quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Esperança do verbo esperançar

Caros leitores, este será o último ensaio deste ano de 2016.Entrarei em ferias e só retorno na segunda quinzena de janeiro de 2017, desejando a todos um feliz natal e um próspero ano novo. Este ano que se encerra, ficará na história, pelas dificuldades que passa o modelo político e econômico do nosso país e se olharmos o mundo ficamos constrangido com a raça humana diante de tanto sofrimento nos diversos recanto deste planeta.Fome, guerras intermináveis, corrupção em todas as áreas, dificuldades de toda a especie e uma desigualdade absurda quando comparamos as diversas nações. Extremamente preocupante, precisamos urgentemente rever este modelo de vida que estamos vivenciando. A miséria virou um grande negócio. Quanto ao nosso país, finalmente o senado aprovou a PEC que limita os gastos público, uma iniciativa positiva para colocarmos nos trilhos as contas governamentais  e que  fará o risco - país diminuir ( risco cambial, fiscal, monetário e o custo de financiamento de projetos). Condição necessária porém não suficiente, novas reformas precisam ser implementadas como a questão da previdência, do ambiente político e tributário. Precisamos sair desta inércia que nos encontramos, retomar a confiança da classe empresarial nacional e estrangeira, ter regras estáveis e respeitar os contratos. Logo novos investimento serão feitos reduzindo o desemprego que massacra os trabalhadores brasileiros. Estimular a economia com medidas microeconômicas como: desburocratizar o ambiente de negócios que só estimula a corrupção, criar condições melhores para a pequena e média empresa, conceder crédito com juros normais,investir em educação de qualidade,introduzir novas tecnologias, estimular os centros de pesquisas com o objetivo de aumentarmos a nossa produtividade. Os agentes econômicos fazem a previsão de que a dívida vai se estabilizar e cairá, como também os juros futuros. O índice de confiança já começa a mudar e a atividade econômica dará sim sinal de retomada. Uma sociedade só cresce e desenvolve com aumentos continuados de produtividade em todas as áreas. Espero que 2017, a nossa economia comece a dar resultados mais satisfatório para que a população brasileira volte a ter esperança no futuro. Esperança do verbo esperançar, não do verbo esperar. Felicidades para todos os brasileiros.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Restabelecer a confiança

A classe política brasileira é vista pela sociedade como o poder mais corrupto do país. É lamentável a situação que chegamos, ninguém acredita nas suas propostas, chegamos ao fundo do poço e isto precisa ser revertido para o desenvolvimento do nosso país. A classe política também se beneficia com a morosidade do poder judiciário, onde inúmeros processos já duram em média, oito anos sem conclusão. Uma das carreiras mais brilhante que um homem pode seguir corre o risco de ser desacreditada pela população brasileira. Qualquer nação precisa de uma classe política honesta, honrada em que a população possa se orgulhar e acreditar nas suas propostas. A elite política neste momento está em pânico com a delação da Odebrecht, e tentam aprovar medidas para anistiar o caixa dois, livrando os políticos que receberam doações irregulares. A repatriação de recursos irregulares no exterior, mostra o quanto se retirou do nosso país e a nova etapa da repatriação têm como objetivo beneficiar parentes dos políticos. Outra aberração são os altos salários dos magistrados e políticos.Os juízes e demais autoridades do poder judiciário e legislativo devem ser bem pagos porém sem abuso. Quando comparamos o ganho de um trabalhador comum que enfrenta uma jornada de trabalho semanal de 44 horas, que reside em uma casa de péssima qualidade, utiliza um sistema de transporte deficiente, se alimenta mal e tem uma série de obrigações no seu dia a dia, é vergonhoso o salário que ganha para se sustentar. O Brasil possui hoje doze milhões de desempregados, o que estimula a violência em todos os recantos do país,que aguarda as reformas trabalhistas,  previdenciária e aprovação da "PEC dos gastos" para que a economia volte a crescer e a  confiança da classe empresarial volte a investir,para minimizar está situação critica em que nos encontramos. O Brasil não pode continuar sendo um país desigual e injusto. O governo Temer precisa estimular o desenvolvimento e o crescimento sustentável, ampliar a nossa produtividade, reduzir a pobreza ( muitos pobres em nosso país),melhorar os indicadores sociais e reduzir os desequilíbrios regionais.O país precisa de um projeto de desenvolvimento que mostre as ações para colocar a economia no caminho da modernidade, retomar o crescimento e promover o avanço social.  O modelo macroeconômico do nosso país, têm que  estimular a economia de mercado e  a livre concorrência, garantir a estabilidade monetária, integrar-se a economia internacional, possuir regras estáveis, respeitar os contratos, investir em educação de qualidade e reduzir a desigualdade regional. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O fim da corrupção tolerada

Para mim a operação Lava Jato representa um marco na história política brasileira. Estabelece um novo padrão moral de comportamento para os atuais e futuros políticos.Este processo está permitindo que a sociedade brasileira tome conhecimento de que a corrupção tolerada como forma de manutenção do poder é um câncer que precisa ser eliminada de uma vez por todas.Temos que parabenizar o juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público, que estão mostrando a corrupção desenfreada que  a assola este país. O juiz Sérgio Moro descreveu a cultura que impera neste Brasil e que precisa urgentemente ser corrigida. Diz o Sérgio: "Quando se têm oportunidade de furtar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópias pessoal na máquina Xerox do trabalho, não se perde a oportunidade. Quando se têm oportunidade de furtar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa,não se perde a oportunidade.Quando se têm a oportunidade de furtar R$ 25,00 ( vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta, na hora do almoço, para a empresa reembolsar,não se perde a oportunidade. Quando se têm a oportunidade de roubar R$ 30,00 (trinta reais) de um artista comprando um DVD pirata, não se perde a oportunidade. Quando se têm a oportunidade de furtar R$ 250,00 ( duzentos e cinquenta reais) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TVs a cabo, não se perde a oportunidade.Quando se têm a oportunidade de furtar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal,não se perde a oportunidade. Quando se têm a oportunidade de furtar R$ 2.000,00 ( dois mil reais)escondendo um defeito do seu carro na hora de vendê-lo, enganando o comprador, não se perde a oportunidade. Muitos não perdem nenhuma oportunidade, devolvem a carteira mas furtam o dinheiro, sonegam imposto de renda, dão endereço falso para adquirir benefícios que não têm direito, etc, etc, etc.... Bom, se você trabalhasse no Governo, e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 ( um milhão de reais), com certeza, se você não perde uma oportunidade iria aproveitar mais essa oportunidade.  O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não são só a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles , são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os políticos de hoje foram ontem oportunistas e se não mudarmos a estrutura de valores de nossa sociedade e trazer a Ética e a Moral como pilares do comportamento nunca seremos um povo realmente honesto e justo!" Estamos vivenciando um momento singular em nossa história e a sociedade precisa se posicionar e exigir do poder político a luta incessante contra a corrupção. Uma democracia só se torna forte quando o povo discute amplamente com os poderes constituídos as leis que deseja, quando essas leis são claras e quando  um Poder controla o outro,visto que, como dizia Montesquieu, o homem no poder não é confiável.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Tempos melhores virão

A entrevista do presidente do  Banco Central do Brasil o senhor Ilan Goldfajn a revista Veja nas páginas amarelas da semana passada, serviu para que possamos entender o caminho que a economia brasileira deve seguir. A missão do Banco Central é manter a inflação na meta estabelecida pelo governo e estabelecer mecanismos para que o sistema financeiro permaneça confiável perante a sociedade.A retomada da economia começa a dar sinais de vitalidade, a inflação perdeu força e a queda da taxa básica (SELIC) começa a ocorrer. A redução do custo do dinheiro irá contribuir para a nossa recuperação nos próximos anos. Para que os juros caiam de maneira duradoura é preciso aprovar as reformas destinadas a controlar o aumento das despesas públicas.Os indicadores que avaliam o risco - país voltaram a cair e as expectativas para 2018 e 2019 para a inflação estão exatamente no centro da meta estabelecida que é de 4,5%. A crise que estamos vivenciando é extremamente severa. Os investimentos das empresas caíram por dez trimestres. A inflação corroeu o poder de compra. A dívida pública subiu. Logo a retomada será lenta em função do tamanho do desafio. Com as reformas aprovadas, a inflação tenderá a cair e os juros naturalmente tendem a baixar. Precisamos estimular as reformas que estimule a produtividade. ( uma sociedade para crescer de forma sustentável só existe um caminho: aumentar a sua produtividade). É preciso atrair os investimentos privados, através das parcerias, concessões e privatizações que levará a economia a um maior crescimento. Gerando melhoras nas empresas que começara a contratar e que permitirá maior conforto para as famílias brasileiras. O professor Mario Sergio Cortella, no seu livro "Por que fazemos o que fazemos?", que indico para leitura, no artigo Motivações em tempos difíceis, chama a atenção dos trabalhadores e empresários que essa turbulência é passageira  e requer motivações para continuar em busca de melhores dias. Diz o mestre, em resumo: Falar para o profissional que se vê alijado do mercado de trabalho manter a calma é jogar palavras ao vento. Afinal de contas, passar por momentos de turbulência é algo perturbador mas ele precisa ter a clareza de que essa circunstância não é definitiva.Não é fácil sair todos os dias de manhã, arrumado e esperançoso, em busca de um trabalho e volta à noite sem ele. Aquele ou aquela que se empenha todos os dias pode não encontrar, mas não será derrotado pela situação de não ter tentado.É difícil, gera intranquilidade, mas nessas horas é fundamental a persistência. Quem fica sem trabalho evidentemente sofre um abalo na autoestima. E  isso é compreensível, mas é  preciso também entender que esse momento exige uma tomada de atitude no que se refere ao estado de espírito. Alguém pode argumentar que esse é um momento de vida constrangedor. Isso só faria sentido se a pessoa tiver sido a causadora daquela situação, a responsável por sua dispensa. Mas jamais ficaria envergonhado por conta de circunstâncias externas à minha própria capacidade. Tal como em tempos anteriores foi de sol resplandecente, vez ou outra a penumbra vem.Assim é a economia, assim é a nossa vida. Tempos melhores virão e já está acontecendo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Vergonha

Mais uma vez comento em resumo um artigo do filósofo Mario Sergio Cortella, no livro "Não nascemos prontos" da trilogia  Provocações filosóficas, cujo título é "Vergonhas amargas". Em resumo diz o mestre: Vergonha! A frase ecoa: nós (eles) também construímos e fizemos está cidade, nós também edificamos este lugar,nós também pusemos nossa vida na obra coletiva, mas, ainda assim, somos envergonhados. Envergonhados por habitações paupérrimas, por corpos famintos e adoentados, por privação do lazer criativo,por desempregos socialmente evitáveis,por inseguranças agudas,por humilhações cotidianas, corriqueiras e aparentemente infindáveis. Não é possível admitir a persistência desse envergonhamento; não é aceitável assimilar depauperações da dignidade coletiva; não é moralmente justificável a omissão e a lerdeza de uma sociedade no enfrentamento de tudo aquilo que humilha,ofende, e degrada a integridade do outro  na partilha da vida e na convivência humana.Por isso,o amoroso pernambucano e universal educador Paulo Freire tem uma reflexão que auxilia muito a compreensão e a tarefa do nosso tempo e que precisa ser repetida não até que as pessoas se cansem, mas até que se convençam: " A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito.Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer". Sábia advertência, poderoso desejo! Em outro artigo deste mesmo livro cujo título é "A resignação como cumplicidade" em resumo diz o autor: Pode-se argumentar que , felizmente, ainda há muita esperança. Mas, como insistia o inesquecível Paulo Freire,não se pode confundir esperança do verbo esperançar com esperança do verbo esperar. Aliás, uma das coisas mais perniciosas que temos nesse momento é o apodrecimento da esperança; em várias situações as pessoas acham que não tem mais jeito, que não tem alternativa, que a vida é assim mesmo. Violência? O que posso fazer?Espero que termine. Desemprego? O que posso fazer? Espero que resolvam. Fome? O que posso fazer? Espero que impeçam. Corrupção?O que posso fazer? Espero que liquidem. Isso não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar e construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo. E se há algo que Paulo Freire fez o tempo todo foi incendiar a nossa urgência de esperanças.Julio Cortazar, o argentino que deu novos contornos à prosa latino-americana dos anos 1960 em diante, afirmava que " a corvadia tende a projetar nos outros a responsabilidade que não se aceita". André Destouches, compositor e diretor artístico da Ópera de Paris advertia que "os ausentes nunca têm razão". Precisamos refletir as nossa posições. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Mario Sergio Cortella

O escritor Mario Sergio Cortella de quem sou admirador e sempre leio os seus livros, escreveu um artigo que consta na trilogia: Provocações filosóficas, no livro "Não se desespere" cujo título é " O sonho não é fácil e nem impossível" onde sugiro que todos tenham acesso e que serve de reflexão para os nossos dias atuais. Em resumo,passo a descrever: Quem estudou latim se lembra que a palavra feliz é felix, que significa também fértil. Felicidade é sinônimo de fertilidade. Fertilidade não é apenas gerar outras pessoas. Fertilidade é impedir que a vida cesse na sua múltipla condição. Fertilidade é dificultar a desertificação dos nossos sonhos. Fertilidade é fazer com que não haja a esterilização do nosso futuro. Ser feliz é sentir-se fértil. claro que felicidade não é um estado contínuo.Felicidade é uma ocorrência eventual. Não há o estado de felicidade contínua, inclusive porque nós somos seres de carência. A gente tem carências em relação ao nosso corpo, em relação aos nossos desejos, mas fertilidade e felicidade são ocorrências que, no nosso dia a dia, vêm à tona quando sentimos  que a vida pulsa.Felicidade é a gratuidade, isto é, o não obrigatório que, quando ocorre, você sente a vida pulsar.Aquilo que mais apequena avida é a perda da esperança na felicidade. E a felicidade não é só a ausência de atrito.A felicidade é a possibilidade de não fazer com que o atrito se transforme em ruptura. Porque o atrito,inclusive, é parte do mundo físico. Mas a felicidade é quando entendemos que a vida está em equilíbrio.E não é o equilíbrio da estática, é o equilíbrio da bicicleta, quando o equilíbrio se dá no movimento. Parece muito estranho que alguém venha a falar sobre felicidade nos tempos atuais. Muitas pessoas quase que seriam tentadas a dizer: "Você está brincando! Num mundo como este, você vem falar de felicidade? Com tanta coisa séria para pensar?"Preciso educar meus filhos e preciso formar pessoas para o mundo real.Mundo real? Isso não significa mundo imutável;reconhecer o mundo como está sendo não nos obriga que aceitemos que só possa ser assim. O escritor uruguaio Eduardo Galeano usa uma expressão para a palavra utopia que eu acho ótima. Ele diz: " A minha utopia é o meu horizonte". Eu ando dois passos e ele se afasta dois passos, eu ando dez passos e ele se afasta dez passos. Ele disse: " Eu já entendi para que serve a minha utopia. A minha utopia não serve para que eu chegue até ela, mas para me impedir de parar de caminhar". Alguns de nós estamos apodrecendo a ideia de felicidade. Porque felicidade é fertilidade, e para ter fertilidade é preciso ser capaz de transbordar. Quando a água é colocada no copo ela se conforma ao copo. Nós precisamos transbordar, ir além da borda, sermos inconformados com as amarras que nos contêm, nos aprisionam e nos infelicitam. Sugiro que leiam o artigo completo do Mario Sergio Cortella, ou melhor adquira a trilogia e faça uma grande viagem em busca de sua utopia. Nunca deixe de buscá-la. Afinal a vida é breve.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Reconstrução

O Banco Central do Brasil através do Copom (Comitê de Política Monetária), deu início ao processo de queda da taxa básica da economia, conhecida como Selic, que serve de referência para as operações de crédito no nosso  sistema financeiro. O Brasil é possuidor de uma das taxas mais elevadas do mundo, em consequência da desorganização das contas públicas,  dívida pública crescente e inflação em alta. Juros elevados inibe o investimento, que reduz a produção e que diminui o nível de emprego. Os primeiros sinais de reforma como a PEC 241 em votação no congresso nacional, e a reforma da previdência já demonstra mais confiança na classe empresarial e como consequência os investimentos reaparecerão, o desemprego deverá reduzir-se e o nível de renda gerado terá um impacto no nível do consumo. O aumento da Selic, ocasiona, elevação da dívida pública, redução do emprego, contrai o consumo e afeta a atividade comercial que é a grande geradora de empregos. A diminuição da Selic, criar um estímulo ao investimento, reduz a dívida pública, diminui o nível de desemprego e levam os consumidores ao consumo, criando um ciclo positivo. O nível de violência que estamos assistindo em nosso país é fruto também do alto desemprego que afeta de maneira brutal milhares de famílias brasileira. Gente sofrida, explorada que sabem da importância da paz. A paz se cria , se constrói, na e pela superação de realidades sociais perversas.A paz se cria, se constrói, na construção incessante da justiça social. Parece-me que no governo passado não foi levado em consideração o alerta feito por François de la Rochefoucuald no quase distante ano de 1665 e que serve para qualquer pessoa sinceramente imersa em algumas dessas preocupações: Há três espécies de ignorância: não saber o que se devia saber; saber mal o que se devia saber;e saber o que não se devia saber. Precisamos afastar da administração pública essa tríplice face da ignorância, impedindo assim o triunfo da mediocridade complacente, remete-nos à importância de fazer opções menos aleatórias ou, até menos volúveis. Já afirmava Mario Sergio Cortella. Avante Brasil.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PEC 241

A proposta de emenda constitucional PEC 241, que limita os gastos públicos à correção da inflação passada por um período de 20 anos, no meu entender está correta. O controle dos gastos não se limita apenas a está medida outras reformas serão necessárias para que o equilíbrio fiscal aconteça, (reforma previdenciária e privatização). Você não pode gastar mais do que arrecada, contas desequilibradas leva necessariamente a aumentos de dívida pública, aumenta juros reais,  estimula o processo inflacionário e toda a sociedade sofre com os aumentos de preços, os investidores desaparece pela desconfiança dessa política e o mercado de trabalho é afetado gerando desemprego que ocasiona diminuição na renda que reduz o consumo. O sistema econômico não se desenvolve criando uma situação constrangedora para a sociedade como um todo. Está medida não têm como objetivo reduzir os gastos da educação, saúde e programas sociais, têm sim, como foco controlar os gastos em todas áreas e cabe aos parlamentares escolher onde alocar mais recursos em áreas especificas. Definir com clareza as escolhas e redefinir o tamanho do estado. O governo não têm recursos para atuar em todas as áreas, precisa da iniciativa privada para assumir determinadas tarefas e o governo atuando nas áreas primordiais da sociedade que são educação,saúde, segurança pública e infraestrutura que estimule cada vez mais o ingresso do capital privado seja ele interno ou externo. A PEC, é essencial para reduzir a dívida pública, gerar emprego, estimular a confiança dos agentes econômicos e que os empresários voltem a investir. Os políticos agora terão que fazer escolhas que no meu entender é uma função que cabe a eles na definição das prioridades. Definir gastos em determinadas áreas sem definir receitas não vai mais ocorrer, é preciso equilibrar o sistema econômico de tal modo que os macrosmercados (trabalho, moeda, cambial e renda) tenham os seus preços e quantidades bem definidos para  que o sistema econômico possa funcionar de forma sustentável. Estamos em busca do desenvolvimento e crescimento sustentável, eficiência, redução da pobreza, melhoria dos indicadores sociais e redução dos desequilíbrios regionais. Dizer que a Pec 241, desmontará os gastos sociais, aumentará a desigualdade e deixará os mais pobres em uma situação constrangedora no meu entender é ausência de conhecimento de gestão pública.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Steve Jobs

O senhor Steve Jobs, já falecido e ex-presidente da Apple, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo é considerado por muitos como uma pessoa diferenciada pela sua capacidade de saber utilizar a informação e o conhecimento que são as armas termonucleares competitivas de nossa era. O conhecimento é mais valioso e poderoso do que os recursos naturais. Em todos os setores, as empresas bem sucedidas são as que têm as melhores informações ou as que controlam de forma eficaz.O capital intelectual que ele tanto prezava e estimulava dentro da organização tornou a empresa em que dirigia em uma máquina de gerar riqueza. Tinha a convicção de que o capital intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma empresa, o que lhe proporcionava vantagem competitiva para a Apple. Um gênio, ficou milionário e antes de falecer as suas últimas palavras chocou o mundo e merece uma reflexão de todos. A seguir as últimas palavras de Steve: Cheguei ao topo do sucesso nos negócios. Aos olhos dos outros, minha vida têm sido um símbolo de sucesso. No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria.Finalmente minha riqueza é simplesmente um facto que estou acostumado. Neste momento, estou na cama de hospital, lembrando toda a minha vida, e percebo que todos os elogios e riquezas de que estava tão orgulhoso, tornaram-se insignificantes com a iminência da morte. No escuro, quando vejo a luz verde e escuto o ruído do equipamento de respiração artificial, posso sentir a respiração da morte a se aproximar.Só agora entendo, uma vez que você acumular dinheiro suficiente para o resto da sua vida, devemos seguir outros objetivos que não estão relacionados como dinheiro. Deve ser algo mais importante. Por exemplo, histórias de amor, arte, sonhos da infância. Ao não deixar de perseguir a riqueza, só pode converter uma pessoa em fracassado, assim como eu.Deus fez-nos de uma forma que possamos sentir amor no coração e não ilusões construídas pela fama ou dinheiro, como fiz em toda minha vida e não posso levar comigo.Posso levar lembranças que o amor fortaleceu. Esta é a verdadeira riqueza que te acompanhará, lhe dará força e luz para ir em frente. O amor pode viajar milhares de quilômetros e assim a vida não têm limites.Vá para onde queira ir. Esforce-se para alcançar os seus objetivos. Tudo está no coração e nas suas mãos. Qual a cama mais cara do mundo? A cama de hospital. Se você têm dinheiro,pode pagar alguém para dirigir o seu carro, só que não pode pagar alguém para sofrer a sua doença.Os bens matérias perdidos, podem ser encontrados. Existe uma coisa em você que não pode ser encontrada quando perde:a vida.Seja qual for a fase da vida em que estamos agora, no final, teremos de enfrentar o dia quando a cortina baixar.Por favor, valorize o seu amor pela família, o amor pelo seu companheiro e amor pelos seus amigos.Trate-se bem e cuide do próximo.Grande Steve Jobs.Merece uma reflexão.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Violência

O nível de insegurança em todos os municípios do Brasil atingiu o insuportável. A violência na cidade do Natal onde resido é vergonhoso a situação  que se encontra a população. O mercado de trabalho desequilibrado estimula a insegurança, os assaltos e homicídios são praticados  justamente pelos mais jovens que dada a sua fragilidade material é facilmente levada para o banditismo. É preciso rever com urgência as políticas públicas voltadas para a inclusão dos jovens, através da pratica esportiva, educação de qualidade e oportunidade de colocação no mercado de trabalho. O desemprego, atingiu doze milhões de brasileiros um número expressivo que precisa ser revertido para que as pessoas possam viver com dignidade. Com a ausência do poder público nas áreas mais frágeis, a industria do pó, assumiu o controle na geração do emprego e renda. Com uma taxa de retorno admirável embora com alto risco, criou as condições necessárias e suficiente para atrair a juventude para este ambiente. Boa remuneração, bem vestidos, participando ativamente no mercado de consumo, muita festa, bebedeira interminável o leva a praticarem também os furtos em pessoas que passam a avida dedicada ao trabalho, que paga imposto e não têm nenhuma contrapartida dos governos: (federal, estaduais e municipais). A situação do jeito que está só tende a piorar as relações nos tecidos sociais do nosso país. É preciso que o sistema econômico, comece a dar os resultados positivos e que o mercado de trabalho comece a reagir nas contratações para que esse nível de violência que hoje existe diminua de forma consistente. O desemprego é visível por onde você passa, vai a um shopping, muitas lojas fechando, no comércio de rua a imagem é a mesma coisa. A pequena e média empresa, que é a grande geradora de empregos neste país, está sufocada, sem vendas e crédito o que pressiona ainda mais o mercado de trabalho. As medidas econômicas que foram formuladas para enfrentar está crise precisa urgentemente ser analisadas e aprovadas pelo congresso nacional, para que a nação brasileira possa voltar a ter esperança com o seu futuro.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Urgência

Caros leitores, o governo Temer precisa que o congresso nacional analise e aprove a proposta de emenda constitucional 241,garantindo ao modelo econômico proposto as condições necessárias e suficientes para que a retomada do crescimento econômico comece a acontecer. A expectativa desta medida já produziu resultados extremamente importantes: aumentou o nível de confiança dos agentes econômicos, reduziu a inflação prevista parar 2017 em 5%, e  já estima o seu retorno a meta em 2018. Se o congresso aprovar a proposta de controle dos gastos, permitirá ao Banco Central iniciar a redução da taxa de juros, além do risco Brasil,ter caído em mais de 25% desde maio de 2016. O professor Delfim Netto, em artigo na folha de São Paulo,no dia 21\09\2016, cujo título é "Aprovar a PEC 241 é urgente", mostra com muita clareza a importância da aprovação desta emenda constitucional ainda este ano, para que possa valer já em 2017. A seguir o artigo do mestre: O ilustre ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o senhor Dyogo Henrique de Oliveira, realizou uma competente e bem articulada palestra no Conselho de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na última quinta-feira (15).Demonstrou que, apesar da gravidade do nosso problema fiscal, há visíveis sinais de uma antecipação da esperança da sociedade com o anúncio das medidas do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Ela será confirmada à medida em que se consolidar a crença de que o Congresso Nacional aprovará a proposta de emenda constitucional 241, que estabelece um limite superior para o total dos gastos públicos.A mera criação dessa expectativa já produziu resultados interessantes: aumentou o nível de confiança dos empresários e consumidores, antecipou um aumento do PIB para 2017, reduziu as expectativas de inflação para pouco mais de 5% em 2017 e já se estima o seu retorno à meta em 2018.A reação externa também foi importante: o "risco Brasil", visto pelo mercado, caiu mais de 25% desde maio de 2016. Se o Congresso confirmar a proposta de controle de gastos, dará ao Banco Central o conforto para iniciar a redução da taxa de juros.O sucesso do Brasil e do governo Temer vai depender da qualidade da PEC 241 que sair do Congresso. É claro que sempre há lugar para aperfeiçoamento, mas é ainda mais claro que não há lugar para afrouxamento. É preciso que se aprove o controle global dos gastos públicos até novembro próximo, para que possa valer já em 2017.A manutenção dos gastos reais com a saúde e com a educação, fundamentais para o aumento da igualdade de oportunidades, pode ser acomodada com um pequeno ganho de gestão, por meio da introdução de mecanismos de controle da quantidade e a qualidade daqueles serviços. Uma vez aprovado o controle geral de gastos, será preciso enfrentar o problema da Previdência apresentando um programa republicano que, no longo prazo, submeta todos os brasileiros ao mesmo regime.Hoje, a injustiça da Previdência é flagrante: o deficit por pessoa da Previdência dos servidores públicos é 21 vezes maior do que o do setor privado, dos quais, aliás, ninguém pretende tirar os direitos. O que se quer é introduzir alguma justiça e total sustentabilidade para o sistema e construir uma convergência que dará a todos a mesma aposentadoria no futuro.O Congresso Nacional precisa aceitar o fato de que, se alguma coisa muito próxima à PEC 241 não for aprovada, ele imporá à sociedade brasileira um alto preço. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Integridade

Caros leitores, é lamentável que um ex-presidente da república em uma entrevista coletiva diga tamanha barbaridade, para toda a sociedade brasileira tomar conhecimento. Diz o Lula:"O emprego mais honesto é o do político por mais ladrão que seja, porque ele têm que ir pra rua correr atrás de voto, se mata, faz de tudo, ao contrário do concursado que estuda e têm o emprego pro resto da vida". Uma pessoa normal jamais diria tamanho absurdo,principalmente quando parte de um ex-presidente. O homem que liderou a nação por oito anos, não pode, por mais pressão que esteja passando, por erros cometidos e que deve uma explicação a nação brasileira, dos seus atos quando presidente da república,falar tamanha asneira. Têm todo o direito a defesa e espero que seja capaz de esclarecer o que o Ministério Público o acusa, caso contrário é uma decepção para muitos brasileiros que o acompanharam em sua trajetória política. Vale lembrar   ao ex-presidente, que muitos concursos públicos exige, de quem participa muita dedicação, estudos,pesquisas, tempo de dedicação  e que são extremamente exigidos para ocupar determinada função, além de serem homens honestos no dia a dia do seu trabalho. Realmente a carreira política é para mim uma das funções mais nobre que um homem pode se dedicar,desde que faça com honestidade, com respeito aos seus eleitores e não usar o cargo para roubar, se locupletar esses devem ser banidos do ambiente político. Como dizia Olavo Bilac, " a ocasião faz o roubo, o ladrão já nasce pronto". É preciso estar atento a esses indivíduos sem escrúpulos, que se passam por republicanos, que querem o bem da sociedade é o que falam em seus discursos, mas estão preocupados em acumular riqueza independente de sua origem. Precisamos realmente, retirar do  nosso ambiente político esses homens, que se encontram nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal)  e dentro dos três poderes, que de republicano não têm nada, um bando de farsantes. A operação Lava Jato, precisa continuar com o seu trabalho, para que esses elementos sejam banidos não só da esfera pública como da privada,para que  possamos construir uma sociedade fincada com os princípios éticos e que os nossos filhos e netos amanhã venham se orgulhar da sua  nação.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Novos caminhos

Caros leitores, com a saída da Dilma cabe ao presidente Temer acelerar as reformas da previdência como a questão dos gastos públicos junto ao congresso nacional. Essas medidas de contenção dos gastos públicos é de extrema importância para que o Banco Central possa iniciar a queda do juro real praticada em nossa economia. Formular uma política fiscal realista, construir uma previdência sustentável que garanta aos trabalhadores brasileiros garantia dos seus direitos trabalhistas. O homem é o objetivo supremo da sociedade, e fazer a vida dele menos sofrida deve ser a meta de qualquer sociedade decente, já afirmava Luiz Felipe Pondé em seu livro "Filosofia Para Corajosos ". Erros ocorreram e não foram poucos  e precisam ser corrigidos para que os macromercados ( trabalho, cambial, moeda e bens e serviços), voltem ao equilíbrio e a sociedade brasileira possam ter no futuro um sistema econômico confiável. O presidente Michel Temer, precisa dar um choque nos fundamentos atuais que as nações ricas já fizeram no passado, como: Economia de mercado e livre competição, estabilidade macroeconômica, integração a economia internacional, regras estáveis, respeito aos contratos , investimentos em educação e integração social e regional. É claro que existem uma série de obstáculos a serem superados, tais como: reforma dos sistemas tributário; previdenciário; trabalhista e político; fim das restrições e participação do capital estrangeiro; sistema de relações do trabalho mais centrado na negociação; instituições capazes de gerar responsabilidade fiscal e monetária; administração pública profissional e eficiente e eliminação dos monopólios constitucionais e privatização. Com certeza teremos um amanhã em que o crescimento e o desenvolvimento ocorrerá de forma sustentável, a eficiência se tornará uma referência, redução da pobreza que é um escândalo em nossa sociedade, melhoria dos indicadores sociais e a redução dos desequilíbrios regionais. Um dos maiores erros do governo passado foi justamente dizer uma coisa e fazer outra, não levando a palavra a sério,isto não pode ser estímulo à confiança. A sociedade brasileira aguarda com ansiedade que este novo governo possa restabelecer a confiança nos agentes econômicos e que possamos construir a sociedade que tanto almejamos. Sou otimista, uma das máximas do pastor americano William Artur Ward, já falecido dizia e eu concordo:"Para o otimista, todas as portas têm maçanetas e dobradiças. Para o pessimista, todas as portas têm trincos e fechaduras". Avança, Brasil.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Novo governo

Finalmente o processo de impeachment da presidente Dilma chegou ao fim. Afastada do cargo, porém com os direitos políticos assegurados. O governo Dilma estava em degradação política, inexistia diálogo produtivo com o Congresso. A centralização do poder neste governo em torno da presidente é uma coisa absurda, desprezava os aliados, apenas usados na trajetória para  chegar ao poder. Muitos aliados da direção petista concordava com esse diagnostico. Ao mesmo tempo, a economia e a política se deteriorava na mesma direção. Decisões equivocadas que foram tomadas se  sucediam e que foram comentadas em vários artigos pelos especialistas,  dificultou ainda mais a recuperação econômica. Além do mais o impacto da corrupção envolvendo a Petrobras, e outras estatais, empreiteiras, fundo de pensão, desemprego, ausência de investimentos, falta de respeito aos contratos, e a degradação das agências reguladoras, tudo desvendado pela operação Lava Jato, deixou o governo  cada vez mais fragilizado perante a opinião pública. O grande aliado da Dilma, o ex-presidente Lula também envolvido em questões que precisam ser esclarecida na justiça, a deixou  ainda mais fragilizada. Se esperava que o partido dos trabalhadores viesse com  o  objetivo de resgatar a dignidade da classe política e o que se observou foi o contrário. O professor Alexandre Schwartsman, em artigo na Folha de São Paulo, no dia 31\08\2016 cujo título  é " Mitologia do golpe é um excesso de desonestidade intelectual",  em resumo afirma: A mitologia do golpe se ampara  na ideia de que  as pedaladas se justificariam para manter o crescimento e o emprego. Reconhece,portanto, a ilegalidade da ação  ( a vilipendiada Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe operações de crédito entre o governo e seus bancos ), mas argumenta se tratar de política com fins nobres: impedir a recessão e garantir que a população permanecesse ocupada.Há vários problemas com o argumento. A começar pela contumaz noção de que fins justificam os meios, possibilitando a destruição do aparato institucional em nome de presumidos ganhos imediatos. Mesmo que estes se materializem o que está longe de ser verdade, não raro as consequências para  a capacidade de expansão de longo prazo são desastrosas, em linha com nossa experiência recente.Diga-se, aliás, que o objetivo, vendido como nobre, era bem mais mundano, a saber,ganhar uma eleição, nem que à custa de fazer o diabo, posição tomada explicita ao longo do processo. Isto dito, há sérias dúvidas acerca da adequação dessa política. Em primeiro lugar porque, conforme discutido mais vezes do que seria saudável neste espaço,em 2013 e em 2014, quando se usou e abusou desse expediente, estava mais do que claro que o problema da economia brasileira não era a falta de demanda originária da crise internacional (já então o mundo crescia bem mais do que nós), mas sim os sérios gargalos do lado da oferta,incluindo o mercado de trabalho. Naquele contexto, aumentar gastos iria simplesmente agravar nosso desequilíbrio externo (e o agravou, trazendo o deficit em conta corrente de US$ 75 bilhões para US$ 105 bilhões) e elevar ainda mais a inflação, apesar dos controles de preços,o que também ocorreu. Junte-se a ambos esses desequilíbrios o forte aumento da dívida pública no período e fica claro que a política econômica da época, além de ineficaz para elevar o crescimento, era também nitidamente insustentável para qualquer economista que não fosse signatário do manifesto de apoio à presidente às vésperas da eleição. Finalmente o projeto do governo Temer que encontra-se em analise no congresso, está correto. Temos que fixar o aumento das despesas, a situação exige compreensão e paciência. Que o novo governo, aproveite as expectativas para atrair o investimento privado para as obras de infraestruturas, O Congresso aprove as medidas fiscais e dê conforto ao Banco Central para baixar os juros reais e que se chegue a um acordo sobre o controle dos gastos previdenciários.Novo governo,novos tempos e esperanças renovadas. Avança Brasil.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Competência

Caros leitores, todos os brasileiros estão de parabéns pela realização do maior evento esportivo do planeta realizado na cidade mas linda do mundo que é o Rio de Janeiro. A primeira olimpíada realizada na América do Sul, foi um sucesso nunca visto. Já está dando saudades, não só para os atletas mas para todo o Brasil. Conquistamos enfim a medalha de ouro no futebol, completando assim todos os títulos do país penta campeão. Ganhamos em modalidades que não estávamos acostumados e tivemos resultados não satisfatorio em outras modalidades que sempre nos presentiaram com algumas medalhas. Serve como referência para que o Comitê Olimpíco Brasileiro saiba investir melhor os recursos em modalidades que o Brasil teve um bom desempenho e que com planejamento, tecnologia e recursos com certeza nos proporcionará muitas alegrias no futuro. A competência brasileira espantou o mundo, soubemos separar a crise política que estamos vivenciando com a realização dos jogos. Este mês de agosto de 2016, ficará para a história do nosso país. Agora nos voltamos para finalizar de uma vez a crise no âmbito político. Na próxima quinta feira esperamos que o senado federal resolva de uma vez, está situação que está anestesiando a nação, para que possamos voltar a trilhar o caminho do crescimento econômico. O retorno do investimento privado, para que possamos gerar empregos, melhorar a renda e estimular o consumo e sairmos desta situação critica em que nos encontramos. Os primeiros sinais de confiança começam a aparecer, o setor industrial sinaliza recuperação, os índices de confiança empresarial voltaram a subir de forma consistente.Esse quadro leva a crer na retomada da economia. Com o retorno do otimismo, os consumidores voltam a comprar,os empresários passam a produzir mais para repor os estoques e na sequência investem no aumento da capacidade produtiva e na contratação de trabalhadores. Tudo leva a crer que em 2017 a economia volte a crescer em torno de 1,6%,o que é maravilhoso. O ministro da fazenda o senhor Henrique Meirelles, homem de extrema competência em entrevista recente, afirmou que: "o projeto que está liderando o seu efeito positivo e prático dessas iniciativas de contenção das despesas será a diminuição do risco fiscal, que se traduzirá em declínio da taxa de juros da economia. O custo de financiamento cadente reduz as despesas com juros do governo,que poderá investir mais. A queda dos juros também beneficiará o setor privado.Com o crescimento da economia, as empresas lucram mais, há aumentos de renda e consumo,os estados registram alta na arrecadação.Cria-se um círculo virtuoso na economia". É isso que esperamos, para sairmos de uma vez desta situação constrangedora que têm castigado os trabalhadores brasileiros.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A tragédia

Caros leitores, descrevo a seguir artigo brilhante do maior economista do Brasil, professor Delfim Netto, na folha de São Paulo, cujo título é "Ad gustum", no dia 10\08\2016. O artigo retrata com muita clareza a real situação do Brasil que o governo da Dilma nos deixou como herança. Espero que o resultado da votação obtida pela comissão do impeachment se repita novamente em plenário para que uma nova história seja construída em nosso país. A seguir o artigo do mestre: Um dos aspectos mais deploráveis das discussões sobre a tragédia que atingiu a sociedade brasileira é a crítica "ad gustum" que tira prazer em fulanizar a sua autoria. Nem o ataque furibundo ao governo afastado nem a defesa enfadonha e repetitiva de seus correligionários têm grande relevância.Procura-se negar, com argumentos inverossímeis: 1º) que não houve a aprovação de despesas antes que o Congresso autorizasse a alteração da "meta" com a justificativa que ela "seria anual", o que encerra um absurdo, uma vez que teríamos a meta "não vinculante" e 2º) afirma-se que as chamadas "pedaladas" sempre existiram, mas se ignora a especificidade e a dimensão das praticadas em 2014 e 2015, quando, de fato, caracterizaram empréstimos de bancos públicos para o Tesouro nacional, operação incestuosa expressamente proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.Depois de uma boa administração em 2011, o governo desandou num voluntarismo insensato que destruiu a confiança do setor privado. A desagradável verdade é que, depois da reeleição, ele perdeu o voto dos eleitores que enganara no processo eleitoral. Com uma campanha "trilionária" e agressiva, escondeu a real situação social e econômica do país.Fez mais. Adotou como seu o programa econômico do adversário que criticara, sem dar a menor explicação à sociedade. Como consequência, no início de 2015 perdeu o seu protagonismo, ao mesmo tempo em que colheu os frutos amargos da recessão que se iniciara em 2014.Os resultado sociais e econômicos do último quinquênio (2011-2015) revelam o desastre: 1º) um aumento do desemprego que agora atinge mais de 11 milhões de trabalhadores; 2º) uma regressão na distribuição de renda; 3º) uma estagnação do PIB total, mas uma queda de 4% no PIB per capita; 3º) uma taxa de inflação de 40%, quando a meta era de 25%; 4º) um deficit acumulado em conta corrente que somou quase US$ 400 bilhões e destruiu o setor industrial; 5º) um deficit fiscal de 6% em 2014 e 10% em 2015; 6º) um aumento da relação dívida bruta/PIB de 52% para 66% e, por fim, mas não por último, 7º) a perda do "rating" soberano que havíamos obtido em 2011!Como chegamos a esse resultado é sabido, mas quanto antes reduzirmos as incertezas que naturalmente cercam a interinidade do poder, mais cedo teremos condições de corrigi-lo.Sem apelar para qualquer julgamento de valor, parece claro que as condições objetivas que estamos vivendo mostram que não há a menor probabilidade de que o governo afastado possa recuperar o mínimo de operacionalidade para fazê-lo.  

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Retomada

O professor Delfim Netto em artigo na folha de São Paulo, no dia 27\07\2016, cujo título é "Temer desperta esperança  de recuperação da economia", em resumo passo a descrever: afirma com muita propriedade que o presidente interino, está conseguindo despertar a esperança dos brasileiros na superação dos graves problemas em que fomos metidos pela exacerbação, a partir de 2012, de uma política econômica voluntarista.Com todas as idas e vindas, os fatos mostram que a visão interna e externa do Brasil está mudando e para melhor, numa velocidade nada desprezível:1) a queda do PIB e a queda do emprego estão diminuindo; 2) a expectativa de retração de 2016 está menor e, para 2017, se generaliza a esperança de um crescimento positivo, o que é tudo que precisamos para dar maior probabilidade de sucesso para o seu projeto; 3) a confiança interna teve uma inflexão positiva e a externa dá bom sinais ( aqueda do risco Brasil); 4) a expectativa de inflação continua a reduzir-se (efeito da afirmação de que a meta é o objetivo para 2017); 5) há uma evidente preocupação do Executivo interino de melhorar as condições para acelerar o investimento privado em concessões, acompanhada de mudança profunda  na constituição e no poder das agências reguladoras que foram miseravelmente descuidadas; 6) apesar do baixo crescimento do mundo, nosso saldo em conta corrente continua melhorando graças aos efeitos do ajuste cambial, que depende da expectativa sobre a taxa de juro real da economia. Ela está  elevada porque o Banco Central, com razão, não está convencido do suporte fiscal necessário para iniciar a redução da SELIC; 7) a profissionalização da administração das empresas estatais é, talvez mais importante; 8) a profunda mudança política produzida pela eleição do deputado federal Rodrigo Maia para a presidência da Câmara Federal,  e o seu melhor entendimento com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o que deverá acelerar a aprovação do programa de ajuste fiscal. Quanto mais cedo o Banco Central se sentir confortável, mais cedo reduzirá a taxa de juros, ajustará melhor a taxa de câmbio e facilitará a retomada do crescimento. O mestre afirma de forma correta que o modesto comportamento individual contrasta com o arrojo do projeto que apresentou à nação e cuja viabilidade depende da compreensão e paciência da sociedade e da sua capacidade de manter funcionando o parlamentarismo de ocasião que competentemente montou. Como bem afirmou o professor Alexandre Schwartsman, em artigo na folha,no dia 27\07\2016, cujo título é "Precisamos de anos de trabalho para corrigir os estragos de Dilma", Tivemos a chance de tratar disso já em 2005, mas havia Dilma Rousseff no meio do caminho. Agora precisamos de anos de trabalho para corrigir os estragos; se os corrigirmos...Tenho esperança na retomada do crescimento do nosso país e acredito que no último trimestre deste ano os resultados do nosso sistema econômico começará a dar sinais positivos. 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Grande Padre Fabio de Melo

Caros leitores, chegou as minhas mãos um texto escrito pelo Padre Fabio de Melo extremamente emocionante que fala de amizade, respeito e solidariedade, é o que desejo a todos os meus amigos e que passo a descrever a seguir: " Que você consiga uma casa maior, mas que quase todos os cômodos fiquem vazios por sua família estar unida ao redor de uma única mesa. Que você compre o carro dos seus sonhos, e descubra que ele pode ficar parado na garagem enquanto você caminha de mãos dadas por um parque. Que você realize o desejo de comprar uma TV enorme,3D, com home theater,mas que ela permaneça desligada durante o jantar, para que você possa ouvir como foi maravilho o dia da sua família. Que sua conta bancária esteja satisfatoriamente recheada, mas sobretudo, que você  tenha em seu bolso um ou dois reais para comprar algodão doce e saboreá-lo sujando os dedos. Que você jante em badalados restaurantes para descobrir que a maior chef que existe, cozinha todos os dias dentro de sua casa.Que sua internet trafegue em altíssima velocidade, mas que sua melhor rede seja aquela pendurada entre duas árvores, onde você possa ouvir os pássaros cantarem. Que você tenha um smartphone de última geração, mas que não precisa usá-lo para dizer às pessoas mais importantes de sua vida o quanto elas são especiais.Que você tenha um tablet, mas que use mais as pontas dos dedos para fazer cafunés do que para mandar e-mais.Que você possa comprar boas roupas, bolsas e relógios, mas que sua verdadeira marca seja a inspiração deixada pelos lugares por onde passará. E que assim, conquistando tudo o que você sempre quis, você descubra que mais importante do que aquilo que você tem, é o que você faz com  tudo o que conquistou."Maravilha de reflexão, parabéns Padre Fabio de Melo, o mundo está com muita sede de amizade, respeito e solidariedade.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Os problemas da cidade de São Paulo

Caros amigos, retorno aos meus artigos após passar trinta dias na maior cidade do Brasil, São paulo, uma cidade de 11 milhões de habitantes, com sérios problemas ainda para resolver. Uma reportagem sobre os desafios para quem vai comandar a prefeitura de São Paulo a partir de janeiro de 2017 é extramente reveladora da triste situação que se encontra está cidade. Com a participação do historiador Mauricio Broinizi e do arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, descrevo a seguir de forma reduzida, os graves problemas. Uma das maiores queixas dos moradores é com o sistema de saúde, educação infantil, desemprego, segurança, finanças e obras,mobilidade,habitação e meio ambiente. Quanto a saúde, a média de leitos hospitalares da cidade está acima do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas a cidade segundo os estudiosos recebe gente de todo o país e da América Latina e tem uma concentração de leitos na região central. Logo, a rede de saúde não atende a quem mais precisa que é a população da periferia. Na educação, as maiores reclamações é com a educação infantil.O grande desafio é construir unidades é expandir as vagas para crianças de até cinco anos. Quanto ao desemprego, é preocupante a situação, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo chegou a 17,6% da população economicamente ativa em maio de 2016, segundo o Diesse ( Departamento intersindical de Estatística e estudos Socioeconômicos). Segundo o historiador  Mauricio Broinizi, um grande desafio para quem comanda a cidade é colocar em prática o Plano Diretor, que foi aprovado na atual gestão e  que contempla a descentralização da atividade econômica que traz uma série de vantagens:reduz a necessidade de deslocamentos de grandes distâncias, diminui as emissões de poluentes e incentiva a prosperidade local, principalmente nas regiões leste e sul da cidade.Lembrando, que o problema é nacional e depende também da política econômica adotada pelo governo federal. Outro grave problema é a questão da segurança, embora o número de homicídios  venha caindo, mas a quantidade grande de roubos ajuda a manter a sensação de insegurança. A prefeitura tem um papel importante a desempenhar. Envolver, a comunidade em torno de equipamentos, fazer investimentos social, melhorar a iluminação, fazer as  pessoas se apropriarem do espaço público.Lembrando que a Segurança Pública é uma responsabilidade do governo estadual. Quanto as finanças e obras que a cidade necessita, é preciso criar instrumentos que melhore a arrecadação, reduza a corrupção e que haja um equilíbrio no nível de endividamento da cidade.(Estabelecer uma política fiscal com os olhos voltados para o futuro). Outro desafio é tentar solucionar a crise de mobilidade urbana. Adequar as calçadas da cidade, ampliar a rede de ciclovias e priorizar o programa do transporte público, aumentando a velocidade dos ônibus e reduzindo o tempo das viagens. Segundo o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, corredores interligados à rede de metrô e trens são fundamentais para melhorar a mobilidade. A questão da habitação, para ser resolvido, a prefeitura precisa investir em urbanização de favelas, na construção de moradias  de interesse social e ampliar o uso de instrumentos como o aluguel social. Segundo o arquiteto Kazuo Nakano, as favelas cresceram muito nos últimos anos é preciso serem urbanizadas com urgência. Quanto a questão do meio ambiente, todo mundo sabe da carência de áreas verdes, da poluição no ar, nos rios e córregos. Segundo o professor Kazuo, a situação é grave. A ocupação irregular nas áreas de mananciais da zona sul e nos pés da serra da cantareira, na zona norte, está fora de controle. Estes são os graves problemas que está cidade fantástica que amo profundamente, precisa resolver para melhorar a qualidade de vida dos paulistanos e servir de inspiração para as prefeituras  dos diversos municípios  do nosso país.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Viagem

Caros leitores, informo que desde o dia 17\06\2016 estou viajando pela região sudeste do país, revendo amigos e curtindo a família do meu filho mais velho. Estive em São José dos Campos,revi o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, revivendo momentos importante na minha vida, quando cursava o programa de pós-graduação na área de análise de sistemas e visitando vários amigos que lá residem. Fui a Bauru, para minha esposa rever o seu irmão, que fazia tempo que não se viam e aproveitei para  curtir o meu cunhado e sua família que tão bem nos recebeu. Em São Paulo, tenho a companhia do meu neto, garoto esperto que mim faz relembrar o período dos meus filhos quando crianças. O papel de avô, é mais flexível e tenho passeado bastante por está cidade maravilhosa. Mesmo com a crise, que é visível quando nos dirigimos ao centro, a importância de São Paulo , para o Brasil, continua como referência e termômetro para o ambiente de negócio. Retornarei a minha coluna no dia 19\07\2016. Grande abraço, a todos.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Ausência de governança corporativa

Os professores Elismar Álvares, Celso Giacometti e Eduardo Gusso, lançaram um livro cujo título é "Governança Corporativa  Um modelo Brasileiro", que hoje é referência nos ensinamentos de Governança corporativa.Diz os mestres: Há mais de dois séculos, Adam Smith sabia que não se pode esperar que os gestores de empresas cuidem do dinheiro de outras pessoas da mesma forma como fariam com o seu. O sábio escocês, considerado o pai da economia moderna, não tratou diretamente do problema da governança,mas ele lançou as bases para que, passados dois séculos, se começasse a compreender mais profundamente as questões relacionadas com propriedade e gestão. Quando analisamos a situação econômica e financeira das empresas estatais do nosso país,constatamos a ausência dos princípios de boa governança que são: transparência, responsabilidade corporativa, equidade e prestação de contas, que fundamentam a conduta ética. Muito embora a maioria dos códigos de conduta existentes  seja preparada para orientar o comportamento do público interno da empresa, sua dimensão se estende a todas as partes interessadas externas (stakeholders), incluindo clientes, fornecedores, financiadores, imprensa, reguladores e comunidade. Valores são referenciais éticas e morais identificados nas crenças pessoais e coletivas como algo essencial sobre a vida e o mundo. As crenças são pressupostos, reais ou imaginários e nem sempre conscientes, sobre a natureza humana, a razão da vida e a visão do mundo. Os  valores e as crenças efetivamente praticados ao longo do tempo são tão importantes que a falta de alinhamento dos acionistas em torno deles é certamente um forte entrave para a definição da visão estratégica, da missão e das diretrizes empresariais. A missão é um conceito amplo e inspirador que deverá guiar a organização por um longo período de tempo. A missão é a resposta da organização para as perguntas " por que e para que existimos? e qual é o nosso negócio?". A missão é uma fonte única de inspiração e motivação para os colaboradores.A visão reflete onde se quer chegar.É a imagem do futuro que se quer construir, e o sonho e o compromisso com o que se quer atingir. Uma visão bem formulada "puxa a organização", criando uma tensão criativa. Ela traduz o intangível e o abstrato da missão e dos valores em algo tangível e concreto que leva a empresa sempre adiante. A visão deve ser clara, simples e engajadora. Ela deve transmitir riscos, situando-se em algum lugar do imaginário no qual a razão diz " isto não é factível", e a intuição retruca" mas nós acreditamos que podemos atingi-lo de algum jeito". A visão é o limite entre o possível e o impossível. A missão e a visão são elementos essenciais da consciência estratégica da organização. É a partir delas que se definem decisões de alta relevância, tais como: - negócios que serão mantidos, expandidos ou descontinuados; - novos negócios; - o que a organização quer ser ao longo de determinado horizonte de tempo; - onde a organização quer chegar; - competências a desenvolver e recursos  a viabilizar. Eu pergunto, as empresas estatais brasileiras nos últimos anos tiveram essa preocupação?. O governo federal como maior acionista estimulou que essas empresas procurassem melhorar seus sistemas de responsabilidade social e governança corporativa?. Faltou no meu entender a vontade política de exigir dos comitês de auditoria  que se certificassem de que o código de ética estava sendo aplicado e seguido  pelas diretorias executivas dessas empresas.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Visão de futuro

Nas primeiras semanas do governo Temer já se observa a retomada da confiança por parte da sociedade como um todo. A equipe escolhida para comandar a economia e liderada pelo professor Henrique Meirelles, de um nível elevado e de competência comprovada. O presidente interino mencionou de forma corretíssima que a sociedade brasileira quer é resultados,não ideologias na área econômica. Afirmou ainda que o país precisa ser reinstitucionalizado, porque perdeu-se o respeito pelas instituições nacionais,o que gerou conflitos entre brasileiros. O primeiro direito social é o emprego e ele só virá se houver a atuação da iniciativa privada. E por falar em emprego, o artigo do professor Aluísio Alberto Dantas cujo título é " O desemprego no Brasil e no Rio Grande do Norte", afirma:" O emprego da mão de obra é destacado como importante elemento de política socioeconômica por tratar-se da condição em que o homem encontra sua dignidade no exercício do trabalho humano. O trabalhador empregado é o agente econômico transformador de riquezas e de bem estar social, produz bens e serviços demandados pelo mercado e indispensáveis às necessidades humanas e gera fluxo de renda que permita a manutenção pessoal e familiar. O trabalho é um direito fundamental do homem,pois é necessário para formar e manter uma família, ter direito à propriedade, ao bem comum da família humana e à justiça social. A desocupação do trabalhador, ao contrário, é uma condição que compromete a dignidade humana, a justiça social e contribui para o desequilíbrio dos mercados de bens, serviços, fatores de produção e da sociedade doméstica. A desocupação da mão de obra reduz o fluxo de renda e o poder de compra das pessoas,podendo comprometer o consumo e a aquisição dos meios de subsistência das famílias, influenciar situações de conflitos e de crises pessoais e cujas repercussões podem ser negativas em atitudes psicossociais e para o equilíbrio social". As medidas anunciadas de controle dos gastos públicos pelo presidente Temer e outras medidas que serão anunciadas em breve tem como objetivo resolver o problema principal do país que é a crise de confiança brutal nas regras,procedimentos e contratos do país, causada pela crise política e pela indefinição institucional em relação ao processo de impeachement. Mas adiante o presidente Temer citou, que a consolidação de novos fundamentos para a economia brasileira não será feita de hoje para amanhã. Não estamos encontrando um país com harmonia social, mas um país com déficit extraordinário e com empresas públicas quebrada. Espero que essa retomada da confiança,possa reequilibrar os macrosmercados (trabalho, cambial, bens e serviços e moeda), para garantir no futuro o bem estar de todos os brasileiros.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

O fórum Veja

No primeiro Fórum Veja realizado em São Paulo na semana passada que tinha a intenção de analisar "O Brasil que temos e o Brasil que queremos",vários especialistas debateram propostas destinadas a recuperar a credibilidade na economia, combater corrupção e dar fim ao caos político no país. Em resumo, a ideia central no campo da economia, girou em torno de um  plano de equilíbrio de longo prazo para as finanças públicas. Na justiça, a ênfase foi a extinção do foro privilegiado dos políticos,de modo a combater a impunidade.Na política, a redução do número de partidos e o desestímulo às chapas de aluguel. A credibilidade econômica pressupõe um plano crível de longo prazo capaz de dar previsibilidade aos empreendedores, senão o país não conseguirá atrair investimentos. Todos os debatedores são favorável que o governo reequilibre o orçamento e nunca gastar além daquilo que arrecada. Lembrando, que o ajuste embora necessário não deve prejudicar os mais pobres. Na avaliação de Paulo Leme, presidente do banco Goldman Sachs no Brasil, o governo deveria evitar a solução fácil de aumentar impostos. O problema não está a carga tributária,mas também na ineficiência e nas perdas que causa no setor privado.Segundo o economista, existe farto capital estrangeiro disponível, uma vez superada a crise.O interesse em investir no Brasil é enorme.Se se todo o ruído que o governo causou, se se avançar na parte regulatória, o investidor vai entrar.A ideia,foi reforçada pelo ministro da fazenda Henrique Meirelles. Quanto a questão da justiça o ministro Luis Roberto Barroso, defendeu o fim do foro privilegiado e demostrou as suas razões. O juiz federal Sergio Moro, destacou a percepção de que se fortaleceu no Brasil um repúdio institucional do Judiciário à corrupção sistêmica e cobrou que isso se reflita nas esfera pública e privada. É necessário que o governo tenha uma postura propositiva. Dizer que não vai interferir é obrigação. Outros participantes,ex-deputado Fernando Gabeira o cientista político Bolívar Lamounier e o matemático Artur Avila também deram as suas contribuições. Vale ter acesso a essas palestras que muito enriquecerá a todos os interessados pelo destino do nosso país.Que o Fórum Veja seja um pontapé adicional para torná-las realidade.      

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A riqueza da nação no século XXI

Caros leitores, terminei de ler o livro publicado pelo professor Bernardo Guimarães cujo título é "A RIQUEZA DA NAÇÃO NO SÉCULO XXI", sugiro aos meus alunos e ex-alunos como também a comunidade intelectual  e a todos  os interessados em compreender a situação em que se encontra o nosso país a ter acesso a este livro que com certeza ira facilitar a entender através de uma linguagem simples, as questões de política econômica e a economia da nação no século XXI. O professor Bernardo,dividiu a primeira questão da seguente forma: (lei do conteúdo local, BNDES, política monetária,as contas do governo, direitos trabalhistas,o sistema de preços, programas de transferência, reforma política e capitalismo).Quanto a segunda questão, o mestre dividiu da seguente forma (ideias e bandeiras, bravatas, os neoliberais infiltrados, a marolinha, a crise nacional, uma pequena mentira e e agora?). Bernardo é doutor em economia pela universidade Yale. Entre 2004 e 2010, foi professor da London School of Economics. Desde 2010, é professor da Escola de Economia de São Paulo-FGV. Como pesquisador, tem carreira acadêmica reconhecida internacionalmente, com publicações em alguns dos principais periódicos da área de economia. É colunista do jornal Folha de São Paulo, no qual assina o blog :A economia no século 21, dirigido ao público não especializado. O livro além de bem escrito a sua linguagem é de fácil compreensão, justamente para facilitar aos não especializados a entender as grandes questões macroeconômica e decisões a nível microeconômico. Vale a leitura, não é à toa que o livro é um dos mais procurados. Em um dos trechos "A esperança", diz o mestre: "O ano de 2015 veio com recessão e desemprego. Além do desequilíbrio fiscal e das dificuldades políticas, empresas que aguardavam o resultado da eleição para tomar suas decisões agora já sabiam: medidas para melhorar nosso capitalismo não viriam tão cedo. Era momento de demitir, não de investir. Creio, porém, que 2015 trouxe também esperança. Está ficando claro para a maioria que há muita coisa errada no debate sobre política econômica.As pessoas estão buscando de fato entender. A tecnologia e o potencial estão disponíveis. Quem sabe começaremos, finalmente, a ter uma discussão de verdade sobre a agenda para construir o Brasil do século XXI.Nós podemos criar um país muito melhor". Parabenizo o autor pelo excelente livro e uma boa leitura aos interessados.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O que os brasileiros esperam de Michel Temer

Os senadores brasileiros por maioria absoluta afastou a presidente Dilma Rousseff de suas funções de executiva do nosso país. Assume o vice presidente o senhor Michel Temer, onde todos os brasileiros aguardavam esta definição para que o país possa voltar a  retomar a governabilidade que têm criado uma enorme dificuldades em todos os campos do conhecimento. Segundo Bernardo Guimarães, no seu livro "A RIQUEZA DA NAÇÃO NO SÉCULO XXI", afirma que , há caminhos que induzem o desenvolvimento do país e outros que atrapalham o crescimento. Serão as nossas escolhas de políticas econômicas que irão determinar a riqueza da nação e o nível de renda da população no século XXI. Cabe ao novo presidente, encontrar através das grandes políticas (monetária, fiscal, cambial e renda) o melhor caminho para que o nosso país volte a ser competitivo neste mundo globalizado e para isso precisamos de energia, transporte, mão de obra qualificada, comunicações e informática. Além de termos uma burocracia infernal que só estimula a corrupção,uma carga tributária excessiva, custo do trabalho em elevação, inflação chegando a dois dígitos, desemprego elevado e taxas de juros exorbitante. Espera-se que o novo presidente seja capaz de definir uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação,investimentos em infraestrutura e uma parceria com o setor privado para retomarmos o crescimento, gerando empregos, estimulando o consumo e melhorando a qualidade de vida de todos os brasileiros. Os estudiosos, afirmam que a renda das pessoas de um país depende de quanto se produz, da capacidade de produção da economia é isso que cria as enormes diferenças entre a renda por habitante dos diversos países. O novo presidente é defensor de um estado indutor constitucionalmente controlado que seja capaz de realizar uma política fiscal de longo prazo, boa qualidade no financiamento da nossa dívida e um controle rigoroso da relação dívida pública bruta\PIB. Economizar nos gastos públicos,para abrir espaço para o investimento em áreas prioritárias, ter competência nos serviços que oferece a sociedade. Precisa realizar uma política monetária que seja capaz de garantir a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro. Estabelecer com critérios corretos os incentivos para estimular os agentes econômicos.Dialogar com a classe empresarial, dando liberdade bem regulada aos mercados.Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional. A sociedade brasileira espera que o senhor Michel Temer, seja capaz de tirar o país desta inércia,readquirir a confiança dos investidores internos e externos, ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para a nação brasileira se desenvolver. 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Alexandre Schwartsman

O professor Alexandre schwartsman em artigo na Folha de São Paulo no dia 04\05\2016,cujo título é "As consequências econômicas de Dilma", retrata muito bem a situação em que o nosso país se encontra e que sirva de reflexão a todos os brasileiros responsáveis e preocupados com o nosso futuro e principalmente  o novo governo que se aproxima que não venha cometer os mesmos erros que  o mestre sinaliza e que a descrevo a seguir: O governo Dilma é o pior da República, talvez o pior da história. Não é fácil receber um país crescendo decentemente, contas públicas razoavelmente em ordem (com tarefas a cumprir, registre-se), histórico de inflação ao redor da meta, contas externas controladas e, em meros quatro anos, demolir esse legado, construído ao longo de mais de uma década por vários governos.Não é por outro motivo que sua administração, assim como seus cúmplices, tem imensa dificuldade para assumir a responsabilidade pelo desastre. Originalmente a desculpa era a crise externa, convenientemente deixando de lado que o crescimento mundial de 2011 a 2014 foi igual ao registrado nos quatro anos anteriores, enquanto a relação entre os preços das coisas que exportamos e as que importamos (os termos de troca) foi a melhor da história recente, algo como 24% superior à sua média de 38 anos.A desculpa agora é a oposição, que não teria compactuado com "as propostas de ajuste das contas públicas", eufemismo para aumento de impostos, em particular a CPMF. Nas palavras da presidente, os opositores "são responsáveis pela economia brasileira estar passando por uma grande crise".Nada é dito, claro, sobre o aumento dos gastos observado sob seu governo, muito menos sobre seu papel no extermínio (em 2005, ainda no governo Lula) da proposta de ajuste fiscal de longo prazo, formulada pela equipe de Antonio Palocci e fulminada por ela como se fosse uma "proposta rudimentar" sob o argumento de que "gasto corrente é vida".Pelo que me lembro, também não foi a oposição quem baixou, na marra, as tarifas de energia, medida elogiada à época por ninguém menos que Delfim Netto, o mesmo que hoje reconhece o erro da política, apenas se esquecendo de dizer que estava entre os que a aplaudiram.
Desconheço também qualquer papel da oposição na decisão de aumentar o volume de crédito do BNDES em R$ 212 bilhões (a preços de hoje) entre 2010 e 2014, valor integralmente financiado por créditos do Tesouro Nacional, que se endividou no mesmo montante para beneficiar um punhado de setores e empresas selecionadas por critérios muito pouco transparentes.Da mesma forma, a oposição não parece ter sido ouvida quando o governo decidiu segurar artificialmente os preços dos combustíveis, levando não apenas a Petrobras a uma situação delicada do ponto de vista de seu endividamento (limitando assim sua capacidade de investimento) como também, de quebra, desarticulando o setor sucroalcooleiro.A lista poderia se estender ainda mais, tendo como fator comum a ausência de deliberação da oposição em decisões que, ao final das contas, caíam todas na esfera governamental. Não deve restar dúvida de que há um único responsável pelo desastre econômico em que o país se encontra: o governo federal, sob comando da presidente Dilma Rousseff. E que não se exima o PT, que apoiou entusiasticamente a política econômica (assim como os keynesianos de quermesse que hoje fingem não ter nada a ver com assunto), mas se opõe ferozmente às tentativas de corrigir a Previdência ou atacar vinculações orçamentárias.A oposição não é grande coisa, mas há apenas um culpado pela crise: o atual governo, presidente à frente e PT no apoio. O resto é apenas covardia e (mais) mentira para a campanha de 2018. Parabenizo o professor pelo excelente artigo e pela  sua contribuição ao novo governo que se aproxima.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Uma política de civilização

Um livro extremamente rico em conhecimento que acabei  de ler e recomendo aos meus leitores  é "Diante da Crise" de Luc Ferry, filósofo e autor de mais de 15 livros traduzidos no mundo inteiro.Entre 2002 e 2004, ocupou o cargo de ministro da Educação da França. O governo francês constituiu o Conselho de Análise da Sociedade, presidido por Luc, com o objetivo de pensar a sociedade e esclarecer as escolhas e as decisões do governo no tocante aos efeitos sociais. Este livro, é o relatório apresentado por Luc,, o qual defende que a crise atual não deve ser atribuída ao setor financeiro,uma vez que foi a economia real que deu origem à crise financeira e à crise de confiança que se refletiu na economia real. Segundo o autor, a primeira globalização começou com a revolução científica, que culminou no Iluminismo e permitiu à ciência moderna conduzir o mundo ao desenvolvimento, à felicidade e ao progresso. Esse ideal seria alcançado com uma ação política que daria sentido a História, no caminho do humanismo, da igualdade, da democracia, com o papel fundamental do acesso à educação e ao conhecimento. Segundo o autor, com a segunda globalização a do século XX, esse objetivo sofreu uma forte ruptura, com os mercados financeiros e as tecnologias de comunicação determinando  uma competição acirrada, cada vez mais desprovida de sentido e direção.Trata-se da mercantilização do mundo e do fim dos valores que conferiam algum sentido humano ao progresso e à felicidade dos povos.Com isso a política torna-se irrelevante, as ideologias, impotentes, e as consequências culturais e sociais, impossíveis de serem enfrentadas. Assim, é nessa gigantesca sociedade de consumo que tentamos encontrar, desesperadamente, espaço para novos valores.A crise que atravessamos é não apenas econômica e financeira. É uma crise do sentido da vida comum nas sociedades, cujo único horizonte já não pode ser o do consumo. As respostas que devemos dar a isso não podem ser exclusivamente técnicas. Também é preciso  pensar em termos de civilização.E é urgente reforçar a igualdade social, mas igualmente as solidariedades reais, no seio da família, entre as gerações,na empresa. Pois são elas e apenas elas a dar hoje um significado à existência cotidiana. É nessa perspectiva que o Conselho de Análise da Sociedade formula aqui propostas concretas que articulam com uma análise fundamental da situação presente.Ao final do relatório, diz o autor:Uma sociedade que parece atribuir à vida humana como único horizonte de sentido apenas o consumo, do cada vez mais, é intrinsecamente insatisfatória. E isso por uma razão fundamental: a distância entre o aumento exponencial dos desejos e a evolução relativamente lenta do poder de compra só pode criar frustrações irremediáveis e cada vez maiores, sobretudo se essa sociedade também tiver a indecência de expor, sem o menor pudor, o fato maciço e bem visível das desigualdades.Quando a vida em comum tem um sentido, a questão do poder de compra,pelo menos depois de passado o limiar da miséria, está longe de ganhar a importância que assume em uma sociedade que, conforme vimos, na verdade encontra maneiras e razões para organizar o nonsense. Vale a leitura e a reflexão do Luc Ferry sobre o momento por que passa a humanidade, para encontrarmos um  sentido e novos valores para a vida humana.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O clamor da sociedade brasielira

O Brasil entra na reta final sobre o impeachment da presidente Dilma está semana, e todos os brasileiros aguardam esta definição  para que o país possa voltar a retomada da governabilidade que têm criado uma série de dificuldades em todos os campos do conhecimento. Precisamos urgentemente voltar a ser competitivo no mundo atual,mas para isso precisamos de energia, transporte, mão de obra qualificada, comunicações e informática. O nosso país é possuidor desses requisitos? Acrescente a isso uma burocracia infernal, carga tributária excessiva, custo do trabalho em elevação, inflação em alta e taxas de juros exorbitante. A perda de competitividade do Brasil em relação ao mundo desenvolvido é vergonhosa. Aquele que venha dirigir está nação,precisa definir uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação,investimentos em infraestrutura e continuar nas desonerações, tornado-a não pontuais, e sim estruturais na economia.Vários estudiosos sinalizaram que sem aumentos de produtividade nenhum país consegue se desenvolver. O professor Delfim Netto, em artigo na folha de São Paulo em 11\05\2011, cujo título é "Lição de casa", chamava atenção para a importância do sucesso do estado indutor constitucionalmente controlado que descrevo a seguir: a) Realizar uma política fiscal com olhos no longo prazo, com moderados déficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública bruta\PIB; b) Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento; c) Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir;d) Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal,leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa; e) Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos; f) Dar liberdade bem regulada aos mercados; g) Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional. Acrescentaria o aprimoramento da nossa governança corporativa, em todos os níveis dos três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) tendo como objetivo maior o fim da corrupção, da impunidade e a melhoria do nosso sistema de decisão. A sociedade brasileira precisa sair desta inércia é preciso acelerar, correr contra o tempo, definir a governabilidade, readquirir a confiança dos investidores internos e externos,  ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para uma sociedade se desenvolver.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Avançar

A situação política em que se encontra o Brasil é extremamente delicada. O país está anestesiado, a classe política responsável por esta situação precisa resolver este problema urgentemente para que a economia volte a dar sinais de vitalidade.Os três poderes, pilares de sustentação de qualquer democracia ( Executivo, legislativo e judiciário) precisa de forma harmônica encontrar  um consenso. O desemprego assustador, pequenas e médias empresas fechando (basta ir a qualquer centro de consumo para constatar essa realidade), juros elevadíssimo,consumo  em baixa, inflação dando sinais de queda em razão da recessão que estamos vivenciando e uma dívida pública bruta em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), preocupante e que gera dúvidas quanto a sua sustentabilidade Os macrosmercados (trabalho, moeda,bens e serviços e cambial) aguarda uma definição política para que os seus preços e quantidades se ajuste e que possamos retomar o crescimento tão desejado por todos os brasileiros. Os investimentos privados ou em parceria com o setor público só retornará quando a governabilidade foi restabelecida. Uma nação é hoje avaliada pelos grandes investidores como se avalia uma empresa: O país têm governança, o poder aquisitivo dos trabalhadores está em elevação, as taxas de juros real são compatíveis com o mercado internacional, os fundamentos da economia estão corretos, a corrupção é punida severamente, os empreendedores estão motivados para investir em novos negócios, a atmosfera no ambiente de negócios é positiva, a burocracia não dificulta a realização dos projetos de investimentos, os mercados estão todos regulamentados com as regras bem definidas e transparente. É isso que precisamos restabelecer para que a confiança dos agentes econômicos ( o país volte a ser atrativo)  volte a se normalizar e o sistema econômico dar sinais de equilíbrio. O professor Henrique Meirelles, em artigo na folha de São Paulo,no dia 03\04\2016, cujo título é "Questão capital", em resumo enfatiza o que escrevo a seguir: "Mas, superada a crise política e definida uma política econômica eficaz, capaz de inverter a tendência de crescimento incontrolável da dívida pública, criar regras estáveis e atraente ao investimento em infraestrutura e aprovar reformas para promover a produtividade e restabelecer a confiança, teremos no mercado de capitais internacional e na disponibilidade de recursos do mundo fontes fundamentais de investimento no Brasil. Cabe a nós, portanto, solucionar os nossos problemas políticos e, a partir daí, montar nova plataforma de crescimento sustentado que traga segurança e previsibilidade aos investimentos. Não deverá faltar capital". A classe política brasileira precisa encontrar uma saída para esse problema político que nos encontramos hoje, para que acontecimentos saudáveis voltem a ser restabelecidos no âmbito político e econômico  para o bem de todos os brasileiros no presente e em um futuro sem surpresas.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Novos ricos

Mia Couto é um dos .principais escritores africanos da Atualidade. Tive o privilegio de ler muitos livros do autor que nasceu em Beira, em Moçambique e sugiro aos meus leitores que busquem acessar os seus livros para compreenderem os valores e a cultura africana que em determinados momentos convergem com a nossa cultura e a relação histórica entre esses dois continentes.Nas redes sociais têm uma crônica de Mia  cujo título é "Pobre dos Nossos Ricos "que reflete muito bem a nossa situação política em que nos encontramos. Relato a seguir: " A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza.Na realidade , melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.Endinheirados é quem simplesmente tem dinheiro ou pensa que tem. Porque na realidade, o dinheiro é o que o tem a ele. A verdade é esta:são demasiados pobres os nossos ricos. Aquilo que têm,não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu,é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas.Não podem,porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura.. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem. O maior sonho dos nossos novos - ricos é, afinal muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos,ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal. Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura,o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza. Como eu sonhava que Moçambique tivesse ricos de riqueza verdadeira e de proveniência limpa! Ricos que gostassem do seu povo e defendessem o seu país. Ricos que criassem riqueza. Que criassem emprego e desenvolvessem a economia. Que respeitassem as regras do jogo. Numa palavra, ricos que nos enriquecessem". Sem mais palavras, parabéns Mia Couto.

domingo, 20 de março de 2016

O futuro não pode esperar

O ministro da Fazenda , Nelson Barbosa, disse com muita clareza que está na hora de a política ajudar na recuperação da economia, sabendo que o ambiente está bastante conturbado. Afirma o ministro: "propostas extremas, seja de um lado ou de outro, não são sustentáveis. Incerteza política atrasa a recuperação da economia.As reformas tão citadas em outras crônicas,como a fiscal, trabalhistas,previdenciária e política precisam ser aceleradas como forma de garantir confiança a todos os agentes econômicos  que hoje encontra-se desconfiado de um governo confuso e anestesiado pelos próprios políticos que a criaram. Os poderes,executivo, legislativo e judiciário, são independentes mas ao mesmo tempo é fundamental  que busquem uma compreensão técnica e lúcida das questões políticas para  que o sistema  econômico volte a crescer. O professor Henrique Meirelles, em artigo na Folha de São Paulo no dia 20\03\2016, cujo título é "Quando o futuro chegar", nos afirma em resumo que: A inflação voltou a ser alta e resistente,mas não há problema estrutural que a impeça de convergir à meta de 4,5%. É um desafio,mas o país já mostrou que é capaz de superá-lo.A questão fiscal , no entanto, segue preocupante e tem impacto na confiança. O Brasil tem forças estruturais capazes de ancorar as expectativas de recuperação e desenvolvimento - a escala de mercado nacional, um dos maiores do mundo,eleições livres e regulares,imprensa independente, amadurecimento crescente da população ao demandar inflação baixa e controlada e maior qualidade de serviços públicos e privados, empresas sofisticadas e bem geridas e o espírito empreendedor e trabalhador da população. Se o Brasil maximizar os pontos fortes e minimizar os pontos fracos via ajuste fiscal e medidas que estimulem nossa produtividade e competitividade com melhoras na educação e na infraestrutura,com certeza o país voltara a crescer". Para que isso ocorra é preciso sinalizar para a sociedade de forma transparente a adoção das medidas adequadas  para reverter este quadro confuso que nos encontramos. Finalizo afirmando que, estimular a confiança de todos os agentes econômicos torná-se indispensável a qualquer nação que precisa se recuperar.

sábado, 12 de março de 2016

Manifestação

Qualquer nação é possuidora de um projeto de prestigio,poder e prosperidade. A nação brasileira encontra-se neste instante com o seu projeto de futuro anestesiado, em função de uma crise política criada pelos próprios políticos que a sociedade elegeu. Vivemos uma recessão, onde a uma contração nos níveis de consumo, inflação alta, acima da meta estabelecida  pelo governo,juros elevadíssimo, queda no investimento que provoca retração no mercado de trabalho. A desigualdade se acelerando, contribuindo para o aumento da violência e essa indecisão política agravando cada vez mais está situação que precisa urgentemente de uma solução. A classe política brasileira precisa ser renovada, não é admissível os grandes representantes da nossa nação: presidente do senado, da câmara federal, um ex-presidente da república e sua família, líder do partido que hoje governa o país, sendo julgados e devendo explicações a nação. Vários políticos e executivos indicados para ocupar cargos de confiança de muitos partidos envolvidos com corrupção e a classe empresarial também contribuindo com essa situação vergonhosa que encontra-se o nosso país.A operação Lava- Jato, espero que seja um marco na caminhada para um aprimoramento na governança corporativa deste país, as empresas públicas e privadas necessitam criar internamente,mecanismos que iniba os maus procedimentos e que as operações tenham maior transparência, sinalizando para a sociedade que os recursos estão sendo bem aplicados com eficácia e eficiência. A nação brasileira, não pode mais esperar em virtude da grave situação econômica em que se encontra e que só será resolvida quando a grande questão política for sanada. Os investimentos externos e internos tão necessários para estimular o  nosso crescimento, precisa de um ambiente favorável, de uma atmosfera positiva, que haja confiança no poder incumbente, com regras claras  e metas bem definidas. A manifestação que se realizará amanhã têm a função de chamar atenção para aqueles que amam o país e quer um futuro digno para todos os brasileiros, que a mensagem seja ouvida pelas autoridades dirigentes,por que a população   não aguenta mais tanta safadeza e promiscuidade na vida política do nosso Brasil nos três níveis de governo (central,estaduais e municipais).

domingo, 6 de março de 2016

Semelhança

Em artigo na Folha de São Paulo no dia 02\03\2016, cujo título é "Será o fim", o economista Delfim Netto afirma em resumo: Neste instante em que o país testemunha as trágicas consequências de uma política voluntarista. Mesmo o indivíduo mais modesto sente que o único caminho  que lhe resta é encontrar um emprego remunerado  e continuar a receber um apoio que lhe dê proficiência funcional e lhe permita,com seu próprio esforço, conquistar a cidadania.Mas todos sente que isso só acontecerá se for restabelecida a confiança entre a sociedade e o poder incumbente que, com as informações então disponíveis, ela mesma elegeu. É condição necessária (ainda que não suficiente) para a retomada do crescimento sustentável e inclusivo.É insensato, por outro lado, negar que, de 2003 a 2011, beneficiado por uma excepcional expansão externa, o Brasil melhorou: cresceu em média 4,1% ao ano  - 40% acumulado-, aumentou a igualdade de oportunidades, reduziu a desigualdade, manteve a inflação relativamente controlada, gerou superavit primário médio de 3,1% do PIB e estabilizou a relação dívida bruta\PIB (após reduzi-la) em 52% do PIB. Infelizmente, para controlar a inflação, valorizou a taxa de câmbio e destruiu a industria nacional.Uma enorme miopia ideológica a partir de 2012 impediu que o governo visse que as condições objetivas tinham mudado e que era hora de também mudar a política econômica. Insistir na mesma foi um erro. Aprofundá-la, como sugere o "Programa Nacional de Emergência" do PT, será a destruição final do governo Dilma Rousseff. O professor Henrique Meirelles, em artigo na Folha de São Paulo no dia 08\03\2016, cujo título é "Expectativas  e realidade", afirma em resumo:No Brasil, tivemos nos últimos anos queda acentuada e constante das expectativas e dos índices de confiança, que levaram à queda dos investimentos e da capacidade de oferta de bens e serviços. O resultado do PIB de 2015 referendou essas expectativas, O PIB recuou 3,8% em 2015, e a renda per capita caiu 4,6%.É muito importante entendermos essa dinâmica entre expectativas e fatos,que comprova a força da expectativas na economia de qualquer país. Quando os agentes econômicos perdem confiança no empenho das autoridades em cumprirem o que prometem, os resultados ruins de políticas equivocadas acabam intensificando,seja na atividade econômica, seja na inflação,para a qual essa relação expectativas-fatos é mais intuitiva. As expectativas, portanto, são fundamentais para o desenvolvimento econômico. Elas precisam ser baseadas na realidade e confirmadas pela ação dos governantes. Quando se promete o que não se realiza, por exemplo, o efeito é muito negativo, como vimos muitas vezes no Brasil. Alguma semelhança com a realidade brasileira. Boa leitura dos artigos dos mestres selecionados.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mudanças

Vivemos um momento que precisamos definir o mais rápido possível o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder. O Brasil apresenta uma estrutura de custos excessivamente elevada para fazer frente e poder participar deste mundo globalizado.Temos que reconhecer que nossa produtividade é demasiadamente baixa em relação aos países avançados. O ambiente de negócios é confuso,não estimula os empreendedores internos e externos a investirem,uma burocracia sufocante, uma logística degradada por falta de investimentos e manutenção e uma mão de obra cujas qualificações deixa muito a desejar. Muitos setores produtivos  que poderiam gerar emprego e renda encontram-se esclerosados por uma presença sindical orientada ao velho contraste capital\trabalho e outros são instrumentalizados pelo compadrio ideológico arcaico.A classe empresarial brasileira há muito tempo só enxerga os bancos oficiais e não o mercado. Estimular a inovação de empresas criativas e fortalece-las para sua integração as cadeias globais é de fundamental importância. O mercado internacional, move-se em três direções:( Intrassetorial, intrafirmas e intraprodutos ) é preciso reconhecer está realidade e tirar proveito das nossas potencialidades. Criarmos condições, para ampliarmos o número de multinacionais brasileira, para ingressarmos nos mercados europeus, americanos e asiáticos . Elaborar uma estratégia industrial que estimule a exportação. Os benefícios e melhores remunerações só ocorrerão amanhã com o que se pratica hoje. É hora de iniciarmos uma nova fase na trajetória do nosso desenvolvimento. É claro que o desenvolvimento sustentável que tanto buscamos necessita que os nossos governantes direcionem esforços,para equilibrar os macros mercados: (trabalho, cambial, bens e serviços e moeda), as reformas tributárias,previdenciária, trabalhista e política precisam ser aceleradas para sinalizar para a sociedade que o governo nos três níveis(federal, estaduais e municipais) agente econômico extremamente importante, está também preocupado com a situação que nos encontramos.A classe política brasileira, precisa se renovar e está atenta as mudanças que o mundo  sinaliza, basta de corrupção, ter zelo pelos bens públicos, aprimorar a nossa governança corporativa e usar de modo intensivo a tecnologia da informação e comunicação, como forma de otimizar o nosso sistema decisório  e ampliar a transparência das suas ações.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A lucidez de Delfim Netto

Mais uma vez abro espaço nesta coluna para apresentar aos meus leitores um artigo elaborado pelo maior economista do Brasil, o professor Delfim Netto, na Folha de São Paulo,no dia 17\02\2016, cujo título é "Lucidez", coisa que não falta a este grande economista. A seguir o artigo, que vale sua leitura por todos aqueles que têm responsabilidade por este país.  Talvez o mais difícil problema que resolvemos foi o do processo inflacionário quando ele atingiu o seu paroxismo no governo Collor. O seu sucessor, Itamar Franco –uma personalidade mercurial–, realizou um governo de boa qualidade: 1) crescimento médio de 4,9% em 1993-94; 2) superavit primário de 5,6% do PIB em 1994 e 3) negociou a dívida externa que se arrastava havia anos. Com isso construiu as condições internas e externas para um bem sucedido programa de estabilização monetária. Iniciado pelo ilustre ministro da Fazenda Rubens Ricupero e terminado por Fernando Henrique Cardoso (que com ele se elegeu presidente), será sempre lembrado como um corajoso e ousado ato político de um modesto presidente que incorporou e executou o Plano Real, uma fina joia que honrará para sempre os economistas que o conceberam.Estamos hoje numa situação parecida. O desequilíbrio fiscal em que nos metemos não será resolvido sem uma retomada do protagonismo do Poder Executivo e da volta do crescimento.Dilma tem de convencer o PT que não há outra saída que não a de aprovar as medidas constitucionais e infraconstitucionais capazes de garantir o equilíbrio das contas públicas no prazo de alguns anos.Quanto mais crível, isso é, quanto mais rápida for a reconstrução da confiança da sociedade, mais rápida será a volta do investimento e do crescimento. Não há mais tempo! Como diz o velho ditado "se alguma coisa não pode continuar para sempre, em algum momento ela, por bem ou por mal, vai parar".Esgotou-se o tempo de políticas populistas refratárias às limitações físicas impostas pela realidade qualquer que seja a organização da sociedade: o capitalismo "real" ou o socialismo "real".Só no pensamento mágico do inexistente socialismo "ideal" da vulgata marxista (pobre Marx, nas mãos da nossa "esquerda"!) ensinado na disciplina de história nas nossas escolas, é que elas podem continuar para sempre...O PT precisa de um "aggiornamento" como está sendo imposto aos socialistas franceses pelo ministro das finanças Emmanuel Macron.A presidente sabe o que fazer, dispõe de bons quadros técnicos e tem tempo para enfrentar nossas adversidades. Indo pessoalmente ao Congresso mostrou a sua disposição de assumir o protagonismo que o Brasil dela espera.A oposição sabe que diante do saudável "principismo" do Supremo Tribunal Federal a probabilidade do seu impedimento é mínima. E a presidente sabe que sem apoio do Congresso, reconstruir o equilíbrio fiscal estrutural é impossível. A nação espera, angustiada, um ataque geral de lucidez!