domingo, 29 de agosto de 2010

Valores

No mundo em que vivemos, observamos que muitas pessoas só valorizam as coisas que o mercado define que precisamos ter, que tem preço, marcas bem trabalhada que estimula os desejos que compõe as grifes tão disputadas. Valorizamos as coisas que estão dentro de um contexto e deixamos de apreciar coisas simples, singulares e não damos importância por que não vem com a etiqueta de preço. Parece-me que a nossa noção de beleza e valor são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelo poder econômico, determinando o que podemos ter, sentir,vestir ou ser. Um dos homens mais rico do mundo, Warren Buffet afirmou " o dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro. Não se apegue às grifes famosas;use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável; afinal de contas, a vida é sua! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida; e conclui que as pessoas mais felizes não tem, necessariamente, as melhores coisas. Elas simplesmente apreciam aquilo que tem". É exatamente isso que precisamos aprender a valorizar aquilo que não tem preço, por que não se pode comprar. Aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance sem preço, sem patente e sem etiqueta de grife.Precisamos ficar mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado, sem preço e sejamos felizes.Não compramos o carinho, dedicação, abraços, beijos, amizade e o amor. O grande arquiteto do universo, nos ofertou gratuitamente coisas essências, como o ar que respiramos, o colorido das flores, raio de sol e o verde das árvores, e o que nós fazemos é simplesmente maltratar o ambiente em que vivemos para extrair valor e determinar preço de coisas sem nenhum sentido para nos humanos.Para essas pessoas a uma ausência de sensatez, excesso de vaidade e um consumismo que beira a loucura. O capitalismo na sua essência precisa do novo para sobreviver a inovação é parte integrante desse sistema, a economia como a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens, ou na prestação de serviços e portanto tem preço. Se prestarmos atenção, quantas coisas são criadas, tem preço e não tem nenhum significado para as nossas vidas, mas valorizamos por que o mercado sinalizou e não podemos ficar fora desse contexto.O professor Dinarte Lopes, nos ensinou que o mundo não é o lugar da coerência e da racionalidade.É o lugar da contradição. Diz o professor: " a racionalidade inerente ao capitalismo não suporta a moralidade, acho que a racionalidade da própria economia exclui a moralidade. A economia não é a esfera mais alta da existência humana e que moral e ética são necessários, mas a partir de um ponto situado fora da economia. A economia é o campo das trocas, dos interesses. Onde não há interesse não há troca, não há economia. A moral é o oposto, é o campo do desinteresse, faz-se por que é correto fazê-lo". Logo precisamos urgentemente rever os nossos valores e entender que a felicidade não é alcançada pelo conjunto de bens e serviços que compramos ela poderá ser conquistada pelo uso de coisas que apresenta-se a nós de forma gratuita e que não damos o verdadeiro valor.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Economia

O objetivo do estudo de economia é formular propostas que resolvam ou minimizem as dificuldades econômicas, visando melhorar as condições de vida das pessoas. Essa realidade é atingida através das formulações de política econômica, onde quatro objetivos com certeza estará presente nas preocupações de qualquer país :(crescimento econômico, controle da inflação, equilíbrio nas contas públicas e distribuição de renda equilibrada ). Por crescimento econômico é expandir a produção gerada no país, onde ao mesmo tempo estamos aumentando o nível de empregos e renda da população.Combater a inflação é melhorar a distribuição de renda é manter o sistema financeiro hígido no longo prazo, garantindo investimentos essências para que o progresso ocorra de forma continuada, permitindo a classe empresarial elaborarem os seus planejamentos de longo alcance e principalmente protegendo a nossa base produtiva.O equilíbrio nas contas públicas, é indispensável para que possamos gerar poupança para investir em infraestrutura e na área social. A distribuição de renda é buscar uma remuneração melhor da riqueza gerada pela sociedade,mas infelizmente uma das caracteristicas mais marcante do nosso sistema econômico é a alta concentração da renda nas mãos de poucas pessoas.Lembrando que está questão deixou de ser a muito tempo um problema econômico para se transformar em uma questão política. É bom lembrar que uma das questões muitas vezes ignoradas nas análises econômicas é a existência de conflitos entre as formulações dos objetivos de política econômica e o grande desafio das autoridades está justamente em manter todos bem alinhados, buscando obter a maior taxa de crescimento da produção,emprego e renda desde que a estabilidade de preços e o equilíbrio das contas pública seja mantida.Para que isso ocorra os governos utilizam os instrumentos de política fiscal, monetária, cambial e rendas.A política fiscal abrange gastos governamentais e tributação,política monetária em manter a liquidez da economia, a política cambial visa o nosso equilíbrio externo e a de rendas na definição de preços e salários. Para que ocorra melhorias na qualidade de vida das pessoas em uma visão de longo prazo de forma sustentada é necessário rever com urgência a implantação das reformas: previdenciária, tributária, trabalhista e política. Permitindo a todos os brasileiros sonharem em usufruírem do progresso e do consumo, pelo aprendizado dos fracassos do passado, não se acomodando com as condições do presente e desafiando por melhores condições de vida no futuro.

sábado, 21 de agosto de 2010

Cenário Econômico

De acordo com as pesquisas efetuadas no período (1981-2010), nos mostra que o crescimento médio do PIB brasileiro nos últimos trinta anos cresceu em torno de 2,6%.Neste período extremamente rico para o país, aconteceu vários eventos que marcaram profundamente o desempenho do nosso sistema econômico.Iniciamos com alto endividamento externo,os preços do petróleo em elevação,dificuldades no acesso ao capital externo, uma desorganização das contas públicas nos três níveis de governo, uma inflação sem limites, uma verdadeira orgia econômica.Mas foi neste período que aconteceram avanços significativos que proporcionaram ao país ter hoje uma nova imagem de uma nação que caminha para consolidar o seu projeto de poder, prestigio e prosperidade dentro de uma visão de longo prazo. Com a nova carta magna do país consolidada em 1988, com a implantação do Plano Real e com a Lei de Responsabilidade Fiscal um novo quadro institucional surgiu, permitindo organizar as finanças públicas, eliminar os desequilíbrios inflacionários e definir uma política monetária, fiscal,rendas e cambial mais equilibrada, permitindo assim uma extraordinária tranferências de renda para a população que estimulou o consumo interno, melhorando a qualidade de vida de milhões de brasileiros.Lembrando que para mantermos este quadro que hoje vivenciamos é necessário partirmos para a elaboração e implantação das reformas que a sociedade tanto exige (tributária, política,trabalhista e previdenciária). A nossa organização interna deu provas suficiente de maturidade no enfrentamento da crise de 2008, fomos o último a entrar e o primeiro a sair e isso só aconteceu em razão de termos as finanças públicas em ordem uma dívida pública em relação ao PIB em declínio e com expectativas de inflação bem definidas. Infelizmente, para surpresa minha, alguns empresários brasileiros solicitam a redução das importações como forma de proteger a economia nacional, querem a volta da estagnação da produtividade,o fim da inovação, o baixo crescimento, elevada concentração de renda e aumento das margens de lucros dos setores protegidos, que só proporcionou o surgimento de uns poucos ricos, queda do salário real e obrigando os consumidores e empresas a pagarem por produtos e serviços de péssima qualidade a preços superiores aos praticados no exterior,comprometendo a nossa integração internacional que ainda é extremamente pequena em nome da autonomia nacional.Para mim capital não tem pátria e sim conhecimento, que venha de onde vier e crie internamente novas riquezas que proporcione o efeito emprego e renda dentro das nossa regras bem definidas e lembrando que importação é sim um fator de produção.Ela limita certas indústrias de impor os seus preços, pode não ser agradável para atingir os seus lucros mas é muito bom para o nosso país.Poderemos sim, crescer nos próximos anos a taxas de 5% a 6% ao ano desde que as condições interna e externa se mantenha em equilíbrio e tenhamos a capacidade de elaborarmos as políticas fiscal, monetária, cambial e rendas bem ordenadas, caso contrário permaceremos sempre como um país do futuro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Aperfeiçoar

A crise do sistema financeiro dos EUA e da Europa gerada pela irresponsabilidade de seus agentes e estimulados pela política monetária laxista do FED e do BCE que permitiu uma expansão no crédito que terminou em grande desastre e tendo repercussão em todas as economias do mundo , destruindo empregos e desacelerando o crescimento em vários países que não tinham nenhuma relação com a orgia criada, não é motivo para sentenciarmos o fim do capitalismo e a volta do estado produtor como alguns argumentam. É preciso isso sim, conciliar Estado e mercado no mesmo espaço econômico, tanto internamente nos países como na relação entre eles ou entre seus blocos. Está crise mostrou que existem limites para a expansão econômica baseada no crédito.Quando o emprego e a renda não acompanham a oferta de crédito, com certeza criara mais na frente a realidade da inadimplência como ocorreu e que sirva de lição para a nossa economia, lembrando que crédito e riqueza são coisas diferentes: riqueza é fruto exclusivo de trabalho e da poupança, e não de recursos de terceiros, colocado a disposição mediante um preço, a taxa de juros.Preço que podem ser manipulados gerando as famosas bolhas que são conhecidas (tecnológica, imobiliária e commodities). Precisamos de um plano econômico com normas e políticas que gerem empregos decentes e estimule as empresas produtivas, fortalecendo cada vez mais a economia real.Resgatar a função básica das finanças que é financiar a economia real através de empréstimos para que os empresários possam investir, inovar, gerar empregos e produzir bens finais e serviços. É bom lembrar que antes da crise, já existia uma pobreza exagerada no mundo, grande desigualdade social e alta presença do setor informal e do trabalho precário ou seja uma globalização que criou benefícios mais tornou-se desequilibrado, injusto e insustentável.Buscar o equilíbrio é estimular a economia real, lembrando que as pessoas julgam as suas vidas no presente e no futuro com base em sua vida no trabalho.O que buscamos é que as economias e as sociedades continuem abertas, permitindo a todos melhorias continuas no seu trajeto de vida na busca de suas realizações.Para isso, faz necessário que desta crise as lições que aprendemos possam estabelecer um novo marco multilateral que conduza o mundo para uma globalização justa e sustentável.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os BRIC'S

O acróstico BRIC'S, denominação criada pelos analista da goldman sachs em um estudo especulativo sobre o comportamento futuro do Brasil, Rússia, Índia e China e que a mídia se encarregou de popularizá-la, mostra como esses países definiram seus projetos de poder, prosperidade e prestigio perante o mundo. No caso especifico do Brasil, precisamos acelerar a implantação das reformas internas tão debatidas e necessárias (tributária, trabalhista, política e previdenciária) para superar as imensas desvantagens estruturais para acompanhar o ritmo de crescimento dos outros componentes e assumir um papel importante quanto aos dois gigantes asiáticos (China e Índia), o que estamos assistindo é uma ascensão dos países IC (Índia e China) e não dos Bric's. A reforma tributária é hoje no meu entender o maior obstáculo para o desenvolvimento da nossa nação,aqui os pobres pagam o dobro de impostos que os ricos ou seja é o único país do mundo em que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for o seu salário, é o único que pune o trabalho e inibe a industrialização, neste país basta ter a iniciativa de trabalhar que já é tributado é impressionante a eficiência fiscalizatória. Segundo estudos, o custo administrativo que as empresas tem de estar em dia com o fisco é um dos maiores do mundo. Essa carga tributária só faz fortalecer a sonegação, estimular a informalidade e destruir empregos e renda.A ausência da educação de qualidade compromete a produtividade em todas as cadeias produtivas, a falta de escolaridade do nosso trabalhador dificulta assimilar os novos conhecimentos que a toda hora são incorporados em todas as atividades econômicas ou seja saber fazer e do fazer com eficácia fica prejudicado.Outro ponto a ser avaliado com atenção refere-se aos gastos públicos, é bom lembrar que a nossa dívida bruta do setor público já compromete 70% do PIB, toda vez que o Copom aumenta a taxa básica o custo da dívida aumenta, reduz investimento, concentra renda , diminui o nível de produção e emprego. Precisamos ampliar o nosso nível de poupança interna e direcioná-la a infraestrutura que hoje dificulta as empresas brasileiras terem ganhos de produtividade, que podem prejudicá-las no futuro o seu desempenho neste mundo extremamente competitivo.O professor Paulo Rabello de Castro em artigo seu na folha de São Paulo definiu com muita propriedade a situação do nosso país "Com uma taxa de poupança cadente, ou seja, a economia guardando cada vez menos recursos para o seu futuro, e um modelo, como cunhou Raul Velloso, especialista no assunto, de alto consumo presente e baixo investimento,estaremos condenando o Brasil ao mesmo tipo de dependência ao capital estrangeiro, sob forma de poupanças externas, que virão, sim, explorar o nosso pré-sal, o pós - sal, a siderurgia, a petroquimica, o grande varejo, a banca de investimentos, com todos os riscos de volatilidade historicamente associados a nossa crônica carência de poupança nacional". Necessitamos urgentemente de rever o nosso projeto de poder,prosperidade e prestigio, o que não podemos é dificultar aos brasileiros de investirem mais e comandarem assim seu próprio destino.Isto é inaceitável.

sábado, 7 de agosto de 2010

Estabilização

Qualquer sociedade avançada a sua população é possuidora de um conjunto de símbolos, mais três destaca-se: ( a moeda,o hino e sua bandeira ). A sociedade brasileira historicamente sempre respeitou o seu hino a sua bandeira mas sempre desmoralizou vários padrões monetários colocando em risco os programas de estabilização que eram aqui implementados e sendo visto pela comunidade internacional como um país de alto risco, provocando que os recursos financeiros que eram capturados exigiam em troca um elevado custo financeiro, contribuindo para a elevação da nossa dívida pública que em determinados períodos deixou a nação extremamente vulnerável frente ao mercado financeiro internacional e que nos obrigou decretar a moratória pela impossibilidade de honrar os compromissos perante os seus credores e criando uma atmosfera negativa em todo o sistema econômico na geração da produção, emprego e renda. Nos últimos anos com a implantação do plano real, temos presenciado uma evolução no ambiente econômico interno que é visível na melhoria das condições de vida de nossa população e sendo hoje bem visto pela comunidade internacional, fruto da adoção de uma política macroeconômica que garantiu a estabilização, onde controlamos a inflação e o ambiente externo.Sabemos que a estabilização é uma condição necessária, mas não suficiente para ampliar o ritmo de crescimento da produção interna, em uma visão de longo prazo, para atingirmos esse objetivo temos que elevar a nossa taxa de investimento em infraestrutura,modernizando toda a nossa logística (porto,aeroporto, rodovia, ferrovia e energia),permitindo as atuais e futuras empresas que venham instalar-se ter ganhos continuados de produtividades, condição de sobrevivência que se impõem neste mundo moderno. Nas condições atuais da economia nacional,verificamos a ausência da poupança pública,os nossos gastos com juros, pessoal e previdência social, compromete em sua totalidade esses recursos, a poupança externa diante das condições de incerteza que ainda persiste mostra claramente dificuldades para a sua utilização.Daí a necessidade de acelerarmos a implantação das reformas tão debatidas e necessárias para prosseguirmos com a nossa trajetória de estabilização macroeconômica (política, tributária, trabalhista e previdenciária).Segundo estudos realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-FIPE, sobre o custo do atraso, estima-se que a realização das reformas estruturais permitiria elevar o crescimento do país em 6% a 7% ao ano, o que seria louvável para melhorar a renda dos brasileiros, como para gerar empregos e absorver o crescimento da população economicamente ativa da nossa nação. O plano real é uma conquista do povo brasileiro que não aceita mais a volta da inflação e o descontrole das contas públicas, precisamos ter zelo pelo nosso padrão monetário, atualmente estamos assistindo a uma continua tendência de real forte que está contribuindo para a piora das contas externas, estimulando o crescimento das importações e inibindo a expansão das exportações.Cabe as autoridades desse país estar atento a esse movimento, não podemos continuar a marchar pela insensatez fiscal porque poderemos terminar amanhã muito mal.