sábado, 17 de dezembro de 2011

Até logo

Meus caros leitores, informo que entrarei em férias e apartir da segunda quinzena de Janeiro de 2012, retornarei as minhas atividades acadêmicas de poder apresentar as minhas opiniões no mundo social, político e econômico. Agradeço a todos que me visitaram na esperança de que os meus artigos tenham contribuído para alimentar o debate e ao mesmo tempo ampliar as nossas visões e reflexões sobre o que acontece em nossas vidas. Os seus comentários foram extremamente ricos para que eu pudesse cada vez mais aprimorar os meus conhecimentos e muito me ajudaram. Desejo a todos um feliz natal e um ano novo cheio de realizações e felicidades. Repasso, uma mensagem do senhor Francisco Cândido Xavier, que muito me tocou e que espero de alguma forma que contribua para uma reflexão de cada um de vocês neste final de ano. "Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam...Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro poderá não ser tão alegre...Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos dolorosa...Que eu não perca os grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles podem acabar indo embora de nossas vidas...Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer ou retribuir...Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que as pessoas que eu amo podem não sentir o mesmo sentimento por mim...Que eu não perca a luz e o brilho, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo poderão escurecer meus olhos...Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo correndo o risco de ser o prejudicado...Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela, muitas vezes, poderá me exigir esforços incríveis para manter a sua harmonia...Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...E acima de tudo...Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!E que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um de nós é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor!" Que Deus abençoe a todos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Competitividade

É inegável as mudanças ocorridas no ambiente de negócios após a implantação do Plano Real, obrigando as empresas a adotarem uma série de medidas com o objetivo de se tornarem mais competitivas. No ambiente interno, onde prevalecia a proteção, passou a enfrentar os desafios da concorrência, o que a levou a necessidade de buscar de forma permanente ganhos de produtividade. Esse desafio provocou uma mudança nos objetivos das empresas em torno de seu negócio principal ou core business, onde passou a prevalecer a teoria do comércio internacional, que diz: "direcionar esforços nos bens em relação aos quais se tem maior vantagem comparativa". É visível os ganhos de produtividade nos processos de fusões e aquisições que ocorreram de forma generalizada na nossa economia. Ao mesmo tempo observamos que a abertura da economia que estimula a concorrência produz a concentração em função da busca da escalabilidade para se tornarem mais competitiva em nível global. O mercado de trabalho passou por uma mudança significatica, principalmente nos setores financeiro e industrial. Primeiro pela redução da inflação que provocou o fim das receitas bancárias, obrigando a elaborarem um forte ajuste, tornando o setor extremamente concentrado e gerando um forte desemprego, o mesmo ocorrendo com o setor industrial quando ficou exposto a concorrência externa e perceberam que não tinham condições de competir, justamente pela ausência de eficiência nos seus processos produtivos. Muitos economistas criticam o processo de inserção internacional do Brasil, afirmando que o país promoveu a abertura comercial, mas o sistema que as empresas operam é típico de uma economia fechada. Realmente a presença do custo Brasil, provoca que as empresas operem em condições de desigualdade frente as estrangeiras. Possuímos internamente custos que são facilmente visíveis:(juros elevados, tributação excessiva, ausência de infraestrutura e elevados encargos sociais).Dai a necessidade das reformas que tanto comento em meus artigos : "Tributária, trabalhista, previdenciária e política". O professor Antonio Evaristo Teixeira Lanzana da USP, que escreveu um livro extremamente rico cujo título é "Economia Brasileira- Fundamentos e Atualidade, onde fui seu aluno no MBA de Altos Gestores promovido pela USP-FIA, 2001, afirma que, segundo estudos desenvolvidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe-USP), a globalização, de uma forma geral, e a experiência brasileira com o Plano Real deixam lições importantes para o país. Em primeiro lugar, é importante destacar que a globalização é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe dos governos.Portanto, participar do processo não é uma opção; na realidade, a estratégia dos países precisa ser dirigida no sentido de alavancar o desenvolvimento, aproveitando as oportunidades geradas pelo processo. Segundo lugar, vale observar que os custos de transição são inerentes a passagem de uma economia fechada e com elevadas taxas de inflação para uma economia mais aberta e com estabilidade, no contexto do processo de globalização. Em terceiro lugar, é que a globalização gera novas oportunidades mas impõe custos extremamente crescente a países que adotam políticas domésticas inconsistentes.Em nenhum outro período da história recente, os fundamentos da economia foram tão destacados.A livre movimentação dos fluxos de capitais financeiros e o crescente investimento direto externo, que podem se constituir em importantes estímulos do processo de desenvolvimento econômico, serão ancorados nas economias em que há confiabilidade. Esses fluxos( quer financeiros, quer de investimentos de risco) não tenderão a migrar dos países, se a política econômica for estável e consistente, e, por consequência, criar perspectivas favoráveis de expansão. Mais adiante afirma o professor:Adoção de políticas macroeconomicas consistentes é condição necessária para manter a atratividade do país tanto para o capital financeiro internacional com, e principalmente, para o capital de risco.Afinal, um país com limitações de poupança interna não poderá prescindir da poupança externa, e, ainda, da necessidade de ter acesso às inovações tecnológicas. A adoção de uma política macroeconomica que garanta a estabilização (inflação controlada e equilíbrio no setor externo) é uma condição necessária, mas não suficiente, para acelerar o ritmo de crescimento do PIB brasileiro. A longo prazo, não há como atingir esse objetivo sem significativa elevação da taxa de investimento do país. Logo, precisamos acelerar as reformas com o objetivo de gerar os empregos necessários da população economicamente ativa e estimular um mercado interno que garanta prosperidade contínua as famílias brasileiras ou melhor ao nosso país.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Estímulo ao Consumo

Recentemente o governo através da política fiscal e monetária baixou uma série de medidas voltadas para ampliar o consumo interno, ( redução da taxa básica da economia- SELIC, diminuição da carga tributária em alguns setores da economia, facilidade no crédito e eliminando restrições ao consumo de bens duráveis). A crise internacional, que já chegou ao nosso país e que deverá prolongar-se por falta de uma decisão política nos países ditos ricos, sinalizou a necessidade dessas medidas como forma de mantermos o nível de consumo e emprego interno. O consumo possui características próprias, é na realidade o principal componente da despesa interna, é o mais firme de todos os fluxos e depende da renda disponível. Para Keynes, na sua teoria da demanda do consumo, existem fatores subjetivos e objetivos que podem definir uma política de demanda expansionista ou contracionista. No início do governo Dilma o uso dos instrumentos da política fiscal e monetária estavam voltadas para a contração da demanda tendo como objetivo maior o combate a inflação que dava sinais de extrapolar as metas estabelecidas. Com o agravamento externo, houve uma reversão na condução da política fiscal e monetária.Segundo Keynes, os fatores subjetivos refletem preferências psicológicas onde as pessoas são estimuladas a consumir mais pela influência da propaganda, por atrativos do bem ou serviço ou pela expectativas dos níveis de preços. A classe média é a mais afetada em virtude do seu desejo de ascensão social.Os fatores objetivos, que podem estimular ou reduzir o consumo podemos citar: a distribuição de renda, no momento em que as disparidades da sinais de diminuição há uma tendência natural em se consumir cada vez mais, o melhor exemplo é este momento que estamos vivendo, uma nova classe social surgiu em razão direta do aumento de renda disponível; política fiscal e monetária do governo, sua influência é retratada nas alterações que foram feitas nos tributos diretos e indiretos. É notório a influência da taxa de juros no comportamento do consumo do brasileiro já que temos um dos maiores custos financeiros do mundo; o crédito, como se sabe está diretamente relacionado a política de juros que o governo adota, uma expansão nos prazos e redução das taxas de juros levam a aumentos no consumo; pagamento de dividendos, participação nos lucros, premiação pelas metas atingidas e redução da retenção de lucros por parte das empresas também levam a aumentos do consumo e finalmente a inflação, que naturalmente sua existencia provoca perda constante e crescente do poder aquisitivo do trabalhador, no primeiro momento pode até aumentar de forma desorganizada o consumo, mas prejudica fortemente ao planejamento global e ao próprio desenvolvimento econômico. A economia brasileira, que se organiza em torno dos mercados e com a presença marcante do estado em muitas atividades econômicas, mesmo nos últimos anos promovendo a concorrência, a inovação, criando uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a macroeconomia previsível, celebrando o empreendedorismo, privatizando vários setores da economia e fortalecendo o mercado de capitais o elemento de maior estímulo ao consumo ainda é determinado pelas medidas governamentais.