sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eike Batista

Em artigo anterior tinha mencionado que em São Paulo, durante a minha estadia tinha lido bons livros e até mencionei o Livro do Ex-presidente Fernando Henrique "A SOMA E O RESTO - UM OLHAR SOBRE A VIDA AOS 80 ANOS', onde recomendei e recomendo a sua leitura. Mas li um outro livro que também recomendo que é do senhor Eike Batista, cujo título é" O X DA QUESTÃO". Este livro apresenta a trajetória do maior empreendedor brasileiro, tem como autor do prefácio, um dos homens mais inteligentes do nosso país, o senhor Eliezer Batista que por sinal é o pai do autor. Logo no inicio da leitura, o senhor Eliezer, diz: "Para os pais , o filho é a soma de todas as virtudes", ele tem total razão, tiro por mim onde também sou grande admirador dos meus filhos que tanta alegria tem me proporcionado nas áreas em que escolheram atuar.Mas adiante nos diz: " Uma boa forma de ir além do possível é marchar na direção do impossível". Onde afirma que o seu filho, nunca se diexou seduzir pelo atalho das falsas facilidades. Enaltece a perseverança e sua inteligência no ramo dos négocios, mas sempre enfatizando a importância da educação que a sua esposa a senhora Jutta ( A senhora Jutta tinha uma forma bastante especial de motivar nossos filhos. Ela dizia que todos deveriam ser melhores do que o pai) dedicou na formação dos seus filhos é bom lembrar que todos os outros também são bem sucedidos nas atividades que desenvolvem.Diz Eliezer que o filho levou ao extremo o aforismo de Fernando Pessoa que diz:"O homem é do tamanho de seu sonho e, desde cedo que começou a sonhar. Eike nunca mais parou de crescer". Uma coisa que me tocou profundamente, foi quando ele comentou que:"Nesta sinuosa contabilidade da vida, um pai só pode publicar o seu balanço após a divulgação das demonstrações de seu filho. São as conquistas do filho que atestam o êxito do pai". Aqui faço um paralelismo, sou realmente um homem muito feliz, os meus filhos também embora não tenham ficado milionários mas são realizados nas profissões que escolheram e fico feliz também em ter sido ultrapassados por eles que representa a minha maior conquista. A Eliezer quero parabenizá-lo pelo sucesso dos seus filhos e que Eike continue cada vez mais empreendendo, gerando riqueza, renda e emprego a muitos brasileiros. Mas a importância desde livro que aconselho a todos os meus leitores a lerem, está na forma como foi gerado, uma linguagem simples e bem pontual e um poder de síntese extremamente elevado. O que me chamou atenção é o modelo de gestão desenvolvido e aplicado até hoje nas empresas do Eike que é o modelo de" Gestão Integrada do Território", que não contempla apenas o perímetro ocupado por determinado empreendimento, mas todo o seu entorno. Os limites se expandem. Segundo o autor diz que: "A visão 360º graus é minha bússola, e quero agora compartilhar um pouco do instrumental téorico que serve de guia nos diversos negócios. Acredito que o empreendedor deve perseguir uma visão multidisciplinar, que proporcione clareza em relação a todos os procedimentos.Visão 360º graus é observar o entorno jurídico, político, financeiro, ambiental, social, humano, logístico, mercadológico e operacional". Segundo Eike, identifica nove áreas ou nove tipos de engenharia:" engenharia de pessoas, financeiras, jurídica, política, logística, ambiental e social, de comunicação, de saúde e segurança, além da própria engenharia da engenharia. Elas regem a órbita do mundo dos negócios no Grupo EBX". Vejo neste livro, um instrumento muito interessante para ser utilizado nas disciplinas de empreendedorismo e economia, onde lições de vida de um grande empreendedor são relatadas de forma simples que muito irá ajudar no raciocínio dos nossos estudantes, para serem debatidos em sala de aula.Mas adiante diz o autor:" O investidor tem todo o direito de duvidar de si mesmo antes de dar início a um negócio. Mais do que isso: ele deve exercitar a dúvida como aliada e conselheira. Também afirma:não existe perfeição no mundo dos negócios. Eu não aspiro à perfeição. Aspiro ao êxito". Finalizo, parabenizando este grande brasileiro, pelo seu êxito no ambiente de negócios e cada vez mais as suas empresas se desenvolva mostrando ao mundo o que um brasileiro é capaz e ao mesmo tempo chamo a atenção dos meus pares que utilizem este livro como guia em sala para estimular os nossos alunos que tudo é possível é só uma questão de estar atento a novas oportunidades e de estar preparado para enfretar os novos desafios que acontecem a todo instante.Segundo Eike, acomodação é palavra que não deve figurar no dicionário de um empreendedor.Parabéns Eike Batista.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

2012

Iniciamos o ano de 2012 na esperança que a economia brasileira mantenha um crescimento aceitável diante do quadro internacional extremamente instável, principalmente na Europa e EUA, com a crise da dívida. Dentro deste ambiente, com certeza o crescimento da produção mundial será menor e isso terá implicações com a nossa economia, somos um país exportador de commodities e a tendência é de seus preços caírem afetando o financiamento externo. O governo brasileiro tem tomado uma serie de medidas para suavizar a crise internacional em nossa economia. Diminuiu a taxa básica da economia em 0,5%, hoje a Selic encontra-se com uma taxa nominal de 10,5% a.a. se descontada a inflação prevista para 2012, tendo como centro da meta de 4,5% a.a. teremos uma taxa real ao redor de 5,74% uma das maiores do mundo. O Banco Central como sabemos tem como objetivo maior, colocar a inflação na meta estabelecida pelo governo e preservar a estabilidade do sistema financeiro. Vale mencionar que o Banco Central tem metas para a inflação e não trabalha com metas para a taxa de juros e nem para o crescimento. Se a risco para a inflação, a taxa de juros sobe e se o risco for para o crescimento, assegurada a estabilidade, a taxa de juros cai. No meu entender, acredito que o país crescerá no ano em torno de 3,5 % a 4,5% dependendo de como se comportará a economia mundial. Voltar-se para o mercado interno, estimulando crédito, aumento do emprego e renda e confiando nas reservas internacionais e nos depósitos complusórios como forma de estimular a economia é aceitável até certo limite. É preciso caminharmos para fortalecer a transição da nossa economia baseada hoje em commodities para uma economia intelectual. Isto leva tempo, é necessário ampliar o estimulo a educação de qualidade em toda a sua cadeia, melhorar a distribuição de renda(possuímos uma das piores distribuição de renda do planeta), inovação, criatividade, reduzir as dificuldades das empresas brasileiras frente a uma tributação excessiva e uma ausência de infraestrutura, diminuir a burocracia, avançar nas privatizações em áreas criticas onde o governo não tem condições de manter qualidade nas suas atividades e estimular o ingresso de capitais externos no setor produtivo. Lembrando que uma economia forte exige uma indústria forte, estamos assistindo nos últimos anos um declínio na participação da indústria no PIB, não podemos deixar de criar empregos, renda e tecnologia em um setor extremamente importante para qualquer nação. Determinadas relações comerciais precisão ser revistas, ter um consumo em massa aqui e lá possuir uma produção em massa e um consumo em massa este modelo é insustentável a médio prazo é preciso reavaliar esta situação principalmente com a China, grande parceira neste modelo agromineral, mas nas relações industriais as perdas brasileiras são significativas. O que vai acontecer em 2012 dependerá em parte da situação externa de dar sinais de retomada ao crescimento e de nossa capacidade de elaborar um Projeto de Desenvolvimento Sustentável e Coerente para a nação brasileira.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Retornando

Caros amigos, retorno aos meus artigos após merecidas férias. Nos últimos vinte e poucos dias, quinze deles passei em São Paulo, cidade que a cada ano mais admiro, tenho uma relação muito forte com aquele Estado, até por que estudei durante quase três anos na cidade de São José dos Campos, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no programa de pós- graduação, que foi extremamente rico para a minha formação. Além do mais, ser hospede na casa de um filho maravilhoso e de uma nora que adivinha os meus pensamentos e que procuram de todas as formas me agradar, tornando a minha estadia em momentos inesquecíveis, lembrando que no próximo mês nasce o meu primeiro neto homem, que se chamará Pedro, aguardo ansioso este dia que com certeza me fará muito feliz. Passiei muito, foi a bons restaurantes, livrarias, li bons livros, fui a shoppings e casa de shows, que não conhecia como CREDICARD HALL onde assisti a dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, extremamente gratificante, onde juntamente com o meu filho demos uma bela tapa em um bom Whisky, noite memorável. No período de 03\01 à 08\01\2012, viajei de São Paulo e fui com minha esposa conhecer a Argentina, precisamente a cidade de Buenos Aires. Nunca tinha visitado um país da América do Sul, embora tenha indo a América do Norte, Canadá e Europa. Fiquei surpreso, a cidade me encantou, limpa, arquitetura que lembra a Europa, ruas largas, comércio efervescente, em alguns bairros, como Recoleta, Palerno, Boca, Flores e o próprio centro da cidade. Buenos Aires lembra São Paulo em alguns aspectos, só em escala menor. Povo educado, possuidor de uma educação de qualidade , trabalhador, uma politica turística forte, onde atualmente os brasileiros tem uma presença marcante, principalmente por nossa moeda ser mais valorizada que a deles. Boas lojas, livrarias, música excelente(tango) e ótimos restaurantes em áreas vitalizadas como o Puerto Madero, vale a pena conhecer.Problemas, eles tem, visualizei favelas, um comércio informal muito forte e um nacionalismo extremado. No aspecto político com quem conversei, pessoal do hotel e taxistas, quando perguntava pelo governo da Cristina eles diziam como resposta: mais ou menos. O que pude perceber é que nos argentinos, o passado tem um significado muito forte e me parece ser maior do que o futuro. Essa minha constatação, confirma o que o Ex-presidente Fernando Henrique diz em seu livro, A SOMA E O RESTO - UM OLHAR SOBRE A VIDA AOS 80 ANOS, livro excelente e sugiro que leiam, um livro rico,em conhecimento sobre sua vida, sua visão de futuro não só da América latina como do mundo, recomendo a todos os meus leitores, não vão se arrepender, leitura agradabilíssima. Diz o nosso ex- presidente: " O peronismo é um fenômeno muito particular. Todos ou quase todos na Argentina se dizem peronistas. O peronismo teve significado no passado. Hoje não significa mais nada. A pergunta que mais me intriga é por que não surgiu algo novo na Argentina". Mais adiante diz o mestre: "O padrão educacional da Argentina é de alta qualidade. Lá existe uma classe média de verdade. Mas isso não se traduziu num processo de fortalecimento das instituições republicanas". Realmente,o relacionamento do atual governo, com os meios de comunicação, principalmente, com o os dois principais jornais do país é muito confusa. Resumindo, como bem definiu o mestre Fernando Henrique: " A classe média argentina teve medo da revolução e ficou depois assustada com a violência da ditadura.Os governos democráticos foram frágeis. A Argentina continua sendo um ponto de interrogação, e isso é vital para o Brasil. Um sólido eixo entre Brasil e Argentina é vital para a toda região". Foi isso que fiz durante esses dias, espero nos próximos artigos, possamos nos aprofundar em questões específicas e que sejam extremamente proveitosas para todos.Voltei.