nenhuma oportunidades de mudanças, nos envergonha como ser humano, onde tudo isto está registrado em diversos livros que tratam desse assunto.Como educador universitário a quase três décadas, em diversos cursos, o número de alunos negros foi e é insignificante.Isto é uma prova concreta da dificuldade que ainda existe, deles crescerem e evoluírem nas diversas áreas do conhecimento humano.Temos assistido por parte do governo nos três níveis, ações de promover homens de cor, para assumirem tarefas importantes na estrutura organizacional dos poderes constituídos, mas é muito pouco em relação a brutalidade imposta a eles durante tantos anos.Faz necessário, mostrar as novas gerações as contribuições fantásticas que essa população nos proporcionou e ainda nos encanta em várias áreas, tais como: na música, culinária ,política,nas artes em geral e principalmente nos esportes, aqui e em muitos lugares do mundo. Não compreendo, esta situação em que chegou os homens negros do meu país, uma clara sinalização de racismo por parte daqueles que decidem, seja governo ou iniciativa privada. Quando analisamos os indicadores de homicídios, é uma verdadeira tragédia, geralmente são, negros, analfabetos, pobres e jovens, que nos mostra de uma forma crua a situação em que vivem milhões deles. Não dá para suportar tamanha insensatez da geração atual em relação a este problema, criando para as gerações futura a perpetuação desta maldita separação dos homens.Precisamos incentivar, implementar políticas públicas que visem criar de forma continuada as condições necessárias e suficientes para que os nossos negros possam amanhã se orgulharem da sua nação, que tanto contribuíram e continuarão a contribuir nos mais diversos campos em que atuam. Quando o professor Franklin, da universidade de Chicago esteve no Brasil, afirmou que éramos um dos países com maior preconceito racial contra o negro. Preconceito e discriminação.Após a libertação da escravatura eles não tiveram acesso ao poder político, econômico, social e educacional digno.Está falta de oportunidades colocou-os entre os segmentos mais desprotegidos da nossa sociedade.Aqui, considera-se o negro igual na lei e nos discursos políticos, mas nunca nas oportunidades de trabalho. Dedicamos a eles afeto doméstico e parternalista, sobretudo por parte das crianças.Babás, cozinheiras,serviçais e operários braçais que constituem os quadros mais gerais em que o localizamos.Tendemos a identificar o marginal com o negro.Nós temos o negro no sangue, mas muito pouco na cabeça.Há uma certa vergonha do brasileiro de ser brasileiramente. Como bem afirmou, o professor Jorge da Cunha Lima em seu livro " A organização política do sonho".

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Guerra no Trânsito

Está comprovado que o brasileiro não tem respeito pela vida, basta observar os indicadores de mortes fatais ocorridas no trânsito em nosso território. Ao ano, morrem em média, trinta mil pessoas, um dado assustador, o transporte passa a ser a arma mais letal em nosso país.Outros países acostumados a guerriarem, não apresentam dados vergonhosos como este.A nossa guerra é interna e o custo social que representa é incalculável, o governo nas três esferas, diga de passagem, tem feito esforços através da mídia, até de forma crua, tentando sensibilizar as pessoas para os perigos e as consequências desagradáveis que geram no seio familiar. Implantou o novo código de trânsito, tomou decisões mais severas para aqueles que dirigem alcoolizados, na esperança de reduzir estes indicadores a níveis aceitáveis e até agora os resultados deixam muito a desejar.A falta de respeito, pelas regras do trânsito é ao meu ver uma questão cultural e ao mesmo tempo informativa. Parece que, principalmente os jovens, veem no carro um instrumento de liberdade, para poderem se deslocar no espaço das cidades em que residem de forma alucinadora, como se o amanhã não existisse e sim o hoje, o agora, criando para muitas famílias constrangimentos e dores profundas.É necessário que se estabeleça nas escolas, começando pelo ensino fundamental, disciplinas que despertem nas crianças e nos jovens, da importância da vida, mostrando que o automóvel foi criado para atender a uma necessidade e não tirar a vida das pessoas.Quanto custa a nação brasileira a perda de jovens universitários, de homens qualificados, seja um médico, engenheiro, empresário e de tantas outras categorias profissionais que eliminamos a cada ano, fora um contingente considerável de homens e mulheres que ficam inutilizados para o resto de suas vidas. Custo este significativo, quando se trata de uma sociedade pobre em recursos financeiros e humanos qualificados. Ampliando os gastos hospitalares e previdenciários de forma absurda. Não podemos mais aceitar tamanha insensatez, é preciso criar políticas públicas que reduzam o número de mortes e dos muitos mutilados , que a cada ano, esta guerra do trânsito provoca.Mostrando que o bem estar de um indivíduo não termina quando adquire um carro particular, outros valores devem ser enaltecidos, como estudar, amar, viajar, novas amizades, e divertir-se, sem exageros.O carro embora seja para muitas pessoas, um definidor de status, não passa na realidade de um bem de consumo durável, como outro qualquer, que nos proporciona prazer em possuí-lo.É bom lembrar que para comprá-lo é relativamente caro para os orçamentos das famílias brasileiras de classe média .Em determinadas cidades, adquirí-lo transforma-se em um tormento e quase nenhuma satisfação dele se extrai.Para eliminarmos esta guerra interna é necessário que todos os brasileiros se unam, com as escolas, organizações não governamentais e com o apoio dos governos: central, estaduais e municipais em uma campanha de caráter permanente a nível nacional, para que as pessoas despertem e reflitam deste mal que hoje, tanta dor tem causado a muitas famílias brasileiras e que amanhã poderá ser a sua.

domingo, 12 de julho de 2009

Recife

Tive a felicidade de conhecer diversas cidades do meu país e até fora de suas fronteiras, onde pude observar e vivenciar os constrastes sociais e culturais que o torna belo e dualístico em muitos aspectos.As cinco macro regiões da nossa nação, caracterizam -se por diferenciação no seu meio físico, na música, na culinária, na forma de se vestir, na sua história e até na miséria que nos envergonha há muito tempo.Mas há uma cidade que me encanta pela sua beleza física, por sua rica história, cortada pelos rios e integrada pelas suas pontes, fazendo-a diferenciada e até comparada e denominada de Veneza brasileira.Ir ao Recife, é respirar história, a preservação dos prédios, pontes, praças, monumentos e igrejas a torna a cada ano mais bela e contagiante.O marco zero é a prova concreta de estarmos inseridos no passado, paramos o tempo e esquecemos por alguns instantes da dinâmica da vida moderna e ao passearmos pelas diversas ruas e se olharmos com a devida atenção,cada prédio, lembre-se que ali, muitos homens e mulheres contribuíram para que hoje tenhamos de forma viva, a trajetória secular de uma sociedade.A preservação das manifestações culturais é um exemplo a ser seguido por outras cidades, no período carnavalesco é que temos o privilégio de assistir e até de participar dos diversos blocos que ali se apresentam, com suas músicas efervescentes e suas fantasias exuberantes.É um momento rico, difícil de explicar é necessário vivenciá-lo para extrair conclusão.O galo da madrugada, é prova viva do amor dos recifenses pelo frevo, um calor insuportável e milhões de pessoas pulando, cantando e se divertindo ao longo das avenidas, onde não conseguimos diferenciar os ricos dos pobres, todos socializados perante a magia do carnaval.Ao passarmos pelas suas pontes que integram as ilhas que compõem esta cidade, é que damos conta que estamos pisando na história e em cada esquina ela se apresenta através de um prédio ou até de residências que nos surpreendem pela sua plasticidade de uma época que leva os historiadores a tanto pesquisar.Esta cidade é encantadora, cada intervenção que a prefeitura nela faça, encontra resquício de um tempo, que logo é restaurado e disponibilizado para que possamos melhor entender seu significado histórico.É o que acontece quase constantemente em Recife Antigo.Um dos passeios mais significativos que fiz, foi conhecer as suas igrejas no centro da cidade, percorrer várias delas e em cada uma visualizar um significado diferente em um tempo diferente.Assim é esta cidade de grandes homens que muito influenciaram o nosso país em diversas áreas que atuaram: Antonio Maria, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Nabuco, Aluísio Magalhães,Manuel Bandeira, Gilberto Freire, Capiba, Cícero Dias e tantos outros. Mesmo assim, o novo aparece, em alguns bairros, o processo de verticalização se dá de forma acelerada, com suas novas lojas especializadas,novos restaurantes e o seu famoso shopping center recife.Para os pernambucamos que estão dela distante pelas circunstâncias da vida, ficam próximos quando escutam a música "Recife mandou te chamar" que muitas vezes leva-os as lágrimas de tanto amor que sentem por ela.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Econometria

Tenho assistido pela televisão, críticas que são feitas aos economistas pela não exatidão das projeções econômicas por eles formuladas.Como em várias reuniões sociais em que participo, as mesmas perguntas são feitas, exigindo de nós, respostas à grandes questões econômicas como se fôssemos matemáticos, transformando a ciência econômica que é puramente social em uma ciência exata.O professor Delfim Netto, em sua coluna na folha de São Paulo de 24/09/2008, definiu muito bem,a questão dos equilíbrios na economia, quando afirmou que "Os equilíbrios na economia podem ser instáveis e diferem dos que ocorrem no mundo químico, por exemplo, no qual duas moléculas de hidrogênio adequadamente combinadas com uma de oxigêncio produzem uma molécula de água em São Paulo ou em Londres, no verão ou no inverno.Na economia, as moléculas pensam,escolhem e, no limite, se suicidam!". Na ciência econômica, temos um ramo que trata justamente da quantificação de relações econômicas, conhecida por Econometria, que nada mas é que uma combinação de conhecimentos da matemática,estatística e da própria teoria econômica, cujo objetivo é verificar,analisar e prever a luz dos dados do mundo real se a base da teoria conhecida tem respostas para os acontecimentos que a sociedade nos aponta, ou seja se existe plausibilidade teórica dessa realidade que estamos estudando.É bom lembrar que a razão dos modelos econômetricos serem em sua essência probabilísticos, é justamente a impossibilidade de utilizar todas as variáveis explicativas, onde algumas são impossíveis de mensurá-la em razão do seu alto teor de subjetividade e dada a imprevisibilidade do comportamento humano.A econometria, usa nas suas investigações dois elementos básicos: a teoria e fatos. A teoria é incorporada ao seu trabalho através do uso de modelos, já os fatos chegam através de dados relevantes, compostos por variáveis explicativas que necessitam serem analisados para que possam ter utilidade.É importante ressaltar que a econometria tornou-se um instrumento de pesquisa de extrema importância no mundo econômico em face da dinâmica de novos conceitos, princípios e do avanço da tecnologia que hoje dispõe o economista, para elaborar com maior confiabilidade modelos de decisão ou previsão.Todavia a limitações de ordem estatística e econômicas que ainda não foram superados.Por exemplo, definição de alguns tipos de modelos não lineares ou incorporar a esses modelos fatores extremamentes subjetivos, como gosto, atitudes, opiniões e intenções. Mesmo com estas dificuldades, não resta dúvida da sua aplicabilidade no mundo macro e micro econômico, dando aos estudiosos, condições de formular modelos que permitam à aqueles que decidem, escolher a melhor alternativa para atingir os objetivos estabelecidos. Quem sabe, no futuro não muito distante, algum fisíco não descubra , um utilitrômetro, permitindo a nós abandonarmos os modelos probabilísticos e enveredarmos de uma vez por toda na formulação e uso de modelos determinísticos. Aos que nos criticam com tanta veemência e são ignorantes no assunto, só nos resta recorrer, ao que a antiga filosofia alertou para um imaginário erro de Deus: limitou a sabedoria dos homens, mas esqueceu de limitar-lhes a ignorância. Goethe já nos advertia: "Não há nada mais terrível que a ignorância ativa".