quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Férias

Caros leitores, entro em férias e só retorno na segunda quinzena de janeiro de 2015, desejando a todos um feliz Natal e um Próspero Ano Novo cheio de felicidades, paz e saúde. Que neste novo ano que breve se inicia os princípios de civilidade tão defendido por um dos maiores juristas deste país o professor San Tiago Dantas realmente seja implementado em todas as áreas da convivência humana. Dizia o professor em sua aula sobre civismo: que a base de tudo, a essência, é o saber. O saber pode te levar ao ter. O saber pode te levar ao poder. Não é desejável que o ter leve ao poder. Mas é inadmissível que o poder te leve ao ter. Que em 2015, o nosso país possa realmente implementar o nosso projeto de prestígio, poder e prosperidade e que a nossa nação sirva de exemplo para o mundo civilizado. Feliz 2015.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Pensando no amanhã

Chegamos ao final de 2014, ano em que a economia brasileira cresce pouco, inflação batendo no teto da meta estabelecida, juros elevados , produtividade baixa, carga tributária insuportável, dívida pública bruta em elevação, déficit em conta corrente que pode comprometer novos investimentos do setor privado, corrupção em níveis exagerados em todas as esferas de governo ( federal, estaduais e municipais), poder aquisitivo da população em queda, consumo em contração e mercado do trabalho dando sinais de desemprego. Este é o quadro do nosso país. Neste ano realizamos um evento mundial na área esportiva onde levamos uma tremenda goleada da Alemanha que ficara para a historia do nosso futebol. Houve as eleições presidenciais onde o país saiu dividido e com sérias dúvidas de como será 2015. O segundo mandato da Dilma, sinaliza uma política  fiscal mais austera que possa contribuir com a política monetária para trazermos os juros reais mais próximo do mundo moderno e conseguirmos ter uma inflação anual bem próxima do centro da meta e voltarmos a crescer de forma sustentada. Estimular o investimento em máquinas, equipamentos,  novas tecnologias e com educação de qualidade, elevando a nossa produtividade e ampliarmos o retorno do investimento, está relativamente caro investir no nosso país. O setor industrial precisa voltar a crescer, não cresce porque parte do consumo é gerada dos importados e o mercado internacional ainda da sinais de fadiga para os produtos brasileiros. O investimento público precisa de gestão locacional, precisamos concluir as obras que estão paralisadas e que são importantes para todas as macros regiões do país. A lentidão em sua conclusão só estimula a corrupção e o custo da obra atinge valores inaceitáveis. Precisamos pensar no longo prazo, 2015 e 2016 arrumar a casa e 2017 e 2018 termos resultados mais satisfatórios para toda a sociedade brasileira. A estabilidade econômica é uma conquista do povo brasileiro, queremos crescimento e desenvolvimento sustentável, eficiência, redução da pobreza, melhorias dos indicadores sociais e redução dos desequilíbrios regionais. Ao governo cabe reformular os sistemas tributário, político, trabalhista e previdenciário, eliminar as restrições e participação do capital estrangeiro (lembrando que capital não tem pátria e sim conhecimento) , criar um sistema de relação do trabalho mais centrado na negociação, estimular o surgimento de instituições capazes de gerar responsabilidade fiscal e monetária, termos uma administração pública profissional e eficiente e finalmente estimular o fim dos monopólios constitucionais que só geram ineficiência e partir para a privatização. O resultado das eleições presidenciais, sinaliza que a sociedade brasileira quer uma economia de mercado e livre competição, exigimos a volta da estabilidade macroeconômica, queremos nos integrar à economia internacional ( implantar o nosso projeto de prestígio, poder e prosperidade), termos regras estáveis, respeitar os contratos, investir maciçamente em educação em toda a sua cadeia e melhorar a nossa integração social e regional. É isso que queremos.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Grande Arnaldo Jabor

O cineasta, crítico, jornalista, escritor, cronista e articulador Arnaldo Jabor, tem contribuído  muito com suas intervenções no Jornal da Noite na Rede Globo e em suas crônicas no Estadão e na CBN, para compreendermos a situação em que se encontra este nosso país. Os seus comentários em uma linguagem apimentada, de fácil  compreensão e de muito conteúdo, prova de sua vasta cultura, permite a qualquer indivíduo ao ter contato com o seu trabalho, entender este país confuso em sua trajetória histórica em busca do desenvolvimento tão sonhado por todos os brasileiros. Grandes artigos o Arnaldo já escreveu, mas recentemente no Estadão ele nos presenteou com uma crônica que impressionou a todos, cujo título é a" Burrice e ignorância" , inclusive apresentei aos meus alunos da universidade, para que fizessem uma reflexão sobre o tema e que se tornou uma aula extremamente rica e divertida. Passo a descrever alguns trechos desse excelente artigo: "A burrice é diferente da ignorância.A ignorância é o descobrimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza (Nelson Rodrigues). A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se fecha. O ignorante se abre e o burro esperto aproveita. A ignorância do povo brasileiro foi planejada desde a Colônia. Até o século 19, era proibido publicar livros sem licença da Igreja ou do governo. A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status de sabedoria, porque, com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um simplismo salvador. Os grandes burros têm confiança em si que os ignorantes não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade. A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Na porcentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No caso da política, a ignorância  forma um contingente imenso de eleitores, e sua ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais ignorantes melhor.  Como é o design da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer dúvida de fora para dentro, é uma escuridão interna desejada, é o ódio a qualquer diferença, à qualquer luz que possa clarear a deliciosa sombra onde vivem. O burro é sempre igual a si mesmo, a burrice é eterna como a pedra da Gávea (Nelson Rodrigues). De certa forma , eu invejo os burros. Como é seu mundo? seu mundo é doce e uno, é uma coisa só. O burro sofre menos, encastela-se numa só ideia e fica ali, no conforto, feliz com suas certezas. O burro é mais feliz. A burrice não é democrática, porque a democracia tem vozes divergentes, e o burro é surdo. E autoritário: quer enfiar burrice à força na cabeça dos ignorantes. Em nossa cultura, achamos que há algo sagrado na ignorância dos pobres, uma sabedoria que pode desmascarar a mentira inteligente do mundo. Só os pobres de espirito verão a Deus, reza nossa tradição. Existe na base do populismo brasileiro uma crença lusitana, contrarreformista, de que a pobreza é a moradia da verdade. Nosso grande crítico literário Agripino Grieco tinha frases perfeitas sobre os burros. A burrice é contagiosa; o talento, não. Ou ele não tem ouvidos, tem orelhas e dava a impressão de tornar inteligente todos os que se avizinhavam dele. Para Arnaldo, inteligência é chata; traz angustia com seus labirintos. Inteligência nos desorganiza; burrice consola. A burrice é a ignorância ativa, é a ignorância com fome de sentido". Realmente o Arnaldo tem razão, eu também invejo a burrice, neste país ela se eterniza, fruto de uma estrutura política arcaica que ainda domina este país. Até quando?

sábado, 6 de dezembro de 2014

Novos caminhos

No artigo "Nova proposta de governo" de 30\11\2014, chamava a atenção da necessidade do nosso país voltar a crescer entorno de 4% ao ano, desde que mantida a estabilidade dos preços e o equilíbrio das contas externas, aumentar a nossa produtividade, melhorando a qualidade de toda a cadeia educacional, reduzir tributos, estimular o empreendedorismo, combater a corrupção que nos envergonha e que deixa o país fragilizado no âmbito internacional, ter regras estáveis e respeito aos contratos, estimulando a volta do investimento privado e eliminando a insegurança jurídica que tanto os empresários reclamam, melhorar a nossa infraestrutura, concluir as obras estruturantes que são essenciais para reduzir as desigualdades regionais e que a nossa cadeia produtiva se integre as cadeias globais, só assim conseguiremos consertar os desequilíbrios construídos nos últimos anos do primeiro governo de Dilma Rousseff. O professor Delfim Netto, considerado o maior economista do Brasil, em artigo, na Folha de São Paulo no dia 04\12\2014 cujo título é "Novos Tempos", afirma: "No início de um novo mandato presidencial é preciso insistir: a sociedade espera do governo uma política social e econômica que atinja, simultaneamente, três objetivos não inteiramente compatíveis. Na linguagem do modesto keynesianismo dos anos 50 do século passado:
1. um nível de emprego tão alto quanto possível, com
2. uma taxa de inflação tão baixa e tão estável quanto possível e que
3. assegure a todos os cidadãos do país um nível de vida decente.
No quadriênio que se encerra, a primeira condição foi razoavelmente atendida com uma enorme inclusão no processo produtivo de mão de obra pouco qualificada e, portanto, com baixa produtividade, o que gerou um aparente paradoxo: o aumento do emprego com estagnação do PIB (Produto Interno Bruto). Com relação à segunda, andamos todo o tempo a namorar com o limite superior de tolerância da meta de inflação (6,5%), fingindo que a estávamos cumprindo. De qualquer forma, nunca se perdeu o controle do processo e, mais importante, recentemente diminuiu a distância entre o crescimento dos preços livres e os preços administrados. Com relação à terceira condição, avançamos com os programas de aumento da igualdade de oportunidades (na educação e na saúde), na redução da pobreza e na redução do nível de desigualdade. É preciso reconhecer, entretanto, que o resultado final de 2011-2014 revela perturbadores desequilíbrios: 1) exagerado deficit fiscal (quase 5% do PIB) e um aumento da relação dívida bruta/PIB a partir de um nível já relativamente elevado para um país como o Brasil e 2) a acumulação de deficit em conta corrente de 270 bilhões de dólares, o que é grave diante do baixo crescimento do PIB no período (em torno de 7%). Eles são resultado da falta de maior coordenação entre a desejada e necessária política social (redistributiva) e a condição indispensável para a sua sustentação: uma política econômica (fiscal, monetária, salarial e cambial) estimuladora do aumento da produção e da produtividade. A situação é incômoda e desagradável, mas não estaremos à beira de uma crise, a menos que não prestemos atenção aos novos tempos. É hora de o governo apresentar um programa coerente, transparente e crível que especifique o que vai fazer nos próximos dois anos para corrigir com inteligência e perseverança aqueles desequilíbrios.
Devolver a confiança e a previsibilidade ao setor privado é a única forma de cooptar trabalhadores e empresários para a volta do crescimento, sem o qual nada acontecerá". O artigo do professor é de uma lucidez absurda, apresentando os caminhos que o nosso país precisa trilhar, neste novo governo que se inicia.

domingo, 30 de novembro de 2014

Nova proposta de governo

O objetivo central da ciência econômica é formular propostas para resolver os problemas econômicos, de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Definida a nova equipe econômica do  novo governo Dilma, tendo como ministro da fazenda o senhor Joaquim Levy, com vasto conhecimento em política fiscal, bem formado e segundo especialistas com ideias corretas. É preciso que garanta ao ministro que  execute a sua política sem interferência do Palácio do Planalto. A missão é dura, principalmente em um governo que se habituou a gastar mais do que arrecada. Cortar gastos públicos com o objetivo  da política fiscal, ajudar a política monetária a reduzir as taxas de juros reais internas a se aproximar das taxas de juros reais praticadas nos países desenvolvidos. O equilíbrio das contas públicas é essencial para o nosso país voltar a ter credibilidade junto aos investidores externos e internos e assim conseguir sair desta situação de crescimento pequeno, baixa produtividade, inflação alta , juros elevados e uma carga tributária  insuportável. Quatro objetivos de política econômica deverão ser seguido para melhorar a situação brasileira nesses próximos quatro anos, são: crescimento da produção e do emprego, controle da inflação, equilíbrio nas contas externas e distribuição de renda. Lembrando que é preciso ter consciência  que os objetivos da política econômica não são independentes, sendo muitas vezes conflitantes. O conflito entre os objetivos de política econômica ,muitas vezes levam a interpretações diferenciadas em determinado período. Um programa que consegue reduzir a inflação, mas gera uma recessão, pode ter uma avaliação positiva para aqueles que veem no controle da inflação o principal objetivo da política econômica, não esquecendo, só teremos juros de primeiro mundo quando tivermos uma inflação de primeiro mundo. Para aqueles que entendem que o principal objetivo deveria ser o crescimento da produção, a avaliação certamente será negativa. Resumindo, o grande desafio desta nova equipe econômica é manter todos os objetivos de política econômica sob controle. Inicialmente, este novo governo  precisa  sim, de um forte ajuste fiscal e de uma política monetária austera que resulte na queda da nossa dívida pública, inflação controlada e garanta a volta da  estabilidade econômica. Precisamos voltar a crescer acima de 4% ao ano, desde que mantida a estabilidade dos preços e o equilíbrio das contas externas, aumentar a nossa produtividade, melhorando a qualidade de toda a cadeia educacional, reduzir tributos, estimular o empreendedorismo, combater a corrupção que nos envergonha e que deixa o país fragilizado no âmbito internacional, ter regras estáveis e respeito aos contratos, estimulando a volta do investimento privado e eliminando a insegurança jurídica que tanto os empresários reclamam, melhorar a nossa infraestrutura, concluir as obras estruturantes que são essenciais para reduzir as desigualdades regionais   e que a nossa cadeia produtiva se integre as cadeias globais, só assim conseguiremos consertar os desequilíbrios construídos nos últimos anos do primeiro governo Dilma Rousseff.


domingo, 16 de novembro de 2014

Por um mundo melhor

Os chefes de Estado do G-20  que se reuniram desde sábado passado na Austrália demonstram preocupações com a situação econômica global. O baixo crescimento persistente nos países europeus, aliado ao novo modelo chinês de crescimento moderado, levam a apoiarem o uso de políticas fiscais e monetárias anticíclicas, com o objetivo de alavancar o comércio internacional que estimularia a base exportadora  gerando emprego e renda. O baixo crescimento global aprofunda a miséria em diversos continentes que é fruto perverso da injusta distribuição de renda e que pode se tornar um sério problema para todas as nações. O G-20 sabe onde encontram-se os bolsões de carência máxima do planeta terra, basta que as metas do milênio  que foram estabelecidas e aprovadas pela ONU em 2000 na maior reunião de dirigentes mundiais já realizada em todos os tempos sejam implementadas e com certeza o mundo mudara. Os oito jeitos de mudar o mundo  são: acabar com a fome e a miséria; educação básica de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a aids, a malária e outras doenças; qualidade de vida e respeito  ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. Especificamente na América Latina que hoje possui três representantes no G-20, (Brasil, Argentina e México), ainda persistem carências de infraestrutura, erros de regulação, comércio ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade, corrupção, vulnerabilidades às mudanças climáticas, eventos extremos, que têm vitimado centenas de famílias e iniquidades sociais ainda não corrigidas. Os indicadores nos alerta que no mundo inteiro as disparidades de riqueza e renda só têm aumentado. A governança global, cuja funções são exercidas pelo G-20, enfrenta um conjunto de ameaças que precisam ser resolvidas para  o mundo respirar paz, desenvolvimento e crescimento sustentáveis. Os problemas são de ordem econômica, comercial e ambiental: excesso de endividamento das economias ricas e ausência de uma regulação global no âmbito do sistema financeiro internacional, os mercados ilegais (armas, drogas, órgãos e pessoas) que nos envergonha como seres humanos e que só fragiliza as nações, a questão da descarbonização do planeta e o uso intensivo por água, alimentos e energia nas próximas décadas, precisam de respostas imediatas e estratégias para alcançá-las. Globalmente o mundo corre sérios riscos no ambiente econômico, geopolítico, tecnológicos e ambientais, exigindo novas competências para enfrentá-lo. Realmente, precisamos encontrar a  melhor  estratégia para o mundo ser feliz.

domingo, 9 de novembro de 2014

Credibilidade

A presidente reeleita, Dilma Rousseff, precisa definir-se  sobre qual o caminho a ser seguido pelo seu governo em relação a política econômica do nosso país. No seu primeiro mandato os desequilíbrios são facilmente observados no campos fiscal, inflação, crescimento, governança e energia elétrica. O nosso país sai desta eleição dividido, é preciso que a nossa líder tenha humildade de reconhecer os erros cometidos e coragem para reverter os caminhos escolhidos no passado para não comprometermos ainda mais o nosso futuro. Aqueles que não votaram em Dilma, esperam que esta mudança caso ocorra, possam nos dar esperança de ingressarmos em um círculo virtuoso de aumento de produtividade e crescimento sustentável, que proporcionaria maiores níveis de bem estar para todos os brasileiros e principalmente para os menos favorecidos. Queremos um Estado  forte mais constitucionalmente controlado, que possua uma política fiscal com os olhos voltados para o futuro, que elimine os desperdícios, corrupção e abra espaço para o investimento. Que a política fiscal tenha um rígido controle na relação dívida pública\PIB e que possa contribuir com a política monetária para garantir confiança em nossa moeda, no sistema financeiro e permitir que as taxas de juros praticadas internamente se aproxime das taxas de juros aplicadas nos países desenvolvidos. O Estado seja capaz de suprir com eficiência os bens e serviços que não cabe ao mercado produzi-lo, eliminar a contabilidade criativa das identidades da contabilidade nacional que só desmoraliza todo o sistema decisório do nosso país e o deixa vulnerável perante as empresas de risco (possibilidade de perdermos o grau de investimento) o que provocaria uma fuga ainda maior dos investimentos que comprometeria a capacidade de crescimento da nossa economia. Criar incentivos inteligentes para os agentes econômicos, dar liberdade bem regulamentada aos mercados e realizar as reformas tão discutidas na campanha presidencial (tributária, trabalhista, previdenciária e política), só assim restauraria a confiança e a credibilidade dos agentes econômicos perante o governo. Lembrando que os vinte anos de estabilização que conquistamos foi fruto do respeito aos pilares de sustentação do modelo macroeconômico (superávit fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação). O que se observa no primeiro mandato de Dilma é uma ausência dos fundamentos essenciais para termos uma boa governança que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Falta definir o alvo, escolher o caminho, garantir a execução, medir, avaliar e padronizar.  Como exemplo, temos  as grandes obras estruturantes do Nordeste que nunca são concluídas gerando incertezas e desconfiança da população em relação a gestão deste nosso país. Na área econômica se cercar de nomes respeitados e retê-los em seu mandato, restaurando a autonomia do Banco Central e definindo um novo papel ao Itamaraty como forma de fomentar a expansão da nossa economia no âmbito internacional para tirarmos proveito em termos de produtividade da integração com as cadeias produtivas globais. Lembrando que a base de uma boa governança é a confiança. Confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acredita por todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresas públicas e privadas e o resto do mundo). Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, empregados, políticos, funcionários público e, acima de tudo, dos homens que hoje nos governa. Avança Brasil.

sábado, 1 de novembro de 2014

Ambiente Empresarial

O ambiente empresarial é extremamente estressante, qualquer empresa seja ela pequena, média ou grande independente do setor em atua precisa estar atenta a um conjunto de elementos que está em seu entorno e que pode influenciar ou ser influenciada por eles. Poderíamos citar preocupações de caráter permanente como a concorrência, consumidores, fornecedores, tecnologia, governo nos três níveis, sindicatos, comunidade, mercado de mão de obra e etc. As empresas brasileiras, sabem que elas não competem só com as empresas locais ou regionais a competição é global exigindo dos seus dirigentes uma nova forma de gerenciar os seus negócios em um mundo globalizado. As empresas para sobreviverem neste mundo evolutivo, dinâmico e instável é preciso incorporar em seu seio  organizacional os fundamentos básicos para a gestão ser bem sucedida e que foram definidas pelo consultor de empresas Vicente Falconi que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Por método entenda: Definir metas, definir o caminho para alcançá-las por meio da análise, garantir a execução, medir/controlar/monitorar e padronizar. Conhecimento técnico tem haver com buscar no mercado, cultivar internamente e desenvolver por meio da pesquisa e inovação. Liderança é as empresas terem os melhores, treinar à exaustão, criar bom clima de trabalho e ser generoso com quem merece. As organizações podem durante o seu percurso apresentar alguns tipos de doenças que podem prejudicar o seu desenvolvimento. Os executivos cuja missão é mantê-las vivas precisa estar atento aos sintomas de cada  uma dessas doenças e montar estratégias que leve as organizações a um ambiente de saúde organizacional. Segundo os especialistas as doenças empresariais podem ser classificadas em: Econômicas - Quando se constata um retorno baixo ou irrisório sobre o capital investido. Lembrando que o investidor só fará novas inversões, quando o retorno líquido for maior do que a taxa de juros vigente, ou seja que a eficiência marginal do capital seja alta. Financeiras - Quando observamos alta necessidade de capital de giro, despesas financeiras elevadas e  alta influência de capital de terceiros. Técnicas - Alto nível de reclamações e devoluções de clientes e uma alta dependência tecnológica externa. Mercadológicas - Processo de distribuição confuso, política de precificação fora da realidade, baixa competitividade no mercado e baixo retorno nas campanhas promocionais. Administrativas - Utilização ineficiente dos recursos disponíveis e retrabalho. Comportamentais - Falta de motivação dos colaboradores, baixo nível de coesão, alto nível de atritos e uma enorme rejeição as mudanças. No mundo em que vivemos, o ativo mais importante em qualquer organização é o seu capital intelectual (recursos humanos), já dizia o senhor Hélio Beltrão que: " O comportamento de uma empresa depende muito mais do desempenho dos homens que a compõem do que da excelência de seus manuais e ou de sua organização". Ter e reter os talentos em seus quadros é uma questão de sobrevivência neste século do conhecimento e da transformação. Como dizia Bernard Shaw: " Alguns homens veem as coisas como são e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?" E não esquecendo o que Ludwig Von Mises afirmou: " A história da humanidade é a história das ideias".

domingo, 26 de outubro de 2014

O Gestor

 Caros leitores, o artigo a seguir reflete a realidade do nosso país. Vivemos um momento em que precisamos definir com clareza o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder. Está em nossas mãos escolher o nosso futuro CEO que dirigira o nosso país pelos próximos quatro anos. O artigo do economista e cientista social Marcos Troyjo cujo título "Procura-se CEO para o Brasil" na folha de São Paulo  no dia 24\10\2014, define com muita propriedade a nossa realidade e a necessidade de fazermos uma boa escolha.
Hoje sua unidade apresenta estrutura de custos excessivamente elevada para fazer frente a competidores mais baratos. Sua produtividade é demasiado baixa para medir-se contra os mais avançados. Sua logística é atravancada para se equiparar aos mais ágeis. A unidade a ser liderada pelo profissional encontra-se enredada no baixo crescimento. A pirâmide demográfica de seus colaboradores, ainda a gerar benefícios econômicos positivos, em breve se inverterá. O executivo haverá de evitar que seus acionistas fiquem velhos antes de se tornarem ricos. A principal característica da unidade a ser conduzida pelo profissional é o subdesempenho. A burocracia asfixia negócios e intimida novos empreendimentos. O profissional será positivamente avaliado se sua unidade subir 20 casas nos rankings internacionais de competitividade. O CEO ambicionará não somente o grau de investimento, mas também o "business grade". Muitos setores produtivos ou regulatórios esclerosaram-se por presença sindical orientada ao velho contraste capital/trabalho. Outros são instrumentalizados pelo compadrio ideológico. Empresários passam a enxergar bancos oficiais, e não o mercado, como seu "target". Caberá ao chefe executivo levar adiante verdadeiro "turnaround". Seus acionistas mais jovens têm deixado de mostrar apetite para risco e desafio. Em vez de se alimentar de um ambiente em que poderão tornar-se bilionários a partir de "start-ups", sonham com o emprego estatal. O chefe envidará esforços para que o seu setor educacional privilegie educação empreendedora e ensino de ciências e matemática. Fará com que 2% de sua receita destinem-se à inovação. Trabalhará para que seus "stakeholders" contem ao menos três universidades entre as cem melhores do planeta. Espera-se que o chefe executivo insira sua unidade nas cadeias globais de valor. Para tanto, desenhará plano de trabalho para desafios na Europa, EUA e Ásia-Pacífico. Criará condições para que triplique o número de multinacionais brasileiras. Reconverterá a estratégia industrial do atual foco em substituição de importações para a promoção de exportações.
Remuneração e benefícios são compatíveis com o que se pratica no mercado. A principal recompensa do CEO, contudo, será a honra de inaugurar nova fase na trajetória de desenvolvimento do Brasil". As urnas, em busca do melhor para o nosso país.
 
 

    

domingo, 19 de outubro de 2014

Desenvolvimento

O desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. Se o desenvolvimento é um processo, todos os países que tenham pretensão de se desenvolver, precisa planejar este desenvolvimento. Para que uma nação atinja um elevado estágio de desenvolvimento político, econômico e social, precisa ter um corpo político de líderes capazes de exercer uma orientação firme e segura nas várias camadas da sociedade durante um longo período de tempo. Quanto ao tempo, verificamos que o processo de desenvolvimento é contínuo. Nenhum país alcançou o estágio ótimo de desenvolvimento, pois sempre terá alguns setores com deficiências a serem corrigidos. Por ser contínuo, o desenvolvimento econômico de uma nação pode passar por fases de retardamento ou de um retrocesso. Especificamente o Brasil que hoje encontra-se em uma fase critica de retardamento do seu processo de desenvolvimento criando dificuldades enormes no crescimento de sua economia. O homem precisa se realizar mentalmente e desenvolver suas potencialidades. Para que isso ocorra , se faz necessário que todos tenham acesso a uma cadeia educacional de qualidade, a cultura, aos recursos naturais e aos avanços tecnológicos disponíveis em uma sociedade e ao mesmo tempo se integrando as cadeias produtivas globais. O Brasil precisa urgentemente sair deste circulo vicioso de baixa produtividade, baixa renda real, baixa demanda, baixa poupança, baixo investimento, deficiência  de capital, uma enorme imperfeições nas estruturas mercadológicas e bens públicos escassos e sem qualidade. Estimular a competição, quando os mercados são abertos e com grande números de competidores, asseguram o melhor preço e a melhor qualidade, que só benefícios  gera para toda a sociedade. A missão regulatória deste país precisa entender que cabe ao Estado dar liberdade bem regulamentada aos mercados com o proposito  de assegurar ( e não de controlá-los) o bom funcionamento deste e torná-los cada vez mais abertos e competitivos. O professor Antônio Delfim Netto em artigo na Folha de São Paulo , no dia 15\10\2014 cujo título é Candidato, afirmou com muita competência: "O que é afinal, esse fenômeno a que damos o nome de desenvolvimento? É apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho. Ele depende de muitas coisas: do tratamento e dos estímulos dados a cada trabalhador e aos empresários, do ambiente de trabalho, da disposição de cooperação efetiva de cada um no processo global. Mas depende de duas condições necessárias ( ainda que não suficiente): 1) É preciso alocar a cada trabalhador um volume crescente de capital físico(por exemplo, trocar um arado puxado a boi por um trator) que incorpore ganhos tecnológicos e 2) É preciso dar a cada trabalhador a capacidade, isto é, o preparo técnico, para tirar proveito da sofisticação do estoque de capital que lhe é alocado. Simplificando: Desenvolvimento Econômico = aumento da produtividade da mão de obra = mais capital físico com sofisticação crescente para cada trabalhador associado ao seu preparo técnico para operá-lo". Para que isto ocorra diz o mestre se faz necessário a participação do setor privado. O mistério do baixo crescimento do PIB com baixo desemprego que ocorre no Brasil é que a política de inclusão empregou toda a mão de obra com pequenas habilidades e baixa produtividade, logo com baixos salários. Neste momento a resposta para sairmos deste circulo vicioso e ingressarmos no circulo virtuoso  "o nosso desenvolvimento" cabe aos candidatos que desejam ser o nosso futuro presidente da república.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Economia Atual

A moderna economia está dividida em Economia Descritiva, Teoria Econômica e Economia Aplicada. A descritiva evidência fatos pontuais, sem a utilização da análise teórica. Utiliza dados empíricos e análise comparativa. A Teoria econômica analisa o funcionamento de um sistema econômico, utilizando um conjunto de hipóteses acerca do mundo real. Ela divide-se em duas áreas: Microeconomia e Macroeconomia, a primeira estuda o comportamento das empresas e dos indivíduos, preocupa-se com a formação dos preços e do funcionamento do mercado de cada produto individual. A segunda refere-se aos agregados nacionais, analisa o funcionamento do conjunto da economia, envolvendo o índice geral de preços, renda nacional, mudanças no comportamento do mercado de trabalho, taxa de câmbio e o balanço de pagamentos. É bom lembrar que o estudo dessas variáveis macro, as autoridades governamentais estabelecem as grandes políticas que são:( Fiscal, Cambial, Monetária e Rendas),tem como objetivo influenciar o nível de atividade econômica, para que o sistema econômico se mantenha em equilíbrio. As decisões macroeconômico têm influência no ambiente microeconômico do mercado. O comportamento dos consumidores e das empresas também influência no nível agregado. A Economia Aplicada, utiliza a análise fornecida pela Teoria Econômica, para explicar o sentido das ocorrências definida pela economia Descritiva. Quando analisamos a situação econômica do nosso país, percebemos que a nossa política fiscal não têm contribuído para facilitar a política monetária no combate da inflação e termos taxas de juros decente. O país cresce pouco, têm juros elevados e uma inflação resistente que encontra-se acima do centro da meta e possui uma política tributária que inibe qualquer investidor que tenha intenção de gerar riquezas. A nossa inflação é constituída pelos custos excessivo que são impostos ao setor produtivo, custo do trabalho, tributos, juros e uma política de câmbio fora de foco. Falta investimentos, a nossa taxa é ridícula não chega a 19% do PIB, a ausência de transparência  nas contas públicas e o uso da contabilidade criativa desmoraliza o nosso sistema de decisão e aumenta o nível de desconfiança da sociedade em relação ao governo. Lembrando que a satisfação de uma sociedade é medida pela combinação do aperfeiçoamento dos bens de consumo e da qualidade dos bens públicos que são ofertados pelo governo. O Brasil é um país em desenvolvimento que apresenta carência em diversas áreas e que precisa  de um governo competente e ético que permita a todos sonhar com um amanhã em que o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder possa ser consolidado.

sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições 2014

Amanhã o Brasil vai às urnas. É a sétima eleição geral deste país após a redemocratização onde 142 milhões de brasileiros escolherão os políticos (poder executivo) e renovarão as Assembleias  Estaduais, Câmara Federal e um terço do Senado Federal que decidirão sobre o nosso futuro nos próximos quatro anos. Independente de quem ganhar as eleições os novos governantes terão que caminhar a nossa política econômica  na direção de termos uma política fiscal voltada para o longo prazo, e inflacionar qualidade no financiamento da nossa dívida e serem extremamente rigoroso no controle da relação dívida pública/PIB. Redefinir os gastos públicos, eliminando desperdício e corrupção para abrir espaço para os investimentos. Ter capacidade de suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir. Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda, mantenha o sistema financeiro confiável, que possa garantir a inflação no centro da meta estabelecida pelo governo e que as taxas de juros praticadas internamente possa se aproximar das taxas praticadas  externamente. Uma das deficiências nossa está na missão regulatória, é preciso dar liberdade bem regulada aos mercados para que os investidores se sintam confiantes e reduzam as incertezas jurídicas. A economia brasileira precisa ser estimulada, onde todos os agentes econômicos se sintam prestigiados. Acabar com o uso da contabilidade criativa que simplesmente desmoraliza o sistema de tomada de decisões deste país. O conjunto de politicas (fiscal, monetária, cambial e rendas) possuem seus instrumentos que exige das autoridades competência em saber usá-las, para que os objetivos de aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, melhorar a nossa distribuição de rendas e ter um controle equilibrado de nossas contas externas possam serem atingidos. Lembrando aos futuros governantes que política fiscal e monetária não são independentes e o melhor exemplo é a situação atual deste país. Que os futuros governantes não esqueça que os indivíduos desempenham dois papeis , são consumidores de bens produzidos pelo mercado e ao mesmo tempo cidadãos  usuários de bens públicos. O que a sociedade mais reclama  é pela melhoria dos bens ofertados pelo setor público. A busca do bem estar geral de uma sociedade  está ligada diretamente as condições de oferta dessas classes de bens. A carga tributária que é imposta a nós brasileiros era para termos uma qualidade bem melhor nos bens que são supridos pelo setor público ( segurança, saúde, educação básica, modal de transporte, saneamento e cultura ).Esta escassez de bens públicos compromete a governança corporativa do nosso país e só estimula tensões sociais que geram externalidades negativas para toda a sociedade. Esperamos dos eleitos maior comprometimento com as grandes questões que tem deixado a nossa sociedade vulnerável e sem perspectiva. Que saibamos escolher amanhã.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Augusto Cury

Sempre digo que atualmente vivemos em um mundo dinâmico, evolutivo e instável exigindo de cada um uma nova forma de gerenciar o nosso tempo entre o estudo, lazer e o trabalho. O nosso grau de obsolescência  é muito elevado, em função das novas tecnologias que o homem desenvolve e aplica em todas as áreas do conhecimento.Sinalizando que precisamos estar atento a nossa empregabilidade. O professor Augusto Cury, um dos maiores escritores brasileiros, reconhecido mundialmente pelos seus livros, lançou recentemente dois livros que li e recomendo a todos os meus leitores, cujo títulos são: "ANSIEDADE COMO ENFRENTAR O MAL DO SÉCULO " e " PAIS INTELIGENTES FORMAM SUCESSORES, NÃO HERDEIROS". No primeiro livro diz o mestre: Vivemos numa sociedade urgente, rápida e ansiosa. Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada. Paciência e tolerância a contrariedades estão se tornando artigos de luxo. Este livro fala do mal do século. A ansiedade decorrente da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Pensar é bom, pensar com lucidez é ótimo, porém pensar demais é uma bomba contra a saúde psíquica, o prazer de viver e a criatividade. Mas adiante diz o mestre: O dinheiro compra bajuladores, mas não amigos; compra a cama , mas não o sono; compra pacotes turísticos, mas não a alegria; compra todo e qualquer tipo de produto, mas não uma mente livre; compra seguros,  mas não o seguro emocional. Numa existência brevíssima e complexa como a nossa, conquistar uma mente livre e ter seguro emocional faz toda a diferença. Sem perceber, a sociedade moderna, consumista, rápida e estressante alterou algo que deveria ser inviolável, o ritmo de construção de pensamentos, gerando consequências seríssimas para a saúde emocional, o prazer de viver, o desenvolvimento da inteligência e a sustentabilidade das relações sociais. Adoecemos coletivamente. Este é um grito de alerta. Este livro com certeza contribuirá para melhorar a nossa qualidade de vida neste século das transformações como é conhecido. O segundo livro, diz o mestre: Agradeço a cada pai (ou responsável), professor e líder que acredita que educar é mais do que ensinar, desenvolver o pensamento crítico, transferir o capital das experiências e treinar habilidades emocionais para mudar o mundo, pelo menos o mundo de quem amamos. Aprender é se reinventar, que se reinventar é ser um pensador, e que ser um pensador é ter uma mente livre e criativa. Mas adiante, afirma: Todos começam a vida como herdeiros, por mais pobres, desprivilegiados e abandonados que sejam. Todos  herdam pelo menos uma carga genética, o que lhes dá o direito a vida, e a vida, por si só, é fabulosa, misteriosa e incompreensível em sua plenitude. A grande maioria das pessoas também herdam conhecimentos incríveis, como os direitos civis, a cultura de seu povo, os valores de seus pais. Muitas herdam o direito a estudar, a ler livros, a conhecer, a aprender e captar a expersite de seus mestres. Essas são heranças notáveis. E uma minoria recebe as heranças famosas, mas que não são as mais importantes, como bens materiais, empresas, ações e dinheiro. Quem herda gasta, consome e perde. Herdeiros são gastadores inconsequentes; já sucessores preservam ou multiplicam o que herdam. Herdeiros são imediatistas, querem tudo rápido e pronto; sucessores pensam a médio e longo prazo. Herdeiros são especialistas em reclamar de seus pais ou responsáveis e de seus mestres; sucessores se curvam em agradecimento àqueles que se doam por eles. Um livro maravilhoso, leitura agradável e extremamente rica para todos os pais ,educadores e aqueles que buscam viver com qualidade de vida .Parabenizo o professor Augusto Cury pela sua contribuição na busca de um mundo em que todos possam realmente ser felizes.

domingo, 14 de setembro de 2014

Pensando o Futuro

Independente de quem vai ganhar as eleições para presidente da república do nosso país uma coisa é certa, a condução da nossa política econômica terá que passar por uma série de mudanças que permita que a nossa política de demanda caminhe para uma situação expansionista. Os instrumentos das políticas: Fiscal, monetária, cambial e rendas que as autoridades governamentais dispõe terão que seguir novos caminhos, para podermos gerar os empregos que necessitamos como forma de melhorar o bem estar da população. Estratégias de crescimento para uma nação deve ser elaborada de forma dual (Duplo Planejamento) sempre olhando o futuro, visão de longo prazo e as decisões de curto prazo devem ser voltadas para a construção de projetos portadores de futuro que permita ao país minimizar os seus problemas econômicos. O professor Henrique Meirelles no jornal Folha de São Paulo, no dia 14\09\2014 em artigo cujo título é " Sob a névoa eleitoral " esclarece com muita competência está questão. Diz o mestre:" No curto prazo, três questões devem ser equacionadas para reduzir incertezas e elevar investimentos:1) aumentar o superávit fiscal, o que inverteria a trajetória de aumento da dívida e poderia evitar a redução da nota de classificação de risco do país; 2) assegurar a convergência da inflação ao centro da meta; 3) reduzir o déficit nas transações com o exterior, o que contribuiria para elevar confiança e investimentos. Para atingir estes objetivos, serão necessárias: 1) redução de despesas, desonerações e desembolsos do governo e eventuais correções arrecadatórias;2) correção dos preços administrados no início do governo conjugada a política monetária eficiente, que facilita a queda de expectativas de inflação e, em consequência, da própria inflação;3) maior liberdade de flutuação do câmbio, que ajuda a reduzir desajustes externos de curto prazo. Mas adiante o professor sinaliza os desafios de longo prazo. Sumarizando temos: 1)educação. Elevamos o número de alunos e os anos de escolaridade, mas agora é fundamental focar na qualidade; 2) custo fiscal elevado e complexo; 3) custo de energia acima da média mundial; 4) logística inadequada, com desempenho abaixo da média. Finalizando, o professor, sinaliza que se o Brasil não resolver os problemas de curto e longo prazo, deveremos manter crescimento baixo nos próximos anos. Resolvida as questões de curto prazo, sem endereçar as de longo prazo, o crescimento pode ficar entre 2% e 3%. Mas se enfrentarmos os desafios estruturais de curto e longo prazo, teremos condições de voltar a crescer ao redor de 4% como na década passada e aumentar o bem estar da população". O que precisamos é planejar,  e planejar é escolher, escolher a visão de futuro, escolher os alvos , escolher os caminhos, estratégias e táticas, os projetos, as ações, os responsáveis e os prazos, e, especialmente, escolher o que não será feito. O conceito de ajustar as questões estruturais  de curto e longo prazo é que os agentes econômicos precisam, cada vez mais competir no presente e, paralelamente se preparar para o futuro. Esta abordagem exige duas estratégias simultâneas e coerente entre si. Uma com foco na excelência da gestão das atividades atuais e outra concentrada na competência para gerenciar as mudanças necessárias para o futuro.

sábado, 6 de setembro de 2014

Um novo modelo de governança

A construção de uma sociedade civil em qualquer nação não necessita de homens fortes e sim de instituições fortes, solidas e duradouras para que todas as pessoas independente de sua condição social possa acreditar e se orgulhar. O Presidente da maior economia do mundo, o senhor Obama, em discurso no continente africano afirmou que : "Cada nação dá vida à democracia de sua própria maneira, de acordo com suas tradições. Mas a história oferece um veredito claro. Governos que respeitam a vontade de seu povo, que governam por consenso e não por coerção, são mais próspero, mais estáveis e mais bem sucedidos do que os que não o fazem." A sua definição de que," no século XXI, instituições transparentes, capazes e confiáveis são a chave para o sucesso, parlamentos fortes, forças policiais honestas, juízes independentes, uma imprensa independente, um setor privado vibrante, uma sociedade civil. E afirmou que são essas coisas que dão vida a democracia, porque é o que importa na vida cotidiana das pessoas". O senhor Clóvis Rossi em artigo na Folha de São Paulo , cujo título é " A ÁFRICA É AQUI " em 14\07\2009, faz uma analogia com o nosso país. Diz, Temos instituições transparentes, capazes e confiáveis? Temos um parlamento forte? Construir instituições fortes é a tarefa que o Brasil precisa começar a executar com a maior urgência. Alcançamos a redemocratização, vencemos ou estamos vencendo a estabilização da economia. Mas para que isso aconteça é preciso a participação de toda a sociedade para deixarmos de ser uma mera nação emergente para se tornar uma nação decente. Por esta razão neste ano eleitoral que iremos escolher quem dirigira este país, cabe o pensamento do senhor Isaac Libermann, cujo título é Precisa-se: que repasso a seguir:
 De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.
Capazes de sonhar, sem medo dos sonhos.
Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas.
Pessoas tão práticas que sejam capazes de transformar suas metas em realidade.
Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas vidas.
Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas.
Que tornem seu trabalho objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal.
Que percebam, na visão e na missão de suas vidas profissionais, de suas dedicações humanistas em prol da humanidade, um forte impulso para sua própria motivação.
Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores.
Precisa-se de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores ideias.
Pessoas que mostrem sua face de parceiros legais. Sem se mostrarem superiores nem inferiores. Mas... iguais.
Precisa-se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o novo.
Pessoas de coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados. Sem medo de errar.
Precisa-se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas.
Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo.
Pessoas que não se empolguem com seu próprio brilho. Mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto.
Precisa-se de pessoas que enxerguem as árvores. Mas também prestem atenção na magia das florestas.
Que tenham percepção do todo e da parte.
Seres humanos justos, que inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros.
Estimulando-os, energizando-os, sem receio que lhe façam sombra, mas sim se orgulhando deles.
Precisa-se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo
De liberdade, de responsabilidade, de determinação,
De respeito e de amizade.
Precisa-se de seres racionais. Tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções.
É na emoção que encontramos a razão de viver.
Precisa-se de gente que saiba administrar COISAS e liderar PESSOAS.
Precisa-se urgentemente de um novo ser.
 
Realmente, temos uma necessidade enorme e com urgência de encontrarmos essas pessoas, para que possa conduzir está nossa nação tão carente desse novo ser.
 



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A escassez de bens públicos

O principal objetivo do estudo da economia é formular propostas com a finalidade de reduzir os problemas econômicos, tendo como fim a melhora da qualidade de vida das pessoas. Durante muito tempo um país era avaliado pelo desempenho do seu PIB (Produto Interno Bruto) como indicador do seu tamanho do mercado ou PIB per capita que representa a renda média da população. Logo, maiores níveis de renda per capita indicava maiores padrões de bem estar material. Porém, este indicador não consegue apresentar informações relevantes sobre o real bem estar da sociedade. Atualmente quem melhor reflete o desenvolvimento de uma nação é o índice desenvolvido pela ONU conhecido como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que leva em consideração não só o  PIB mas acrescenta a expectativa de vida da população e a educação. É bom lembrar que todos os indivíduos desempenha dois papeis, são consumidores de bens produzidos pelo mercado e ao mesmo tempo cidadãos usuários de bens públicos. O que a sociedade mais clama é pela melhoria dos bens que são ofertados pelo  setor público. A busca do bem estar geral de uma sociedade está ligada diretamente as condições de oferta dessas classes de bens. A carga tributária que é imposta aos brasileiros era para termos uma qualidade bem melhor nos bens que são supridos pelo setor público (segurança, saúde, educação , saneamento, cultura e etc) e que não podem ser criados pelo mercado. Esta escassez de oferta de bens públicos, compromete a governança corporativa do país e gera no cidadão efeitos semelhantes aos que a inflação tem quando desempenhamos o papel de consumidores. O professor e economista José Maria  Alves da Silva em artigo publicado na Folha de São Paulo cujo título é " Inflação e bens públicos", no dia 20\08\2014, reflete muito bem esta incoerência. Temos metas estabelecidas para o  mercado de consumo , mas não temos metas para os bens públicos que são ofertados. Diz o mestre: A diferença é que a inflação do cidadão não é visível como a inflação do consumidor , posto que não é auferida pelo IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),nem por quaisquer dos índices de preços publicados pelo IBGE ou outra entidade. Segundo o professor, a inflação é uma taxa de crescimento de preços de bens de mercado para a qual, segundo o sistema de metas adotado no Brasil, estabelecem-se políticas visando mantê-la dentro de uma estreita faixa de controle. Mas , no que diz respeito à segurança pública, não existe nenhum sistema de metas. As taxas de crescimento de estupros e homicídios dolosos podem aumentar indefinidamente, sem que isso acione qualquer função de reação das autoridades. Estamos em ano de eleições é preciso que os postulantes aos cargos executivos deste país levem em consideração nas suas formulações, que combater a inflação é um objetivo importante de política econômica para continuarmos com a estabilização econômica que não deixa de ser também um bem público, mas que não esqueça que eliminar o analfabetismo e a dor pelas perdas dos entes queridos  gerada pela violência  também é extremamente importante.

domingo, 17 de agosto de 2014

Fundamentos

Em um sistema econômico baseado na economia de mercado e livre competição com a participação na geração de bens e serviços da iniciativa privada e do governo, modelo este que prevalece em nosso país, espera-se que os fundamentos atuais sejam implementados para que o desenvolvimento tão esperado aconteça. Estabilidade macroeconômica é um deles embora estejamos convivendo a vinte anos com o Plano Real, se faz necessário medidas que tragam a inflação para o centro da meta estabelecida, o que nos últimos anos só temos atingidos o teto. Investimentos em educação, outro fundamento que precisamos corrigir, aperfeiçoando toda a nossa cadeia educacional, a destinação de 10% do PIB, que o governo recentemente aprovou. Se utilizada nesta estrutura que temos, tenho dúvidas de seu êxito. E a federalização do ensino, proposta pelo ilustre senador Cristovam Buarque não seria hora de se pensar? Colocar a educação como programa de Estado e não  de Governo, lembrando que o ciclo educacional não casa como ciclo político. Experiências tão bem sucedidas em outros país poderiam sim aqui serem implementadas. Lembrando que a educação de qualidade é um dos pilares para o aumento continuado da produtividade que anda em baixa em nosso país. Regras estáveis e respeito pelos contratos são fundamentos essenciais para estimular o empresariado a investir, assumir riscos calculados e inovar ao mesmo tempo reduzindo a insegurança jurídica no âmbito dos negócios. Integração a economia internacional, é outro fator extremamente importante para o nosso país incorporar novas tecnologias que as nações desenvolvidas já  usam e investirmos no estimulo nas atividades de inovação e criação, que com certeza alavancaria o setor industrial, aumentando a sua competitividade. Integração social e regional, a sua necessidade se deve a dualidade deste país, onde ao analisarmos as macros regiões, constatamos um alto desequilíbrio, as regiões sul e sudeste onde reside a riqueza embora convivendo também com a miséria, a região centro oeste, apresentando melhores índice de crescimento fruto do nosso modelo agromineral. As regiões nordeste e norte ainda apresenta indicadores sociais e econômicos extremamente frágeis em relação as demais, necessitando de que os projetos estruturantes sejam implementados e concluídos como forma de reduzir esta disparidade regional que se perpetua. Os projetos portadores de futuro  que me refiro são: Transposição do Rio São Francisco, a Transnordestina, estimular os requisitos de competitividade que são: energia, modal de transportes, informática, telecomunicações e mão de obra qualificada. Não esquecendo de promover as reformas, tributária, previdenciária, trabalhista e política, aperfeiçoando a administração pública, tornando-a eficiente e profissional, ao mesmo tempo  inflacionando modernidade no âmbito sindical, que as suas reivindicações não se limite apenas a questões salarias e sim a empregabilidade de todos os trabalhadores em todos os setores da economia. É preciso eliminar os monopólios constitucionais e estimular a privatização em busca de aumentos continuados de produtividade, acabar de uma vez por todas com a xenofobia ao capital estrangeiro ,nunca esquecendo que capital não tem pátria e sim conhecimento. Só assim conseguiremos ,reduzir pobreza que neste país é alarmante,  ampliar eficiência, indicadores sociais e econômicos digno de uma nação que busca desesperadamente há muitos anos  crescer e se desenvolver. Sem esses fundamentos não poderemos jamais promover a tão sonhada transição de sairmos de um capitalismo de commodities para ingressarmos em um capitalismo intelectual. Acorda Brasil

domingo, 10 de agosto de 2014

A questão da produtividade

Em artigos anteriores afirmava que o desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. Pelos estudos que os especialistas desenvolveram ao longo do tempo se constatou que o desenvolvimento para ocorrer necessita de investimentos em infraestruturas, mão de obra qualificada e ganhos continuados de produtividade. Lembrando que a produtividade é quem determina a competitividade que é resultado da melhor combinação dos avanços tecnológicos e da eficiência. Para que ela ocorra exige como condição necessária e suficiente que a nação possua uma excelente cadeia educacional que possa gerar inovações e conhecimentos que permita promover a socialização do consumo através da redução do custo dos produtos, melhorando sempre a eficiência e a eficácia dos sistemas produtivos, contribuindo com a qualidade de vida das pessoas. Além do  mais os países precisam de boas instituições e de uma gestão pública eficiente e profissional que reduza a burocracia e estimule o empresariado a assumir riscos, investir e inovar. Não tem fundamento um país como o nosso perder em produtividade para nações como o Chile, Peru, Colômbia e México. Sinalizando que precisamos acelerar as reformas que tire o nosso país dessa inercia que compromete a geração de emprego e renda das gerações futuras. Independente das conquistas que o país superou ainda persistem carências de infraestruturas, ausência de regulação, comércio  ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade e iniquidades sociais que precisam ser corrigidas. Mas os investimentos para que ocorra precisa da poupança,  e em nosso país o nível de poupança é muito baixo e precisamos recorrer a poupança externa. Mas é necessário termos prudência em seu uso, para não deixarmos o país em um nível de endividamento elevado que o pode comprometer no futuro. A única alternativa para o nosso país é elevar a sua produtividade, reduzindo custos para tornar o  nosso sistema econômico mais eficiente através das reformas estruturantes que precisamos promover e entregando a iniciativa privada atividades que podem ser desenvolvidas com maior eficiência e eficácia.

sábado, 2 de agosto de 2014

Lazer, estudo e trabalho

Amigos, passei quinze dias na maior capital do país, cidade que me encanta e deixa qualquer brasileiro orgulhoso  pela sua pujança. O comércio, esta foi a minha impressão, dando sinais de fadiga, poucos negócios e quase tudo em promoção. Quando São Paulo começa a reduzir o ritmo de produção, o resto do país com  certeza também o acompanha. Mas foram dias muito agradável, estava com o meu neto Pedro, meu filho mais velho, minha nora e minha esposa. Passeei muito, fui a um grande show na boate Bourbon street Music Club, não poderia deixar de ir aos shopping jardins e ao JK Iguatemi, muito bonito, mas para professor, só caminhar nada de compras. Lembrando que fui a 25 de março, onde acompanhei a minha esposa nas compras de semi joias. Realmente é maravilhoso esta cidade mesmo com as suas contradições. Aproveitei e li um excelente livro que recomendo a todos. Um romance escrito por um brasileiro, poeta, e ex-diplomata, Francisco José Alonso Vellozo Azevedo, carioca que estreou com este livro e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura cujo  título é "O arroz de Palma". lembrando que Francisco Azevedo, além de livros e peças de teatro encenadas no Brasil e no exterior, também já escreveu para mais de 250 produções audiovisuais. Este romance é marcante, do começo ao fim. O restante, sem novidades, inflação elevada, juros altos e crescimento em queda. Chamo a atenção para o artigo do professor Pedro luiz Passos na Folha de São Paulo, no dia 01\08\2014 cujo título é" Tudo conspira contra o investimento", e merece atenção dos formuladores de nossa política econômica, onde mostra as dificuldades de se investir neste país. Diz o professor:" O estudo recente do Iedi,( Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) que será em breve divulgado mostra que o alto custo de investir é obstáculo para o Brasil crescer mais e se inserir nas cadeias globais de produção. Se quase três décadas atrás o Brasil era um dos países mais baratos em que investir, hoje é um dos mais caros, distanciando-se, em consequência, das outras economias emergentes e mesmo das mais desenvolvidas.  Diz o mestre mais adiante: Quais as repercussões desse cenário? Primeiro, ele ajuda a explicar a baixa taxa de investimento no Brasil, onde oscila em torno de 18% do PIB. Além disso, em razão do alto custo, os investimentos de maior risco tendem a ser evitados. Os aportes em projetos de alta tecnologia se enquadram neste caso, assim como os de longo prazo de maturação. Outras consequências: tanto empresas estrangeiras e nacionais passaram a direcionar as inversões para setores com maior expectativa de retorno, além de mais protegidos ou mais beneficiados por incentivos. Isto faz o pêndulo se inclinar para os setores voltados para o mercado interno, sobretudo na área de serviços, poucos expostos a concorrência externa. A contrapartida é o menor investimento industrial, que, por isso, não amplia a sua produtividade e reduz a sua participação no PIB. Numa economia globalizada, a decisão sobre o local de produção se baseia no custo de instalações e nas finalidades disponíveis para atuar em diferentes pontos do mundo. Sem tais condições, o país vai se distanciando do radar de investimentos dos grandes grupos internacionais na formação de suas cadeias globais. Muitas vezes, medidas pensadas para melhorar este cenário mais atrapalham do que ajudam, ao criar um mundaréu de subvenções, exceções tributárias e subsídios. Poderíamos  ter uma regulamentação econômica mais horizontal e mais simples se, em vez de lançar mão de paliativos, atacássemos as causas do alto custo dos bens de investimentos". Precisamos implementar as reformas trabalhista, previdenciária , política e tributária para não comprometer a geração de emprego e renda das gerações futuras.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Colação de Grau da Escola de Gestão e Negócios da UNP - 2014.1 Discurso Proferido


Quero registrar a minha enorme satisfação ao ser comunicado por um aluno da comissão de formatura da turma 8NA da unidade Floriano Peixoto, do curso de administração 2014.1 da Universidade Potiguar, que fui escolhido  para ser o paraninfo desta turma. Lembro-me que o último encontro que tivemos foi na disciplina governança corporativa onde discutíamos os diversos cases que apresentei em sala e foram momentos extremamente rico para todos. Meus amigos, gostaria de  falar para vocês o que penso deste mundo dinâmico, evolutivo e instável que estamos inseridos. Século da transformação ou do conhecimento como muitos o chamam, exigem um administrador que tenha um ideal, e ideal é um gesto do espírito buscando a perfeição, tenha   foco nos resultados,  visão sistêmica, entusiasmo pelo que faz e saiba trabalhar em equipe. Afirmava em sala que o homem deve buscar cinco objetivos onde  a ordem necessariamente fica a cargo de cada um, que são: 1-Aprender a reaprender constantemente; 2- Trabalhar naquilo que proporciona satisfação;3- Viajar; 4 - Tomar uma boa bebida e 5 - Amar profundamente. Quanto ao primeiro ponto, refiro-me da necessidade de aprender sempre, fazendo novos cursos como forma de aprimoramento, já que a única certeza que temos nesta vida é que tudo vai mudar e que vamos morrer. As mudanças tecnológicas são irreversíveis  e o nosso grau de obsolescência é extremamente elevado, nos obrigando a ter a capacidade de gerenciar  o nosso tempo entre estudar, trabalhar e lazer. O segundo, refiro-me a importância de trabalhar naquilo que nos dar prazer, nada mais frustrante ao homem do que executar tarefas que não lhe proporciona nenhum entusiasmo. O terceiro ponto, sinalizo a importância de conhecer novos lugares e outros países, isto nos refina, amplia a nossa visão de mundo e aprimora a nossa reflexão sobre os grandes questionamento e os valores que cada nação é possuidora. Lembrem-se do que afirmava Jorge  Mauther : " A liberdade é bonita, mas não infinita. Me acredite, a liberdade é a consciência do limite".  O quarto ponto, tem haver em sermos mais leves, mais sensíveis, alegres e descontraídos, afinal o nosso tempo é muito curto e não podemos desperdiçá-los com coisas fúteis que só nos entristece. Vamos viver uma vida plena. O último ponto para mim é o mais relevante  nesta vida, buscar de forma incessante o nosso grande amor e desfrutá-lo da melhor forma possível. Como é importante poder compartilhar com outra pessoa as nossas alegrias, tristezas, sonhos e buscar o melhor caminho a seguir nesta vida. Meus amigos, o desafio que vos espera é muito grande  e tenho certeza que vocês  foram bem treinados pelos melhores mestre desta universidade e sairão vitoriosos. O grande mestre Peter Drucker, afirmava: " gerenciar neste século é ter a capacidade de  substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação" e sinalizava que: “As únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau desempenho", que exige dos profissionais a capacidade e o conhecimento para  tomar decisões que permita as organizações caminharem para o sucesso.  Dizia também: "Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem." Meus caros gestores, aos mestres, só nos resta esperar e aguardar que cada um de vocês desempenhe as suas funções de forma honesta e que permita as organizações terem um retorno justo e aceitável para os acionista que nela investiram. Para que isso ocorra, exige ética nas suas condutas e competência em gerenciar os recursos. Esses dois requisitos são extremamente importantes para que conquistem a confiança da sociedade. E nunca esqueça que confiança não pode ser imposta ou regulamentada é preciso ser sentida e acreditada por todos que estão em sua volta. Desejo do fundo do meu coração, felicidade e prosperidade para todos os administradores, tecnólogos em marketing e os bacharéis em relações internacionais e que amanhã possa eu como ex-professor de vocês me orgulhar e dizer: Estes profissionais de sucesso, eu também contribui com a sua formação. Gostaria de acrescentar como cristão, que a vontade de Deus nunca irá levá-los aonde a graça de Deus não possa protegê-los. Muito obrigado.

 

 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Brasil X Alemanha

Os brasileiros estão chateados com a derrota fulminante da nossa seleção para a seleção da Alemanha, pelo placar de 7 X 1. Todo mundo sabe que a ausência de um planejamento estratégico para atividade futebolística neste país. O futebol, uma brincadeira inventada pelos ingleses que virou um grande negócio, envolve inúmeras áreas de interesse e o volume de recursos que gira em torno desta atividade é de bilhões de dólares. A disseminação desta brincadeira se universalizou e todas as nações passaram a lhe dar a devida atenção, investindo  muitos recursos para proporcionar aos jovens uma atividade esportiva que contribui em muito para a formação de futuros jogadores e de homens honestos, éticos e inclusive afastando das drogas e mostrando a importância da educação. Esta atividade se bem conduzida pode em muito melhorar o índice de violência que ocorre com os nossos  jovens  nas nossas periferias em todos os Estados brasileiros. Mas a Alemanha além de ser uma grande nação, extremamente organizada e de um futebol encantador, nos da de goleada em outras áreas que nós brasileiros precisamos avançar. Em artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo no dia 09\07\2014 cujo título é " A goleada para a Alemanha" , o Profº  André Luís  Parreira  afirma:   "Sua respeitada ciência, sua história de reconstrução, a economia robusta, os automóveis e, mais recentemente, a energia renovável fazem a Alemanha estar sempre presente em nossas rodas de conversa. Lá, um povo apaixonado por futebol e cerveja consegue grandes placares também fora do campo. Por aqui, em 26 de junho e em ritmo de Copa do Mundo, foi sancionado pela Presidência da República o Plano Nacional de Educação (PNE). A meta mais comentada, embora não a mais relevante, tem sido a de se destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) à educação em dez anos. Hoje, são investidos 6,4%. Felizmente, há outras metas previstas no PNE, pois somente esse aumento do investimento, ainda que significativo, não será suficiente para alcançarmos placares de patamar alemão ou de qualquer outro país que seja destaque educacional. Podemos concluir isso com a projeção de alguns números recentes do relatório "Education at a Glance", da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Proporcionalmente, destinar 10% do PIB à educação faria o investimento médio por estudante saltar de aproximadamente US$ 2.900/ano para cerca de US$ 4.500, o que ainda fica muito aquém dos US$ 10 mil/ano investidos pela Alemanha.
O salário inicial médio de um professor de educação básica no Brasil passaria dos atuais US$ 5.000/ano para US$ 7.500 contra US$ 30 mil/ano na Alemanha. Como exigir cada vez mais anos de estudo e qualificação dos professores quando se oferece tão pouco? Mas o investimento ainda terá que dar conta de outra triste realidade: a precária estrutura para o desenvolvimento de uma educação de qualidade para a ciência. Já tive a oportunidade de visitar escolas na Alemanha e constatei que o laboratório de ciências, aliado a projeto pedagógico, é parte do dia a dia desde o ensino fundamental.
Por aqui, segundo o portal QEdu.org.br, somente 2% das escolas públicas municipais possuem laboratório de ciências. Se esticarmos a amostra para escolas públicas, o que engloba as estaduais e as federais, o número cresce para 8%. E a pesquisa fala somente em possuir, nada sobre sua utilização efetiva. No Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2012, com participação de 65 países, o placar em ciências ficou assim: Brasil com 405 pontos (59º lugar!) x Alemanha com 524 pontos (12º lugar!). No quesito inovação tecnológica, os alemães solicitaram 20 vezes mais registros de patentes do que nós. E, se colocarmos no placar o número de prêmios Nobel desde 1901, teremos Alemanha 103 x 0 Brasil! Ou seja, precisamos de muito mais que o investimento do PNE para melhorarmos nosso desempenho. Vamos ter que aprender com os alemães e trabalhar por muitos anos para reduzir as diferenças. Na educação, já estamos na prorrogação". Preciso dizer mais alguma coisa.

domingo, 6 de julho de 2014

O Plano Real

Corria o ano de 1994 e a sociedade brasileira estava prestes a experimentar, mais uma vez, um novo pacote econômico denominado de Real. Como professor de economia e também cidadão, estava ansioso e ao mesmo tempo, preocupado se mais uma vez um projeto econômico não desse os resultados esperados e frustrasse a nação. Foi  quando tomei a iniciativa de escrever um artigo para a Revista RN-Econômico, cujo título era " A Chegada do Real", na coluna opinião. Para minha surpresa o artigo teve uma boa aceitação e fiquei surpreendido quando recebi um convite da revista para escrever semanalmente uma coluna que mantive por quase dois anos denominada "Economia Atual". Foi uma das experiências maravilhosa que tive em minha vida onde livremente pude escrever sobre qualquer assunto, independente de sua relação com a economia. Como tinha o cuidado de arquivar semanalmente os assuntos que tratava, tive a ideia de apresentar em uma única publicação um conjunto de artigos que foram escolhidos por mim para refletir o pensamento e a visão de um economista sobre economia, amizade, sentimento e amor. O meu primeiro livro cujo título é REFLEXÕES DE UM ECONOMISTA - 2001 Editora: Departamento Estadual de Imprensa. Nele o primeiro artigo é justamente a Chegada do Real. Dizia, em 25\06\1994 que qualquer pessoa que não conheça a lógica da economia consegue identificar o absurdo da economia brasileira. A miséria atingindo taxas crescentes; a falta de recursos para a educação, saúde, saneamento básico, segurança, transportes urbanos, habitação e, principalmente, a falta de emprego, tudo isso cria um estado de insegurança, pessimismo, oportunismo político, descrença, conformismo e uma falta de espírito público com as grandes questões nacionais. Novamente fomos chamados, a partir de 1\07\1994, a conviver com uma nova moeda, servindo como padrão de valor monetário e que passou a denominar-se de Real. E perguntamos: O que mudou? O que ocorreu? Quais as vantagens, e o que realmente significa? mais uma simples troca de moeda, para em alguns meses, percebermos a mesma desvalorização e novamente os grandes pensadores partirem para a elaboração de mais um modelo a ser testado. Até quando isso continuará? O Plano Real estabeleceu uma nova atmosfera no ambiente de negócios desse país, desde a sua implantação. Mudanças na propriedade do capital, na estrutura de produção, estimulo a concorrência, nos preços relativos e alterações no mercado de trabalho. A significativa redução da inflação favoreceu em muito as classes de menor poder aquisitivo, já que não tem como se defender de um processo inflacionário crônico. Estudo desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE-USP)  - 1998, afirma que a globalização, de uma forma geral, e a experiência brasileira com o Plano Real deixam lições importantes para o país. Em primeiro lugar, é importante destacar que a globalização é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe dos governos. participar do processo não é uma opção; na realidade, a estratégia adotada pelos países precisa ser dirigida no sentido de alavancar o desenvolvimento, aproveitando as oportunidades geradas pelo processo. Em segundo lugar, que os custos de transição são inerentes à passagem de uma economia fechada e com elevadas taxas de inflação para uma economia mais aberta e com estabilidade, no contexto de globalização. Em terceiro lugar, a lição mais importante pode ser extraída das crises do México, da Ásia, da Rússia e do Brasil. Ao mesmo tempo em que gera novas oportunidades, a globalização impõe custos extremamente elevados a países que adotam políticas domésticas inconsistentes. Em nenhum outro período da história recente, os fundamentos da economia foram tão destacados. A  livre movimentação dos fluxos financeiros e o crescente investimento direto externo que podem se constituir em importantes estímulos do processo de desenvolvimento econômico, serão ancorados nas economias em que há confiabilidade. Em razão do que foi comentado, precisamos continuar com o aperfeiçoamento deste modelo, fazer as reformas necessárias para mantermos a estabilização da nossa economia e caminharmos para o desenvolvimento tão sonhado por todos os brasileiros. Realmente o Plano Real foi e continuará sendo um sucesso que nós brasileiros apresentamos ao mundo.

sábado, 21 de junho de 2014

Política Econômica Atual

O sistema econômico brasileiro tem nos últimos anos apresentado resultados que nos deixa preocupados com o nosso futuro. O cenário atual de inflação em elevação, juros elevados, baixa produtividade e crescimento ridículo criam as condições de desconfiança entre os agentes econômicos quanto a condução da nossa política econômica. O objetivo central do estudo da economia é formular propostas que minimizem as dificuldades e potencialize a melhora do bem estar de toda a população. Para compreendermos a situação brasileira que é preocupante, basta analisarmos os principais objetivos de política econômica. Aumento da produção e do emprego é preocupação permanente de todo governante, e as nossas taxas de crescimento dos últimos anos sinaliza que a nossa expansão da produção está diminuindo e comprometendo o nível de renda de toda a sociedade. Combater a inflação, se faz necessário uma vez que taxas elevadas criam uma série de distorções na economia. Aumentar a taxa básica da economia (política monetária), que já se encontra nominalmente em 11% a.a., uma das maiores do mundo sem uma contribuição da política fiscal (tributos e gastos governamentais) fica confuso que esta meta seja atendida. Equilíbrio externo, todas as nações mantém transações comerciais e financeiras com o resto do mundo, ampliarmos a nossa participação no ambiente internacional é extremamente importante (política cambial, tem papel relevante para o alcance desse objetivo),  melhora a nossa competitividade pela introdução de novas tecnologias, exige investirmos em educação, modal de transportes, telecomunicações, informática e energia, estimulando a inovação e a criatividade e contribuindo com o aumento da nossa produtividade que hoje encontra-se em um nível muito baixo. Distribuição de renda, uma das características mais marcantes do nosso sistema econômico é a péssima distribuição da renda gerada em nosso país. Muitos estudiosos afirmam que esta questão deixou de ser há muito tempo um problema de ordem econômica, para se tornar uma questão de ordem política, tamanha a sua repercussão no ambiente social. O Profº Antônio Evaristo Teixeira Lanzana em seu livro "Economia Brasileira - Fundamentos e Atualidade", afirma que: "uma das questões centrais em economia, muitas vezes ignoradas nas análises menos aprofundadas, refere-se à existência de conflitos entre os objetivos perseguidos pela política econômica. É preciso ter-se consciência de que os objetivos de política econômica não são independentes, sendo, no mais das vezes, conflitantes".  Mas adiante o mestre afirma que ,"na realidade, o grande desafio da política econômica é manter todos os objetivos sob controle, isto é , obter a maior taxa de crescimento da produção, desde que mantida a estabilidade dos preços e o equilíbrio das contas externas". Este ambiente confuso que nos encontramos hoje talvez seja reflexo da ausência de uma analise mais profunda  dos objetivos que queremos atingir, o que compromete a escolha do melhor caminho para alcançá-lo, e dificulta garantir a sua execução. Falta método.

sábado, 14 de junho de 2014

Comércio Internacional

O comércio internacional é fator determinante de aumento da renda nacional, estimula novos investimentos em razão da conquista de novos mercados, expande a demanda agregada e aumenta o nível de emprego pelo aumento da produção nacional. Segundo os estudiosos, o comércio internacional atual se manifesta de três formas: É crescentemente intrafirmas ou seja cada vez mais multinacionais exportando para elas mesmas, é intrassetorial exporta-se seda e importa-se algodão e finalmente intraproduto, cada componente é feito num local e a montagem é feita em outro local. Quando analisamos o nosso país, constatamos que a nossa produção manufatureira representa somente 1,7% da indústria global e 0,7% das exportações, sinalizando que temos um espaço significativo a ser conquistado no mercado internacional pelos nossos produtos industrializados. Mesmo tendo um desempenho notável no agronegócio e mineração que contribuem para elevar a nossa participação nas exportações mundiais a nossa participação no contexto internacional  ainda é irrelevante. Segundo o senhor Pedro Luiz Passos, empresário e presidente do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), em artigo na Folha de São Paulo, no dia 06\12\2013, cujo título é "Brasil, mostra a tua cara", afirma :" Dedicar a produção de todo o país a uma fração tão pequena do mercado mundial, põe em risco a própria "reserva de mercado" local. Os conceitos de proteção de mercado e segurança econômica são outros num mundo integrado. A produção local protegida é a que tem escala, preço e qualidade capazes de atender a qualquer mercado. Nem todos os países podem ter tal aspiração. Mas a 7ª maior economia do mundo e 4º principal destino dos investimentos estrangeiros tem razões para se preocupar com o modesto 22º lugar no fluxo de comércio global. Se não disputamos as primeiras posições nesse ranking, outros o fazem, servindo-se do mercado brasileiro como arena de competição. Algo como a seleção estar fora da Copa justamente quando o país sedia a competição. Na economia globalizada, o jogo é travado em toda parte, não só nos campeonatos locais. EUA e China dividem os primeiros lugares em tamanho econômico e atração de investimentos e são também campeões no comércio global. Já o Brasil mantém diminuta relevância nesse campo, apesar do exuberante desempenho do agronegócio e da mineração, que elevaram a fatia do país nas exportações mundiais de 1,1%, em 2005, para 1,3%, em 2012, segundo a OMC. Nem assim nossas exportações totais ganharam destaque no cenário internacional. E por quê? As vendas externas industriais não acompanharam a expansão do comércio global nos anos 2000 até a crise de 2008. No ranking do comércio de manufaturas, estamos na 30ª posição, regredindo do 27ª lugar que ocupávamos em 2005. Mesmo na lista de maiores importadores, em que passamos do 30º para o 20º lugar, nossa participação é apenas marginal. O porte do mercado interno e a abundância de recursos naturais não explicam a distância em relação aos demais países. Na verdade, fizemos escolhas erradas no passado e agora pagamos o preço pelo atraso causado na estrutura industrial e nos padrões de inovação e produtividade. Não será fácil mudar esse quadro, sobretudo devido à ociosidade nas economias avançadas. O esforço para sermos competitivos terá que ser maior. Não poderemos ter apenas laços tênues com outros países e blocos devido ao Mercosul, cujo dinamismo se esgotou. Precisamos de novos acordos. E abandonar a posição passiva diante do desenvolvimento das cadeias globais de valor (CGV). Segundo a Unctad, agência da ONU para o comércio e o desenvolvimento mundial, países com maior crescimento do PIB per capita apresentam também maior aumento da taxa de participação nas cadeias produtivas. Pesquisa feita em 40 países mostra que a presença do Brasil nas CGV é das mais acanhadas. Na contribuição estrangeira ao valor agregado das exportações, o índice brasileiro está abaixo de 10%. Na China, supera 30% e na média da OCDE alcança 24%. Quanto à proporção de insumos importados que é reexportada, o índice para o Brasil é de 14%, enquanto para a China e a Coreia do Sul supera 50%. Para participar das CGV e usufruir seus benefícios, a vontade dos governantes é um primeiro e decisivo passo. Outros passos devem vir do avanço tecnológico de nossas empresas, da melhoria na infraestrutura e na educação, de sistema tributário descomplicado, de procedimentos alfandegários ágeis e de tarifas de importação em linha com padrões internacionais. O dado positivo é que as principais empresas internacionais estão no país, embora mais voltadas ao mercado interno que preocupadas em fazer da operação local uma plataforma de exportação. Isso deve e pode ser mudado". Brasil, mostra a tua cara.

sábado, 7 de junho de 2014

Visão de Futuro

O desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. O Brasil, mesmo apresentando melhorias nos últimos anos ainda encontra-se muito distante do que realmente gostaríamos, nas áreas de educação, cultura, segurança, saúde e  infraestrutura. O nosso desenvolvimento deve ser direcionado no sentido de permitir a todos os indivíduos condições de viver, estudar, amar, divertir-se e até morrer. Se analisarmos outras nações percebemos que essas dificuldades foram superadas por uma razão muito simples, definiram com clareza o seu alvo, escolheram através de uma análise profunda o melhor caminho para alcançá-la e garantiram a sua execução. Conquistando bons índices de educação, segurança, saúde e infraestrutura e servindo de exemplo para o mundo como os sul-coreanos, alemães e japoneses. Falta ao nosso país, um planejamento de longo prazo onde primeiro devemos definir com clareza o que queremos e como podemos atingi-lo através de uma ação estratégica. As missões governamentais ( estabilizadora, crescimento, distributiva, alocativa, bens e serviços e regulatória)  precisam ser orientadas para estimular o nosso crescimento econômico de acordo com a nossa visão de futuro. Somos um país continental, com sérias desigualdades regionais, mais rico em recursos naturais, um povo inteligente, trabalhador e extremamente empreendedor, possuidor de uma economia diversificada onde diversos setores apresentam sinais de elevada produtividade e de um mercado interno considerável. O nosso modelo econômico é de uma economia de mercado, onde nos impõe neste muito globalizado, a necessidade de se integrar a economia internacional, investir em educação para estimular as inovações e a nossa competitividade, termos regras estáveis e respeito aos contratos como forma de atrair o capital internacional e acima de tudo mantermos a nossa estabilidade macroeconômica. Na nossa economia a participação do estado e da iniciativa privada precisam caminhar juntas e coesa para contribuírem no estímulo da nossa atividade econômica, através de políticas inovadoras que estabeleça uma atmosfera positiva na construção da nossa infraestrutura, da inovação tecnológica e que possamos ingressar de uma vez por todas na transição que precisamos fazer, de sairmos de um capitalismo de commodities (hoje), para caminharmos para um capitalismo intelectual (amanhã).

domingo, 1 de junho de 2014

Quem paga a conta?

Vários artigos escritos revelam o pesado ônus da distribuição tributária brasileira sobre os mais pobres e os assalariados do nosso país, mostra a verdadeira derrama (No antigo direito português, derrama era o imposto lançado sobre todos, para suprir gastos extraordinários. Era o tributo de que lançava mão a Coroa Portuguesa para, na região das minas, cobrar de uma só vez os quintos "20% do ouro extraído" em atraso. A derrama foi uma das causas da inconfidência mineira de 1792).Este sistema que vigora é um retrato da desigualdade social, pois é concentrador de renda e desestimulador do desenvolvimento econômico e social. A distribuição da carga tributária por base de incidência: consumo, renda e patrimônio mostra que 67% dos tributos arrecadados são originários do consumo, incidentes sobre bens e serviços. Outros aspectos abordados ( essas informações você encontra com maior profundidade no livro publicado pela UNAFISCO SINDICAL - 10 ANOS DE DERRANA A DISTRIBUIÇÂO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL)   em estudos é o aumento da carga tributária sobre as famílias mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, de 26% para 46%, no período de 1996 a 2004, além dos efeitos da falta de correção periódica na tabela do imposto de renda e a sua reduzida progressividade e da insignificante carga tributária sobre o patrimônio, das renúncias e privilégios tributários a favor da renda do capital e dos benefícios aos bancos, mostrando assim sobre quem recai o maior peso da carga tributária. Os impostos e contribuições que pagamos para o Estado não devem ser considerados como uma mera obrigação do cidadão, mas como o preço da nossa cidadania. A finalidade dos impostos é satisfazer as necessidades coletivas que não podem ficar por conta do  mercado. Os tributos servem para financiar as atividades do Estado, que precisa de recursos para cumprir com suas obrigações na área da segurança, educação, saúde, previdência, transporte e comunicação. Um país que tenha como objetivos a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e a construção de uma sociedade livre , justa e solidária deve utilizar o sistema tributário como instrumento de distribuição de renda e redistribuição de riqueza. O sistema tributário brasileiro realmente torna a vida do trabalhador um inferno. Ao acordar e acender a luz, você já paga imposto sobre o valor da energia (aumento recente). Ao escovar os dentes, você deixa em torno de 32% do creme dental para o governo. Se for atender as suas necessidades, paga 37% sobre o papel higiênico, além dos impostos sobre a água do banho, sabonete, toalha, creme de barbear e o desodorante. No café da manhã, paga 15% de imposto sobre o pãozinho e o café com leite. Mas se decidir comer um biscoito, paga 26%.No almoço, você já começa a ter uma indigestão tributária. O mais barato ainda são arroz, feijão e frango, que gira em torno de 15% de imposto. Se a opção for uma macarronada, o encargo fiscal vai para 26%.No final do dia, mais impostos: no transporte para voltar para casa, no jantar, na TV,  e na cervejinha. Na tributação sobre o consumo, o pobre e o rico pagam a o mesmo valor. Ao comprar um pacote de macarrão, o empresário paga o mesmo imposto que sua empregada doméstica. No entanto, em relação ao salário\renda de cada um, o pobre está sendo, mais onerado. No Brasil, dois terço dos impostos são cobrados sobre o que as pessoas consomem e apenas um terço sobre a renda e a propriedade. Taxar mais fortemente a renda e menos o consumo possibilita que os que ganham mais , paguem  mais, e os que ganham menos, paguem menos. É o chamado sistema progressivo, que é muito mais justo. Logo quem paga a conta? ( JUSTIÇA TRIBUTÁRIA AINDA QUE TARDIA).

sábado, 24 de maio de 2014

Equívoco

A real importância de se combater a inflação é que ela cria uma série de distorções no sistema econômico e vai de encontro com os objetivos de política econômica, entre eles, a busca de uma melhor distribuição de renda no país. As famílias de baixa renda que praticamente direciona os seus recursos para o consumo ficam impossibilitados de se defender da inflação por não conseguirem participar do mercado financeiro.  Aumentar a produção e o emprego fica comprometido em razão da redução dos prazos nas diversas aplicações financeiras e desaparece os investimentos tão essenciais para projetos de grande alcance social. Os empresários tem dificuldades de elaborarem os seus planejamentos estratégicos de investimentos em uma visão de longo prazo, desorganizando todo o sistema produtivo do país. Todos os países que possuem um controle do seu processo inflacionário tem apresentado no transcorrer do tempo um crescimento equilibrado  e melhorando de forma acentuada as condições de vida de suas populações. Logo, ter controle sobre ela   passa a ser  um dos objetivos primordial da política econômica brasileira quando historicamente nós brasileiros vivenciamos por muito tempo descontroles inflacionários que em nada contribui para o nosso desenvolvimento. A equipe econômica do governo Dilma achou que a economia brasileira poderia conviver com taxas de juros mais baixa, comparada aos países desenvolvidos e diminuíram a taxa básica da nossa economia a SELIC ao nível mais baixo já registrado. Estimulou o consumo e esqueceram da produção criando um hiato que em vez de controlar a inflação estimulou o seu crescimento. Não por falta de aviso, muitos economistas alertavam para esta possibilidade e se concretizou e o órgão responsável pela elaboração da nossa política monetária (Banco Central) falhou em sua análise e demorou a tomar as medidas corretas. A nossa inflação de 2013, só não foi maior em razão do controle de preços dos combustíveis, tarifas de transportes, energia, subsídios nos setores da linha branca, material de construção e automóveis. Só que isto tem um preço, ao desalinhar os macros mercados, moeda, bens e serviços, trabalho e cambial a inflação volta renovada e mais resistente para se combater. Temos uma meta de inflação (centro da meta 4,5% a.a) que juntamente com o câmbio flutuante e o superávit primário compõe o nosso modelo macroeconômico, meta essa que neste governo nunca foi atingida. De nada adianta a política monetária utilizar os seu instrumentos para combater a inflação se a política fiscal continuar em expansão. Muitos economistas discordam de que essa dificuldade que a economia brasileira atravessa seja fruto somente do ambiente externo e sim de erros na condução da nossa política econômica. A desconfiança em nossa economia pelo ambiente empresarial que desestimula os investimentos, compromete a produção,  reduz consumo e gera desemprego, só poderá ser revertida se dominarmos esse crescimento inflacionário que exige um custo social amargo, mas que é necessário. Acima das eleições está o equilíbrio e o bem estar do povo brasileiro.

sábado, 17 de maio de 2014

Servidores Federais

É do conhecimento de todos os brasileiros que a nossa cadeia educacional no ensino básico oferecido em sua maioria  pelos governos estaduais e municipais da região Nordeste,  deixa em muito  a desejar em termos de qualidade, salvo algumas exceções . Por ser deficiente compromete o desempenho dos alunos  no ensino a um nível mais elevado, comprometendo o seu crescimento profissional e diminuindo as oportunidades para mudar o seu destino.  O governo criou programas na área da educação que a meu ver são extremamente relevante para o nosso país ,principalmente na região do Nordeste onde a carência de boas escolas é gritante. No Rio Grande do Norte a criação do  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) é uma instituição brasileira de ensino superior, médio, técnico-profissional e outras modalidades de ensino, vinculada diretamente ao Ministério da Educação. Criado mediante transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET-RN), o IFRN possui hoje uma estrutura multicampi, com unidades de ensino em diversas regiões estratégicas do estado.De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC) de 2009, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o IFRN foi considerado naquele ano o segundo melhor centro universitário do país. O IFRN possui campus em Natal , Zona Norte e Cidade Alta, Mossoró, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Caicó, Currais Novos, Pau dos Ferros, Apodi, Ipanguaçu, João Câmara, Macau, Nova Cruz e Santa Cruz. Além destes, o instituto ganhou, ainda em 2013, mais três novas unidades nas cidade de Ceará-Mirim, São Paulo do Potengi e Canguaretama e mais um na cidade de Parelhas, previsto para 2014. Além destes, mais uma unidade em Natal no bairro das Rocas. A sua importância é extremamente relevante para o nosso Estado, quando sabemos das dificuldades que estes municípios tem em proporcional um ensino de qualidade, abrindo mais uma janela de esperança para os jovens se realizarem em suas vidas. Juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande Norte, considerada hoje como uma das melhores  Universidade do Norte e Nordeste do nosso país, temos os instrumentos básicos para a grande transformação  desta região tão sofrida pelas mas administrações  na área da educação e quando sabemos que um dos  requisitos para transformar a região em uma área competitiva é necessário termos uma mão de obra qualificada. Infelizmente programas estruturante como esse capaz de mudar toda uma região pode ser paralisado com greves dos seus colaboradores pela simples razão do nosso governo federal até hoje não ter tido a capacidade de definir em definitivo uma data base para os reajustes salariais dos servidores federais, onde toda a classe trabalhista a possui, os trabalhadores federais não. Fica na vontade do poder executivo em abrir um dialogo com os seus representantes, criando descontinuidade em uma área tão relevante, desconforto para a sociedade e desestimulando os seus colaboradores. É incrível, todo ano é a mesma coisa, precisa haver uma paralização, protestos, insatisfação generalizada para que as reivindicações dos funcionários ativos e inativo sejam atendidos. No meu entender o governo federal parece que tem uma tara para  que as paralisações aconteçam, ficam satisfeitos com o caos nos serviços públicos que oferecem a sociedade. Vamos respeitar e motivar os servidores que tanto contribuem com o desenvolvimento do nosso país.