sábado, 28 de maio de 2011

Governança Corporativa Global

Em setembro de 2009 as oito nações (G-8) que tinham as funções de definir as grandes políticas mundiais perceberam que não havia condições de levar avante as suas orientações sem a presença de outros países e transformaram esse colegiado em G-20, permitindo que todos os continentes fossem representados e particularmente o continente latino americano hoje liderado pelo Brasil, Argentina e México. Este colegiado hoje mais representativo, tem como objetivo discutir a cooperação e a coordenação de políticas Globais que venha a facilitar o comércio internacional de forma justa, que proporcione a longo prazo as condições de redução da pobreza e do desemprego e definindo principalmente questões relevantes no campo financeiro. O G-20, sabe que as principais ameaças mundiais que precisam ser enfrentadas são: uma de ordem macroeconômica que trata do colapso dos ativos, fruto da irresponsabilidade dos agentes financeiros das nações ditas desenvolvidas, guerras fiscais que hoje deixa várias nações em uma situação critica (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Reino Unido) a volatilidade do câmbio que tem criado sério desconforto nas relações internacionais, além das questões comerciais e ambientais. Essa reestruturação dos organismos internacionais precisa avançar mais ainda, em sua distribuição de poder para caminharmos na construção de uma nova ordem mundial.Questões que colocam o mundo em risco, como as guerras e a proliferação das armas nucleares são discutidas ainda pelos atores tradicionais que não querem compartilhar o poder. O Brasil há anos vem reivindicando um assento no conselho permanente de segurança da ONU, como forma de aumentar a participação dos países em desenvolvimento em questões que afetam toda a humanidade e as dificuldades são enormes para a sua efetivação. As políticas excludentes não podem prevalecer isso é contra-senso, as políticas externas não podem ficar condicionadas por princípios ideológicos, precisamos buscar uma ordem mundial menos hierarquizada e a globalização através dos meios de comunicação, permitiu que qualquer tema de interesse global todos os continentes através dos seus representantes possam participar da construção de um mundo globalizado que nos garanta racionalidades econômicas,comportamentais, meio ambiente, direitos humanos e o uso de armamentos. O mundo aguarda ansioso por mais segurança e paz.

domingo, 22 de maio de 2011

A Caminho do Desenvolvimento

Segundo os estudiosos o nosso país sempre se relacionou com o mundo, através de um entendimento de concordância e não de posições próprias e autônomas.A nossa formação se origina da visão grego-romana, influenciada pelo messianismo judaico, imposta à população local e africana. Fomos descobertos graças ao mercantilismo europeu e sofremos influência da revolução inglesa no nosso processo de industrialização.O nosso país ingressa no século XXI, desejando atingir um padrão civilizatório das nações ditas desenvolvidas. Aqui dispomos de uma população integrada em termos linguístico e cultural e possuímos ainda uma das últimas reservas naturais do mundo. Temos um parque industrial diversificado e com uma das economias mais frágeis, baseada na pior concentração de renda do mundo, carências de infraestrutura, falhas na regulação, comércio ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade, uma classe política inoperante e muitas vezes corrupta e indicadores sociais e econômicos vergonhosos entre as macro regiões. Mas estamos em busca de um futuro melhor e nele as alternativas serão encontradas. A sociedade brasileira precisa enfrentar este desafio que está na consciência do risco atual e na esperança do nosso potencial para superá-la. Não esquecer que a liberdade é uma necessidade natural, mas ser livre é uma conquista social.Ser livre é um processo contínuo de ir à luta para garantir as conquistas já feitas e ampliá-las. O censo-2010, mais uma vez demonstra que a caracteristica marcante da sociedade brasileira é sua dualidade. Os indicadores econômicos e sociais revelam duas macro regiões onde a modernidade tem vida (Sul e Sudeste) e a região Centro Oeste começa a apresentar indicadores de crescimento enquanto a região (Norte e Nordeste) possui o maior contingente da pobreza extrema deste país. Em alguns estados do nordeste é gritante a situação em que se encontra milhares de famílias. Estimulo a todos os brasileiros terem acesso aos dados do IBGE-censo 2010. As regiões Norte e Nordeste, os indicadores revelam uma sociedade primitiva, vivendo em nível de subsistência, no mundo rural ou em condições de miserável marginalidade urbana, apresentando padrões de pobreza e ignorância comparáveis aos das mais atrasadas sociedades afro-asiáticas. É urgente eliminarmos essa desigualdade regional, para permitir a transformação pessoal e social do nosso povo.Buscar formas alternativas de convivência é um exercício necessário à nossa liberdade, uma prática fundamental. Como muitos afirmam é do novo que se faz o presente. Não há porque esperar, os nossos sonhos precisam ser vividos agora. Amanhã eles serão outros. Queremos viver hoje sim a nossa utopia. Vamos acabar de vez por todas o mito do paraíso futuro. Não vamos deixar de viver o hoje esperando o amanhã. Viver o hoje com toda sua intensidade, no pleno gozo da liberdade, faz da vida uma atividade política criadora e apaixonante.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cultura Pública

No dia 11/05/2011, nas dependências do shopping Midway, precisamente na livraria siciliano ocorreu o lançamento do livro do professor Laurence Bittencourt leite, cujo título é "ENSAIOS POR QUE NÃO O QUE É NOSSO?". Laurence, além de um excelente educador, extremamente inteligente, com visão de futuro, admirado não só por seus alunos como também por seus pares, disponibiliza para a sociedade brasileira um conjunto de artigos que leva o leitor a refletir sobre o descaso da nossa sociedade em não definir com clareza um planejamento estratégico de forma continuada sobre a cultura pública e enfatizando sobre as deficiências histórica em nosso estado.É bom lembrar o que afirmou o profº Jorge da Cunha Lima: " A cultura não lida apenas com as artes e as universidades,mas com todos os valores da sociedade humana, que a um governo democrático incumbe respeitar e vitalizar. O projeto cultural de um povo não pode, contudo, ser definido por nenhum titular da pasta. A própria sociedade é que revela, a cada instante, e no seu curso, suas opções, suas necessidades básicas, cuja satisfação condiciona tanto a criatividade do povo quanto `a fixação de sua identidade". E também afirma: o primeiro valor da sociedade, que constitui a base de qualquer cultura, é a liberdade de expressão e de manifestação dos cidadãos. Isso, você encontra nos artigos do professor Laurence, onde estimula o debate em busca de alternativas que viabilize e torne a nossa cultura mais visível. Em um dos artigos diz:Critica é debate permanente e convivência com os contrários, embora nem sempre os contrários aceitem. Ou na frase de Rosa de Luxemburgo, a liberdade é sempre a liberdade de quem discorda de nós. Em vários ensaios, a uma preocupação com a nossa política cultural em valorizar os de fora em detrimento dos de casa e enfatiza a situação precária em que se encontra o nosso teatro. Segundo Roberto Freire,em seu livro," Viva Eu, Viva Tu,Viva o Rabo do Tatu", afirma;O teatro, para mim, é um espelho de carne, nervos, sangue e alma humanos. Em 1935,agradecendo a uma homenagem que a classe teatral espanhola lhe prestava, o grande Federico Garcia Lorca colocou desta forma sua visão poética do teatro social e a sua concepção social do teatro poético:" O teatro é um dos mais expressivos e úteis instrumentos para a edificação de um país é o barômetro que marca sua grandeza ou sua queda. Um teatro sensível e bem orientado em todos os seus aspectos pode modificar em poucos anos a sensibilidade de um povo;e um teatro destroçado e medíocre, pode inferiorizar e adormecer uma nação inteira. O teatro é uma escola de pranto e de riso, uma tribuna livre onde homens pode por em evidência moralidades velhas e ou equívocas, e explicar, com exemplos vivos, normas eternas do coração e do sentimento do homem. Um povo que não ajuda e não fomenta seu teatro, se não está morto, está moribundo; como o teatro que não transmite o grito social, o grito histórico, o drama de sua gente e a cor genuína de sua paisagem e do seu espírito, com risos e com lágrimas, não tem direito de se chamar de teatro. O teatro deve impor-se ao público e não o público ao teatro. Para isso autores a atores devem revestir-se, à custa de sangue, de grande autoridade, porque o público de teatro é como as crianças na escola, adora o mestre grave e austero que exige e faz justiça, e despreza os mestres tímidos e aduladores que não ensinam e nem sabem ensinar". Nesse discurso do grande Lorca que dedicou a sua vida inteira ao teatro serve para nós fazermos uma reflexão.Em nosso país, historicamente foi sempre uma arte de elite e não um teatro verdadeiro.Como disse Roberto Freire, "Mas não depende dos ideias e da boa vontade dos artistas para que o teatro atinja a maioria de um povo.Trata-se de um problema de política cultural e, nesse ponto, a nossa se caracteriza por uma profunda discriminação e intolerável injustiça.Isso reflete nosso estado de país espoliado.Não se pode pensar em dar cultura pelo teatro a um povo faminto e sem trabalho". (O IBGE-censo de 2010 informa que o maior contingente de pobreza extrema encontra-se no Nordeste). Assim como você meu caro Laurence, Lorca e muitos outros e nele eu mim incluo, sonhamos com o teatro que seja mais um canal transformador, revitalizador, fomentador e critico da nossa realidade, mas para que isso ocorra é necessário profundas transformações sociais e políticas para que o teatro e os nossos artistas possam desempenhar com primor a sua verdadeira missão.Parabéns Laurence.

domingo, 8 de maio de 2011

Negócios Rentáveis

É preciso estimular, implementar, modificar, analisar, avaliar e criar novas oportunidade de negócio apartir das boas ideias que surgem dos homens talentosos que as empresas possuem.Qualquer empresa busca ter sucesso no mercado e uma boa saúde no caixa, o problema é definir a melhor estratégia para atingir esses dois objetivos determinantes para a sustentabilidade do negócio. As empresas vencedoras são aquelas que partem do conhecimento de necessidade do mercado pelos produtos e serviços que estão dispostos a oferecer e conseguem definir uma política de precificação que visa conquistar clientes, compensar os seus custos e lhe proporcionar o lucro. Sabem o que tem de fazer para conseguir vender um volume superior ao ponto de equilíbrio, gerando receitas capazes de atingir o lucro que necessita.Essas empresas desenvolvem estruturas organizacionais, políticas e processos flexíveis que operam com eficiência a relação com clientes, colaboradores e com o mercado. As empresas buscam de forma continuada preservar a sua saúde organizacional, que é a base para o seu alto nível de eficácia. Para que isto ocorra é necessário internalizar uma nova cultura como:Respeitar as ideias de todos, ter liderança flexível,conhecimento profundo pelo seus membros, sobre o que ela foi, o que é e o que pretender ser, ter uma visão de futuro definida e entendida por todos, conhecer os riscos inerentes ao negócio e conhecer seus pontos fortes e fracos. As empresas rentáveis são aquelas que conseguem criar um clima harmonioso no ambiente de trabalho, tem e sabem reter os seus talentos através de uma relação de confiança, liberdade de expressão e respeito pelas ideias, onde os pontos de decisão são determinados em função da competência, responsabilidade, acesso as inovações e informações e não pelo nível hierárquico. O melhor exemplo quem nos dá é a Ambev, cujo lema é "Feita por gente e sonhos". O senhor Thomás Oliveira atual vice-presidente da global de vendas da Ambev, afirmou: " Eu nunca respeitei o organograma. Calma, isso não quer dizer que eu não respeitava os meus superiores. Significava que eu acreditava nas ideias. Aqui na Ambev são as ideias que importam. Aqui elas são nossos chefes. Isso cria uma cultura de respeito à pessoa e ao talento. E não ao cargo. Aqui cada um tem seu sonho e quer realizar ele. Eu sou a prova disso. Inventei um método de pesquisa quando era responsável por uma região. A pesquisa deu tão certo que a Ambev a aperfeiçoou e hoje aplica em todos os mercados. E sabe qual o nome dessa pesquisa? Thomás. Graças a essa e algumas outras ideias, eu passei de gerente de vendas regional para vice-presidente global de vendas. Mas não posso esquecer que tem uma coisa que será sempre mais importante do que qualquer cargo aqui na Ambev: a ideia". O senhor Jim Harter, cientista-chefe do Gallup, diz: " As organizações precisam entender a pessoa que vai trabalhar na sua empresa como um todo e não apenas o trabalhador". As empresas que busca manter uma boa relação com os seus colaboradores, aumenta a sua produtividade, os colaboradores bem tratados e que enxergam condições de crescimento pessoal e profissional produz muito mais. Negócios rentáveis requer que a empresa tenha a capacidade de retenção desses bons funcionários. Segundo Jean Claude Ramirez, sócio da Bain Company, diz: "A empresa vai estar sempre gastando tempo e recursos para treinar novatos, enquanto poderia estar tendo retorno com funcionários bem dedicados". Logo, as empresas que querem se perpetuar no ramo em que atuam neste ambiente extremamente competitivo, perceberam que remunerar dignamente é condição necessária porém não suficiente para ter os melhores em seus quadros e muito menos na criação de um ótimo ambiente corporativo. O importante é que as empresas procurem melhorar cada vez mais as suas práticas de gestão de pessoas, que agrega valor e a torna mais atrativa no mercado e estimula o apetite de novos investidores.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Meninos de Rua

Cresce o número de crianças que vivem perambulando pelas principais avenidas da cidade do Natal e em todas as capitais do país. Basta parar em um semáforo, cujo objetivo é de organizar a circulação dos que tem automóveis, para verificar que está servindo também para auxiliar meninos de rua, que se dedicam a pedir esmolas, arriscando-se no meio do trânsito. Essas crianças são oriundas de famílias carentes que para complementarem sua renda, começam a buscar o apoio do trabalho dos seus filhos, tornando-os pedintes. O escritor Augusto Cury, em seu livro, O Semeador de Ideias, nos alerta que: "A infância de uma criança é um direito inalienável, invendável e intransferível. O estoque de alegria, flexibilidade, ousadia, inventividade, sensibilidade, resistência a contrariedades de um adulto está diretamente ligado à qualidade de sua infância. Mas o sistema social é um ladrão voraz da infância, tem plantado o consumismo nas crianças e as entulhado com mil e uma atividades. Onde estão as crianças que tem tempo para brincar, inventar, cair e se levantar?". Nunca a humanidade evoluiu tanto os seus conhecimentos em todas as áreas como a atual. A sociedade a cada dia se defronta com uma série de novidades que torna o desenvolvimento de suas tarefas fáceis, rápidas e mais confiáveis. O avanço tecnológico tem proporcionado materializar um conjunto de produtos e serviços que até pouco tempo achávamos impossível de acontecer.Ao mesmo tempo, visualizamos um contraste, ao percebermos que não conseguimos eliminar da face da terra, dificuldades que levam milhões de pessoas ao desespero, como a fome, falta de habitação, saúde, segurança, crianças abandonadas,desemprego e uma infinidade de outras coisas. Que sociedade é essa? Capaz de dominar tantos conhecimentos, construir uma infinidade de produtos e serviços, sem no entanto sintonizar esses avanços, aos problemas primários que a maioria da nossa população sofre diariamente? Desde quando os novos descobrimentos é mais importante do que viver dignamente? Eis uma questão para se refletir. Como afirmou o Augusto Cury : "Quem furta a infância das crianças tem uma dívida impagável com o futuro delas e da humanidade". Há uma necessidade urgente de se questionar esta desigualdade no Brasil, que é uma das características mais marcantes de nossa economia.Essa situação,tem ultrapassado os limites da área econômica, dadas suas repercussões na área social, para torna-se uma questão política. A cada ano amplia o fosso entre os detentores da riqueza e os que nada possuem, eliminando de muitas famílias a possibilidade concreta de buscarem um amanhã melhor para a vida dos seus filhos.