segunda-feira, 30 de maio de 2016

O fórum Veja

No primeiro Fórum Veja realizado em São Paulo na semana passada que tinha a intenção de analisar "O Brasil que temos e o Brasil que queremos",vários especialistas debateram propostas destinadas a recuperar a credibilidade na economia, combater corrupção e dar fim ao caos político no país. Em resumo, a ideia central no campo da economia, girou em torno de um  plano de equilíbrio de longo prazo para as finanças públicas. Na justiça, a ênfase foi a extinção do foro privilegiado dos políticos,de modo a combater a impunidade.Na política, a redução do número de partidos e o desestímulo às chapas de aluguel. A credibilidade econômica pressupõe um plano crível de longo prazo capaz de dar previsibilidade aos empreendedores, senão o país não conseguirá atrair investimentos. Todos os debatedores são favorável que o governo reequilibre o orçamento e nunca gastar além daquilo que arrecada. Lembrando, que o ajuste embora necessário não deve prejudicar os mais pobres. Na avaliação de Paulo Leme, presidente do banco Goldman Sachs no Brasil, o governo deveria evitar a solução fácil de aumentar impostos. O problema não está a carga tributária,mas também na ineficiência e nas perdas que causa no setor privado.Segundo o economista, existe farto capital estrangeiro disponível, uma vez superada a crise.O interesse em investir no Brasil é enorme.Se se todo o ruído que o governo causou, se se avançar na parte regulatória, o investidor vai entrar.A ideia,foi reforçada pelo ministro da fazenda Henrique Meirelles. Quanto a questão da justiça o ministro Luis Roberto Barroso, defendeu o fim do foro privilegiado e demostrou as suas razões. O juiz federal Sergio Moro, destacou a percepção de que se fortaleceu no Brasil um repúdio institucional do Judiciário à corrupção sistêmica e cobrou que isso se reflita nas esfera pública e privada. É necessário que o governo tenha uma postura propositiva. Dizer que não vai interferir é obrigação. Outros participantes,ex-deputado Fernando Gabeira o cientista político Bolívar Lamounier e o matemático Artur Avila também deram as suas contribuições. Vale ter acesso a essas palestras que muito enriquecerá a todos os interessados pelo destino do nosso país.Que o Fórum Veja seja um pontapé adicional para torná-las realidade.      

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A riqueza da nação no século XXI

Caros leitores, terminei de ler o livro publicado pelo professor Bernardo Guimarães cujo título é "A RIQUEZA DA NAÇÃO NO SÉCULO XXI", sugiro aos meus alunos e ex-alunos como também a comunidade intelectual  e a todos  os interessados em compreender a situação em que se encontra o nosso país a ter acesso a este livro que com certeza ira facilitar a entender através de uma linguagem simples, as questões de política econômica e a economia da nação no século XXI. O professor Bernardo,dividiu a primeira questão da seguente forma: (lei do conteúdo local, BNDES, política monetária,as contas do governo, direitos trabalhistas,o sistema de preços, programas de transferência, reforma política e capitalismo).Quanto a segunda questão, o mestre dividiu da seguente forma (ideias e bandeiras, bravatas, os neoliberais infiltrados, a marolinha, a crise nacional, uma pequena mentira e e agora?). Bernardo é doutor em economia pela universidade Yale. Entre 2004 e 2010, foi professor da London School of Economics. Desde 2010, é professor da Escola de Economia de São Paulo-FGV. Como pesquisador, tem carreira acadêmica reconhecida internacionalmente, com publicações em alguns dos principais periódicos da área de economia. É colunista do jornal Folha de São Paulo, no qual assina o blog :A economia no século 21, dirigido ao público não especializado. O livro além de bem escrito a sua linguagem é de fácil compreensão, justamente para facilitar aos não especializados a entender as grandes questões macroeconômica e decisões a nível microeconômico. Vale a leitura, não é à toa que o livro é um dos mais procurados. Em um dos trechos "A esperança", diz o mestre: "O ano de 2015 veio com recessão e desemprego. Além do desequilíbrio fiscal e das dificuldades políticas, empresas que aguardavam o resultado da eleição para tomar suas decisões agora já sabiam: medidas para melhorar nosso capitalismo não viriam tão cedo. Era momento de demitir, não de investir. Creio, porém, que 2015 trouxe também esperança. Está ficando claro para a maioria que há muita coisa errada no debate sobre política econômica.As pessoas estão buscando de fato entender. A tecnologia e o potencial estão disponíveis. Quem sabe começaremos, finalmente, a ter uma discussão de verdade sobre a agenda para construir o Brasil do século XXI.Nós podemos criar um país muito melhor". Parabenizo o autor pelo excelente livro e uma boa leitura aos interessados.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O que os brasileiros esperam de Michel Temer

Os senadores brasileiros por maioria absoluta afastou a presidente Dilma Rousseff de suas funções de executiva do nosso país. Assume o vice presidente o senhor Michel Temer, onde todos os brasileiros aguardavam esta definição para que o país possa voltar a  retomar a governabilidade que têm criado uma enorme dificuldades em todos os campos do conhecimento. Segundo Bernardo Guimarães, no seu livro "A RIQUEZA DA NAÇÃO NO SÉCULO XXI", afirma que , há caminhos que induzem o desenvolvimento do país e outros que atrapalham o crescimento. Serão as nossas escolhas de políticas econômicas que irão determinar a riqueza da nação e o nível de renda da população no século XXI. Cabe ao novo presidente, encontrar através das grandes políticas (monetária, fiscal, cambial e renda) o melhor caminho para que o nosso país volte a ser competitivo neste mundo globalizado e para isso precisamos de energia, transporte, mão de obra qualificada, comunicações e informática. Além de termos uma burocracia infernal que só estimula a corrupção,uma carga tributária excessiva, custo do trabalho em elevação, inflação chegando a dois dígitos, desemprego elevado e taxas de juros exorbitante. Espera-se que o novo presidente seja capaz de definir uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação,investimentos em infraestrutura e uma parceria com o setor privado para retomarmos o crescimento, gerando empregos, estimulando o consumo e melhorando a qualidade de vida de todos os brasileiros. Os estudiosos, afirmam que a renda das pessoas de um país depende de quanto se produz, da capacidade de produção da economia é isso que cria as enormes diferenças entre a renda por habitante dos diversos países. O novo presidente é defensor de um estado indutor constitucionalmente controlado que seja capaz de realizar uma política fiscal de longo prazo, boa qualidade no financiamento da nossa dívida e um controle rigoroso da relação dívida pública bruta\PIB. Economizar nos gastos públicos,para abrir espaço para o investimento em áreas prioritárias, ter competência nos serviços que oferece a sociedade. Precisa realizar uma política monetária que seja capaz de garantir a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro. Estabelecer com critérios corretos os incentivos para estimular os agentes econômicos.Dialogar com a classe empresarial, dando liberdade bem regulada aos mercados.Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional. A sociedade brasileira espera que o senhor Michel Temer, seja capaz de tirar o país desta inércia,readquirir a confiança dos investidores internos e externos, ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para a nação brasileira se desenvolver. 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Alexandre Schwartsman

O professor Alexandre schwartsman em artigo na Folha de São Paulo no dia 04\05\2016,cujo título é "As consequências econômicas de Dilma", retrata muito bem a situação em que o nosso país se encontra e que sirva de reflexão a todos os brasileiros responsáveis e preocupados com o nosso futuro e principalmente  o novo governo que se aproxima que não venha cometer os mesmos erros que  o mestre sinaliza e que a descrevo a seguir: O governo Dilma é o pior da República, talvez o pior da história. Não é fácil receber um país crescendo decentemente, contas públicas razoavelmente em ordem (com tarefas a cumprir, registre-se), histórico de inflação ao redor da meta, contas externas controladas e, em meros quatro anos, demolir esse legado, construído ao longo de mais de uma década por vários governos.Não é por outro motivo que sua administração, assim como seus cúmplices, tem imensa dificuldade para assumir a responsabilidade pelo desastre. Originalmente a desculpa era a crise externa, convenientemente deixando de lado que o crescimento mundial de 2011 a 2014 foi igual ao registrado nos quatro anos anteriores, enquanto a relação entre os preços das coisas que exportamos e as que importamos (os termos de troca) foi a melhor da história recente, algo como 24% superior à sua média de 38 anos.A desculpa agora é a oposição, que não teria compactuado com "as propostas de ajuste das contas públicas", eufemismo para aumento de impostos, em particular a CPMF. Nas palavras da presidente, os opositores "são responsáveis pela economia brasileira estar passando por uma grande crise".Nada é dito, claro, sobre o aumento dos gastos observado sob seu governo, muito menos sobre seu papel no extermínio (em 2005, ainda no governo Lula) da proposta de ajuste fiscal de longo prazo, formulada pela equipe de Antonio Palocci e fulminada por ela como se fosse uma "proposta rudimentar" sob o argumento de que "gasto corrente é vida".Pelo que me lembro, também não foi a oposição quem baixou, na marra, as tarifas de energia, medida elogiada à época por ninguém menos que Delfim Netto, o mesmo que hoje reconhece o erro da política, apenas se esquecendo de dizer que estava entre os que a aplaudiram.
Desconheço também qualquer papel da oposição na decisão de aumentar o volume de crédito do BNDES em R$ 212 bilhões (a preços de hoje) entre 2010 e 2014, valor integralmente financiado por créditos do Tesouro Nacional, que se endividou no mesmo montante para beneficiar um punhado de setores e empresas selecionadas por critérios muito pouco transparentes.Da mesma forma, a oposição não parece ter sido ouvida quando o governo decidiu segurar artificialmente os preços dos combustíveis, levando não apenas a Petrobras a uma situação delicada do ponto de vista de seu endividamento (limitando assim sua capacidade de investimento) como também, de quebra, desarticulando o setor sucroalcooleiro.A lista poderia se estender ainda mais, tendo como fator comum a ausência de deliberação da oposição em decisões que, ao final das contas, caíam todas na esfera governamental. Não deve restar dúvida de que há um único responsável pelo desastre econômico em que o país se encontra: o governo federal, sob comando da presidente Dilma Rousseff. E que não se exima o PT, que apoiou entusiasticamente a política econômica (assim como os keynesianos de quermesse que hoje fingem não ter nada a ver com assunto), mas se opõe ferozmente às tentativas de corrigir a Previdência ou atacar vinculações orçamentárias.A oposição não é grande coisa, mas há apenas um culpado pela crise: o atual governo, presidente à frente e PT no apoio. O resto é apenas covardia e (mais) mentira para a campanha de 2018. Parabenizo o professor pelo excelente artigo e pela  sua contribuição ao novo governo que se aproxima.