domingo, 25 de abril de 2010

Viva o Trabalhador

Qualquer pessoa independente da sua posição social, refletindo sobre as condições em que vivem milhões de trabalhadores brasileiros que atuam nos setores da economia (formal e informal), com certeza não compreenderá como esses indivíduos suportam receber no final de cada mês um salário ridículo, mesquinho, miserável e fora dos padrões éticos de qualquer economia.Se analisarmos como comportam-se essas famílias no seu dia à dia, para suprirem suas necessidades básicas é algo surrealista.As dificuldades são tantas que fica difícil de enumerá-las.Em muitos lares é frequente observarmos o excesso de falta, abundância de inexistência e exagero de escassez.Este processo de transferência da marginalidade passa de pai para filho e posteriormente para os netos, o que já tornou-se secular neste país.Não vislumbra-se nenhuma esperança, só agonia e a cada dia sendo mais exigidos em nome da produtividade, na pura ilusão de que o amanhã será bem melhor e que esta distribuição de renda , que representa a maior imoralidade já vista, será modificada através dos engenheiros macroeconômicos de Brasília.O que mais impressiona é alguns indivíduos e políticos serem contra os programas sociais que o governo central criou com o objetivo de chegar a essas famílias recursos financeiros que possam atenuar a sua miserabilidade,provendo o mínimo para uma vida digna, diga de passagem insuficiente para renovar as suas energias humanas e ainda tendo de cumprir uma serie de exigências para ter acesso a essas migalhas.Mas nos salários deles e dos políticos devem ser revisados, ganham pouco, as atividades que desenvolvem exigem muita energia humana, tanto manual como intelectual.É através deles que dependem a salvação da nossa pátria tão diminuída, dividida e humilhada pelo vício da corrupção que todos nós sabemos sempre ocorreu e ocorre nos corredores, gabinetes dos ministérios ou em locais específicos para as trocas de favores, onde tudo é usado em nome do nosso desenvolvimento.(Basta tomar conhecimento ao que está ocorrendo no governo de Brasília). Até quando continuaremos com esta farsa, negando aqueles que realmente impulsionam a nação o direito de terem acesso aos frutos do progresso e do consumo,objetivo de qualquer economia que através dos procedimentos distributivos, buscam manter internamente a paz, tranquilidade e redução da violência, evitando assim qualquer perturbação que venha comprometer a nossa democracia, que tanto custou a ser conquistada.Nenhum país do mundo possui um povo tão alegre, criativo, paciente e trabalhador como o nosso.O país é rico, com ilhas de primeiro mundo e injusto, negando todos os dias aos trabalhadores o direito a saúde, educação de qualidade, transporte, lazer, alimentação e trabalho com salário decente, justamente aos que todos os dias dão sua contribuição honesta e sem trapaça a nação brasileira.Até quando iremos a isso suportar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Questão da Inflação

É muito importante que as metas inflacionárias estabelecidas sejam cumpridas, é parte integrante e um dos pilares de sustentação do modelo macroeconômico brasileiro, juntamente com o superavit primário e o câmbio flutuante.Toda vez que os preços relativos apresentam sintomas de elevação,entra em ação a política monetária através da elevação da taxa de juros para conter o consumo e assim acomodar a relação( produção - consumo ).É bom lembrar que uma das questões centrais da economia e muitas vezes ignorada nas análises econômicas é a existência de conflitos entre os objetivos perseguidos pela política econômica. É importante afirma que os objetivos de política econômica não são independentes,e sim conflitantes.O Banco Central ao tomar a decisão de aumentar a taxa básica da economia (SELIC), na próxima reunião do Copom,contém a inflação, porém inibi o investimento, concentra renda, aumenta a dívida pública, cria desemprego e valoriza a nossa moeda pela entrada de recursos externos em busca dos ganhos proporcionado pelo diferencial de juros (internos x externo). Esse círculo vicioso da economia brasileira de avançar em um período e parar adiante e recomeçar tudo de novo,cria um desânimo nos agentes econômicos, já é hora de dar um basta e buscar outra alternativa, para que não dificulte o acesso ao consumo do povo brasileiro.O senhor Emílio Odebrecht, um dos grandes empresários que muito tem contribuído com a nação brasileira, em artigo na folha de são paulo, definiu com muita inteligência está situação : "Entidades como o IBGE e a Fundação Getulio Vargas já demonstram, através de seus índices de preços, que desde o início de janeiro o custo de vida vem crescendo.Não acho que isso seja decorrente de problemas de nossa política monetária, que considero correta.Se a carestia começa a nos rondar, isso é devido a um desarranjo histórico da economia nacional.Explico: sempre que a inflação preocupa, os juros sobem. Com os juros altos, o setor produtivo reduz os investimentos e as empresas não crescem.Então, em algum momento, a inflação recua, os juros caem, a economia respira e a população, confiante, vai às compras. E aí surge o gargalo: as empresas, com seu parque industrial defasado, não dão conta de suprir o mercado. O resultado é a alta dos preços, ou a famosa inflação de demanda. Em resposta, o Banco Central sobe os juros novamente.Sabemos que há outros fatores que provocam inflação. O desequilíbrio fiscal, por exemplo.Mas, diante da expectativa de elevação dos juros na próxima reunião do Copom, aproveito a oportunidade para destacar dois aspectos: o primeiro é que maiores níveis de poupança é imperativo, e o segundo, que uma equação que viabilize linhas de financiamento de longo prazo por parte dos bancos privados e públicos para o setor produtivo, hoje dependente única e exclusivamente do BNDES, é fundamental.Precisamos de mais poupança e de crédito contínuo, estável e a juros que estimulem os investimentos. Só assim nossa estrutura produtiva se ampliará e a economia seguirá seu curso, livre dos soluços de aumento de juros a cada sinalização de crescimento da inflação provocado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda.Quando a produção no Brasil parar de correr atrás do consumo e quando tivermos uma cultura da poupança, inclusive no setor público, nos libertaremos do círculo vicioso descrito acima.Não se constrói uma economia sólida atacando apenas os sintomas. Se não agirmos de forma coordenada sobre as causas, sairemos deste período inflacionário para cair logo adiante em outro da mesma natureza".Logo, necessitamos que o planejamento estratégio do nosso país valorize a produção, criação de riqueza, emprego, renda e que possamos ingressar de uma vez em um círculo virtuoso de crescimento sustentável, buscando o equilíbrio tão esperado do ( humano - econômico - ambiental ).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Crescimento Econômico X Desenvolvimento Humano

Recentemente lendo um artigo na revista veja do senhor Gustavo Ioschpe cujo título é Brasil: a primeira potência de semiletrados?, nos leva a refletir como este país estará daqui a 30 anos com os dados que são apresentados referente a educação.Uma pesquisa de 2009 sobre alfabetização, feita pelo Instituto Paulo Montenegro, revelou que apenas 25% da população adulta brasileira é plenamente alfabetizada, ou seja só um quarto dos brasileiros conseguem ler e entender um texto.Logo, esta situação compromete o nosso crescimento econômico, nenhuma nação se tornou potência com uma população de semianalfabetos.Neste mesmo artigo,é apresentado uma pesquisa de três economistas:Gustav Ranis,Frances Stewart e Alejandro Ramirez que analisaram 76 países durante um período de 32 anos e chegaram as seguintes conclusões:Dividiram-nos de acordo com dois critérios:crescimento econômico e desenvolvimento humano (neste caso medido através de uma combinação de indicadores de educação e saúde). Segundo os economistas você pode ter duas dimensões de equilíbrio(quando o econômico e o humano são igualmente altos ou baixos) e duas de desequilíbrio (quando o econômico é alto e o humano é baixo, e vice-versa).As conclusões são extremamente interessantes. As situações de desequilíbrio tendem a durar pouco, a primeira é que se um país tem muito crescimento econômico e pouco capital humano ele tende a parar de crescer. O crescimento econômico, quando desacompanhado de evolução do lado humano, dura pouco,todos os países que tinham alto crescimento econômico e baixo capital humano no início do período, nenhum conseguiu chegar ao equilíbrio em alto nível.Todos sem exceção, terminaram o período com baixo crescimento e baixo capital humano. Os países que montaram as suas estratégias de privilegiar o lado humano em relação ao lado econômico tiveram resultados satisfatórios, um terço chegaram ao nível de alta renda e alto nível humano; um terço continuou com um lado mais desenvolvido que o outro e apenas um terço regrediu para o fim trágico do baixo crescimento e baixo capital humano.Os outros países que encontravam-se em situação de desequilíbrio negativo mais da metade continuaram na mesma posição de estagnação durante o período da pesquisa. Essas conclusões são importantes para o nosso país,precisamos privilegiar o desenvolvimento humano para que possa acompanhar o crescimento econômico se é que queremos ser uma grande potência amanhã, necessitamos urgentemente de melhorar a qualidade da nossa educação para não corremos o risco de impedir que este crescimento ocorra.Na mídia televisiva,a todo instante é apresentado várias cadeias produtivas necessitando de pessoas qualificadas para preencherem os cargos que oferecem sem encontrarem no mercado os indivíduos com a qualificação exigida. Ou mudamos a nossa forma de pensar quanto a qualidade do nosso ensino(de nada adianta formarmos incompetentes),ou seremos eternamente uma nação emergente.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Empreendedores

Muitas vezes temos ideias que queremos transformar em oportunidade de negócio, mas é bom lembrar que existe uma grande diferença entre uma boa ideia e a percepção de oportunidade de negócio.Uma oportunidade de negócio surge quando o empreendedor perceber que realmente existem pessoas e empresas que estão dispostas a adquirir os serviços e produtos que ele pretende ofertar. Mas o empreendimento só terá sucesso quando conseguimos reunir quatro fatores extremamente importantes que são: pessoas talentosas, recursos, conhecimento, tecnologia e tendo certeza das reais necessidades de mercado dos serviços e produtos que irá oferecer.No mundo dos negócios, a atividade empresarial tem como meta vender e lucrar para que o empreendimento possa se perpetuar e crescer ao longo do tempo.Para que isso ocorra alguns cuidados tem que ser observados.A empresa que você criou, para que tenha uma gestão bem sucedida é necessário que três fundamentos básicos nela exista, como bem ensinou o senhor Vicente Falconi: Método, Conhecimento técnico e liderança. Por método entenda é definir metas, escolher o melhor caminho para alcançá-la, garantir a sua execução, estar sempre atento no controle e padronizar.Conhecimento técnico é buscar no mercado o que tem de melhor, criar uma cultura interna de inovação através da pesquisa e desenvolvimento e liderança é ter sempre os melhores,treinar à exaustão, criar um clima agradável de trabalho e ser generoso com quem merece. Os empresários bem sucedidos, são aqueles que sabem conquistar os seus clientes, de tal forma que conseguem vender uma quantidade superior ao seu ponto de equilíbrio para que permita gerar o lucro que almeja. Para isso exige que sua política de precificação seja bem definida, de tal modo que o seu preço supere os seus custos e lhe garanta o lucro esperado .Com os fundamentos acima citados a empresa deve funcionar perfeitamente nas suas relações com os clientes e o mercado, não necessitando que as decisões que são tomadas a todo instante exija sempre a presença do seu presidente. O líder precisa alocar as suas energias é na criação de novos negócios que surgem constantemente neste mundo extremamente dinâmico, evolutivo e globalizado, onde a internacionalização das empresas é no meu entender uma fonte riquíssima a ser explorada para gerar valor aos investidores, colaboradores e a sociedade.É uma questão de sobrevivência.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Mulher

Se perguntassem-me o que mais admiro e amo nesta vida, não teria dúvida em responder: A mulher. Essa minha confissão não limita-se simplesmente ao prazer que ela nos proporciona e sim na sua capacidade de dar a nós homens, a sensação de nos sentirmos vivos, felizes e amparados no transcorrer da nossa existência. O papel da mulher apartir da década de 1960 do século passado evoluiu tanto, que dificilmente seriamos capazes de delimitar a sua área de atuação nos dias atuais.No Brasil, onde são maioria e representam 51% da nossa população, visualizamos um quadro onde segundo informações são mais estudiosas. Como educador universitário a muitos anos, observo um número cada vez mais crescente de mulheres em cursos que antes era de predominância dos homens, participam cada vez mais na organização da sociedade civil e representam uma força de trabalho significativa na nossa economia.Infelizmente ainda observamos por parte dos homens uma visão arcaica, ultrapassada pelos seus questionamentos,tem homens que não aceita a companheira ganhar melhor que ele, sente ciúme, ao mesmo tempo é inadimissível as organizações ainda hoje praticarem remunerações diferenciadas nas atividades profissionais que desempenham. Acredito que seja fruto de uma sociedade machista ou das transferências culturais da própria família, onde o pai até pouco tempo era a figura principal e a mulher , a secundária.Fico horrorizado quando constato tanta brutalidade, indiferença e descaso aos vários papéis que desempenham, tais como: mãe, mulher, dona de casa e trabalhadora.É bom salientar que mesmo aquelas que se dedicam só as atividades do lar, exercem uma função de extrema importância, e pior, não há ganho financeiro, não é valorizado, não tem fim, é por demais cansativo e tem que ser feito. É notável o avanço das políticas públicas em nosso país, voltadas para proteger e dar dignidade ao seu exercício de cidadania, como exemplo podemos citar a lei Maria da Penha, que tem proporcionado as mulheres uma maior segurança nos seus relacionamentos com os homens. Só resta a nós,agradecermos tamanho conforto visual que nos proporciona todo dia a onde estiverem e fazermos uma revisão dos nossos valores em relação a elas e ao mesmo tempo solidarizarmos com o criador pela sua capacidade inventiva de ter nos oferecido para conviver e compartilhar com as nossas vidas o que há de melhor neste mundo, a mulher.