quinta-feira, 26 de julho de 2012

Indicador de Alfabetismo Funcional

O Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa divulgou recentemente os dados da oitava edição do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), pesquisa realizada com o apoio do Ibope, onde apresenta o quadro dos níveis de alfabetismo de jovens e adultos brasileiros nos últimos dez anos. O Inaf é resultado de uma entrevista e um teste, avaliando as habilidades de leitura, escrita e matemática de brasileiros entre 15 e 64 anos de idade, classificando-os em quatro níveis de alfabetização: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar (lembrando que estas duas classificações são denominadas de analfabetos funcionais), alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno ( lembrando que estas classificações são denominadas de alfabetizados funcionalmente). A pesquisa alcança os 130 milhões de brasileiros e apresenta que 32,5 milhões  não tem condições para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade ou seja resultado vergonhoso. Está mais do que evidenciado que precisamos de mais investimentos e de maior qualidade na universalização da aprendizagem nos primeiros anos da cadeia educacional do país, caso contrário não iremos a lugar algum.O que é trágico  em nosso país é que os nossos lideres políticos optam por deixar a sociedade na ignorância ou mesmo encorajar a estupidez em vez de perceber que a fusão da globalização com a revolução da tecnologia da informação que coincidiu com a passagem do século XX para o XXI, está mudando toda a sociedade, criando novos mercados e realidades econômicas e políticas completamente diferentes, exigindo o aumento do nível de qualificação das pessoas para conseguir e conservar qualquer bom emprego.Como entender uma nação que possui o sexto PIB do mundo, esteja entre os piores na educação? Aprendemos a acumular riquezas para uma minoria, não sabemos distribuí-las por toda a sociedade por termos uma péssima qualidade educacional. É bom lembrar que mesmo entre os universitários, constatam-se deficiências na alfabetização, logo a abertura do mercado do ensino superior para a iniciativa privada não tem cumprido o papel de suprir as deficiências escolares dos anos anteriores dos alunos. É preciso maior vigilância em muitas instituições de ensino superior que surgiu neste país,  onde estamos formados homens sem nenhum preparo intelectual. O ensino tornou-se uma mercadoria qualquer e compromete o futuro de nossa nação.O mercado de trabalho neste inicio de século  está atualmente  dividido em três segmentos: O primeiro, inclui os empregos altamente qualificados que exige pensamentos e raciocínio críticos, habilidades analíticas e imaginação e neste mundo globalizado com intenso uso da tecnologia da informação os indivíduos possuidor de uma boa educação se tornarão mais produtivos e bem remunerados. A segunda categoria estão os empregos de média qualificação envolvendo grande números de tarefas repetitivas seja do tipo administrativo ou operacional, onde a tecnologia da informação tem a cada ano substituído pelo ambiente virtual e a terceira categoria envolve trabalhadores de baixa qualificação. São atividades que são executados pessoalmente ou manualmente eles continuarão existindo mas dependerá da saúde econômica de cada nação. Neste mundo dinâmico e evolutivo cada indivíduo precisa entender que as atividades que não agregam valor pensante estão fadada ao desaparecimento,  exigindo que cada um busque de forma continuada um aprendizado de qualidade que o permita está inserido neste ambiente extremamente competitivo que o mundo atual encontra-se. A educação não é um problema de governo é sim de toda a sociedade é uma questão pública, que envolve as famílias, governo ( nos três níveis), iniciativa privada e organizações não governamentais.A sociedade brasileira precisa compreender a importância da educação neste século do conhecimento, é preciso atrair os melhores talentos os mais preparados e mais experientes para a tarefa da educação em toda a sua cadeia educacional e isso só ocorre com salários dignos para a sua realização. Neste país estamos caminhando para dois meses de paralisação nas universidades federais. Dá para entender?

domingo, 8 de julho de 2012

Greves

Estamos caminhando para quase dois meses de greve em quase todos os órgãos do poder executivo e até agora nenhuma resposta do governo federal quanto as reivindicações dos trabalhadores públicos. Nas universidades públicas os seus professores e técnicos todo ano já virou rotina, paralisam as suas atividades para que suas pautas de exigência sejam atendidas isso só degrada cada vez mais o nosso ensino superior, prejudica não só as aulas mas a pesquisa e a extensão, comprometendo todo o desenvolvimento do país.Desde que a presidente Dilma assumiu, nenhum aumento foi concedido aos técnico e quando concedeu aos professores eles não aceitaram o reajuste proposto. Os servidores tem razão nas suas reivindicações salariais, são dois anos sem reajuste e houve inflação neste período. Se não podem conceder ganhos reais desde que mostrem as razões que conceda a inflação acumulada dos anos anteriores  e deixe para outro momento  a possibilidade dos  ganhos reais. A grande tragedia da educação brasileira é que neste país paga-se bem a quem julga e não a quem educa, quando sabemos que todo o processo de desenvolvimento está atrelado ao conhecimento. A razão maior do nosso atraso é possuirmos uma cadeia educacional de péssima qualidade e os gastos governamentais encontra-se na contra mão, os pobres estudam nas escolas públicas  do jardim de infância ao segundo grau  onde a qualidade é  duvidosa e frequentam as universidades privadas cuja entrada é mais acessível, enquanto os ricos fazem do jardim de infância ao segundo grau em escolas privadas e absorvem as vagas oferecidas nas universidades públicas que ainda apresenta indicadores de qualidade frente as privadas, verdadeira contradição na qualidade dos gastos em educação, só mesmo neste país. Ter visão sensível as grandes questões das universidades é papel dos grandes estadistas e tê-la ao seu lado só contribui para o progresso da nação. O ministro do planejamento, juntamente com o órgão que controla os recursos humanos do poder executivo precisa levar em conta todos os anos as despesas de custeio com pessoal, como forma de antecipar as greves e manter um diálogo permanente com os sindicalistas com transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa. Evitaria o desgaste que provoca ao governante, colocando a nossa presidente  em uma situação constrangedora em eventos que precisa participar.Será que todas as conquistas salariais das universidades é preciso primeiro a instituição para as suas atividades e os resultados quando são conseguidos é sobre pressão? O governo parece-me que encontra-se anestesiado em algumas missões,só toma decisões pontuais e isso vai enfraquecendo a confiança da sociedade e pode comprometer a governança. É bom lembrar que são todas as categorias insatisfeitas inclusive os militares que tem um papel importante no desenvolvimento deste país.A nossa presidente que escolhi para governar este país em que ainda confio, precisa exigir de seus ministro informações consistentes e afastar os incompetentes que estão mais preocupados com o seu futuro e não com o da nação. Não dar importância a essa questão e não manter um canal de troca de informações entre governo e sindicatos é postura totalitária vai de encontro aos princípios democráticos, que cada um tenha o direito a liberdade de expressão, nenhum governo só escuta aqueles que são obedientes e bajuladores é preciso ser tolerante com os contrários, até por que a liberdade é quase sempre exclusivamente a liberdade de quem discorda de nós. Já nos ensinava a Rosa Luxemburgo. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Novos Gestores

Quero registra a minha enorme satisfação ao ser comunicado por uma aluna da comissão de formatura da turna 8NA da unidade Roberto Freire do curso de administração 2012.1 da Universidade Potiguar que fui escolhido por unanimidade para ser o seu paraninfo. Lembro-me que o último encontro que tivemos foi na disciplina governança corporativa onde discutíamos os diversos cases que apresentei em sala e foram momentos extremamente rico para todos.  A colação de grau se realizará no dia 09\07\2012, onde infelizmente não estarei presente em razão da minha viajem a Itália para comemorar os 35 anos de casamento que já estava agendado a bastante tempo, mas assim que chegar estarei presente nas outras comemorações. Serei representado pelo ex-aluno e atualmente coordenador do curso de gestão financeira o professor Janduir Oliveira da Nóbrega a quem muito agradeço. Meus amigos, gostaria de escrever para vocês o que penso deste mundo dinâmico, evolutivo e instável que estamos inseridos.Século da transformação ou do conhecimento como muitos o chama, exige um administrador que tenha  foco nos resultados, tenha visão sistêmica, entusiasmo pelo que faz e saiba trabalhar em equipe. Afirmava em sala que o homem deve buscar cinco objetivos onde  a ordem necessariamente fica a cargo de cada um, que são: 1-Aprender a reaprender constantemente; 2- Trabalhar naquilo que proporciona satisfação;3- Viajar; 4 - Tomar uma boa bebida e 5 - Amar profundamente. Quanto ao primeiro ponto, refiro-me da necessidade de aprender constantemente já que a única certeza que temos é que que tudo vai mudar e a longo prazo todos seremos cadáveres. As mudanças tecnológicas são irreversíveis  e o nosso grau de obsolescência é extremamente elevado, nos obrigando a ter a capacidade de gerenciar  o nosso tempo entre estudar,trabalhar e lazer.O segundo, refiro-me a importância de trabalhar naquilo que nos dar prazer, nada mais frustante ao homem do que executar tarefas que não lhe proporciona nenhum entusiasmo. O terceiro ponto, sinalizo a importância de conhecer novos lugares ou outros países, isto nos refina, amplia a nossa visão de mundo e aprimora a nossa reflexão sobre os grandes questionamento e os valores que cada nação é possuidora. O quarto ponto, tem haver em sermos mais leves, mais sensíveis, alegres e descontraídos, afinal o nosso tempo é muito curto e não podemos desperdiça-los com coisas fúteis que só nos entristece. Vamos viver uma vida sem frescura. O último ponto, para mim é o mais relevante  nesta vida, buscar de forma incessante o nosso grande amor e desfruta-lo da melhor forma possível. Como é importante poder compartilhar com outra pessoa as nossas alegrias, tristezas, sonhos e buscar o melhor caminho a seguir nesta vida. Meus amigos, o desafio que vos espera é muito grande e desafiador e tenho certeza que vocês que foram bem treinados pelos melhores mestre desta universidade sairão vitoriosos. O grande mestre Peter Drucher, afirmava: " gerenciar neste século é ter a capacidade de  substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação" e sinalizava que: “As únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau desempenho", que exige dos profissionais a capacidade e o conhecimento para  tomar decisões que permita as organizações caminharem para o sucesso.  Dizia também: "Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem." Meus caros gestores, aos mestres só nos resta esperar e aguardar que cada um de vocês desempenhe as suas funções de forma honesta e que permita as organizações terem um retorno justo e aceitável para os acionista que nela investiram. Para que isso ocorra exige ética nas suas condutas e competência em gerenciar os recursos. Esses dois requisitos são extremamente importante para que conquistem a confiança da sociedade.E nunca esqueça que confiança não pode ser imposta ou regulamentada e preciso ser sentida e acreditada por todos que estão em sua volta. Desejo do fundo do meu coração, felicidade e prosperidade para todos e que amanhã possa eu como ex-professor de vocês me orgulhar e dizer: Estes executivos de sucesso, eu também contribui com a sua formação.Muito obrigado.