terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Recesso

Meus caros leitores, informo que entro em férias e só retorno na segunda semana de janeiro de 2016.Desejando a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de felicidades, saúde e muita paz.Estou na maior cidade do Brasil. na casa do meu filho mais velho onde passarei os dias festivos e esticarei até ao Rio de Janeiro. Este ano que termina foi muito difícil em termos políticos, econômicos e sociais e aguardamos que em 2016, possamos voltar a ter novas esperanças na busca do equilíbrio do nosso sistema econômico e político para proporcionar uma melhor qualidade vida a todos os brasileiros.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Delfim Netto

O professor Delfim Netto, considerado como um dos melhores economista do Brasil, em artigos na Folha de São Paulo, cujos títulos são "Risco" e "Foi Bom"nos dias 2\12\2015 e 09\12\2015, retratou como muita inteligencia a situação atual do nosso país em termos político e econômico. Em resumo, descrevo a seguir: Talvez nunca tenha sido mais importante introjetar uma verdade intransponível: as condições sociais econômicas em que vivemos amanhã serão as que estamos construindo hoje. Mais do que nunca , o nosso futuro está contido na nossa capacidade de manobrar o presente. As perspectivas não são nada animadoras porque salta aos olhos a perda de protagonismo da presidente. É cada vez mais evidente que as dificuldades econômicas de hoje foram gestadas há três anos, em 2012. O governo reagiu à ameaça da queda do PIB mundial,com um exagerado ativismo voluntarista bem intencionado, mas que insistiu em ignorar a realidade. Um intervencionismo sem sólido fundamento e conhecimento em vários setores:eletricidade, portos, ferrovia etc., a redução arbitrária da taxa de juros real; a fixação de taxas de retorno irrealistas nas concessões de infraestrutura na busca da modicidade tarifária e o controle da taxa de câmbio e dos preços administrados para esconder a inflação, resultaram no oposto do que se desejava. Assustaram os investidores, inibiram a produção industrial e reduziram o crescimento. Deixaram uma inflação reprimida e um substancial deficit fiscal, que se está tentando corrigir em 2015.Ao longo desse período um processo destrutivo auto alimentado - dificuldade econômica que cria problema político, que piora a dificuldade econômica e levou ao paroxismo a disfuncionalidade da nossa organização política. Muito bem, definida pelo  mestre, a realidade política e econômica em que o país se encontra. No segundo artigo, em resumo descrevo a seguir: Existem momentos críticos que resolvem definitivamente uma dúvida. Na matemática, basta um contraexemplo para acabar com a mais bela conjectura. Pasteur,com um experimento, sepultou a teoria da geração espontânea, Eddington, com duas fotografias, confirmou Einstein. Sem juízo de valor, Eduardo Cunha criou um momento crítico que poderá acabar com a paralisia que resultou da perda de credibilidade da presidente. O quinquênio 2011-15 pode ser resumido num número. O PIB do Brasil cresceu um pouco mais do que 5% enquanto o PIB mundial cresceu um pouco mais do que 17%, e o dos emergentes (ex-Brasil), nada menos do que 28%. Logo a tragédia foi interna! Infelizmente, Dilma não mostrou disposição de enfrentar a realidade e reconhecer que o equivocado esforço para reeleger-se fora desastrado. A luta política aprofundou-se e transformou o resultado da eleição num martírio sem fim. A falta de protagonismo do Executivo e a sistemática negação da gravidade da situação colaboraram como entorpecimento da sua gigantesca base potencial: dez partidos sem nenhuma fidelidade. É importante que Dilma entenda que o que está em julgamento não é a sua honradez que todos reconhecem. São os problemas materiais de sua administração. O presidente da Câmara não é o autor da denúncia.É apenas o seu portador.Estamos diante do experimento crítico: ou Dilma defende-se corretamente, assume o seu protagonismo, enquadra a sua base e propõe reformas constitucionais indispensáveis ou a Câmara, convencida da impossibilidade de reconstrução da confiança da sociedade na presidente, dá-lhe a oportunidade de afastar-se com honra. No final deste artigo o mestre Delfim sinaliza: Lembremos que não gostar do governo nunca será uma condição suficiente para renová-lo antes da próxima eleição. Agora há, pelo menos, uma chance de luz no fim do túnel. Parabenizo o mestre pelos artigos que retratam com perfeição a nossa atual situação política e econômica. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Erros e vícios na política brasieira

Em fevereiro de 2015,escrevi este artigo "Erros e vícios", onde retratava o comportamento da classe política do nosso país. O momento é extremamente propício para mais uma vez refletirmos sobre está crise política  que estamos vivenciando. Segue o texto:

O que estamos assistindo em nosso país são velhos erros e vícios que foram se acumulando nas práticas políticas ao longo de todos esses anos dentro da administração pública e privada que só causam indignação e desmoralização da classe política. O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seu livro "Cartas a um jovem político", orienta que na  política algumas regras precisam ser seguidas, afirmava que:" Na vida política , ou você tem vocação para servir o público, ou é melhor não tentar, porque sem essa vocação, corre-se o risco de usar a política como escada para conseguir vantagens pessoais. Isso acontece em grande medida e é o que causa o repúdio tão grande do povo aos políticos. Uma coisa é você ser político no sentido comum, outra coisa é você ter uma visão de estadista. Aí já é mais complicado, poucos têm essa capacidade. Estadista é aquele que projeta o futuro do seu país, consegue enxergá-lo no contexto mundial e é capaz de conduzi-lo nessa direção. Políticos comuns existem aos milhares, os estadistas são bem poucos. Mas adiante diz o mestre: a diferença entre um bom e um mau político é ter coragem para corrigir o erro e enfrentar a derrota, não insistir naquilo que está errado e saber recuar quando necessário. Isso se chama sabedoria. Para ser um bom político é preciso, igualmente, ser capaz de ouvir. O grande político é o homem que consegue juntar pessoas de talento. Hoje ninguém mais pode saber tudo sozinho. A maneira de lidar com isso é se cercar das pessoas certas, atrair gente competente, formar equipes que saibam trabalhar com eficiência, motivar todas essas pessoas. O bom político tem que aprender a se reciclar permanentemente. O que era ser político há 30 anos é completamente diferente do que é ser político hoje. Política é um processo contínuo de convivência, diriam, em que você não cria apenas, recria também. Política não é a arte de separar os bons dos maus, mas sim a arte de tentar convencer os maus a ficarem bons. E depende também do que você chama de bom. Das várias disciplinas úteis para um político e onde as leituras certamente vão ajuda-lo, acredito que o mais importante é ter uma noção da história. É saber situar-se em seu tempo, ter consciência de que este se forma em uma sucessão contínua de êxitos e fracassos e que o que hoje é bom pode ter sido julgado mau ontem e vice-versa. No mundo atual, também é preciso saber alguma coisa de economia, claro, porque a economia predomina nos acontecimentos e nas sensações da sociedade. É bom para qualquer político moderno, igualmente, estar familiarizado com preceitos de administração. A grande diferença da administração em relação à política é que ela tem regras básicas, que precisam ser cumpridas. Requer disciplina e cooperação. Em política não. Mais ainda, na administração existe uma hierarquia estabelecida. O político, quando chefia uma burocracia administrativa não deve saltar as linhas de comando, nem mudar regras a cada novo impulso de vontade que tenha. Fundamental para governar não é a popularidade, mas sim o respeito, se você perde o respeito não governa. E o respeito se ganha agindo com seriedade no governo. Resumindo, para governar é fundamental ter rumo, direção, competência e ser respeitado". O grande estadista indiano Mahatma Gandhi, mostrou  com muita competência ao mundo  o que destrói o ser  humano. Dizia Gandhi: Política sem princípios, prazer sem compromisso, riqueza sem trabalho, sabedoria sem caráter, negócios sem moral, ciência sem humanidade e oração sem caridade. A classe política brasileira deveria seguir o pensamento do ex-presidente Fernando Henrique e Mahatma Gandhi para resgatar a credibilidade  de uma das carreiras mais brilhante que um homem pode seguir, a política. Eu acredito.

domingo, 29 de novembro de 2015

Aos políticos

Estamos vivendo um momento muito crítico em nosso país, além do problema econômico, se estende ao ambiente político e quando tomamos conhecimento do comportamento de alguns deputados e senadores, chegando até a prisão de um deles, deixando parte da  classe política brasileira  exposta como corrupta e mentirosa. Segundo pesquisa recente da Datafolha nos dias 25 e 26 de novembro  de 2015 em todo o país a corrupção passa a ser o maior problema do Brasil. Quando a confiança começa a dar sinais de ausência, compromete a governança corporativa, na medida em que os executivos e políticos que ocupam uma posição de confiança para o exercício da autoridade, deixa de ser relevante para a sociedade. Governança corporativa diz respeito, então, ao não abuso dessa autoridade.E a confiança é o que une a sociedade,o mercado e as instituições.Com sua ausência, nada funciona no país. Como bem relatou o sociólogo Manuel Castells, em seu livro "REDES DE INDIGNAÇÃO E ESPERANÇA", movimentos sociais na era da internet que aconselho  todos  a lerem este livro que têm muito a nos ensinar. Diz o mestre:" Sem confiança o contrato social se dissolve e as pessoas desaparecem, ao se transformarem em indivíduos defensivos lutando pela sobrevivência. Entretanto, nas margens de um mundo que que havia chegado ao limite de sua capacidade de propiciar aos seres humanos a faculdade de viver juntos e compartilhar sua vida com a natureza, mais uma vez os indivíduos realmente se uniram para encontrar novas formas de sermos nós, o povo". É bom lembrar que não é apenas a pobreza, a crise econômica ou a falta de transparência que deixa a sociedade brasileira diminuída. É claro que estas questões também nos deixa indignados e leva a sociedade a se rebelar. Mas o pior é a humilhação provocada pelo cinismo e pela arrogância das pessoas no poder, independente se é do executivo, legislativo e do judiciário. Confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acreditada por todos. Deve enraizar-se em ações, valores e crenças por todos os atores de uma sociedade. Muitos brasileiros estão se sentindo humilhados, explorados, ignorados ou mal representados e estão prontos para transformar sua raiva em ação, e isso pode ter consequências que deixarão marcas e que pode ser evitado se aqueles que detêm o poder se comportarem com ética e competência em suas ações.A classe política brasileira precisa entender  que os votos que receberam não são seus, seus cargos políticos como direito próprio e suas decisões como indiscutíveis. É como se a democracia fosse sequestrada por profissionais da política que em sua diversidade, estão quase todos de acordo em que a política é coisa de políticos, não dos cidadãos. A democracia foi reduzida a um mercado de votos em eleições realizadas de tempos em tempos, mercado dominado pelo dinheiro, pelo clientelismo e pela manipulação midiática. E essa incapacidade cidadã de controlar seu dinheiro e seus votos  têm consequências em todos os âmbitos da vida. A visão da nossa classe política  brasileira precisa ser reconstruída para se buscar a dignidade perdida, em meio ao sofrimento da humilhação por que passa a sociedade brasileira.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Falta foco

O  professor Henrique Meirelles, na folha de São Paulo, no dia 15\11\2015 escreveu um artigo cujo título é "Ajuste de foco",  que retrata com muita competência a necessidade dos nossos políticos elaborar uma lista dos fatores mais relevantes que está prejudicando o crescimento do nosso país e sugere atacá-los com força e foco.A seguir, o artigo do mestre: Países com longa lista de problemas precisam focar numa pequena lista de fatores mais relevantes que prejudicam o seu crescimento e atacá-los com força e foco. Essa é a conclusão de um estudo abrangente realizado por bancos centrais do G20, que já comentei neste espaço e que ficou ainda mais relevante neste momento brasileiro.Nas décadas de 1980 e 1990, com sucessão de planos econômicos fracassados e estagnação, o problema central do país era a hiperinflação.A estabilização da inflação, em meados da década de 1990, seguida pela implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal e do sistema de metas de inflação com câmbio flutuante, em 1999, criou as bases para a estabilização da economia brasileira.A melhora dos fundamentos econômicos com a consolidação da estabilidade na década passada trouxe previsibilidade à nossa economia.Isso gerou confiança entre investidores, empresários e consumidores. Os investimentos aumentaram fortemente, o crédito se expandiu, o emprego e a renda avançaram e o país cresceu de forma consistente.Esse bônus da estabilização foi conquistado com controle rigoroso da inflação, redução e readequação da dívida pública e acumulação de reservas internacionais em níveis inéditos no país, inimagináveis poucos anos antes. A crise é grave, mas neste momento é importante também combater o derrotismo e a resignação. Em primeiro lugar, ressaltando a força da economia brasileira construída na década passada.O mercado de consumo brasileiro é hoje um dos maiores do mundo. Os US$ 370 bilhões em reservas internacionais são garantia importante para atravessarmos este momento e sem elas o impacto do rebaixamento da avaliação de risco do país pelas agências internacionais teria sido gravíssimo. Já a consciência econômica da população está aumentando. A inflação baixa foi incorporada como valor pela sociedade. E cresce a compreensão da necessidade de equilíbrio das contas públicas.Não devemos subestimar a crise e seus efeitos sociais. Mas devemos usar a energia mobilizada por ela para trabalhar na solução dos problemas e na retomada do crescimento.Para isso, é preciso focar nas questões mais importantes que impedem o desenvolvimento econômico do Brasil conforme a conclusão do citado estudo do G20, conjugando o ajuste fiscal de curto prazo com modernização da infraestrutura, simplificação das regras tributárias, diminuição da burocracia, aumento do comércio exterior, investimentos na qualidade da educação.São medidas que tornarão a economia mais produtiva e mais capaz de competir num mundo desafiador. Parabenizo o professor pelo excelente artigo e que sirva de reflexão para os nossos dirigentes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Educação e mobilização popular

O professor colombiano Bernardo Toro,  consagrou-se como um dos maiores pensadores da América Latina em duas áreas em que a região é altamente deficiente:educação e mobilização popular.Em entrevista as páginas amarela da revista veja desta semana, diz o mestre em resumo: O Estado não é o salvador da pátria e que, quando a população se organiza, o país se torna mais livre, desenvolvido e inovador. A história mostra  que as melhores mobilizações são silenciosas, constantes no tempo e não produzem heróis. Elas são fruto de sociedades verdadeiramente organizadas, que se norteiam não por um pleito instantâneo,vago, mas por uma ideia maior que domina o imaginário de grupos ou até de uma população inteira. E têm metas claras. Os países da América Latina receberam nos primórdios instituições já pronta de seus colonizadores. Essas instituições continham em seu caldo a forte ideia de que pairavam sobre as pessoas, dizendo-lhes o que fazer, o certo e o errado,o que é digno de prêmio e o que merece castigo. Constituía-se desde o princípio nesses países uma relação de dependência do Estado. Foi o contrário do que se verificou nos Estados Unidos, um país que se ergueu e prosperou sobre bases completamente diferentes.Esses países são menos desenvolvidos, menos livres e democráticos, menos educados e inovadores.Acreditam que seu destino depende da sorte,não do esforço e treino. A culpa do fracasso é sempre dos outros.São países que tendem a ser mais corruptos, já que dispõem de menos mecanismos de vigilância e cobrança sobre a classe política e o próprio Estado. Em suma, a desorganização civil de uma sociedade é seu grande indicador de pobreza. Todos os bens estatais deveriam ser por definição públicos, mas nos países da América Latina eles são engolidos por corporações e grupos movidos por interesse s específicos.Há uma classe de funcionários públicos que se alimenta da máquina como se fosse sua. A maioria dos países da América Latina , incluindo o Brasil, só começou a montar seu sistema escolar quando em muitas outras nações no mundo já existiam universidades,bem estruturadas e de qualidade. Mesmo assim, era um privilégio para poucos. Apenas nos anos 1970 e 1980 começou na América Latina a discussão sobre a educação ser um direito de todos. Mas claramente ainda nos falta a percepção moderna de que esse é um fator estratégico para o avanço. Se buscamos uma sociedade ancorada no conhecimento, tudo, absolutamente tudo, deve se voltar para a escola. O que falta para essa região é um plano para ontem, os países que compõe  esta região continuam a enfrentar a competição global com base em commodities, sem uma estratégia de médio e longo prazo rumo a uma sociedade fincada sobre o conhecimento. Se queremos uma sociedade democrática e inovadora para valer, precisamos aprender a trabalhar em time, a nos sentir responsáveis pelos resultados que obtemos e deixar de culpar o sistema, o Estado e os outros por nossos fracassos. Esse é um bom começo para criar mentes e países vencedores. Excelente a exposição do mestre, lição que a sociedade brasileira precisa incorporar no seu cotidiano.

domingo, 8 de novembro de 2015

Repensar o país

A situação do nosso país é extremamente grave não só no âmbito político, também se estende ao campo econômico e social que tem deixado os brasileiros atônito. Vivemos uma recessão onde muitas empresas tem fechado os seus negócios por falta de demanda e o desemprego aumentando a taxas perigosas, estimulando ainda mais a violência em todo o território nacional. Se olharmos com cuidado a situação em que nos encontramos, chamando  a atenção para algumas áreas chaves para o nosso crescimento que se encontra paralisado ou melhor anestesiado. Precisamos muito melhorar a eficiência nas áreas da educação, segurança, saúde, infraestrutura e nos livrarmos de uma burocracia cansativa, arcaica que só tem contribuído para desestimular a criação de novos negócios, criando um ambiente que só diminui o nosso potencial econômico. Essas deficiências (educação, saúde, inovação e infraestrutura), contribuem para diminuir  a nossa produtividade e dificultando ainda mais o ambiente de negócios. Este é o momento ideal para a classe política repensar a nossa estrutura organizacional, buscando um modelo que o século XXI exige, um estado enxuto, ágil e inflacioná-lo de eficácia em suas metas para que o país saia o quanto antes dessa situação que tem deixado a nossa auto estima em baixa. Os políticos brasileiros precisam sinalizar para a sociedade que o seu papel é extremamente importante e que suas decisões quando bem embasada só ajuda engrandecer a nossa nação, tão diminuída pelos atos de corrupção em diversas áreas do governo. O Brasil possui problemas enormes que precisam de uma solução imediata por que se não, fica inviável viver nesta nação. As metas do milênio tão difundida se aplicada com decência, com certeza alavancaria o nosso país. Como: (acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil,melhorar a saúde das gestantes, combater a aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento). Essas metas do milênio associada, com as reformas, política, tributária, trabalhista e previdenciária elevaria o nosso país a outro patamar,mais o que nos falta neste momento critico que nos encontramos é ausência de liderança para conduzir o nosso país ao nível que todos os brasileiros sempre sonhou. Depende exclusivamente de todos nós, exigirmos da classe política este novo modelo de estrutura organizacional para que em um futuro não tão distante possamos nos orgulharmos do nosso país.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O valor do saber

O professor César Camacho que dirige o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) chama a atenção em entrevista nas páginas amarela da revista veja, em outubro de 2015, da necessidade de um choque de gestão para elevar as universidades brasileiras atingir o topo da pesquisa. Segundo o mestre, as universidades brasileiras padecem do mesmo mal de outras instituições latino americanas: estão todas engessadas por regras que impedem a busca pelos mais talentosos. Os concursos públicos recrutam gente que terá sua vaga garantida até a aposentadoria, à revelia dos resultados obtidos ao longo do trabalho. Essas pessoas não podem ser dispensadas. O sistema em vigor, em geral, ainda restringe a prova a quem fala português, uma limitação grave. Se você pode abrir seu leque de escolhas ao mundo inteiro, por que estabelecer uma norma que deixa de fora tantos estrangeiros? Os países de maior sucesso acadêmico caçam mentes brilhantes independente de fronteiras geográficas, e vão longe. O modelo existente tem de ser inteiramente repensado. Hoje ele é voltado para dentro e não para fora dos muros universitários. Atualmente a economia mundial está passando por uma transformação significativa, que é a passagem do capitalismo de commoditeis para o capitalismo intelectual, onde  o primeiro os seus preços têm caído nos últimos anos, enquanto o segundo cresceu seu valor e passou a ser a fonte de riqueza das nações desenvolvidas.Para que o nosso país acompanhe está evolução neste mundo dinâmico, evolutivo e globalizado, necessita primeiramente educar a sua população, difundir internamente  a importância e o respeito pela ciência, através de incentivos financeiros  para a pesquisa, estimulando o surgimento de ambientes criativos e dando atenção as suas universidades e centros de pesquisas avançadas. Criando as condições para o surgimento de novas industrias na área do software, robótica, biocombustíveis, hardware, engenharia genética e em muitas outra áreas da atuação humana.Não existe outro caminho para a nossa prosperidade ou avançamos no conhecimento ou seremos eternamente  dependente de outras nações. Segundo o professor de física Michio Kaku da universidade da cidade de Nova York, afirma que:o mais importante é que as nações precisam aprender a fazer a transição da economia fincada em commoditeis para outro modelo, sustentado pelo capital intelectual. Isso se faz usando as commoditeis de hoje para pavimentar a modernização da economia amanhã. Os produtos primários devem ser usados como trampolim para o futuro.E nunca como um fim. Nações que não promoverem essa transição verão sua economia ser reduzida, gradualmente, a pó. Logo, o alerta do professor Camacho é extremamente relevante para planejarmos essa transição para tornarmos o nosso país competitivo no âmbito global. O jornalista Eduardo Oinegue, em artigo na revista veja em outubro de 2015  cujo título é " O valor do saber medido em quilos", onde sugiro que todos leiam este excelente artigo,afirma: em um país burocrático, cartorial, extremamente regulamentado, de alta e complexa carga tributárias,com baixo nível educacional e baixíssima produtividade,o estímulo à competição tende a zero. E diz, enquanto Brasília discute  a baixa política, a Terra continua a dar uma volta em torno de seu eixo a cada dia e uma volta em torno do Sol a cada ano e a cada novo raiar do dia o mundo lá fora está dizendo que não vai esperar pelo amadurecimento do Brasil. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Um novo Brasil

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mais uma vez lança mais um livro cujo título é " A MISÉRIA DA POLÍTICA" que acabei de ler e que sugiro a todos  aqueles interessados no rumo que o nosso país precisa seguir e para onde a sociedade mundial  caminha. Segundo o Senador José Serra, que faz a apresentação deste livro afirma em resumo:" Em cada artigo, em cada análise, em cada julgamento moral, em cada rumo que traça para os que nele se inspiram, Fernando Henrique não abandona em momento algum a coerência de princípios, o rigor da análise e a referência ao bem público como objetivo maior. O intelectual, no autor, faz da capacidade analítica uma barreira contra o realismo oportunista;enquanto o político, nele, combate o voluntarismo com a força da realidade.Aos olhos de seus contemporâneos seu maior feito é ter se tornado a principal referência da política nacional de 1993 a nossos dias. Desde então o âmago da política brasileira se organiza em função do seu legado como governante e como pensador político: entre os que lutam para preservar esse legado e os que querem destruí-lo.Estes últimos, cada vez menos numerosos e com menos apoio". Concordo, plenamente é um grande brasileiro onde nos orgulhamos muito de sua trajetória política e intelectual. Só quando viajamos para a Europa,  América do Norte ou melhor pelo mundo todo é que sabemos da sua importância a nível internacional. Neste livro, têm um artigo publicado nos jornais O Estado de São Paulo e O Globo em 1º de maio de 2011, que me chamou a atenção a sua visão de futuro, cujo título é Um novo Brasil, que resumo a seguir: Décadas atrás havia uma discussão sobre a modernização do Brasil. Correntes mais dogmáticas da esquerda denunciavam os modernizadores como gente que acreditava ser possível transformar o país saltando a revolução socialista.Com o passar do tempo, quase todos se esqueceram das velhas polêmicas e passaram a se orgulhar das grandes transformações ocorridas. Na verdade, o Brasil é mais do que uma economia emergente é uma sociedade emergente. Os fundamentos deste novo país começaram a se constituir a partir das greves operárias do fim da década de 1970 e da campanha das Diretas Já, que conduziram à constituição de 1988. Direitos assegurados, desenho de um Estado visando a aumentar o bem estar do povo, sociedade civil mais organizada e demandante, enfim, liberdade e comprometimento social. O segundo grande passo para a modernização do país foi dado pela abertura da economia. O terceiro passo foi o Plano Real e a vitória sobre a inflação, juntamente com a reorganização das finanças públicas, com o saneamento do sistema financeiro, com a adoção de regras para o uso do dinheiro público e o manejo da política econômica. A estabilização permitiu o desenvolvimento de um mercado de capitais dinâmico, bem regulado, e a criação das bases para a expansão do crédito. Por trás desse novo Brasil está o espírito de empresa: a aceitação do risco, da competitividade, do mérito, da avaliação de resultados. A convicção de que sem estudo não se avança e de que é preciso ter regras que regulem a economia e a vida em sociedade. O respeito à lei, aos contratos, às liberdades individuais e coletivas fazem parte desse novo Brasil.O espírito de empresa não se resume ao mercado ou à empresa privada. Ele abrange vários setores da vida e da sociedade. O mundo moderno não aceita o cada um por si e Deus por ninguém. O mesmo espírito deve reger os programas e ações sociais do governo na busca da melhoria da condição de vida dos cidadãos. Este é o país que queremos agora e no futuro para todos os brasileiros poderem se orgulhar e servir de exemplo para o mundo.

domingo, 11 de outubro de 2015

Precisa-se

A construção de uma sociedade civil em qualquer nação não necessita de homens fortes e sim de instituições fortes, solidas e duradouras para que todas as pessoas independente de sua condição social possa acreditar e se orgulhar. O Presidente da maior economia do mundo, o senhor Obama, em discurso no continente africano afirmou que : "Cada nação dá vida à democracia de sua própria maneira, de acordo com suas tradições. Mas a história oferece um veredito claro. Governos que respeitam a vontade de seu povo, que governam por consenso e não por coerção, são mais próspero, mais estáveis e mais bem sucedidos do que os que não o fazem." A sua definição de que," no século XXI, instituições transparentes, capazes e confiáveis são a chave para o sucesso, parlamentos fortes, forças policiais honestas, juízes independentes, uma imprensa independente, um setor privado vibrante, uma sociedade civil. E afirmou que são essas coisas que dão vida a democracia, porque é o que importa na vida cotidiana das pessoas".Temos instituições transparentes, capazes e confiáveis? Temos um parlamento forte? Construir instituições fortes é a tarefa que o Brasil precisa começar a executar com a maior urgência. Alcançamos a redemocratização, vencemos ou estamos vencendo a estabilização da economia. Mas para que isso aconteça é preciso a participação de toda a sociedade para deixarmos de ser uma mera nação emergente para se tornar uma nação decente. Por esta razão , cabe o pensamento do senhor Isaac Libermann, cujo título é Precisa-se: que repasso a seguir: De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.Capazes de sonhar, sem medo dos sonhos.Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas.Pessoas tão práticas que sejam capazes de transformar suas metas em realidade.Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas vidas.Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas.Que tornem seu trabalho objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal.Que percebam, na visão e na missão de suas vidas profissionais, de suas dedicações humanistas em prol da humanidade, um forte impulso para sua própria motivação.Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores.Precisa-se de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores ideias.Pessoas que mostrem sua face de parceiros legais, sem se mostrarem superiores nem inferiores, mas... iguais.Precisa-se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o novo.Pessoas de coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados,sem medo de errar.Precisa-se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas.Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo.Pessoas que não se empolguem com seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto.Precisa-se de pessoas que enxerguem as árvores, mas também prestem atenção na magia das florestas.Que tenham percepção do todo e da parte.Seres humanos justos, que inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros.Estimulando-os, energizando-os, sem receio que lhe façam sombra, mas sim se orgulhando deles.Precisa-se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo,de liberdade, de responsabilidade, de determinação,de respeito e de amizade.Precisa-se de seres racionais. Tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções.É na emoção que encontramos a razão de viver.Precisa-se de gente que saiba administrar COISAS e liderar PESSOAS.Precisa-se urgentemente de um novo ser.Realmente, temos uma necessidade enorme e com urgência de encontrarmos essas pessoas, para que possa conduzir está nossa nação tão carente desse novo ser.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Visão de longo prazo

É inacreditável certas posições de alguns políticos brasileiro sobre a real situação que nos encontramos. O novo ministro da saúde, afirma que a volta da CPMF é um imposto ( embora seja definida como contribuição), saudável e extremamente importante para a regularização das contas públicas e que não vai pesar no cotidiano dos agentes econômicos e inclusive da até exemplos da contribuição em dada faixa de renda. O ministro não têm nenhuma noção da carga tributária que vigora neste país. Só acredito em uma estabilização duradoura  nas contas públicas quando se reduz gastos e não criando novos encargos para a sociedade, dificultando ainda mais o crescimento do setor privado. A perda de competitividade no Brasil é uma coisa vergonhosa, as empresas absorvem uma carga tributária elevada e os cidadãos não tem acesso a uma melhor infraestrutura,o que aumenta o custo final dos produtos.Falta uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação,investimentos em infraestrutura e ter a coragem de elaborar uma nova política fiscal para o país. O governo precisa urgentemente demonstrar ao setor produtivo que estímulos serão dados para contemplar a oferta do país e quais ações do governo precisa destravar, juntamente com as ações da classe empresarial para criar as condições de demanda e oferta para que tenhamos um crescimento aceitável para o nosso país. O que falta é um projeto de longo prazo, medidas imediatistas que só enxerga o curto prazo, não resolverão os nossos problemas, como se a ciência econômica fosse dotada de magia. Precisamos realizar uma política fiscal de longo prazo, que tenha um controle severo sobre a relação da dívida pública em relação ao PIB, e que tenhamos uma boa qualidade no financiamento da dívida, apresentar para a sociedade mecanismos que reduza os gastos para abrir espaço para o investimento, supri com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir, realizar uma política monetária que garanta  a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal,leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa,criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos, dar liberdade bem regulada aos mercados e não tentar  violar as identidades da contabilidade nacional. Essas medidas já tinham sido levantadas por muitos economistas,  que não foram levadas em consideração e olha aonde chegamos... A sociedade brasileira tem a impressão que este governo está anestesiado, sem iniciativa, travado, e é preciso acelerar,correr contra o tempo,ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para uma sociedade se desenvolver.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Futuro

Tenho afirmado  que o desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade,do direito e do bem estar social. O Brasil, mesmo apresentando melhorias nos últimos vinte anos, encontra-se atualmente muito distante do que realmente gostaríamos, nas áreas de educação,cultura,segurança, saúde,governança e infraestrutura. Falta ao nosso país, um planejamento de longo prazo onde primeiro devemos definir com clareza o que queremos e como podemos atingi-lo através de uma ação estratégica. As missões governamentais (estabilizadora, crescimento, distributiva, alocativa, bens e serviços e regulatória) quando bem conduzida gera nos macros mercados (Trabalho, cambial, moeda e bens e serviços), equilíbrio nos seus preços e quantidades e estimulam o nosso crescimento econômico de acordo com a nossa visão de futuro. Somos um país continental, com sérias desigualdades regionais, mais rico em recursos naturais, um povo inteligente,trabalhador e empreendedor,possuidor de uma economia diversificada onde diversos setores apresentam sinais de elevada produtividade e de um mercado interno considerável. O nosso modelo econômico é de uma economia de mercado, onde nos impõe neste mundo globalizado , a necessidade de se integrar a economia internacional, investir em educação de qualidade para estimular as inovações e a nossa competitividade, termos regras estáveis e respeito aos contratos como forma de atrair o capital estrangeiro e acima de tudo mantermos a nossa estabilidade macroeconômica. No meu entender, a participação do estado e da iniciativa privada precisam caminhar juntas e coesa para contribuírem no estímulo da nossa atividade econômica, através de políticas inovadoras que estabeleça uma atmosfera positiva na construção da nossa infraestrutura, da inovação tecnológica e que possamos ingressar de uma vez por todas na transição que precisamos fazer, de sairmos de um capitalismos de commodities (hoje), para caminharmos para um capitalismos intelectual (amanhã). É isso que precismos construir.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Prosperidade

A Revista Veja desta semana nos apresenta um caderno especial sobre o capitalismo, ao todo são 31 paginas que foca o capitalismo no seu processo histórico até os dias atuais e fazendo uma análise deste modelo em nosso país. Mostrando as dificuldades que tem os empreendedores ao se defrontar com o gigantismo do Estado, uma burocracia arcaica que em vez de estimular a inovação para impulsioná-lo para o desenvolvimento o atrapalha, desestimulando o espirito animal dos empresários. Lembrando que a inovação é a força motriz do crescimento e o fato essencial do capitalismo. A baixa capacidade de inovar foi e é a maior deficiência dos países pobres.Sugiro a todos que leiam, o assunto é extremamente interessante , principalmente neste momento histórico que estamos vivenciando em nosso país. Um dos artigos, cujo título é "A FÓRMULA DA PROSPERIDADE", escrita por Nathalia Watkins, nos mostra os bens mais preciosos das nações,  que são: Instituições fortes,governo eficiente e alto nível educacional. Em resumo descrevo a seguir: Os grandes movimentos populacionais têm padrões comuns. Quem foge de guerras na maioria das vezes se muda para países vizinhos mais pacíficos, na esperanças de voltar para casa quando o perigo desaparecer. Já os chamados migrantes econômicos, que querem escapar da pobreza, atravessam continentes rumo a nações com renda per capita maior e oportunidades de trabalho.Não é a riqueza papável desses países - as cidades impecáveis,os aeroportos reluzentes, as fabricas com equipamentos de última geração que eles buscam. O que torna esses países tão atraentes são qualidades cujo valor é difícil de medir em termos quantitativos,mas que são tão ou mais importantes que as demais em criar condições para o progresso pessoal e coletivo. Quanto mais avançado é o capitalismo em um país,maior é a participação dessas qualidades, ou "bens intangíveis", na formação da riqueza.Uma tentativa de mensurar essas qualidades aconteceu em 2005, num estudo para o Banco Mundial. Para surpresa de muitos, o bem mais relevante foi o que nos países anglo-saxões é conhecido como rule of law,ou o estado de direito. O conceito inclui a eficácia dos governos em implementar leis equilibradas e em garantir a segurança.Também englobaria uma Justiça equânime, que não deixasse espaço para uma classe de privilegiados. O segundo item em importância encontrado na pesquisa foi o capital humano, definido como as habilidades acumuladas pelas pessoas ao longo do tempo. Quanto mais anos de escola, maior é o capital humano e mais riqueza ele é capaz de gerar. O aumento de um ano na escolaridade média em uma nação pobre pode elevar a riqueza per capita em 838 dólares.Ao decompor e comparar a riqueza de países pobres e ricos, o estudo do Banco Mundial também mostrou o que acontece durante o desenvolvimento de um país. As nações de baixa renda têm,em geral, alta dependência dos recursos naturais, como minérios, terras férteis, pastos e árvores.A orientação do Banco Mundial era , e continua sendo, que os ganhos sejam convertidos em aumento da escolaridade, em bens de capital ou em uma melhor governança. Um exemplo de sucesso veio da China. De 1995 a 2005, o país consegui reduzir sua dependência de bens naturais de 34% para 25%. Isso foi obtido pelo investimento em capital humano. O PIB , nesse intervalo, cresceu 10% ao ano. " Na medida em que um indivíduo chega a um ambiente de elevado capital humano, a tendência é que ele se equipare com os outros, especializando-se e fazendo contatos, o que acaba sendo um poderoso indutor do crescimento econômico", diz o economista Otto Nogami, do Insper, em São Paulo. Resumindo, uma pessoa que deixa um país pobre por um rico não está indo atrás de dinheiro, e sim das qualidades que fazem o suor do seu trabalho valer mais. Simples assim. Acontece isso em nosso país?

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Os refugiados

A escritora Lya Luft, em artigo na revista Veja em 16\09\2015 cujo título é "QUE HUMANIDADE SOMOS?", aconselho a todos lerem, pela importância do tema que envergonha a humanidade no século atual. Em resumo diz a escritora:"Dói no coração, cansa a mente e sombreia a alma observar o que estamos nos tornando enquanto humanidade. Nestes dias de tumulto, desconfiança e tantos receios no Brasil, muito longe, mas tão perto, a foto do menino deitado com o rosto na água do mar, perninhas dobradas,mãos desamparadas, percorre o mundo e nos causa dor e horror,provocando a indagação: quem somos, em que estamos nos transformando? Não é a única criança a morrer pela loucura e crueldade ditadas por economia, política, ideologia ou religião, agora e em séculos passados. Nas multidões de migrantes atuais, crianças e bebês de colo, agarrados à mãe, ou nos braços do pai, tentam fugir da morte. Temos obras de arte, templos, edifícios, cidades, que fazem acreditar:o bom e o belo também existem. Mas não anulam nem atenuam essa migração pavorosa, injusta, de milhões que serão ou não aceitos em outro país. E não são apenas os despossuídos que fogem da miséria buscando um destino para si e sua família: são universitários, profissionais liberais, comerciantes, procurando sobreviver longe dos restos de suas cidades e casa. Aos poucos nada de humano sobra na Síria devastada,no Iraque, em territórios curdos e outros. Maravilhosas ilhas gregas ficaram tão lotadas de gente sofredora que ninguém consegue lidar com isso; países europeus são assoberbados com outros milhares, talvez milhões, aceitos em alguns lugares, em outros isolados por cerca de arame farpado,que muitos conseguem atravessar cortando roupas e carnes:qual o destino? O que os espera? A maldição dos invadidos ou portas abertas?Insulto e rejeição ou abrigo, documentos, trabalho, moradia, enfim vida decente com suas crianças e velhos?Ninguém sabe ao certo responder. O assunto é tenebroso, feio, extremamente delicado. Há um horrível hiato entre a paz e a guerra, na rota desses imigrantes que caminham dias, semanas a fio, trôpegos, exaustos, carregando as crianças quando as perninhas delas se recusam a andar,caindo na beira da estrada, comendo o que  lhes dão a caridade nem sempre tão caridosa e os  organismos ligados a direitos humanos." Roberto Pompeu de Toledo, considerado um dos maiores ensaístas do nosso país,nesta mesma revista em artigo, " Alemanha, 7 a 1, aconselho a todos lerem, nos diz: O último domingo, 6, foi um dia histórico na Alemanha.Nas estações ferroviárias de Frankfurt,Munique, Dortmund e outras cidades,multidões acenavam com balões coloridos, levantavam cartazes de welcome e ovacionavam como heróis os refugiados sírios que desembarcavam. A Alemanha ofereceu à pungente imagem a melhor resposta. Amparados pelo clamor da população o governo, que já vinha abrindo suas fronteiras para os sírios e outros refugiados, foi além: declarou-se capaz de absorver 800.000 deles neste ano e 500.000 em cada um dos próximos anos. Os países da antiga Cortina de Ferro recusam-se a receber os estrangeiros, com destaque para a Hungria, outros países , como Suécia, Áustria, e França,mostram-se acolhedores, além da Grécia, e da Itália, onde costumam desembarcar primeiro os fugitivos. A Inglaterra e a Espanha, que ensaiam reunir-se aos bons.Mas nenhum caso ombreia com o da Alemanha, seja em quantidade de acolhimento, seja em recursos investidos para acomodar os recém-chegados,seja em capacidade de enxergar a questão em sua tríplice dimensão- moral, econômica e história. A questão moral está bem atendida pela mobilização da população.A questão econômica funda-se na tendência declinante da população alemã. A questão histórica traduz-se na purgação que a oportunidade oferece para o passado alemão." Acredito que o mundo despertou para o drama de milhões de pessoas que buscam por socorro, eu tenho esperança que a humanidade encontrará uma solução para essa situação vergonhosa que nos  encontramos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Confiança

Na situação em que nos encontramos de desequilíbrio orçamentário não existe magia, ou corta-se gastos ou aumenta-se impostos. Sou favorável a redução dos gastos, principalmente as despesas correntes,a de investimento precisa ser ampliada através de negociações com a classe empresarial na participação dos inúmeros projetos de infraestrutura que precisam ser concluídos e outros iniciados. A  produtividade que é a razão da sustentação do crescimento está em baixa, precisamos estimular os requisitos básicos para nos tornarmos competitivo, ou seja: mais energia, mão de obra qualificada, telecomunicações, informática e moldais de transportes. O Estado reconhecendo sua ineficiência e atraindo o setor privado para esta missão extremamente importante para sairmos desta recessão que tem comprometido o mercado de trabalho e ocasionando uma situação constrangedora nos lares dos brasileiros. Precisamos retomar o crescimento, os agentes econômicos precisam sentir confiança nas medidas governamentais, lembrando que confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acreditada pelos atores. Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, clientes, empregados, políticos, funcionários públicos e, acima de tudo, da classe empresarial. Estamos vivendo um momento propício, para se iniciar uma ampla reforma estrutural neste país, o Estado é maior que a Nação, não podemos continuar com este modelo que se esgotou, precisamos estimular a oferta e a demanda de forma equilibrada, os macros mercados como trabalho, cambial,moeda e bens e serviços precisam   realinharem os seus preços e quantidades para que possamos a médio prazo retomar o crescimento. É do conhecimento de todos, que a nossa carga tributária é elevada, os juros insuportáveis, a inflação em alta que provoca desequilíbrios no sistema econômico e que agrava ainda mais a nossa situação. A sociedade brasileira clama por uma reforma fiscal, trabalhista, previdenciária e política, que tenha como foco o crescimento, atitude que indica  um inaceitável conformismo com a recessão. A situação que nos encontramos  hoje foi gerada pelo excesso de intervencionismo do Governo Federal e pelo voluntarismo da administração Dilma. É ela que tem que convencer a sociedade que reconhecendo os seus equívocos muda o seu entendimento sobre os problemas econômicos que hoje nos aflige. A situação que se encontra o nosso país, exigirá um tempo para que possamos equilibrar o nosso sistema econômico.  

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O Governo Grátis

O professor Paulo Rabello de Castro, lançou um livro extremamente interessante neste momento em que a economia brasileira está estagnada, o título é bem sugestivo "O mito do Governo Grátis", o mal das políticas econômicas ilusórias e as lições de 13 países para o Brasil mudar. GOVERNO GRÁTIS fig.; aquele que promete distribuir vantagens e ganhos para todos, sem custos para ninguém; fenômeno político que está na raiz do declínio do vigor da economia brasileira e na estagnação de seu processo produtivo. Recomendo a leitura, a todos os interessados no assunto, alunos, ex-alunos e  colegas professores e profissionais do campo da economia e da política, leitura agradável que nos toca no nosso cotidiano. O Paulo Rabello, afirma que não existe nada de especialmente errado com a sociedade brasileira. O problema está em quem nos governa, e como temos sido governados,por administrações sucessivas. O governo grátis pode acontecer em qualquer lugar. Basta que as condições políticas e econômicas se tornem propícias ao surgimento de atores que irão organizar seus interesses em torno do domínio das instituições do Estado. O governo grátis, como expressão de controle social, é o ápice do ilusionismo político. O governo grátis pratica um regime de extrativismo econômico que vai deixando, na sua passagem, um rastro de decadência quase sem volta.É óbvio que nenhuma nação, por mais rica que seja , tem como sustentar, indefinidamente, a tragédia de um governo grátis, que destrói os músculos da sociedade, transformando-a num molusco que apenas deriva ao sabor das ondas de promessas refeitas e, ao final, sempre incumpridas. O governo grátis torna-se, assim, o interesse central das investigações deste livro, pois é ele o agente esterilizador e impeditivo do surgimento de novas oportunidades de virada para o avanço da economia brasileira. Segundo o professor não existe paralelo mundial para o que vem  sucedendo no Brasil desde o Plano Real, ou seja o tamanho do Estado quase dobrou, empurrando a carga tributária a um patamar insuportável, ao fazer da nação um dublê de selva burocrática e de manicômio tributário. O governo grátis, no campo social ( pensões, bolsas, loas e previdência social), na economia ( subsídios, isenções, vantagens e perdões), o governo grátis organiza e provoca: Mais ( gasto público, carga tributária, burocracia e controles políticos) e Menos ( investimentos, PIB, inovação e empreendedorismo) e quem paga a conta? Queremos um governo que trabalhe com meta de gasto público, com menor carga tributária e menor  burocracia ou seja o fim do governo grátis e mais produtividade, PIB, poupança, investimento e inovação. O professor afirma que governos são agentes provocadores de esperança. O governo é a representação de vontades individuais harmonizadas e que dão significado à vida compartilhada por todos na polis ( cidade em grego, e daí, a palavra política, que é o debate dos cidadãos sobre o rumo de sua cidade).O gasto ou despesa pública é o ato de transformar esperanças, demandas, desejos, sobretudo os mais repetidamente vocalizados, em algo palpável. Atendimento público, obra pública, gasto social, despesa de governo, custeio e despesa de capital  são todas elas, expressões que descrevem atividades específicas do governo na transformação de esperanças em realidades. É o que está acontecendo no Brasil agora.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Colonização

A economia brasileira atravessa uma crise em que o sistema econômico levará tempo para se recuperar. Os macros mercados (trabalho, moeda, cambial e bens e serviços), que precisam estarem bem alinhados encontram-se desajustados. Essa paralisia é resultado da sociedade brasileira em não decidir o caminho que a economia deve buscar, a participação cada vez maior do Estado ou se deve estimular a iniciativa privada que no meu entender é a única que tem competência e recursos para empreender? Essa falta de definição faz a nossa nação perder competitividade diante do mundo e não avançar no sentido de buscar uma sociedade mas justa e digna para todos os brasileiros. Se analisarmos o ambiente de negócio deste país consta que somos um verdadeiro fracasso ao estímulo da atividade empreendedora: valores culturais, crédito, logística, burocracia,legislação confusa, corrupção,  dificuldades para exportar e importar e ausência de um modelo de gestão inovador e criativo. Alguns estudiosos atribuem esses obstáculos ao estilo da colonização portuguesa que não estimulou o espírito empreendedor do brasileiro. Para entender o nosso país, um dos estudiosos que geralmente recorremos é a Caio Prado Júnior, que comparava a nossa colonização à ação de uma empresa cujo único objetivo era o de extrair, jamais o de produzir, o que tornava supérflua a inovação, essencial ao empreendedorismo. O professor afirmava que a abundância de terra fértil permitia que o colonizador, tendo exaurido determinado solo, em vez de recuperá-lo, buscasse outro disponível. Além disso, o forte centralismo governamental, com sua hierarquia rígida e economia apoiada no escravismo, criou vínculos de dependência e submissão, reprimindo a cooperação no trabalho e a liberdade para a iniciativa da sociedade civil. A criatividade do brasileiro não é usada para transformar o ambiente, o brasileiro tem aplicado a sua força e criatividade para resistir à adversidade do ambiente, do que para modificá-lo. Utilizamos a nossa energia para sobreviver com passividade. O historiador inglês Landes afirma que têm maior chance de sucesso as sociedades em que as pessoas vivem para trabalhar e não aquelas em que a população trabalha para viver.Qualquer sociedade se organiza de tal modo que permita a sua população no futuro usufruir de uma qualidade de vida bem melhor e sem as incertezas e as ameaças que este mundo moderno têm produzido nos últimos anos. Vivemos a era  do conhecimento e da democracia, que naturalmente tende a diminuir privilégios, a busca pelo equilíbrio é dinâmica e está relacionada à capacidade de mudança das pessoas em uma velocidade maior ou pelo menos igual à velocidade de transformação do ambiente. O Estado brasileiro é o grande protagonista da nossa economia, sempre agiu com elevada dose de protecionismo e subsídios, resguardando a nossa base produtiva da competição internacional, criando um capitalismo viciado e marcado por uma cultura empresarial dependente do paternalismo e distante das normas da meritocracia. E hoje estamos pagando um preço elevado pelos erros e equívocos que construímos  ao longo do tempo, mas se pensarmos a longo prazo e com competência talvez possamos voltar a sonhar com um futuro que garanta as  novas gerações uma vida digna e sem atropelos para todos.   Acorda Brasil!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Industrialização

Segundo o empresário Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, associação que representa 1535 empresas filiadas, afirma em artigo publicado na Folha  de São Paulo no dia 12\08\2015, cujo título é: "Tripé do mal breca avanço da indústria de máquinas no Brasil", que o setor de máquinas e a indústria de transformação sofre os efeitos de uma desindustrialização silenciosa. " As empresas vão enfrentar ao menos duas décadas,para modernizar o parque fabril, assistir o país, refazer as reformas necessárias até conseguirem ser mais produtivas e competir em pé de igualdade. Mais adiante afirma que: mesmo se, em um passe de mágica resolvêssemos todos os problemas da porta para fora da indústria, todos os gargalos de infraestrutura, juros,câmbio, sistema tributário, nosso parque industrial é envelhecido, em média tem 17 anos, enquanto da Alemanha tem sete, levaríamos ao menos duas décadas para  conseguir retomar produtividade. Não porque brasileiro é vagabundo e trabalha menos, mas temos parque fabril atrasado, que pesa em 60% na produtividade, segundo estudo do nosso setor. Outros 25% são fator humano, falta de qualificação e o restante, sistemas de gestão, organização. Da crise que estamos às reformas necessárias e a retomada do crescimento , são duas décadas. Agora, a classe política tem de se entender, criar uma situação de governabilidade que possa ser percebida pelo cidadão comum.Enquanto ele achar que virou uma guerra campal, a crise política só vai piorar a crise econômica". Observação perfeita pelo empresário. O Profº Delfim Netto, em artigo também na Folha de São Paulo no ano de 2014 afirmou que: "Começamos a tomar consciência de que as desejadas políticas de inserção social, redução das desigualdades e ênfase no aumento da igualdade de oportunidades, ínsitas na Constituição de 1988, criaram uma modesta mas numerosa classe "média" em um mercado de 200 milhões de cidadãos. Para que elas continuem com sucesso, é preciso voltar a crescer com melhor equilíbrio. Seguramente esse é um problema menos difícil do que a quadratura do círculo com régua e compasso, mas está muito longe de ser trivial.O que é, afinal, esse fenômeno a que damos o nome de desenvolvimento? É apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho. Ele depende de muitas coisas: do tratamento e dos estímulos dados a cada trabalhador e aos empresários, do ambiente de trabalho, da disposição de cooperação efetiva de cada um no processo global etc.Mas depende de duas condições necessárias (ainda que não suficientes): 1) é preciso alocar a cada trabalhador um volume crescente de capital físico (por exemplo, trocar um arado puxado a boi por um trator) que incorpore ganhos tecnológicos e 2) é preciso dar a cada trabalhador a capacidade, isto é, o preparo técnico, para tirar proveito da sofisticação do estoque de capital que lhe é alocado.Simplificando: desenvolvimento econômico = aumento da produtividade da mão de obra = mais capital físico com sofisticação crescente para cada trabalhador associado ao seu preparo técnico para operá-lo.Como fazer isso sem a cooptação dramática do setor privado depois que a política de inclusão empregou toda a mão de obra com pequenas habilidades e baixa produtividade, logo, com baixos salários (o que explica o "mistério" do baixo crescimento do PIB com baixo desemprego)"?Resumindo, em nosso país existe uma mentalidade legal e institucional arcaica para as atividades produtivas, a participação da industria de transformação no PIB está cada vez menor. A indústria brasileira necessita de uma atmosfera positiva, para se reabilitar e competir não só no mercado doméstico como no exterior, gerando emprego e renda para todos os brasileiros. O fomento e incentivo à inovação são urgentes, não podemos mais esperar.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

O ajuste

No Brasil o assunto do momento é o ajuste fiscal e as suas implicações em todos os agentes econômicos. Desde a implantação do Plano Real, o país enfrentou duas crises econômicas, a primeira em 1999 e a segunda em 2003. Nessas crises, efetuamos um ajuste de relativa duração e a economia brasileira retomou seu crescimento. A situação atual , no entanto é mais critica, requer um esforço fiscal mais profundo e prolongado e as condições atuais não são satisfatória quando analisamos o cenário futuro.No nosso país, tínhamos em 1991 uma carga tributária em torno de 25% do PIB e em 2014 pulamos para 36% , só que os outros países ditos emergentes apresenta uma carga inferior a 30%. A nossa renda real aumentou neste período, porém a receita tributária cresceu numa razão maior. As maiores despesas são destinadas a educação, saúde e previdência. Quando analisamos a educação e saúde a sua qualidade fica a desejar e a previdência necessita urgentemente de uma reforma caso contrário estamos criando um grande problema para as gerações futura. Segundo os estudiosos,Mansueto Almeida Jr, Marcos de Barros Lisboa e Samuel Pessoa em artigo "O Ajuste Inevitável ou o país que ficou velho antes de se tornar desenvolvido", afirma:"Nas últimas duas décadas, o crescimento da despesa pública foi compensado pela expansão da carga tributária.Na década de 2000, diversos fatores permitiram o maior crescimento econômico e uma expansão ainda maior da arrecadação tributária. A estabilidade macroeconômica, os ganhos de produtividade em diversos setores, como o agronegócio e algumas setores de serviços, as reformas no mercado de crédito e a expansão da economia mundial contribuíram para o maior crescimento da renda e do emprego.  Os aumentos do salário mínimo em um mercado de trabalho em expansão colaboraram para a redução da desigualdade de renda. desde 2011, cessou esse crescimento da receita de tributos. Nos últimos quatro anos, a receita recorrente cresceu 1,5% ao ano, aproximadamente o crescimento do PIB. A despesa do governo central, no entanto, manteve o seu crescimento acelerado de 5,4% acima da inflação, resultando no desequilíbrio fiscal dos últimos anos. O grave desequilíbrio fiscal do Brasil reflete a concessão desenfreada de benefícios públicos incompatíveis com a renda nacional. Prometemos mais do que temos, adiando o enfrentamento das restrições existentes.Deixamos para as próximas gerações as contas a serem pagas. O futuro tem, no entanto, o inconveniente hábito de se tornar presente. O populismo dos últimos anos cobra o seu preço.Um setor público com obrigação crescente de gastos em um país com baixo crescimento econômico não é sustentável, ampliando o risco de incapacidade de cumprir as obrigações fiscais nos próximos anos, aumentando a taxa de inflação estrutural, e resultando em taxas de juros possivelmente ainda mais elevada". Se o ajuste não for feito com o objetivo de reduzir as despesa públicas e ao mesmo tempo as reformas não forem implementadas,  estaremos sim, condenados a enfrentar um futuro cheios de incerteza e convivendo com uma longa  estagnação. O ajuste é inevitável.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O superavit primário

A equipe econômica do governo Dilma, liderada pelo ministro Joaquim Levy, percebeu que a meta de superavit primário estabelecida em 1,1% do PIB de 2015 não é possível ser atingida em razão do desaquecimento da economia que reduziu as projeções de receita governamental. A baixa confiança da economia brasileira, reduziu os investimentos e o consumo,que contribuiu para reduzir as atividades das empresas, o nível do emprego, e comprometer a arrecadação de impostos, deixando as contas públicas vulneráveis, e  que esta condição, inibem mais o investimento e estimula ainda mais a queda da confiança.  Assim, se estabeleceu uma nova meta de 0,4% do PIB. O objetivo da política fiscal, como tem afirmado o Levy, é  estabilizar primeiramente e a partir  daí reduzir a dívida pública em relação ao PIB. É humanamente impossível resolver este problema durante o ano de 2015, se faz necessário um esforço nos anos seguintes.O superavit primário gerado deve cobrir a diferença entre a taxa real de juros e o crescimento do PIB, de modo a estabilizar a dívida em relação ao PIB. Os economista, projetam uma dívida pública bruta  no final de 2015 em torno de 65% do PIB. Quanto aos juros, a taxa média esperada para 2016 está na casa dos 7,5%, deduzida a inflação prevista.Lembrando que o crescimento do PIB 2016 deve ficar em torno de 0,4%. Com está realidade o governo precisaria gerar um superavit primário em torno de quase 5%.  Se as condições interna e externa nos favorecer, esperamos nos anos a frente uma taxa real de juros declinando e o crescimento do PIB se acelerando. Segundo os estudiosos, a diferença entre a taxa real de juros e o crescimento econômico do PIB, se reduziria para 4,5% em 2017 e 3,2% em 2018. Resumindo, o ajuste fiscal é inevitável, e não se encerrará em 2015,mais deve se prolongar até 2018. Lembrando, que quanto mais demorado for o esforço fiscal, maior será o esforço exigido nos anos a frente. Esse ajuste fiscal, tem como proposito básico, sinalizar para os investidores a retomada da confiança e garantir as condições de solvência do nosso país.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Empreendedorismo

Caros leitores, depois de uma pausa merecida volto a me comunicar. Estou na maior capital do Brasil São Paulo, maravilhosa, rica, desigual e com sérios problemas ambientais. Esta é a cidade de São Paulo, vivenciando também a crise econômica que o país passa. Têm coisas nesta cidade que é difícil de acreditar; quem passa pela marginal pinheiros o odor é terrível ou melhor insuportável isso degrada a cidade mais importante do nosso país. Mas continua dinâmica, com boas livrarias, restaurantes e um comércio extremamente diversificado. Comprei alguns livros que estava interessado e terminei a leitura de um livro que gostaria de indicar  aos meus alunos e ex-alunos da graduação e da pós-graduação. O Fernando Dolabela, que eu tive o privilegio de conhece-lo pessoalmente em Natal-Rn, autor de um clássico"O segredo de Luísa", lançou outro  livro extremamente interessante cujo título é "Quero construir a minha história", cria uma ficção para ilustrar como a família pode estimular ou inibir o empreendedorismo de crianças e jovens. Segundo o autor, empreendedorismo se aprende em casa. O professor  é pioneiro na criação de metodologias de ensino voltados para estimular, incentivar e potencializar o  espirito empreendedor.A riqueza do livro é mostrar as dificuldades para se empreender no Brasil, mesmo com todo avanço já conquistado as dificuldades são enormes e se origina no estilo da colonização portuguesa que influenciou negativamente a manifestação do espírito empreendedor no Brasil. O autor cita esses obstáculos, como: Protecionismo e inovação,criatividade para resistir e não para inovar,a percepção social da atividade empresarial no Brasil,a ausência de apoio institucional ao empreendedorismo, valor negativo do trabalho, aposentadoria,subserviência social - clientelismo - descrença na cooperação, influência religiosa, estigma do fracasso, aversão ao risco, estabilidade,não aceitação do lucro,burocracia para abrir uma empresa,burocracia para fechar uma empresa, qualidade das leis trabalhistas e funcionamento da justiça.Cada dificuldade é relatada em uma linguagem de fácil assimilação e recomendo aos estudiosos e professores na área da economia e administração a sua leitura. Finalizo, afirmando o que este livro se propõe, a todas as pessoas que não querem seguir os passos dos outros, e sim abrir o seu próprio caminho e ser protagonistas do seu destino.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Democracia

A construção de uma República Democrática requer que uma nação possua um parlamento formado por políticos cujas ações sejam transparente e competente, ser possuidor de uma força policial honesta em que a sociedade possa confiar, ter um poder judiciário independente, uma impressa livre e os fundamentos atuais como: economia de mercado e livre concorrência, investimentos em educação, regras estáveis, respeito aos contratos, integração a economia internacional, estabilidade macroeconômica e integração social e regional sejam os objetivos principais desta nação. Tendo como resultado final, crescimento e desenvolvimento sustentável, eficiência, redução da pobreza, melhoria dos indicadores sociais e redução dos desequilíbrios regionais. Para isso é preciso, estimular instituições capazes de gerar responsabilidade fiscal e monetária, ter uma administração pública profissional e eficiente, eliminar as restrições e participação do capital estrangeiro, ser possuidor de um sistema de relação do trabalho mais centrado na negociação e acelerar as reformas dos sistemas tributário, político, previdenciário e trabalhista. Governar em uma democracia requer do governante ter a capacidade de escutar as opiniões contrárias, ter bom senso e estimular um ambiente em que todos os líderes tem o direito de expor as suas ideias e implementá-la, desde que contribua para o aprimoramento da nossa sociedade. Um país que sirva de exemplo para o mundo e que busca de forma incessante uma maior perfeição em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. O Brasil é a nação mais poderosa da América do Sul, em termos econômicos, sociais e político. Temos problemas que outras nações já superaram principalmente no âmbito educacional e em outros indicadores sociais. Mais repito, somos uma nação importantíssima neste continente latino americano e pela sua importância precisamos sinalizar para as outras nações ensinamentos que  estimulem o aperfeiçoamento da democracia. O senador Aécio Neves em artigo na Folha de São Paulo, no dia 22\06\2015 cujo título é "Intolerância e omissão", retrata muito bem a posição que deveria o nosso país ter em relação a Venezuela, lembrando aos meus leitores que acessem esse artigo e tirem as suas conclusões. Diz o senador, em determinado momento:"Nossa viagem atendeu ao apelo feito pelas mulheres dos líderes presos e se insere no conjunto de mobilizações e visitas de lideranças de outros países que têm ido à Venezuela levar apoio aos cidadãos perseguidos por discordarem do governo. Não há nada de original nesse esforço. Muitos devem se recordar da importância de gestos de solidariedade internacional como esses, ocorridos em favor de presos políticos brasileiros durante a ditadura implantada em 1964.O que não nos deixaram ver na Venezuela nos dá uma ideia do que é viver hoje em condições de democracia ameaçada onde não há lugar para vozes dissonantes, para o diálogo e o confronto legítimo de opiniões. Onde a verdade pertence ao governo, como em velhos manuais aposentados pela história.É inconcebível que ainda haja países onde os princípios invioláveis são permanentemente colocados em risco. Onde há prisões, cassações, pressões de todo tipo para constranger e imobilizar as vozes contrárias. Vozes que têm direito de se expressar e de serem ouvidas.É incompreensível o apoio da presidente Dilma --em função da própria biografia de ex-presa política-- a um governo que tenta silenciar seus opositores pela força.Quem cala consente. O silêncio do Brasil é constrangedor e imoral. Em pleno século 21, é intolerável a existência de presos políticos. Não se transige com a liberdade. Há valores que, por sua força e significado, estão acima de diferenças partidárias e políticas. Temos o direito de viver com nossas opiniões e crenças. E de não sofrer violência de qualquer espécie por pensar diferente do governo de plantão.Antes de ser política ou partidária, esta é uma causa humanitária. O tempo do vale-tudo, que justifica qualquer arbitrariedade em nome de um discurso político, precisa ser enterrado. A dignidade do homem deve sempre prevalecer sobre qualquer conveniência política. É isso o que, surpreendentemente, o governo brasileiro ignora, mesmo tendo a presidente Dilma vivido e sentido pessoalmente o que a intolerância é capaz de fazer". Concordo plenamente com o senador e lembrando que situações constrangedoras por que passa os venezuelanos foram vivenciada em nossa nação em um período não tão distante que ainda hoje as marcas estão presentes e  não foram plenamente esclarecidas para muitas famílias brasileiras. É  por isso que não poderemos ficar omissos diante de uma realidade ultrapassada.

domingo, 14 de junho de 2015

Voltar a crescer

A sociedade brasileira precisa compreender que, o ano de 2015 e 2016 será um ano difícil onde o desemprego persistirá em razão da desaceleração do sistema econômico,ocasionado por erros do passado que deverão ser corrigido no presente para não comprometer ainda mais o nosso futuro. O preço pago pelo ajuste entre trabalhadores, empresários e banqueiros se dá de forma desigual e será lenta a recuperação da nossa economia. O mercado de trabalho sinaliza alta no índice de desemprego, como a economia está estagnada os empresários para sobreviver reduz o investimento, diminui as horas trabalhadas,demitem funcionários,  atrasam as obrigações fiscais e muitas empresas preferem encerrar as suas atividades. Infelizmente está incompreensão entre os poderes executivo e legislativo sobre as questões do ajuste fiscal,aprofunda cada vez mais a situação brasileira no âmbito interno, pior é que ela começa com o desemprego gerando uma desconfiança da classe trabalhadora perante o governo e estimulando a violência e as tensões sociais.No âmbito externo é a necessidade de recuperar confiança dos investidores para voltarmos a crescer de forma equilibrada, estabelecendo uma atmosfera positiva, mostrando de forma clara aonde queremos chegar, ter uma carga tributária razoável, o custo do capital aceitável, a macroeconomia previsível, o marco regulatório consolidado,o mercado de capitais profundo, os investidores institucionais prestigiados, redução da burocracia, combate a corrupção, reduzir a participação do governo em áreas que caberia a iniciativa privada e assim estimulando  o empreendedorismos em nosso país.O Brasil precisa voltar a crescer como a décadas passadas, este crescimento exige investimento para torná-lo mais competitivo,ampliando a sua produtividade,e para isso é necessário: energia, telecomunicações,mão de obra qualificada e moldais de transporte. A sociedade brasileira clama melhorias nos bens públicos que são supridos pelo poder público sem nenhuma qualificação salvo algumas exceções. (gostaria que a saúde, educação básica, mortalidade infantil, saneamento e infraestrutura tivessem a mesma eficiência da receita federal). Resumindo, para voltarmos a crescer, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro é preciso acelerar as propostas do ajuste fiscal e lembrando que os ajustes perfeitos são aqueles que dão enfase nas despesas e não nos aumentos dos impostos (lembrar isto aos nossos políticos).

domingo, 31 de maio de 2015

Horizonte

Sexta feira a noite na Escola de Ciências Exatas da Universidade Potiguar, Unidade Nascimento de Castro,proferi uma palestra sobre" Cenários Econômicos" para os alunos das engenharias e a maior preocupação era se o nosso país voltaria a crescer ainda este ano, principalmente os que estão se formando no final deste semestre e no final deste ano. Comentei que a construção de uma República Democrática requer antes de tudo um parlamento formado por homens competentes e habilidosos e acima de tudo que haja transparência nas grandes decisões, que tenhamos uma força policial em que a sociedade possa confiar, que prevaleça a honestidade, tenhamos um poder judiciário honesto e independente, uma impressa livre e que a atmosfera no ambiente de negócios seja estimulante a inovação e ao empreendedorismo. Qualquer líder busca aumentar o emprego e a produção, combater a inflação, distribuir melhor a renda e manter um equilíbrio nas contas externas, para que o sistema econômico possa funcionar sem ocasionar constrangimentos para todos os agentes econômicos. Dizia: os fundamentos atuais, precisam ser implementados, como: economia de mercado e livre competição, investimentos em educação, regras estáveis, respeito aos contratos, integração à economia internacional, estabilidade macroeconômica e integração social e regional. Tendo como objetivo, o crescimento e desenvolvimento sustentável, eficiência, redução da pobreza, melhoria dos indicadores sociais e redução dos desequilíbrios regionais. Mas é necessário que um conjunto de medidas sejam tomadas para eliminar os entraves que ainda persiste no nosso modelo político, econômico e social. A sociedade clama pelas reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista, colocando um basta nas restrições e participações do capital estrangeiro,lembrando que capital não têm pátria quem têm pátria é o conhecimento. Melhorar o sistema de relação do trabalho mais centrado na negociação, estimular instituições capazes de gerar responsabilidade fiscal e monetária, termos uma administração pública profissional e eficiente e partimos para eliminarmos os monopólios constitucionais e estimular a privatizações ou concessões, com um objetivo de fazer o Estado caber dentro da nação brasileira. Deixá-lo mais focado nas áreas prioritárias, (educação, saúde, infraestrutura e segurança) um Estado mais leve, enxuto e menos burocrático. Uma sociedade só avança, se for capaz de aumentar a sua produtividade e a nossa está em queda quando comparada com outros países. Lembrando que produtividade é ter uma cadeia educacional de alto nível, um povo bem alimentado e com saúde, reduzir custos, desperdícios, produzir em menor tempo, usar menores unidades de fatores de produção por unidade produzida, inflacionar novos conhecimentos e tecnologias em todas as cadeias produtivas, reduzindo externalidades negativas que venham a comprometer a nossa existência, estimular as empresas sustentáveis que realmente tenham responsabilidade social nas suas estratégias. O ajuste fiscal que hoje se faz necessário, para que a nossa economia volte a crescer como a décadas passadas, exige que tenhamos uma política fiscal com olhos no longo prazo,uma relação dívida pública\PIB aceitável, uma política monetária que garanta o valor da nossa moeda e confiança no sistema financeiro, regulamentar e dar liberdade aos mercados, não violar as identidades da contabilidade nacional que só prejudica todo o sistema decisório deste país e que o governo economize nos seus gastos correntes e amplie o seu investimento nas áreas prioritárias e  que seja competente na produção dos bens e serviços públicos que produz. Só assim caminharemos para termos uma economia saudável e sem atropelos e que o bem estar do povo brasileiro possa ser assegurado por um longo tempo é disso que precisamos. Quanto a questão de quando voltaremos a crescer de forma razoável, acredito em 2017 se as medidas forem implementadas o mais rápido possível.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Novo domínio

Caros amigos, informo o meu novo domínio: www.professormarcosalves.com.br

domingo, 17 de maio de 2015

Sem inventar

O professor Antonio Delfim Netto, considerado como um dos maiores economista deste país resumiu de forma perfeita a situação em que encontra-se  o nosso sistema econômico. E chama a  atenção de toda a sociedade e principalmente para os economistas que existe limites para o voluntarismo econômico que não podem ser contornados sem graves consequências para todos os agentes econômicos. No artigo publicado na Folha de São Paulo no dia 11\03\2015, cujo título é "Recuperar o normal"o professor apresenta de forma esquematizada o que deve ser feito para que o ambiente de negócios em nosso país,volte a ter a confiança dos investidores e retornemos ao crescimento econômico de forma equilibrada. Diz o mestre: Deveria ser evidente a qualquer economista com algum contato com a história, não importa qual seja a igreja secreta a que pertence, "capitalistóide" ou "socialistóide", que existem limites para o voluntarismo econômico que não podem ser contornados sem graves consequências que, infelizmente, sempre chegam tarde demais, como, por exemplo:
1º) tentação de violar as identidades da contabilidade nacional, que leva a desequilíbrios cumulativos, cuja correção é sempre dolorosa;
2º) a necessidade de calibrar permanentemente o crescimento econômico (produzido pelo investimento) com a imprescindível redução das desigualdades (aumento das oportunidades de consumo);
3º) ignorar que só pode ser distribuído o que já foi produzido internamente, o que se ganhou de presente do exterior com a melhoria das relações de troca ou o que se tomou emprestado do exterior e que deverá ser devolvido no futuro;
4º) desconhecer que o crescimento econômico é somente o codinome do aumento da produtividade dos trabalhadores que depende, basicamente:
a) da saúde, da educação e da experiência de cada um e do volume e da qualidade tecnológica do capital a ele associado (investimento);
b) de como se organiza o processo produtivo nas empresas e sua segurança jurídica, ou seja, da eficiência com que transformam os fatores de produção que usam (trabalho, capital físico, energia e importação) em produtos acabados para consumo interno e exportação e em novos fatores de produção (investimento), o que é facilitado;
c) pela existência de mercados bem regulados que coordenam, por meio de preços relativos livremente estabelecidos, as expectativas de consumo interno e externo com as expectativas de oferta dos produtores;
d) da organização do Estado para prover serviços públicos com eficiência e liberá-lo do controle dos monopólios naturais com suas concessões ao setor privado por meio da criação desses mercados e do estabelecimento da "modicidade tarifária" com leilões bem concebidos e;
5º) deixar de reconhecer que a "ordem" fiscal (deficits estruturais adequados e relação dívida pública bruta/PIB com espaço suficiente para fazer política anticíclica quando necessário) é a mãe de todas as "ordens" e a possibilidade de uma coordenação adequada entre a política fiscal e as políticas monetária, salarial e cambial que produz o equilíbrio interno (baixa inflação) e o externo (deficit em conta corrente saudável).
Façamos apenas o "normal". Dá certo!

domingo, 10 de maio de 2015

A China

O fraco desempenho do PIB nos últimos anos é fruto de erros do governo na condução do nosso sistema econômico. O crescimento decorre de investimento, mão de obra qualificada e aumento continuado de produtividade. A saída para um crescimento sustentável é criar um ambiente favorável para a classe empresarial investir e inovar. A redução do dinamismo da economia brasileira está se generalizando e para mudar está tendência é preciso reformular as nossas estratégias. A deterioração da nossa infraestrutura, gerada pelo baixo investimento e má conservação, prejudica toda a logística ocasionando elevações de custos em nossas operações e comprometendo a nossa produtividade que hoje está estagnada. O que nós precisamos mesmo é de uma revolução no uso dos gastos públicos principalmente em educação, melhorando a sua gestão, aumentando a qualificação dos mestres e remunerandos dignamente. Precisamos estimular o intercâmbio educacional em áreas estratégicas , outros países experimentaram enorme progresso com esse tipo de iniciativa. Os empresários bem sucedidos em diversos  países asiáticos estudaram nos  Estados Unidos e hoje dirigem as suas próprias empresas. Este programa Ciência sem Fronteira pode ajudar em muito a impor dentro do nosso país uma nova mentalidade desenvolvimentista. Segundo o economista José Alexandre Scheinkman "produtividade é o nome do jogo, a força propulsora das economias que mais crescem. Desde 1989, a China aumentou a sua em mais de 50%, a Coreia do Sul em 65% e o Brasil não saiu do lugar. Isso é imperdoável". A China tem nos ensinado que a sua economia só cresceu a taxas elevadíssimas graças a uma boa educação que foi implementada nos últimos vinte anos que lhe tem só gerado benefícios para a  sociedade. O especialista em mercado de trabalho,o professor José Pastore afirma que, a educação para os chineses é a arma definida para dominar o mundo, revolucionando a preparação de talentos para a ciência e tecnologia. A China avançou muito em pesquisa e desenvolvimento, o que requer pessoal de altíssima qualificação. A China superou os Estados Unidos e o Japão em 2011 no registro de patentes.Sua economia cresce com base em produtos de alta tecnologia. Recentemente os Chineses ganharam da Alemanha a liderança em painéis solares. Na pesquisa espacial avança e tudo indica que sua estação espacial será concluída em 2020. Esses acontecimento extraordinários que a China apresenta ao mundo é fruto de uma conscientização de que só a educação de qualidade revoluciona uma nação. Uma boa lição a ser aprendida por nós brasileiros.

domingo, 3 de maio de 2015

Trabalhadores

Os trabalhadores brasileiros não tem muito a comemorar no dia do trabalho, em razão da situação em que se encontra a nossa economia. O nível de desemprego cresceu a economia desacelera, temos uma inflação elevada, juros um dos maiores do mundo e uma instabilidade política em torno da presidente da república. Erros passados  na condução da nossa política econômica estão sendo corrigidos para que tenhamos amanhã um cenário de crescimento equilibrado e que o desemprego comece a diminuir. O preço a ser pago pelo ajuste é doloroso para o trabalhador, cria uma situação de baixa estima,não existe coisa pior para um trabalhador quando ao iniciar a semana não ter o que fazer e presenciar dentro de casa um conjunto de necessidade a serem atendidas e não ter como solucionar.O ministro da fazenda tem feito um esforço enorme para encontrar um caminho para equilibrar as contas públicas,  revertendo a médio prazo a escalada dos juros e da inflação. A taxa de juros básica (SELIC) encontra-se hoje em torno de 13,25% a.a.,desestimula consumo, aumenta a dívida pública,cria desemprego, concentra renda e inibe o investimento. É elevada em razão da falta de confiança do investidor na competência e na gestão da nossa política econômica do governo anterior que criou este ambiente constrangedor que o trabalhador esta passando, gerando um custo social mais elevado do que a roubalheira dentro das estatais,  e de que a inflação futura em nosso país (2016 e 2017) estará controlada e dentro da meta estabelecida pelo governo (centro da meta é de 4,5% com viés de +2% e - 2%) neste novo governo. Precisamos mostrar aos investidores que conseguiremos reverter está tendencia de alta para que a confiança se restabeleça perante o nosso país. O professor Henrique Meirelles,em artigo na folha de São Paulo no dia 2\5\2015, cujo título é "Consequência, não causa", mostra muito bem a nossa situação, diz o mestre:"Quando assumimos o Banco Central, em 2003, a taxa Selic chegava a 25% e a taxa real (descontada a inflação) de um ano no mercado estava ao redor de 14%. Na medida em que a inflação foi caindo, as taxas caíram de forma consistente dentro dos ciclos monetários até uma taxa real de equilíbrio em níveis abaixo de 6%. É normal que essa taxa pare de cair e mesmo volte a subir quando há instabilidade inflacionária e aumento das incertezas sobre a trajetória da dívida pública e a capacidade de pagamento do país.Uma das mais antigas evidências dessa dinâmica ocorreu séculos atrás, quando o Parlamento britânico fiscalmente conservador ganhou poder para elaborar o Orçamento, antes função exclusiva de um rei perdulário. Os juros começaram a cair e, em algumas décadas, foram de 15% para abaixo de 5%. Esse e outros fatos históricos deixam claro que, ao contrário do que muitos afirmam, a taxa de juros é consequência, e não causa, dos problemas das despesas públicas. Não há mágica na economia. Países com histórico de hiperinflação e descontroles inflacionários e fiscais recentes tendem a pagar taxas mais elevadas.Quanto mais o Brasil estabelecer o controle da inflação ancorado na meta de 4,5%, mantiver a dívida pública em níveis baixos e as contas externas controladas, a nossa taxa real de juros tenderá a cair em direção a padrões internacionais, como na década passada. Ironicamente, as pressões dos que advogam uma queda voluntarista e artificial da taxa de juros contribuem para as incertezas que alimentam essas taxas".  O ministro Joaquim Levy, sinaliza que esta política de demanda contracionista só será revertida se conseguirmos colocar as contas públicas em ordem e conquistar a confiança dos investidores em nosso país.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Ajuste fiscal

O ano de 2015 para o Brasil sinaliza a necessidade de uma serie de ajuste que com certeza cria desconforto para os agentes econômicos. A projeção do PIB para este ano aponta para uma desaceleração que tem  reflexo na geração do emprego e renda e na produção. O ajuste fiscal que esta sendo proposto para o nosso país gera um custo que deve ser pago em razões desiguais entre trabalhadores, empresários e banqueiros. Quando analisamos o circuito econômico nacional e comparamos "gastos governamentais e arrecadação" percebemos que a recorrência aos ajuste já é histórico, sempre fomos levados a gastar mais do que arrecadamos. Este descontrole gera uma serie de externalidades negativas ao nosso  sistema econômico. Atualmente, mesmo precisando de um ajuste fiscal, o ambiente econômico não apresenta uma inflação exagerada nem uma dívida externa assustadora quando tínhamos no passado.O atual governo precisa sim, dar atenção aos pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico (superavit primário, metas de inflação e câmbio flutuante), O superavit primário é ele que nos garante a credibilidade no mercado financeiro, o acesso ao credito mais barato (selo de grau de investimento), precisamos da poupança externa para atender aos investimento que a economia brasileira necessita. Metas de inflação que  é uma missão do Banco Central de colocá-la no centro da meta que hoje esta estimada em 4,5% ao ano, faz muito tempo que esta próxima ou acima do teto estabelecido que é de 6,5%. Câmbio flutuante que ficou muito tempo represado prejudicando toda a base exportadora e criando um desanimo na classe empresarial. Neste momento de ajuste fiscal, segundo os estudiosos dizem que os bem sucedidos e de longa duração são aqueles que são feitos dando ênfase no corte das despesas e não no aumento de impostos e eu pergunto, não é o momento da classe política apresentar para a sociedade uma reforma administrativa estrutural?  É do conhecimento de todos que o estado é maior que a nação, segundo o jurista Cid Heráclito de Queiroz a nossa estrutura é formada por 38 ministérios, 128 autarquias, 34 fundações e 140 empresas estatais, dirigidos pelos executivos competentes que são indicados  pelos diversos partidos que dão sustentação política ao governo. Não era hora de apresentar também a sociedade as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e política que tanto a sociedade clama. A credibilidade é conquistada com ações que transmite a todos os agentes confiança, e confiança não se adquire se conquista com boas ações.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Biodiversidade

Os professores Elismar Álvares, Celso Giacometti e Eduardo Gusso em seu livro "Governança Corporativa  Um modelo brasileiro", afirma que toda atividade humana afeta o meio ambiente. O desenvolvimento sustentável não implica a preservação das condições originais do meio ambiente, que está em permanente evolução, com ou sem a presença do homem. Na verdade, o desenvolvimento sustentável significa a preservação do processo evolutivo, incluindo o homem.Devido ao grande potencial de impacto de algumas atividades empresariais o que está em jogo nas relações das empresas com o meio ambiente são as condições para a permanência da humanidade no planeta, o que significa disponibilidade de comida, água, energia  e ar em quantidade e qualidade suficientes para que a própria humanidade evolua. Isso exige que as organizações preservem essas condições mínimas.As mudanças climáticas que o mundo está assistindo são uma séria ameaça  aos esforços para o desenvolvimento sustentável e para a redução da pobreza. Em um país onde o nível de pobreza é exagerado, principalmente nas regiões nordeste e norte o governo brasileiro precisa criar mecanismos de proteção da biodiversidade para protege-los, porque são os pobres da zona rural que sobrevivem dos benefícios diretos das florestas, dos recursos hídricos e do solo. Essa dependência é visível quando se constata o excesso de escassez de bens acumulados. Como têm pouca riqueza privada , precisam da riqueza pública, na forma de serviços ecológicos, para sobreviver. O setor produtivo desempenha um papel relevante na questão ambiental, as empresas responsáveis para com o meio ambiente é aquela que consegue consumir o mínimo possível de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços e retornando ao ambiente o mínimo possível de rejeitos. Mas segundo os professores acima citados este processo não se restringe a isso, implica também a responsabilidade com o ciclo de vida dos produtos e serviços. A empresa ambientalmente responsável, é aquela que cuida dos impactos de seus processos e produtos, desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados. As externalidades negativas produzidas pelas empresas só será reduzida se elas forem pagas por elas pelo impacto ambiental que causam no meio ambiente. Se o custo ambiental do produto fosse incluído no preço final, com certeza levaria as empresas a  estimular as inovações porque teriam de descobrir uma maneira de fabricar os mesmos produtos sem poluir e substituiriam determinados materiais por outros, mais sustentáveis.Para as empresas improdutivas e sem nenhuma preocupação com as questões ambientais só restaria uma saída, seu fechamento e sua substituição por outras  produtivas e sustentáveis.O que precisamos e ampliar a riqueza pública (educação de qualidade, segurança, saneamento, transportes, ar puro e água de qualidade para beber), melhorando assim a qualidade de vida da humanidade e acabando a miséria do mundo que só nos envergonha como seres humanos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O retrato do Brasil ?

Independentemente das conquistas da sociedade brasileira nos últimos anos, ainda perdura uma perversa desigualdade de renda, mercados ilícitos, ausência de uma educação básica de qualidade para todos, inúmeras famílias vivendo com excesso de falta de materiais para garantir a sua sobrevivência, falta segurança,saneamento básico, empregos de qualidade, transporte, saúde e degradação ambiental. Um Estado que se ausentou durante muitos anos das suas reais funções e que permitiu que a indústria do pó assumisse o controle das áreas mais pobres do país e que só estimulou o fosso entre os detentores de capital e os excluídos. O número de assassinatos nas favelas do Rio de Janeiro ( uma cidade dividida), é o retrato do descaso que ainda hoje toma conta das principais notícias da mídia brasileira. Eu pergunto, e de quem é a culpa por tamanho desmando e sofrimento de milhões de brasileiros que vivem neste ambiente hostil e degradado? O Teólogo calvinista e fundador do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, escreveu um artigo especial  no dia 15\04\2015, no espaço Uol notícias Opinião, cujo título é "Classe média assiste passiva ao massacre de jovens pobres", que retrata muito bem este momento em que se encontra o nosso  país, onde descrevo a seguir: 

Essa declaração não sai da minha cabeça: "ele estava sentando no sofá comigo. Foi questão de segundos. Ele saiu e sentou no batente da porta. Teve um estrondo e, quando olhei, parte do crânio do meu filho estava na sala e ele caído lá embaixo morto".
Palavras da mãe do menino Eduardo, que foi vítima de bala perdida no começo deste mês, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. O que significará para ela viver até a morte com essa lembrança?
O que há em comum nas mortes que ocorrem na favela? Pobre está matando pobre. É isso o que acontece quando traficante mata traficante, traficante mata policial, policial mata traficante, traficante e policial matam morador.
Não estou dizendo que seja da natureza do pobre matar. A maioria trabalha duro. Não estou declarando que o pobre seja o problema. Também não estou eliminando a responsabilidade pessoal, mas afirmando-a. Falo sobre aquilo que desperta em um homem, e que não se manifestaria se não tivesse sido provocado.
Algoz e vítima se confundem nessa história. O injustificável, a prática criminosa, não é sem causa. O problema central é quem está acima do pobre: o Estado, que joga brasileiro contra brasileiro.
Quem é responsável pela não implementação de políticas públicas nas favelas do Rio de Janeiro? Quem é responsável pelo saque aos cofres públicos, que impede o investimento do dinheiro de nossos impostos nas comunidades pobres do Brasil? Quem é responsável pelo sistema prisional brasileiro funcionar como universidade do crime? Quem é responsável pela lentidão e pela ineficácia do nosso sistema de justiça criminal? Quem é responsável pelo baixíssimo índice de elucidação de autoria de homicídio doloso no Brasil?
Quem é responsável pelo fato de nossas crianças não demonstrarem encanto pelas escolas públicas? Quem é responsável por enviar o policial para becos escuros, em comunidades nas quais reina a miséria, abandonadas pelo Estado, a fim de que ele preserve sozinho a ordem pública? Quem é responsável pelo pagamento de salário que não condiz com os riscos que os policiais correm no exercício de uma das profissões mais difíceis de serem exercidas no Rio de Janeiro? Quem é responsável pela falta de punição dos crimes de abuso de poder cometidos por policiais? Quem é responsável por termos a sétima economia do mundo e ao mesmo tempo sermos o 79º país em Índice de Desenvolvimento Humano?
Deveríamos ter vergonha disso tudo. A classe média brasileira, contudo, assiste passivamente ao massacre, que nos últimos 12 anos representou a morte por homicídio de 600 mil brasileiros, 80% dos quais moradores de comunidades pobres.
Temos um Estado corrupto e incompetente. Mas também temos milhões de cidadãos brasileiros esclarecidos que ainda não aprenderam o significado de dar voz aos sem voz e visibilidade aos invisíveis. Há pessoas no Brasil que gritam e não são ouvidas, pelas quais passamos sem perceber sua existência.
São essas que, enquanto enterram seus filhos assassinados, limpam nossas casas, varrem nossas ruas, passam nossa roupa. Coadjuvantes da vida que você e eu vivemos. Como diz Chico Buarque, na canção "Brejo da cruz", "... e ninguém pergunta de onde essa gente vem".
Tony Judt, historiador inglês, no seu livro "O mal ronda a terra", faz declaração que deveria ser ouvida por todos nós brasileiros, se é que queremos dar fim à cultura da banalização do mal no nosso país: "Sobram evidências de que até as pessoas abastadas de uma sociedade desigual seriam mais felizes se a distância que as separa da maioria de seus concidadãos fosse significativamente reduzida. Sem dúvida elas se sentiriam mais seguras. Mas as vantagens vão além do interesse pessoal: viver muito perto de pessoas cuja condição constitui uma censura ética manifesta é fonte de desconforto até para os ricos. O egoísmo é desconfortável até para os egoístas".
Acima do pobre enlutado e da classe média perplexa e omissa está um modelo de sociedade. Uma forma de atuação das instituições democráticas. Um sistema. Uma cultura política. Uma sociedade desigual, na qual os desiguais vivem lado a lado, com um Estado fraco. Lá na ponta, Eduardo, policiais e garotos pobres estão morrendo. 
Essas manifestações que toma conta do nosso país, contra a  corrupção avassaladora dentro do governo e com suas relações com a classe produtiva, é um sinal de cansaço de revolta pela falta de ética na condução da construção de nossa república.  Como bem definiu o presidente Obama em sua viagem a África " o que interessa a dona de casa, ao estudante ao desempregado, aos empresários e a todos os trabalhadores e que tenhamos uma república onde  o  parlamento seja constituído com políticos  transparentes e competentes,uma força policial honesta, uma impressa livre, um poder judiciário honesto e independente  e que o empreendedorismo seja estimulado  em todas as suas formas para a criação de riquezas". Assim, será proporcionado um crescimento e desenvolvimento sustentável, com eficiência,  reduzindo a pobreza e melhorando os indicadores sociais do nosso país.