sexta-feira, 25 de abril de 2014

Planejamento

Quando analisamos o setor público brasileiro constatamos nos três níveis de governo uma critica situação financeira em determinados níveis de governo, convivendo com déficits fiscais crônicos e endividamento crescente, desarticulação entre o planejamento e o orçamento, levando a sociedade a não acreditar nos planos que são anunciados, criando assim dificuldades com os fornecedores e estimulando a corrupção, sem instrumentos de controles gerenciais. Ao meu ver falta um planejamento estratégico a este país que possibilite aos gestores públicos definir suas metas principais a estratégia para alcançá-las, os projetos e ações prioritárias, baseado em uma análise do ambiente interno e externo do país. Planejar é escolher, escolher a visão de futuro, escolher os alvos ,escolher os caminhos, estratégias e táticas, os projetos, as ações os responsáveis e os prazos e principalmente escolher o que não deve ser feito. Os bons gestores, inovadores e criativos deste país tem que suportar o peso de uma nação que não absorveu ainda a cultura do planejamento. As coisas são feitas as pressas sem nenhuma articulação e controle, sacrificando e explorando toda a sociedade por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho dos ganhos de produtividade e que se alimentam da corrupção, da mediocridade e de uma burocracia abusiva que  o ajudam a alcançar os   seus objetivos e que só contribuem para impedir o progresso individual e da sociedade como um todo. Até quando a sociedade brasileira vai aguentar tamanha incompetência?  O que falta a este país é inflacionar os quadros dos governos de homens inteligentes, criativos, inovadores e comprometido com o nosso projeto de prestigio, prosperidade e poder se é que possuímos, e não entregar determinados setores a pessoas desqualificadas em troca  de apoio político, levando a nação a se tornar improdutiva cujo preço a ser pago é muito alto e quem vai pagar esta conta é toda a sociedade. Precisamos universalizar a toda a sociedade brasileira através da educação de qualidade os valores segundo os quais o homem deve viver: a racionalidade, honestidade, justiça,  independência,  integridade, produtividade e acima de tudo o orgulho de ser brasileiro.

sábado, 12 de abril de 2014

A globalização

É preciso compreender que a globalização é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe de governos. Ingressar no processo não é uma opção, na realidade os países que relutam se integrar as cadeias produtivas internacionais deveriam buscar as oportunidades que este processo cria e assim alavancar o seu desenvolvimento. Países até então fechados e convivendo com inflações elevadas, ao ingressarem para uma economia aberta e com estabilização gera desconforto a setores que sempre sobreviveram pela proteção do Estado, acumulando em sua trajetória, ineficiência econômica, fazendo com que a busca de maior competitividade acabem reduzindo a geração de empregos no curto prazo, características de países isolados. Em todo processo de transformação existe ganhadores  e perdedores. Essas novas oportunidades que a globalização gera ela também impõem custos elevados a nações que adotam políticas econômicas inconsistente. Este processo exige que os fundamentos atuais da economia sejam destacados e são eles:( economia de mercado, estabilidade macroeconômica, investimento em educação, regras estáveis, respeito aos contratos, inserção a economia internacional e redução do desequilíbrio regional e social). Esses fundamentos são essenciais para mostramos confiabilidade aos investidores externos e que  possam constituir em importantes estímulos ao nosso desenvolvimento. Os investimentos só aparecem quando a política econômica for estável e consistente, sinalizando perspectivas de expansão futura. O modelo macroeconômico brasileiro que vige, cujos pilares de sustentação são: (metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante)  caminham para vinte anos de sua implantação, realmente gerou mudanças significativas no ambiente de negócios deste país, propiciando melhorias significativas para a população brasileira. Ocasionou, aumento da concorrência, nos preços relativos, no mercado de trabalho e na estrutura de produção. Qualquer perspectivas de melhora no acesso aos frutos do progresso e do consumo de um país passa pela retomada consistente do crescimento da economia , com estabilização de preços. O crescimento por si só, embora seja uma condição necessária, não é suficiente para garantir resultados expressivos no combate a pobreza, em que vive grande parte da população brasileira. O gigantismo do problema não se resolve em curto espaço de tempo e não podemos esperar soluções milagrosas. A questão central não se limita a distribuição dos resultados a que cada cidadão  consegue obter no mercado , mas sim ampliar as oportunidades para que as famílias de baixa renda desenvolva sua competência profissional e econômica. Qualquer estratégia distributiva deve concentrar-se na busca de meios eficazes para acelerar a formação de competência econômica ( saúde e educação) na  formação básica e na capacitação para a vida profissional  de crianças e jovens nas famílias de baixa renda do nosso país.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Em busca da sustentabilidade

Em um dos encontros dos oitos países mais ricos do mundo chamado G-8, realizada  em Potsdam, na Alemanha em 2007, decidiu-se pela necessidade de calcular o custo dos danos ambientais causados pelo homem. O economista indiano Pavan Sukhdev foi convidado para coordenar esse projeto chamado de " A economia dos ecossistemas e da biodiversidade". Ele avalia que o prejuízo causado pela destruição do ambiente só pode ser revertido com uma transição para um sistema econômico mais sustentável, é o que Pavam chama de economia verde, lembrando que economia verde é um modelo econômico que reduz o risco de escassez ecológica e dano ambiental. Estima-se que o impacto da atividade das 3000 principais corporações do mundo na mudança climática, nos recursos hídricos, no desperdício de material e na poluição tenha um custo  de 2,25 trilhões de dólares por ano. Isso representa 3% da economia global. Nesta conta está incluída apenas a destruição das florestas, dos mananciais e da vegetação dos mangues. O custo foi feito com base no valor anual dos serviços que esses recursos naturais prestam ao homem, como ar puro, água doce, potencial biológico das espécies, prevenção de inundações e controle de secas. A proteção da biodiversidade é uma necessidade para os pobres, principalmente os da zona rural. Eles sobrevivem dos benefícios diretos das florestas, dos recursos hídricos e do solo. Segundo o professor Pavan, se continuarmos no atual ritmo de destruição ambiental em 2050 o prejuízo será equivalente a 7% do PIB mundial. Pode parecer pouco  em relação a riqueza mundial, mas é muito se comparado aos benefícios e ao sustento que a natureza proporciona às famílias dos agricultores pobres. Enquanto não mudarmos a maneira de fazer negócios, vamos continuar perdendo as vantagens dos serviços ambientais e, por consequência, prejudicando a sobrevivência da maior parcela da humanidade. O desenvolvimento sustentável  é um processo de transformação onde todos os agentes sociais, tanto do setor público como do setor privado, participam dos debates e decisões sobre assuntos de interesse comum, visando à criação de mais riquezas, com aplicação de tecnologias modernas, garantindo maior competitividade aos fatores ou produtos, tendo em vista a melhoria na qualidade de vida da sociedade, preservando os recursos naturais e o meio ambiente, pensando sempre nas futuras gerações. As estratégias de desenvolvimento sustentável, aplicadas especificamente no Nordeste, onde encontra-se a maior parcela de pobres deste país, defronta-se com sérios problemas, a começar no plano social, onde a miséria absoluta aflige grande parte da população, dando origem ao desemprego e subemprego. No plano econômico, a região ainda não consegue financiar seu crescimento com poupança interna ou com capitais externos atraídos pelo mecanismo do mercado. A atividade industrial é muito frágil. A agricultura e a pecuária apresenta baixas produtividade e estão sempre expostas aos riscos seculares das secas. No plano ambiental, os recursos hídricos apresentam níveis elevados de poluição, a flora e  fauna sofrem a ação predatória do homem. Os ecossistemas regionais não estão protegidos e ainda nos defrontamos com as irregularidades pluviométricas. No plano político institucional, ainda se verifica práticas clientelistas e outras formas de apropriação privada do Estado. O aperfeiçoamento do sistema capitalista no modelo sustentável a nível mundial, exige que o conceito de riqueza não fique relacionado apenas ao capital físico ( bens e serviços feitos pelo homem, bens monetários) e sim pela combinação deste capital físico, agregado ao capital humano (saúde, educação e inteligência), do capital social ( segurança nas ruas e outros elementos da convivência em sociedade) e do capital natural ( a possibilidade de respirar ar puro e beber água limpa). Assim poderemos garantir uma vida digna, sustentável, melhor e equilibrada a toda a humanidade, permitindo que tenham trabalho produtivo e rendimentos satisfatórios, garantindo um futuro promissor aos seus descendentes. Afinal, é sempre bom lembrar as palavras do Dr. Ulisses Guimarães, quando afirmou: " Que cidadão é o que ganha, come, sabe, mora e pode se curar".