sábado, 22 de outubro de 2011

Transgressões Éticas

A ausência da governança corporativa nos três níveis de governo e nos poderes constituídos reduz cada vez mais a qualidade de nossa democracia que foi duramente conquistada pela sociedade brasileira na década de 80 do século passado. É inegável que o Brasil evolui, redemocratizamos a nação e conquistamos a estabilização econômica, mas precisamos resgatar urgentemente a noção de valores éticos que esteja comprometida com o engrandecimento do nosso país.Não podemos aceitar mais esta corrupção avassaladora que se instala em todos os recantos do Brasil, comprometendo e estimulando nas gerações jovens a descrença em relação ao destino de nossa pátria.Não aceitamos mais a ideia de que o país sempre foi assim e que temos que conviver com esses abusos é parte integrante da nossa cultura, condenando a todos nós a conviver no mundo da mediocridade. O presidente Barack Obama em visita a África em 2009, afirmou: ( África não necessita de homens fortes, necessita de instituições fortes e definiu o século XXI, dizendo: No século XXI,instituições transparentes, capazes e confiáveis são a chave para o sucesso, parlamentos fortes, forças policiais honestas,juízes independentes, uma impressa independente, um setor privado vibrante, uma sociedade civil. São essas coisas, que dão vida a democracia, porque é o que importa na vida cotidiana das pessoas). É justamente isso que falta em nosso país,a sociedade brasileira está cansada de tanta roubalheira, clientelismo e corrupção nas atividades governamentais e privadas.É preciso evoluir, e implementar com maior rapidez, o uso dos princípios da boa governança corporativa em todos os níveis de governo e nos poderes constituídos que são:(Transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa). Esses princípios buscam assegurar a todos os executivos públicos uma conduta reta e eficiente no uso dos nossos recursos escassos e que os resultados se reflitam na melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.É preciso que os partidos políticos que dão sustentação a governabilidade do país tenham mais rigor nas suas indicações e que sua atuação a frente de ministérios, empresas públicas ou cargos comissionados a que tenham direito de indicação que sejam homens éticos e competentes para que a sociedade a cada dia aumente a sua confiança em relação aos governos.Confiança não se regulamenta e não pode ser imposta, ela precisa ser sentida e acreditada por toda a população. Isso sim, engrandece a nação perante o mundo e poderemos amanhã ser referência mundial no trato das questões públicas. A aplicação dos princípios da boa governança corporativa nas atividades do governo, embora necessária, não é suficiente para moralizarmos as suas ações.É preciso a participação de outras instituições que em muito contribuirão para moldarmos o senso moral da nossa população,como a igreja, escola , comunidade e organizações não governamentais, desde que estejam realmente comprometida com a evolução do nosso país. O senhor Duilio Duka de Souza em seu trabalho:Combate ao Racismo:Compromissos e Ações Propositivas, diz no item: A consciência e a cidadania ( Os sujeitos são construídos no mesmo ambiente em que vivem,convivem e produzem. Ser cidadão, ou cidadã, é poder ter condições de romper as barreiras da ignorância moral, espiritual e intelectual. É ter a capacidade de pensar e refletir a vida política, econômica, cultural e social em que vive, local e globalmente.Ser capaz de adquirir, e ter sempre presente em si, uma consciência histórica, democrática e internacional, cuja plataforma seja o direito de igualdade de oportunidade, a tolerância, a solidariedade, o respeito, a paz e a justiça).A sociedade brasileira está se informando cada vez mais a passos largos, as novas tecnologias tem ajudado em muito a busca pelo saber, não podemos correr o risco de colocar o país em um retrocesso político por práticas corruptas de alguns gestores públicos.O memorável escritor Aldous Huxley, no seu livro Admirável Mundo Novo, já nos alertava que" o preço da liberdade é a eterna vigilância ".É preciso ficarmos atentos. Finalizo, juntando a minha voz ao do professor Paulo Freire que me ensinou: "Não junto minha voz à dos que, falando em paz, pedem aos oprimidos, aos esfarrapados do mundo, a sua resignação.Minha voz tem outra semântica, tem outra música. Falo da resistência, da indignação, da justa ira dos traídos e dos enganados. Do seu direito e do seu dever de rebelar-se contra as transgressões éticas de que são vitimas cada vez mais sofridas".

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Mundo em Risco

Não existe melhor momento para se reformular o sistema econômico atual do que agora, onde as grandes economias passam por sérias dificuldades internas e generalizando um desequilíbrio a nível internacional e colocando em risco a sobrevivência de milhões de pessoas no mundo inteiro. A globalização como está desenhada cria uma instabilidade na sociedade moderna, exigindo mudanças significativas que devem ser definidas pelos países que compõe o G-20, cuja função é estabelecer uma governança corporativa global que busque o equilíbrio entre as nações e que o mundo possa caminhar em paz ,evitando que milhões de pessoas sofram no seu dia a dia, em suas condições de trabalho e voltem a ter novas esperanças em suas vidas. A crise que se originou na América e se estendeu a Europa é fruto da quebra de confiança (ausência de ética e competência) dos agentes financeiros irresponsáveis em relação aos seus usuários (a ganância superando o medo). É notório a necessidade de se reformular o papel das finanças, sua principal função é alimentar recursos para a economia real, direcionar capital para os empresários ou governos aplicarem nos diversos setores produtivos da economia tendo como objetivo maior a geração de emprego e renda e tendo um retorno justo e aceitável do risco que assumiram.O mundo encontra-se anestesiado, não se sabe o que pode ocorrer, o número de suícidios na Grécia passa a ser preocupante e pode se estender a muitos países levando ao desespero milhões de pessoas.Onde está os grandes líderes que não conseguem uma alternativa para solucionar está crise que vem desde 2007, colocando toda a sociedade mundial em risco? O maior líder da maior economia do mundo encontra-se encurralado dentro do seu próprio país e que até hoje não disse para que veio. A Europa na zona do euro permitiu a entrada de países que não tinham as condições exigidas para fazerem parte deste bloco, mas aceitaram e hoje estão revendo os erros que cometeram no passado e se negam a apoiar programas de recuperação ou exigem das nações sacrifícios inaceitáveis para a sua população para que suas economias amanhã possam se estabilizar.Se a globalização necessita das economias abertas para que novos mercados sejam conquistados é necessário que a governança global, apresente um novo modelo e que a conduza a um equilíbrio justo e sustentável e que todos os países direcione as suas energias para resgatar as pessoas e a produção ou seja colocar a economia real como objetivo maior e não secundário. O mundo precisa tomar vergonha e buscar neste século, conhecido como o século do conhecimento, direcionar as habilidades e competência adquiridas e acumulas durante tantos anos para eliminar a pobreza absurda ( em todas as áreas ) que ainda persiste em muitos continentes inclusive no meu país e transformá-lo em um mundo justo, equilibrado e sustentável.

sábado, 8 de outubro de 2011

O Estado da Palestina

Um dos maiores erros da humanidade foi ao criar o Estado de Israel não definirem também o Estado da Palestina. Entra ano e sai ano e está indefinição frustra o povo palestino que buscam o reconhecimento do seu país e da necessidade de se impor ao mundo como nação livre e independente. Realmente é uma das regiões mais conflituosa do mundo e as inúmeras tentativas de paz fracassam pela intransigência desses dos povos em não terem a capacidade de encontrar uma solução que acabe de uma vez por todas essas atrocidades que só contribui para diminuir a dignidade humana. Até quando essa brutalidade permanecerá? A bestialidade humana sobrepõe as questões humanitárias de convivência harmoniosa entre dois povos cujas raízes são tão próximas.Falta liderança ao mundo que seja capaz de encontrar uma solução pacifica entre eles, a agenda inacabada da política externa dos grandes líderes tem por obrigação focar está questão, até por respeito a humanidade.Não tenho dúvida, da necessidade da criação do Estado da Palestina, por mais argumentos que levantem não consigo entender.Tenho certeza que muitos líderes mundiais e o meu país também concorda com a definição imediata deste Estado, para dar um fim a está escalada da violência,que historicamente tem mutilado e matado tantos homens e ao mesmo tempo sendo o maior alimentador e estimulador da vingança entre esses dois povos.A situação é tão ridícula, que só faz diminuir a raça humana, quando visualizamos jovens em pleno esplendor da vida oferecerem-se a praticarem o suicídio na esperança de verem surgir amanhã um Estado livre e democrático, onde possam realizar com segurança suas habilidades e poderem criar os alicerces de uma sociedade onde as gerações futuras possam respirar paz e estabelecer para sempre uma convivência harmoniosa entre o povo árabe da Palestina e o povo de Israel.

sábado, 1 de outubro de 2011

Economia do Conhecimento

Relendo o livro" A RIQUEZA DO CONHECIMENTO", do Thomas Stewart, o mesmo autor de Capital intelectual, tomei a liberdade de apresentar alguns pontos de forma resumida que consta neste livro para fazermos uma reflexão sobre o futuro da sociedade e como o nosso país precisa se posicionar nesta nova economia ou conhecida como a economia do conhecimento. Segundo Stewart, no prefácio, ele sinaliza que nos últimos vinte anos, três grandes ideias transformaram profundamente o funcionamento das organizações. A primeira foi a Gestão da Qualidade Total. Desbravada por Deming e Juran, nas décadas de 1950 e 1960, o movimento da qualidade engolfou o Japão, convertendo aquele país, até então pilhéria do pós-guerra, em potência industrial. A segunda grande ideia foi a reengenharia. Concebida pelo acadêmico Thomas Davenport e popularizada por Michael Hammer, a reengenharia mostrou o poder emergente da tecnologia da informação, como instrumento para demolir as muralhas das velhas burocracia e dos sistemas impulsores de papel. A reengenharia ajudou os executivos e gerentes a melhorar os processos , a ver as organizações como tubulações de processos horizontais, em vez de aparatos monumentais de departamentos verticais. A terceira ideia é a do capital intelectual, que demonstra que hoje, os ativos mais importantes das empresas não são, em geral, bens tangíveis,equipamentos, capital financeiro ou participação de mercado, mas os intangíveis: as patentes, o conhecimento dos trabalhadores, as informações sobre clientes e canais de distribuição e a experiência passada que uma empresa guarda em sua memória institucional. O conhecimento sempre foi importante, mas hoje ele é mais do que parte da história da prosperidade: é o principal filão.As empresas que dominam a agenda do conhecimento são aquelas que triunfarão no século XXI.O conhecimento tornou-se o mais importante fator de produção e os ativos do conhecimento são hoje os mais poderosos vetores de riqueza, os líderes e organizações que assumirem o controle de seu próprio conhecimento galgarão os píncaros da competição. Afirma que o conhecimento é tão relevante para as empresas de baixa tecnologia, para as entidades sem fins lucrativos e para os órgãos públicos, quanto para os negócios de alta tecnologia. Enfatiza que o conhecimento também é de importância vital para as economias em desenvolvimento. No capítulo que trata dos pilares da economia do conhecimento, ele informa que as leis da nova economia e os lucros por ela gerados, ancora-se em três pilares.O primeiro é: o conhecimento impregna tudo que compramos, vendemos e produzimos. Tornou-se o mais importante fator de produção. O segundo é que os ativos do conhecimento passaram a ser mais importantes para as empresas do que os ativos financeiros e físicos. O terceiro é:para prosperar na nova economia e explorar esses novos ativos,precisamos de novas técnicas de gestão, novas tecnologias e novas estratégias. Define conhecimento não como soma, mas como agregação, interação e acumulação. O conhecimento envolve expertise. Para alcançá-lo é preciso tempo. O conhecimento dura mais do que a informação e por vezes é eterno. Ter conhecimento, dominar um assunto, é algo diferente e maior do que saber de um fato ou possuir muitas informações a respeito de alguma coisa. Mais adiante ele informa que em 1999, o conhecimento foi o principal item de exportação dos Estados Unidos.Ideias, conhecimento e informação sempre foram importantes, mas hoje, como em nenhuma outra época, definem nossa vida no trabalho.No posfácio, deste magnífico livro o autor informa que os países ricos em recursos naturais ainda enleiam na armadilha das commoditeis a crença de que suas minas, em vez de suas mentes, são a chave da prosperidade. Poucos compreendem que a riqueza dos recursos naturais será explorada pelos detentores da riqueza do conhecimento, que o valor dos recursos naturais é extraído de um lugar, e não criado num lugar.Diante desta constatação, a nossa nação, precisa acelerar os pilares da transição do capitalismo de commoditeis (modelo agromineral), para o capitalismo intelectual se quisermos amanhã ser uma nação respeitada no contexto internacional. Avança Brasil.