sábado, 23 de novembro de 2013

Desenvolvimento

Existe no mundo da economia vários conceitos sobre o que é desenvolvimento econômico. Uma definição da qual a expressa com maior abrangência diz:" O desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social". Qualquer país que possua um projeto de prosperidade, poder e prestígio, só atinge elevado nível de desenvolvimento político, social e econômico se possuir internamente um corpo de líderes capazes de exercer uma orientação firme e segura na busca desse objetivo. Desenvolvimento é um processo contínuo, precisa ser planejado, implica na atuação das  forças nacionais que atuem por um longo período e que tenha como resultado proporcionar um aumento do produto nacional e uma melhoria no bem estar social da população. Para que haja desenvolvimento, é preciso muito mais do que o aumento do PIB. O homem precisa se realizar mentalmente e desenvolver suas potencialidades emocionais e físicas. É preciso que a igualdade de oportunidade cresça permitindo a todos o acesso ao processo cultural e aos recursos naturais disponíveis. O desenvolvimento deve ser orientado no sentido de proporcionar a sociedade condições de estudar, amar, divertir-se, viver e até morrer. Claro que é um conceito amplo e as dificuldades para a sua implementação são muitas, o país precisa transpor obstáculos que são na maioria das vezes difíceis e de grande magnitude. Precisa englobar e adequar os fatores econômicos, sociais e regionais em um só processo de adequação e maturação. Os países para se desenvolver precisam eleger políticos que possuam uma visão de futuro e que estejam comprometidos com esses ideais.Os conhecimentos técnicos devem ser melhor explorados e os recursos disponíveis melhor utilizados criando uma combinação para aumentos continuados de produtividade, reduzir as práticas monopolistas, diminuir a burocracia, a tributação,  flexibilizar o mercado de trabalho, ter cuidado com a previdência e estabelecer maiores facilidades para os pequenos comerciantes e os agricultores. O Estado deve reconhecer que necessita da participação do setor privado para que esses objetivos sejam atingidos e como bem definiu o Profº Gustavo Franco: "O investimento privado precisa de outro tipo de incentivo: uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a carga tributária moderada, o custo do capital razoável, a macro economia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais profundo, os investidores institucionais prestigiados, o empreendedorismo celebrado e a chance de intervenções discricionárias de autoridades de vezo redentor desprezível. Esse conjunto de premissas ainda carece de um invólucro ideológico, um novo desenvolvimentismo, que melhor articule seus componentes e propague". O modelo de desenvolvimento que desejamos deve ser elaborado de tal forma que estimule a motivação da sociedade e que em todos os brasileiros o sentimento de pertencimento desse objetivo seja ampliado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Política Fiscal do Brasil

O governo tem uma participação significativa da renda nacional efetuando gastos no período com bens e serviços finais de consumo e com bens de capital e esta modificação na estrutura dos gastos  do governo provocou uma mudança no perfil da economia. O governo deve ser visto como uma macroempresa, influenciando direta e indiretamente o mercado. A sua influência direta se dá quando participa ativamente na produção de bens e serviços, investindo em determinado setor ou comprando cada vez mais bens de consumo. Sua influência indireta ocorre através das medidas tomadas no âmbito da política fiscal, trabalhista, previdenciária, cambial ou quando toma medidas eminentemente políticas  que provoca reflexos no sistema econômico. Ele financia esses gastos através das suas receitas fiscais, ou tomando empréstimos junto ao setor privado. O governo pode elevar ou reduzir a demanda agregada induzindo para uma política de demanda expansionista ou contracionista, quando aumenta ou diminui os seus gastos ou a tributação. Lembrando que gastos governamentais é injeção  e tributação é vazamento no circuito econômico. O grande Keynes afirmava que em períodos de insuficiência da demanda agregada, nos momentos em que consumo e investimento se retraem, gerando redução na renda e desemprego de trabalhadores o aumento dos gastos governamentais  eleva a demanda agregada e estimula os investimentos expandindo o nível de emprego e renda por meio do efeito multiplicador Em períodos que uma nação convive com uma inflação persiste e elevada para uma economia estabilizada é conveniente o governo realizar uma política fiscal com foco no futuro, ter controle sobre o seu déficit fiscal, ser rigoroso na relação dívida pública versus PIB, economizar nos seus gastos para abrir espaço para o investimento e contribuir com a política monetária para termos juros aceitáveis, e só teremos quando tivermos inflação aceitável. Precisamos atualizar as metas de inflação para 2015, definirmos um centro de 3% a.a. com viés de 2% e sermos persistente para alcançá-la. Segundo alguns estudiosos o país gasta hoje 5% do PIB com pagamento de juros  temos uma dívida liquida em relação ao PIB de 35% que nos obriga a termos um juros médio de 14,5% a.a. lembrando que um PIB real de 2,2% a.a com uma inflação beirando os 6% nos obriga a termos um PIB nominal de  no mínimo de 8% a.a. O crescimento vegetativo da nossa dívida liquida em relação ao PIB está na casa de 6,5% a.a o que nos obriga a termos um superávit primário para mantermos um equilíbrio nesta relação de no mínimo de 2,2%a.a.Se quisermos diminuí-la monotonicamente precisamos elevar esse superávit. Com desordem nas contas pública estabelece desconfiança no mercado, não atrai o capital privado e o custo do financiamento aumenta pressionando ainda mais a nossa dívida pública. Precisamos pensar a longo prazo o nosso país e não na campanha eleitoral que já começou e colocando em risco uma estabilização que é uma conquista do povo brasileiro que juntamente com a redemocratização tantos benefícios gerou a nossa sociedade. Vale apena lembrar o que dizia o memorável escritor Aldous Huxley, no seu livro" Admirável Mundo Novo", já preconizava as verdades dessa nova sociedade tecnocrática e cruel, em suas complexidades. Diz ainda o escritor acima citado que o preço da liberdade é a eterna vigilância. Fiquemos atentos.

domingo, 10 de novembro de 2013

Os macros mercados

Qualquer país se preocupa com o funcionamento dos seus macros mercados que precisam estarem bem alinhados na questão de preço e quantidade. Quais são esses macros mercados? O mercado de trabalho cujo preço é salário e cuja quantidade é o nível geral de empregos. Este mercado no nosso país encontra-se defasado em relação as reais necessidades de pessoal qualificado que o setor privado necessita para desenvolver as suas atividades. Importamos mão de obra qualificada, em razão do baixo nível de conhecimento dos nossos profissionais.Por termos uma baixa qualidade na educação, comprometemos toda a cadeia produtiva e como consequência temos baixa produtividade nas atividades que desenvolvemos. Produzimos mais com mais e perdemos a nossa competitividade. Daí a razão do nosso país apresentar baixo crescimento e de ampliar as dificuldades para fazermos a transição de um capitalismo de commodities para um capitalismo intelectual. Este mercado apresenta um custo elevado, contribuindo para termos uma inflação de custos. O mercado de moeda, cujo preço é a taxa de juros e cuja quantidade é os meios de pagamento, também encontra-se desequilibrado, possuímos uma das maiores taxas reais de juros do mundo (A SELIC, a taxa básica da economia brasileira irá aumentar na próxima reunião, atingira o patamar de 10% a.a.) com o objetivo de frear a inflação que já passa do centro da meta a muito tempo e aproximasse do teto estabelecido. A razão de termos uma taxa de juros tão elevada é consequência do descontrole das contas públicas, tributação elevada, crédito direcionado, inadimplência, inflação e depósito compulsório. Só teremos juros aceitáveis quando tivermos inflação aceitável. Atualizar as metas de inflação anual do nosso país se faz necessário, para continuarmos com a nossa estabilização econômica. O mercado cambial, cujo sistema de câmbio utilizado em nosso país é o de flutuação com intervenções governamentais que busca manter um valor que não estabeleça desequilíbrio interno e externo. Na minha opinião, um dos preços mais importante em um sistema econômico. A volatilidade cambial é um dos desafios da governança corporativa global e tem implicações com a nossa economia. Basta o Banco Central Americano, sinalizar recuo dos incentivos a sua economia e aumentar a taxa de juros de seus títulos que a desvalorização se espalha pelo mundo emergente.Desorganizando as contas públicas e pressionando o custo financeiro no ambiente empresarial. O mercado de bens e serviços, cujo preço é o índice de preços e cuja quantidade é o PIB, encontra-se estagnado. Desde a posse da nossa presidenta nos dois primeiros anos crescemos a taxa decrescente (2011-1,7% ;2012-0,9%) cujos valores são ridículos e este ano não passaremos de 2,5%, se atingirmos.É preciso que trabalhadores, comerciantes e empresários entendam que estamos em um ambiente de estabilização, aumentos de salários acima da produtividade,remarcações de preços abusivos como forma de gerar lucros extraordinários é a mesma coisa de estarmos marcando um encontro futuro com a desorganização econômica e ao mesmo tempo precisamos evitar que o consumo desse país corra sempre atrás da produção. Segundo os estudiosos precisamos gerar 130 milhões de empregos até 2030, neste ritmo dificilmente atingiremos está meta. As missões governamentais (estabilizadora, distributiva, regulatória, crescimento,bens e serviços e alocativa) precisam ser direcionadas em buscar um equilíbrio nestes macros mercados, e que os pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico ( metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante) não sejam negligenciados. Caso contrário nos defrontaremos em um futuro não tão distante  com sérios problemas interno e externo e a tensão social, tenderá a elevar-se. 

sábado, 2 de novembro de 2013

Eu tenho um sonho

Qualquer nação que possua um projeto de prosperidade, prestígio e poder precisa atingir as oito metas do milênio aprovadas na ONU em 2000, na maior reunião de dirigentes mundiais já realizada em todos os tempos. As metas são: Acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a Aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. As metas nos leva a um novo modelo de responsabilidade social e ambiental. Nos últimos anos muito se investiu  em programas sociais,  pelo setor público e privado. Observamos uma nova cultura corporativa, baseada na convicção de que já não basta oferecer bons serviços nem dispor de avançadas técnicas de gestão, contar com moderna tecnologia ou investir na inovação. Para que um país tenha sucesso exige adotar em todo o seu sistema produtivo as melhores práticas sociais e ambientais. Queremos ou (sonhamos) mudar o destino de todos os excluídos e não mudar a vida como acontece com os programas assistencialistas. Estimular as empresas para elaborarem e desenvolverem projetos estruturados, que tenham continuidade e concentrem neles seus recursos e talentos e que os resultados a serem atingidos tenham o mesmo empenho que adotam para atingir as suas metas operacionais e financeiras. Projetos sociais com mais foco, impacto e abrangência. A transparência na condução dos negócios e as práticas de governança corporativa, são manifestações de respeito não só pelo acionista como pelo mercado e pela sociedade em geral. É preciso profissionalizar a gestão da área social, com quadros capacitados, para montar programas, firmar parcerias,  auditar, fiscalizar e acompanhar.  A responsabilidade social é parte integrante da missão da maioria das empresas por entenderem que o Estado, mesmo nos países desenvolvidos, enfrentam dificuldades para atender às demandas, cada vez maiores da sociedade. Segundo o senador Cristovam Buarque, nós brasileiros temos  sonhos." Sonhamos que um dia nenhum dos filhos do Brasil será privado de uma educação de qualidade que lhe permita entender a lógica do mundo, deslumbra-se com suas belezas, indignar-se com suas injustiças, falar e escrever seus idiomas, ter uma profissão que lhe permita usufruir e melhorar o mundo onde vive. Para isso, sonhamos fazer que a mais pobre criança tenha, desde a infância, uma escola com qualidade das melhores do mundo, que um dia os filhos dos trabalhadores estudarão nas escolas dos filhos de seus patrões, os filhos das favelas nas escolas dos filhos dos condomínios e, em consequência, o Brasil terá pontes no lugar de muros entre suas classes e seus espaços urbanos. Sonhamos com cidades pacíficas, com economia eficiente, sustentável e distributiva; com serviços sociais funcionando; com a renda nacional bem distribuída. Sonhamos que  o Brasil será celeiro não apenas de soja e ferro, mas também de conhecimento nas ciências, tecnologia e artes; que o Brasil será um país regido pela ética no comportamento dos políticos e nas prioridades da política. E sabemos que todos estes objetivos passam pela escola de qualidade e mesma qualidade para todos. Sonhamos que o Brasil futuro será o Brasil de nossos sonhos." Finalizo, afirmando que a solução dos problemas sociais dependem da contribuição de todos e que os programas sociais ganhem cada vez mais abrangência e se tornem permanente para que os nossos sonhos como afirmou Cristovam possam ser realmente materializado.