quinta-feira, 24 de junho de 2010

Produtividade II


Qualquer sociedade que tenha como meta a melhoria da qualidade de vida de seu povo tem que buscar de forma continuada ganhos de produtividade (diminuir custos, reduzir desperdício, melhorar a qualidade, produzir em menor tempo, utilizar menor quantidade de insumos por unidade produzida) em todos os setores da economia. Só assim, os preços relativos dos bens e serviços que aqui são produzidos podem diminuir de forma generalizada. É bom lembrar que quedas de preços elevam a renda disponível da população, incentiva o consumo, gerando um considerável aumento na produção, criando um círculo virtuoso de desenvolvimento decorrente dos ganhos sistemáticos da produtividade. Estamos vivenciando um momento rico em nossa sociedade, ou seja, a preocupação dos governantes independente de partido político em controlar a inflação, desregulamentando a economia, privatizando, criando condições para estimular a competição interna e atraindo o capital externo para aqui investir, através de regras estáveis e se comprometendo em respeitar os contratos. As empresas tiveram que adaptarem-se as mudanças e as novas exigências deste novo mundo extremamente competitivo. Para sobreviverem buscam, reduzir custos operacionais, desperdícios, reduzir estoques, aumentar o giro e o mais importante oferecer um serviço exemplar aos seus atuais e aos futuros clientes que venham captar. O acesso as informações de forma rápida e eficiente tem tornado os consumidores mais exigentes e o excesso da oferta de produtos e serviços com alto teor de homogeneidade e prazos de entrega cada vez mais curto estabeleceu dentro das empresas a necessidade de possuir uma estratégia logística que atenda a essa nova realidade econômica. Nessa nova economia que estamos vivendo as margens estão cada vez mais estreitas, com um ciclo de vida mais curto dos produtos, uma exigência maior de personalização dos produtos e prazos de entrega mais curto. No mundo atual a sobrevivência das empresas está em buscar cada vez mais aumentos continuados de produtividade, que lhe permita ter condições de definir uma política de precificação agressiva dos seus produtos e serviços, já que preço ainda é uma arma de mercado. A busca de produzir em menor tempo, utilizar novos recursos e materiais, reduzir custos, inflacionar qualidade em toda cadeia produtiva e estar sempre inovando, requer ter em seus quadros homens talentosos e familiarizados com os conhecimentos da produtividade para que o objetivo da organização seja alcançado. Toda sociedade brasileira, sabe da importância da estabilização econômica, como único caminho para atingir um desenvolvimento sustentável, e proporcionar a todos melhores condições de vida de forma duradoura, estamos cansados de tantas experiências frustradas do passado, precisamos retomar urgentemente o caminho da modernidade, evitando a qualquer custo a volta ao passado que só transtorno nos causou.Espera-se que as atuais políticas públicas, tenha como foco, a necessidade de reduzir o déficit público, como forma de gerar poupança pública interna e direcioná-la para os setores produtivos se modernizarem. Revisar as taxas de juros atualmente praticadas, facilitar tanto as exportações de nossos produtos como a importação de máquinas, equipamentos e conhecimento, para que possamos competir em um mercado cada vez mais complexo, extremamente exigente, dinâmico e instável. Desonerar a carga tributária excessiva que hoje vije, permitindo aos exportadores maiores desempenho e estimulando cada vez mais a busca de novos mercados, contribuindo para ampliar o nível de emprego e das nossas reservas cambiais. Se as políticas públicas, formuladas, tiverem este direcionamento de forma continuada, com certeza os resultados serão atingidos. A sociedade brasileira se beneficiará, reduzindo a pobreza, diminuindo os desequilíbrios regionais que hoje divide o nosso país. No futuro, não muito distante, poderemos constatar uma melhoria nos indicadores econômicos e sociais, comprovando que o melhor caminho a ser seguido é a busca continuada da produtividade.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sofrimento

Desde a década de oitenta do século passado a sociedade brasileira escutou muito dos seus governantes da dificuldade em que a nação encontrava-se, necessitando de sacrifícios hoje para termos um amanhã melhor.A paciência do nosso povo é uma coisa raríssima de encontrar em qualquer outra nação,acho que somos campeões mundiais da tolerância perante as exigências cada vez maiores do Estado em razão do nosso tão sonhado desenvolvimento sustentável.Cada governo apresentava uma infinidades de iniciativas que em nada contribuía para a grande maioria do povo brasileiro.O que assistimos foi um aumento gritante da pobreza, desemprego,violência e uma concentração vergonhosa da renda nacional nas mãos daqueles que decidem os caminhos do nosso país.A natureza colocou o gênero humano sob o domínio de dois senhores soberanos:a dor e o prazer.Para a grande maioria dos brasileiros parece-me que é a dor que nos governa em tudo o que fazemos, dizemos e pensamos.A falta de expectativa de dias melhores a cada década distanciou-se e já consumiu várias gerações e ainda hoje são exigidos mais sacrifícios em nome do bem estar do amanhã.O senhor prazer tem dado a todos de forma socializada a alegria através de dois ícones da sociedade brasileira que é a nossa seleção de futebol e o carnaval, pelo menos anestesia por um período os grandes sacrifícios que é imposto diariamente aos trabalhadores desta nação.Até quando iremos aguentar tamanha insensatez daqueles que detêm o poder? Parece-me que a visão escravagista está impregnada nessas pessoas, não se libertaram desses paradigmas que tanto tem diminuído,subtraído e dividido a nossa nação.O sofrimento de muitos deve dar tesão aos poucos que possuem muito,lembrando que estes são protegidos em todos os aspectos da sua vida e cuja acumulação dar-se tão rápida que deixa dúvidas quanto a sua honestidade.A incompetência institucionalizada nas áreas da saúde, emprego, renda, educação e segurança, contribuiu em muito para o surgimento do exercito dos marginais, bem equipados e com uma logística admirável, sinal que estão sendo bem dirigidos e ousados nas suas operações.O envolvimento de policias da esfera federal, estadual e do poder judiciário, apresentado de forma farta pela mídia é uma prova concreta da fragilidade em que encontrava-se a nossa sociedade sem saber em que acreditar.Mas neste novo século uma luz começa a surgir,aquela tendência da perpetuação da miséria começa a dar sinais de mudanças, no final da década de noventa, estabeleceram mecanismos de melhorar a distribuição da renda,propiciando a grande maioria as condições mínimas de uma vida digna,permitindo o acesso aos frutos do progresso e do consumo, ampliando o poder aquisitivo da população e fortalecendo o mercado interno, criando as condições para novos investimentos e a geração de muitos empregos, sem esquecer melhorias significativas na nossa educação, principalmente no nível técnico, cujo programa é elogiável.O governo que ora encerra seu ciclo, pela primeira vez o seu líder sai com uma popularidade enorme, fruto de sua determinação de dar continuidade ao modelo econômico do seu antecessor e por ter uma sensibilidade social elevada, razão do conhecimento das dificuldades por que passou em sua vida e eliminando que a nossa sociedade tivesse que conviver por muitas décadas sob o domínio soberano da dor que tanto tem maltratado a sociedade brasileira.

sábado, 12 de junho de 2010

As Crises

Durante os últimos anos o mundo voltou-se para as questões econômicas, os desequilíbrios fiscais dos países combinado com a irresponsabilidade dos agentes financeiros americanos e europeus, ocasionou uma flutuação gigantesca na produção e no emprego em todos os continentes.Os governos foram obrigados a intervir para garantir liquidez a economia e atenuar o nível de empregos.Desta crise que ainda não acabou, algumas lições podem ser tiradas, primeiro o Estado regulador fracassou, no âmbito do sistema financeiro, onde acreditavam que o próprio mercado se encarregaria de buscar o equilíbrio e segundo o controle fiscal precisa agora de ser controlado de forma mais eficiente, exigindo de cada país, transparência nos seus gastos, parametrizando o deficit aceitável e o seu endividamento em relação ao produto interno bruto, criando as condições mínimas de manter-se a estabilidade econômica e social.O mundo precisa de uma relação equilibrada entre as nações,onde cada uma busque fomentar a cooperação global, assegure a estabilidade financeira, facilite o comércio internacional e promova o emprego e o crescimento sustentável, buscando melhorar os indicadores sociais e econômicos e eliminando a passos largos a pobreza que ainda apresenta-se de forma absurda em muitas nações.Está crise que vivenciamos não é condição necessária e suficiente para afirmarmos que o sistema econômico regido pelos princípios de mercado esgotou-se e que o modelo baseado no Estado produtor venha a prevalecer. A grande questão é que o mundo das finanças que foi criado para alavancar a economia real perdeu o seu objetivo principal e passou a ser o melhor caminho para acumular-se riqueza de forma mais simples para poucos em detrimento da manutenção do emprego de milhões de pessoas.O papel do Estado neste mundo moderno exige que seja capaz de manter a estabilidade do valor da moeda,estimular o empreendedorismo de oportunidade, as inovações e orientar recursos com o objetivo de criar uma logística integrada no seu espaço geográfico, gerando aumentos continuados de produtividade em todos os setores do sistema econômico e não esquecendo de produzir bens públicos de qualidade para os seus cidadãos e garantindo o acesso a eles por toda a sociedade a um custo mínimo, ampliando a igualdade de oportunidade e permitindo assim a mobilidade social daqueles que querem vencer.O nosso país vive hoje um momento extraordinário, fruto de decisões políticas passadas que teve inicio no governo de Itamar Franco, com a implantação do Plano Real garantido no governo de Fernando Henrique e continuado no governo Lula, embora haja a necessidade urgente de acelerarmos a implantação das reformas tributária,trabalhista, previdenciária e política para continuarmos com está estabilização que tanto bem tem causado a sociedade brasileira.Aguardamos que o futuro presidente que iremos eleger, tenha a vontade política de continuar com a árdua tarefa de fazer a economia crescer, ampliando o emprego e renda, combatendo a inflação, reduzindo a pobreza e o risco Brasil, equilibrando as contas públicas, conciliando as questões do campo, diminuindo as desigualdades regionais e mostrando ao mundo como se edifica uma grande nação.