segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sustentabilidade social e ambiental

Nas minhas aulas de economia quando apresento o circuito econômico e comparo variáveis econômicas, sinalizo a situação do meu país e  afirmo que em nossas vidas esta análise também tem um significado.Quando comparo por exemplo, poupança que é um vazamento no circuito econômico com investimento que é uma injeção, informo três situações: poupança igual a investimento estabelece que a equilíbrio na economia, poupança maior que o investimento gera retração e poupança menor que investimento sinaliza expansão na economia. Quando faço uma análise comparativa entre tributação que é vazamento com gastos governamentais que é uma injeção, apresento três situações que são: equilíbrio, déficit ou superávit orçamentário. Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, que deve ser compreendido como a preservação do processo evolutivo, incluindo o homem. Sabemos que as condições originais do meio ambiente está em permanente evolução com ou sem a presença do homem. As externalidades negativas que muitas atividades empresariais geram ao meio ambiente comprometem a nossa permanência no planeta, o que exige maior disponibilidade de água, comida, energia e ar em quantidade e qualidade para que a própria humanidade evolua. Isso exige que governos nos três níveis, empresas públicas e privadas, organizações não governamentais e as famílias participe ativamente para  preservarem essas condições mínimas. As empresas são ditas responsáveis quando tem a capacidade de relacionar suas ações e resultados com os requisitos da ética, desenvolvimento e bem estar das comunidades nas quais exerce influência. As empresas responsáveis é aquela que busca utilizar o mínimo de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços, retornando ao meio ambiente o mínimo possível de rejeitos. Além da responsabilidade que deve ter com o ciclo de vida dos seus produtos e serviços. A empresa responsável ela cuida de toda a sua cadeia produtiva desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados. Mas sustentabilidade não se limita ao ambiente empresarial ela começa dentro de nossa própria casa. O senhor Gustavo Cerbasi em artigo na folha de São Paulo no dia 27\08\2012,cujo título é 'Sustentabilidade começa em casa', foi muito feliz em seu artigo quando afirma : "Sustentabilidade começa pelo que você faz para que sua existência não seja um problema para os demais". O professor mas adiante nos revela que : "Ser sustentável é mais do que fazer um gesto eventual pelo futuro. Sustentabilidade começa em casa, pelo que você faz para que sua existência não se torne um problema para as demais pessoas neste mundo. Isso tem a ver com como você aproveita a água, a energia, os insumos e os alimentos. Mas tem também a ver com como você lida com seu orçamento. Quem lida de maneira desequilibrada com o dinheiro está criando problemas futuros não somente para sua vida mas também para a vida das pessoas com quem convive. Aqueles que têm dificuldades para poupar serão dependentes da ajuda do governo ou de seus familiares. Sem cuidar de seu futuro, precisarão de apoio financeiro e comprometerão o consumo dos filhos, forçando-os também a uma situação de privações, de dificuldade de poupar e, consequentemente, fazendo com que também se tornem dependentes da ajuda futura do governo ou dos familiares. É um círculo vicioso. Quem planeja e poupa o suficiente para viver no futuro com o rendimento do próprio patrimônio deixa de ser um ônus para o Estado. Se gastasse menos com o auxílio às famílias, o Estado teria mais recursos para administrar o interesse coletivo, incluindo a preservação do ambiente e o investimento em tecnologias para a sustentabilidade. Obviamente, essa minha utopia está considerando que, com mais recursos disponíveis, o Estado buscará o interesse coletivo de longo prazo. Hoje isso ainda não acontece.É curioso perceber que poupar não basta. Aqueles que poupam demais, seja por ganância ou por temor excessivo do futuro, limitam a circulação do dinheiro na economia. Com o comércio, a indústria e os serviços faturando menos, o governo tem de investir pesado em subsídios e em políticas de compensação e de incentivo. Gastando mais do que deveria com o equilíbrio da sociedade no presente, o Estado está deixando de cuidar do futuro. Ou seja, está deixando de adotar políticas de sustentabilidade. Costumo afirmar que gastar demais é tão perigoso quanto poupar demais, e isso tem tudo a ver com a construção de um futuro saudável para a economia pessoal e da sociedade. É por isso que a educação financeira não pode se limitar a planilhas, a cálculos e a simulações de investimentos, como muitas das primeiras experiências nesse campo têm sido praticadas nas escolas. Tenho visto métodos eficientes em transformar gastadores compulsivos em poupadores compulsivos. Infelizmente, um grave erro.  A essência da educação financeira deve ser a busca do equilíbrio, e por isso também deveria ser parte dos esforços de sustentabilidade nas escolas e nos debates. Finanças deveria ser tema de aulas de ciências, filosofia e estudos da sociedade, objetivando educar os jovens para que tenham escolhas mais inteligentes e duradouras. Depois disso, caberia discutir o assunto também nas aulas de matemática. Não é o que vem sendo feito.No dia em que cada família souber consumir com qualidade, ou seja, maximizando sua satisfação a cada compra, aproveitará melhor o que consome e, consequentemente, consumirá em menor quantidade. Isso naturalmente já contribui para o ambiente, sem muito esforço adicional. Nesse caso, se abraçar uma árvore lhe faz feliz, continue fazendo-o, nem que seja apenas pelo seu bem-estar pessoal". Finalizo, afirmando que um mundo sustentável é, antes de tudo, uma prática de cidadania, requer a participação consciente dos indivíduos. Implicam em mudanças de comportamento de todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresa pública e privada e o resto do mundo). Como bem definiu o senhor Odede Grajew, " A sustentabilidade social e ambiental em escala global está estreitamente relacionada à consciência e à prática cotidiana de cada um de nós".
 

 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Relações internacionais

As grandes questões que fragilizam a governança mundial hoje tem a participação e influência cada vez mais apreciada dos países ditos emergentes. A Governança Global hoje é completamente diferenciada, se compararmos com um passado não tão distante.Antes recebíamos orientações e hoje participamos ativamente na elaboração de diretrizes que buscam harmonizar as relações internacionais. Mesmo que seja no âmbito macroeconômico, comercial e ambiental. As questões referente a guerra e paz ainda é definida pelas grandes potências, o que precisa ser revista em um futuro não tão distante. O Brasil independente do seu crescimento e das suas conquistas, como a redemocratização e a sua estabilização econômica ainda persistem  problemas internos que requer uma solução como: infraestrutura deteriorada, leis trabalhistas anacrônicas, sistema tributário esclerosado, crime organizado  perda da biodiversidade, comércio ilícito e ausência de regulação em inúmeras atividades.Precisamos deixar de ser um mero mercado emergente para nos transformar em uma sociedade decente. O mundo nos aponta que a humanidade clama por democracia, cansou de homens fortes que governava de forma única, era o Deus do país e o progresso estava em suas decisões. O melhor exemplo  vêem do mundo africano, asiático e da revolução oriental que está ocorrendo ainda hoje. As sociedades perceberam que neste século para terem sucesso necessitam de instituições fortes que sejam confiáveis, capazes e transparentes.Precisam de parlamentos fortes, policiais honestos, juízes independentes , imprensa livre e de um ambiente de negócios fervescente. Um simples olhar ao nosso país percebemos que cometemos equívocos no passado, que comprometem o presente, onde   cidadãos são impedidos de se cruzarem porque suas estradas são paralelas, nos obrigando a  ampliar cada vez mais a igualdade de oportunidade. Devemos nos rebelar contra a naturalização de um país separado e desigual.Precisamos construir urgentemente um novo país. Começando com uma boa educação em toda a sua cadeia . Que possibilite a construção de diversos caminhos e que todos os caminhos nos leve, ao aumento da inteligencia, sensibilidade, moralidade, justiça e bem estar social.Lembrando que a redemocratização foi relevante mas  que a  liberdade educa e a educação liberta. Sem educação, não há liberdade. Aos governos cabe garantir as condições necessárias para que o novo floreça. O desenvolvimento requer invenção do futuro, como dizia o grande Celso Furtado. O nosso país, apesar da situação confortável em que se encontra frente a um ambiente externo indefinido para continuar a sua trajetória de crescimento precisa equacionar problemas internos que ainda persistem e nos atormenta a anos.A nossa presidente Dilma disse aos nossos diplomatas em uma reunião que: "temos que equacionar três amarras do país e construir o caminho, o chamado quarto caminho. As três amarras são: taxa de juros, taxa de câmbio e impostos altos. E o caminho é a educação de qualidade". Isto revela o quanto nossa presidente está comprometida com as reais necessidades da nação. Sinais de novos tempos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Agências Reguladoras


Caros leitores, a seguir apresento o conceito das agências reguladora,onde extrai da Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Agência reguladora é uma pessoa jurídica de Direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país, a exemplo dos setores de energia elétrica, telecomunicações, produção e comercialização de petróleo, recursos hídricos, mercado audiovisual, planos e seguros de saúde suplementar, mercado de fármacosvigilância sanitária, aviação civil, transportes terrestres ou aquaviários etc. As Agências Reguladoras são criadas através de Leis e tem natureza de Autarquia com regime jurídico especial. Consistem em autarquias com poderes especiais, integrantes da administração pública indireta, que se dispõe a fiscalizar e regular as atividades de serviços públicos executados por empresas privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização.
Estas devem exercer a fiscalização, controle e, sobretudo, poder regulador incidente sobre serviços delegado a terceiros. Correspondem, assim, a autarquias sujeitas a regime especial criadas por lei para aquela finalidade especifica. Diz-se que seu regime é especial, ante a maior ou menor autonomia que detém e a forma de provimento de seus cargos diretivos (por mandato certo e afastada a possibilidade de exoneração ad nutum, ou seja, a qualquer momento). Não são, porém, independentes. Estão sujeitas ao mesmo tratamento das autarquias, e passiveis de idênticos mecanismos de controle:

Atribuições:
  • levantamento de dados, análise e realização de estudos sobre o mercado objeto da regulação.
  • elaboração de normas disciplinadoras do setor regulado e execução da política setorial determinada pelo Poder Executivo, de acordo com os condicionamentos legislativos (frutos da construção normativa no seio do Poder Legislativo).
  • fiscalização do cumprimento, pelos agentes do mercado, das normas reguladoras.
  • defesa dos direitos do consumidor.
  • incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais, objetivando à eliminação de barreiras de entrada e o desenvolvimento de mecanismos de suporte à concorrência.
  • gestão de contratos de concessão e termos de autorização e permissão de serviços públicos delegados, principalmente fiscalizando o cumprimento dos deveres inerentes à outorga, à aplicação da política tarifária etc.
  • arbitragem entre os agentes do mercado, sempre que prevista na lei de instituição.
Na esfera federal brasileira, são exemplos de agências reguladoras a ANATEL, ANEEL, ANCINE, ANAC, ANTAQ, ANTT, ANP, ANVISA, ANS e ANA.
Cumpre tarefa de grande relevância, pois sua função é essencialmente técnica e sua estrutura é constituída de tal forma a se evitar ingerências políticas na sua direção.
No Brasil, além das agências reguladoras federais, existem agências reguladoras estaduais e municipais". Juridicamente muito bem definida e com as suas atribuições bem descritas e quanto as  operações das empresas que atualmente atuam nos diversos setores vitais da nossa economia, apresentam serviços de péssima qualidade que compromete toda a cadeia produtiva do país.Cobram pelos serviços que prestam valores extremamente elevados quando comparados com as nações desenvolvidas ou mesmo nos países  que são originarias.Parece-me que o mercado brasileiro é propicio ao retorno fácil em relação ao investimento feito e que não tem com o que se preocupar com a fiscalização. A telefonia móvel mesmo com o impedimento de negociação de novas linhas recentemente, continua ruim e não houve nenhuma melhora, quanto a energia elétrica houve erros nos cálculos das tarifas cobradas no passado e a sua devolução aos usuários só Deus sabe quando acontecerá se vai realmente acontecer. Empresas ganhadoras dos leilões para gerenciarem rodovias federais é um verdadeiro caos, completo abandono e o pior é que estamos efetivando novas concessões de aeroporto, porto, rodovias e ferrovias , com o objetivo de reduzir o tamanho do estado, direcioná-lo para as atividades de maior relevância como: (educação, saúde, saneamento básico e  etc)  e ao mesmo tempo estimular uma maior participação da iniciativa privada na construção e manutenção  de nossa infraestrutura.  Com riscos de piorar o que já existe de ruim se não houver uma maior presença das agências reguladoras deste país. Sou favorável as concessões desde que as empresas que venham explorar essas atividades se comprometa a  implantar uma nova filosofia de gestão e que a eficácia nas operações seja percebida pelos brasileiros. Caso contrário, vamos formular um novo conceito uma nova forma de estimular as parcerias entre o setor público com o privado com o objetivo de melhorar de forma continuada a busca pela  produtividade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Gastos em Educação

O economista Maílson da Nóbrega em artigo na revista veja em 25\07\2012, cujo título é "SOBRE O AUMENTO DE GASTOS PÚBLICOS NA EDUCAÇÃO", revela de forma brilhante as contradições do nosso modelo educacional e sinaliza que o aumento dos gastos públicos em educação para 10% do PIB, aprovado em comissão especial da Câmara é um enorme equívoco. Afirma Maílson que o país já destina 5,1% do PIB na área, enquanto é de 4,8% a média dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quase todos muito ricos.Segundo as Nações Unidas/Unesco, nossos gastos superam, como proporção do PIB, os de Japão, Alemanha, Coreia do Sul e    Canadá. Mesmo assim, no último teste conduzido pela OCDE/Pisa, ficamos em 53º lugar entre 65 países em leitura, matemática e ciência. A nossa frente estão Colômbia, México, Uruguai, Chile, Tailândia, Turquia e outros países emergentes.A China ficou em primeiro lugar nas três matérias. O professor chama atenção do modelo chinês e diz: Lá se despende menos de 4% do PIB, mas a educação é a alavanca do seu robusto desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, a taxa de analfabetismo caiu de 22,8% para 5,7% da população adulta (9,7% no Brasil). Para o professor José Pastore, a educação é a arma definida por eles para dominar o mundo, revolucionando a preparação de talentos para ciência e tecnologia. Mais adiante ele nos mostra uns dados interessante sobre o modelo chinês e afirma que na última década,o número de jovens chineses nas melhores universidades do mundo cresceu dez vezes.Em 2009, havia 120000 deles em escolas americanas, a maioria em cursos de pós-graduação. Os brasileiros eram 7500 (3500 em pós-graduação). Segundo o Wall Street Journal, em 2011 os chineses compunham quase a metade dos estudantes estrangeiros em curso de mestrado e doutorado nos Estados Unidos. Diz ainda que, com gastos menores do que os do Brasil, a China avançou muito em pesquisa e desenvolvimento, o que requer pessoal de altíssima qualificação. Em 2011 a China superou os Estados Unidos e o japão no registro de patentes.Não por acaso, sua economia cresce cada vez mais com base em produtos de alta tecnologia, como bens de capital para telecomunicações. Os chineses ganharam da Alemanha em painéis solares. A China é o terceiro país a enviar astronautas ao espaço. Sua estação espacial será concluída em 2020. Há plano de pôr um chinês na lua até 2025. Segundo o professor o que o Brasil precisa é de uma revolução no uso dos gastos públicos em educação: melhorar a gestão dos recursos, aumentar a qualificação dos professores e remunerá-los bem e por desempenho, como acontece nos países bem sucedidos em elevar a qualidade da educação. Em artigo anterior chamava a atenção das mudanças que estão ocorrendo neste século da transformação, exigindo uma permanente adaptação das nações frente as mudanças muito rápidas, provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Neste mundo em permanente transição, um dos elementos mais afetados é o ensino, que busca consolidar técnicas e mecanismos que permita forma indivíduos aptos para a nova sociedade. Não se pode mais ensinar para uma verdade mais para a compreensão de várias verdades circunstanciais.As nossas certezas são relativas e sujeitas a mudanças contínuas. Cabe as universidades brasileiras se posicionar sobre o seu papel, nesta nova onda avassaladora que está varrendo da face da terra velhos hábitos e práticas rotineiras, implantando uma nova concepção de tempo e espaço, estabelecendo novos padrões de comportamento e de avaliação, em todos os aspectos da atividade do homem.Finalizo com a mesma afirmação do artigo passado.Acorda Brasil.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O novo trabalhador

Caros leitores informo que estou terminando de ler um livro extremamente rico, atual cujo título é "ÉRAMOS NÓS A CRISE AMERICANA E COMO RESOLVÊ-LA" que indico a todos a sua leitura. Os autores são o senhor Thomas L. Friedman o mesmo autor de "O MUNDO  É PLANO",juntamente com o senhor Michael Mandelbaum. Descrevo de forma resumida um item que me chamou atenção, que compõe  a parte 2: O desafio da educação, que sirva de exemplo para o Brasil, os autores de forma brilhante nos apresenta para onde caminha o mercado de trabalho,neste século da transformação e diz: Andy Kessler,um ex-administrador de fundo hedge e autor de "Eat people: and other unapologetic rules for games-changing entrepreneurs, publicou uma matéria no Wall Street Journal (17 de fevereiro de 2011) propondo uma tipologia ainda mais simples e evocativa do novo mercado de trabalho: Esqueçam os empregados administrativos e operacionais.Existem dois tipos de trabalhadores em nossa economia: criadores e servidores. Criadores são aqueles que impelem a produtividade----codificando, projetando chips, criando remédios, dirigindo mecanismo de busca. Os servidores, por outro lado, servem esses criadores ( e outros servidores) construindo casas, fornecendo alimentos, oferecendo aconselhamento legal e trabalhando no Detran.Muitos servidores serão substituídos por máquinas,por computadores e por mudanças na operação dos negócios. Mas adiante diz os autores:" Essa dicotomia entre criadores e servidores impõe a pergunta mais importante que todo trabalhador terá de fazer a si mesmo: estou acrescentando valor fazendo algo singular e insubstituível? Estou acrescentando uma calda de chocolate, creme de chantili e cereja extras sobre tudo que faço?Achamos que a melhor forma de entender o mercado de trabalho atual é mesclar Katz, Autor e Kessler. Isso gera quatro tipos de empregos. Os primeiros são os criadores criativos, pessoas que fazem seu trabalho não rotineiro de forma notadamente não rotineira ----os melhores advogados, os melhores contadores, os melhores médicos, artistas, escritores,professores e cientistas. Os segundos são os criadores rotineiros, que realizam seu trabalho não rotineiro de uma forma rotineira----advogados comuns, contadores comuns, professores comuns e cientistas comuns. Os terceiros são o que chamaríamos de servidores criativos, trabalhadores não rotineiros pouco qualificados que realizam seu trabalho de forma inspirada----seja o padeiro que cria uma receita de bolo especial, a enfermeira com habilidades interpessoais extraordinárias na cabeceira dos doentes ou o sommelier que impressiona com seus conhecimentos de cabernets australianos. E os quartos são os servidores rotineiros, que fazem trabalhos rotineiros de forma rotineira, sem oferecer nada extra.Atenção: só porque você está realizando um serviço não rotineiro---como, digamos, um médico,advogado, jornalista, contador, professor de nível médio ou universitário----, não significa que esteja seguro. Se você faz um trabalho não rotineiro altamente qualificado de forma rotineira----se você é o que denominaríamos um criador rotineiro---, estará vulnerável à terceirização, automação ou digitalização, ou será o primeiro a perder o emprego num aperto econômico. E só porque você é um servidor, realizando algum serviço face a face, não significa que esteja seguro. Você também estará vulnerável à terceirização, automação , digitalização do trabalho no exterior--- ou será o primeiro a ser despedido num aperto econômico". Mais adiante dizem os autores:" Portanto, esse é o mundo onde vivemos. É por aqui que toda conversa sobre como precisamos consertar nossa economia e transformar nossas escolas precisa começar. Nesse mundo, os estados Unidos necessitam de empresas que sejam mais produtivas---que estejam usando as ferramentas da hiperconectividade de todas as maneiras possíveis para produzir mais mercadorias e serviços com menos pessoas---, e precisamos de cada vez mais empresas que gerem empregos com salários dignos. Só existe uma maneira de superar esse impasse: mais inovação impulsionada por melhor educação para todos os americanos. Uma economia robusta é  movida não apenas por mais eficiência e produtividade,mas também por inovações.Ou seja , mais pessoas inventando mais produtos e serviços que deixem os consumidores mais confortáveis,produtivos, instruídos, entretidos, saudáveis e seguros". Os autores finalizam afirmando: "Em suma, precisamos de criadores fecundos e servidores criativos. Para isso, alguns podem inventar um produto novo, ou reinventar um serviço existente, e ainda fornecer um serviço rotineiro com certa paixão extra, um toque pessoal ou uma visão nova. É isso o que cada empregador está buscando. Se você tem quaisquer dúvidas a respeito, pergunte a eles. Ou vire a página". Meus leitores, se a América do Norte tem atualmente está preocupação com o seu futuro, sendo a muito tempo uma potência econômica mundial, imagine o nosso país o que precisa fazer para acompanhar toda essa revolução que está ocorrendo no mundo do trabalho? Acorda Brasil. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Investimentos

Estamos caminhando para o final de 2012 onde tudo indica que o Brasil terá um crescimento do PIB inferior ao do ano passado. Vários analista sinaliza um crescimento em torno de 2% a 2,5% em razão de um quadro internacional desfavorável. A América ainda apresenta sinais de recessão, a sua economia ainda não voltou a apresentar uma recuperação satisfatória, a maior economia da Ásia (China) apresenta desaceleração, no mundo árabe as revoluções que estão ocorrendo gera uma incerteza quanto ao futuro e a Europa encontra-se em busca de uma definição que ainda levará tempo para a sua recuperação. A demanda externa por alimentos e metais que no passado teve um significado importante para a nossa nação, hoje com tendência de queda de preços das commodities, começa a criar um desconforto em nossa conta corrente. O governo brasileiro ciente do quadro internacional, voltou a sua atenção para o mercado interno, criando uma série de facilidades de crédito e renuncia fiscal para garantir o nível de emprego e renda do nosso país. Estimulo a demanda, a nova classe média adquirindo carros,imóveis e eletrodomésticos, com prazos elásticos e juros menores. Mas o consumo que é a variável mais importante da demanda agregada tem um limite, o nível de endividamento atinge um ponto que  insistir nos gastos levará a dificuldades a frente. O crédito não pode crescer acima das possibilidades do emprego e renda se não a inadimplência aparecerá e o custo que a sociedade pagará é maior que os benefícios que ela gera. A dinâmica do desenvolvimento de qualquer país requer investimentos que permita a classe empresarial enxergar novos nichos de mercado, produzidos pelas inovações, gerando novos empregos e o efeito renda estimulando o consumo que permita aos investidores obterem lucros sobre os riscos de investirem. No Brasil o nível de investimento em relação ao PIB encontra-se em torno de 19%  e o nível de poupança do nosso país é relativamente baixo em comparação com as nações emergentes. O empresário só fará investimentos se ele tiver certeza de que o mesmo trará uma lucratividade aceitável em um período relativamente curto. Os investimentos dependem de duas varáveis: taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. A taxa de lucro prevista precisa ser maior que a taxa de juros corrente, caso contrário, quando a expectativa de retorno não acontece desaparece o investimento, criando dificuldades na demanda global que por sua vez, produz uma crise que começa no mercado financeiro e termina no mercado de trabalho. Os gastos governamentais tem um papel importante neste contexto, quando bem dirigidos e em parceria com a iniciativa privada podem a médio prazo criar uma atmosfera positiva para a sociedade como um todo. Se os gastos governamentais forem direcionados justamente para melhorar a nossa infraestrutura, ( energia, transportes,comunicações e siderurgia) e estabelecermos um novo marco tributário, com certeza os investimentos surgirão e a nossa economia se tornará mais competitiva e novos mercados serão conquistados.O investimento tem os seus determinantes que são: o primeiro a sua lucratividade, o segundo, refiro-me ao progresso tecnológico através da construções de rodovias, ferrovias, hidrelétricas em pesquisas de ponta são fatores que estimulam a economia e são geradores de outros investimentos pelo progresso que proporciona ao país.O terceiro, diz respeito a política governamental que pode incentivar o investimento em regiões consideradas carentes, em determinados setores que através de incentivos fiscais estimulará a vinda de outros investimentos.Quando o nível geral de renda de uma sociedade cresce como a brasileira, naturalmente ocorre uma mudança nos padrões de consumo que pressiona novos investimentos que se destina a equilibrar a oferta em condições de satisfazer a procura existente. Em uma economia que se organiza em torno dos mercados é preciso que a sua amplitude seja cada vez mais ampla , gerando um poder aquisitivo elevado, favorecendo novos investimentos na criação de bens e serviços  que estimulam a diversificação do consumo e elevam o bem estar da sociedade.