terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Recesso

Meus caros leitores, informo que entro em férias e só retorno na segunda semana de janeiro de 2016.Desejando a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de felicidades, saúde e muita paz.Estou na maior cidade do Brasil. na casa do meu filho mais velho onde passarei os dias festivos e esticarei até ao Rio de Janeiro. Este ano que termina foi muito difícil em termos políticos, econômicos e sociais e aguardamos que em 2016, possamos voltar a ter novas esperanças na busca do equilíbrio do nosso sistema econômico e político para proporcionar uma melhor qualidade vida a todos os brasileiros.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Delfim Netto

O professor Delfim Netto, considerado como um dos melhores economista do Brasil, em artigos na Folha de São Paulo, cujos títulos são "Risco" e "Foi Bom"nos dias 2\12\2015 e 09\12\2015, retratou como muita inteligencia a situação atual do nosso país em termos político e econômico. Em resumo, descrevo a seguir: Talvez nunca tenha sido mais importante introjetar uma verdade intransponível: as condições sociais econômicas em que vivemos amanhã serão as que estamos construindo hoje. Mais do que nunca , o nosso futuro está contido na nossa capacidade de manobrar o presente. As perspectivas não são nada animadoras porque salta aos olhos a perda de protagonismo da presidente. É cada vez mais evidente que as dificuldades econômicas de hoje foram gestadas há três anos, em 2012. O governo reagiu à ameaça da queda do PIB mundial,com um exagerado ativismo voluntarista bem intencionado, mas que insistiu em ignorar a realidade. Um intervencionismo sem sólido fundamento e conhecimento em vários setores:eletricidade, portos, ferrovia etc., a redução arbitrária da taxa de juros real; a fixação de taxas de retorno irrealistas nas concessões de infraestrutura na busca da modicidade tarifária e o controle da taxa de câmbio e dos preços administrados para esconder a inflação, resultaram no oposto do que se desejava. Assustaram os investidores, inibiram a produção industrial e reduziram o crescimento. Deixaram uma inflação reprimida e um substancial deficit fiscal, que se está tentando corrigir em 2015.Ao longo desse período um processo destrutivo auto alimentado - dificuldade econômica que cria problema político, que piora a dificuldade econômica e levou ao paroxismo a disfuncionalidade da nossa organização política. Muito bem, definida pelo  mestre, a realidade política e econômica em que o país se encontra. No segundo artigo, em resumo descrevo a seguir: Existem momentos críticos que resolvem definitivamente uma dúvida. Na matemática, basta um contraexemplo para acabar com a mais bela conjectura. Pasteur,com um experimento, sepultou a teoria da geração espontânea, Eddington, com duas fotografias, confirmou Einstein. Sem juízo de valor, Eduardo Cunha criou um momento crítico que poderá acabar com a paralisia que resultou da perda de credibilidade da presidente. O quinquênio 2011-15 pode ser resumido num número. O PIB do Brasil cresceu um pouco mais do que 5% enquanto o PIB mundial cresceu um pouco mais do que 17%, e o dos emergentes (ex-Brasil), nada menos do que 28%. Logo a tragédia foi interna! Infelizmente, Dilma não mostrou disposição de enfrentar a realidade e reconhecer que o equivocado esforço para reeleger-se fora desastrado. A luta política aprofundou-se e transformou o resultado da eleição num martírio sem fim. A falta de protagonismo do Executivo e a sistemática negação da gravidade da situação colaboraram como entorpecimento da sua gigantesca base potencial: dez partidos sem nenhuma fidelidade. É importante que Dilma entenda que o que está em julgamento não é a sua honradez que todos reconhecem. São os problemas materiais de sua administração. O presidente da Câmara não é o autor da denúncia.É apenas o seu portador.Estamos diante do experimento crítico: ou Dilma defende-se corretamente, assume o seu protagonismo, enquadra a sua base e propõe reformas constitucionais indispensáveis ou a Câmara, convencida da impossibilidade de reconstrução da confiança da sociedade na presidente, dá-lhe a oportunidade de afastar-se com honra. No final deste artigo o mestre Delfim sinaliza: Lembremos que não gostar do governo nunca será uma condição suficiente para renová-lo antes da próxima eleição. Agora há, pelo menos, uma chance de luz no fim do túnel. Parabenizo o mestre pelos artigos que retratam com perfeição a nossa atual situação política e econômica. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Erros e vícios na política brasieira

Em fevereiro de 2015,escrevi este artigo "Erros e vícios", onde retratava o comportamento da classe política do nosso país. O momento é extremamente propício para mais uma vez refletirmos sobre está crise política  que estamos vivenciando. Segue o texto:

O que estamos assistindo em nosso país são velhos erros e vícios que foram se acumulando nas práticas políticas ao longo de todos esses anos dentro da administração pública e privada que só causam indignação e desmoralização da classe política. O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seu livro "Cartas a um jovem político", orienta que na  política algumas regras precisam ser seguidas, afirmava que:" Na vida política , ou você tem vocação para servir o público, ou é melhor não tentar, porque sem essa vocação, corre-se o risco de usar a política como escada para conseguir vantagens pessoais. Isso acontece em grande medida e é o que causa o repúdio tão grande do povo aos políticos. Uma coisa é você ser político no sentido comum, outra coisa é você ter uma visão de estadista. Aí já é mais complicado, poucos têm essa capacidade. Estadista é aquele que projeta o futuro do seu país, consegue enxergá-lo no contexto mundial e é capaz de conduzi-lo nessa direção. Políticos comuns existem aos milhares, os estadistas são bem poucos. Mas adiante diz o mestre: a diferença entre um bom e um mau político é ter coragem para corrigir o erro e enfrentar a derrota, não insistir naquilo que está errado e saber recuar quando necessário. Isso se chama sabedoria. Para ser um bom político é preciso, igualmente, ser capaz de ouvir. O grande político é o homem que consegue juntar pessoas de talento. Hoje ninguém mais pode saber tudo sozinho. A maneira de lidar com isso é se cercar das pessoas certas, atrair gente competente, formar equipes que saibam trabalhar com eficiência, motivar todas essas pessoas. O bom político tem que aprender a se reciclar permanentemente. O que era ser político há 30 anos é completamente diferente do que é ser político hoje. Política é um processo contínuo de convivência, diriam, em que você não cria apenas, recria também. Política não é a arte de separar os bons dos maus, mas sim a arte de tentar convencer os maus a ficarem bons. E depende também do que você chama de bom. Das várias disciplinas úteis para um político e onde as leituras certamente vão ajuda-lo, acredito que o mais importante é ter uma noção da história. É saber situar-se em seu tempo, ter consciência de que este se forma em uma sucessão contínua de êxitos e fracassos e que o que hoje é bom pode ter sido julgado mau ontem e vice-versa. No mundo atual, também é preciso saber alguma coisa de economia, claro, porque a economia predomina nos acontecimentos e nas sensações da sociedade. É bom para qualquer político moderno, igualmente, estar familiarizado com preceitos de administração. A grande diferença da administração em relação à política é que ela tem regras básicas, que precisam ser cumpridas. Requer disciplina e cooperação. Em política não. Mais ainda, na administração existe uma hierarquia estabelecida. O político, quando chefia uma burocracia administrativa não deve saltar as linhas de comando, nem mudar regras a cada novo impulso de vontade que tenha. Fundamental para governar não é a popularidade, mas sim o respeito, se você perde o respeito não governa. E o respeito se ganha agindo com seriedade no governo. Resumindo, para governar é fundamental ter rumo, direção, competência e ser respeitado". O grande estadista indiano Mahatma Gandhi, mostrou  com muita competência ao mundo  o que destrói o ser  humano. Dizia Gandhi: Política sem princípios, prazer sem compromisso, riqueza sem trabalho, sabedoria sem caráter, negócios sem moral, ciência sem humanidade e oração sem caridade. A classe política brasileira deveria seguir o pensamento do ex-presidente Fernando Henrique e Mahatma Gandhi para resgatar a credibilidade  de uma das carreiras mais brilhante que um homem pode seguir, a política. Eu acredito.