quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Final de ano

Caros leitores, encerrando 2012 desejando a todos um feliz natal e um prospero ano novo. Realmente este ano os nossos resultados econômicos estão bem abaixo daquilo que estimamos no inicio do ano, um crescimento inferior ao ano anterior e com uma inflação acima do centro da meta. Várias são as razões: um ambiente externo confuso, a Europa estagnada, a América em recuperação lenta e a desaceleração da China contribuíram sim para um baixo desempenho da nossa economia.Voltamos a nossa atenção para o mercado interno, uma serie de medidas pontuais foram tomadas de ordem fiscal, monetária e cambial para estimular o consumo e abrir expectativas para os empresários investirem. As expectativas para 2013 são melhores não só em termo de crescimento como da inflação e aguardando retomadas no comércio internacional. Sabemos que o consumo é uma importante variável econômica  da demanda agregada mas tem um limite a sua contribuição.Qualquer nação busca balancear as suas injeções e vazamentos com o objetivo de manter o PIB (produto interno bruto) efetivo próximo ao PIB potencial, utilizando assim plenamente os seus fatores de produção. O nosso país independente do seu crescimento e das suas conquistas, como a redemocratização e a sua estabilidade econômica ainda persistem problemas internos que requer uma solução como: infraestrutura deteriorada, leis trabalhistas anacrônicas, sistema tributário esclerosado, comércio ilícito, baixa qualidade educacional e muita corrupção em todos os níveis de governo.Precisamos de um planejamento estratégico em logística  que integre toda a nossa geografia, reduzir o custo do trabalho, respeito aos contratos, regras macroeconônicas estáveis, possuir uma tributação aceitável que desestimule a informalidade e contribua com a produtividade, desburocratizar este país que é o maior estimulador da corrupção e ser possuidor de uma  cadeia educacional de qualidade que só assim nos permitirá sair deste capitalismo de commodities e ingressar no capitalismo intelectual. O Brasil necessita de ser auditado de forma rigorosa em todos os níveis de governo, muitas vezes a mídia da atenção as grandes fraudes  que acontece a nível federal e estadual e esquece de chamar a atenção  a nível municipal. Ampliar  e instrumentalizar o número de auditores por este país como forma de reduzir as inúmeras irregularidades que ocorrem de forma sistemática. Que o resultado do mensalão sirva de exemplo para todos os políticos e empresários que a nação cansou de tanta patifaria com os recursos dos contribuintes. Como educador a muitos anos, os meus alunos em sala quando comento os princípios da governança corporativa: Transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, levam na gargalhada quando assistem os desmando dos que deveriam dar bons exemplos. Muitos comentam que a melhor forma de enriquecer neste país, não é ser presidente, ministro, governador e sim prefeito ou vereador e não precisa ser de uma capital, qualquer município é suficiente. A ostentação de riqueza é impressionante e onde está a fiscalização? Receita federal, polícia federal, tribunais de contas e ministério público e a própria sociedade precisa se manifestar contra esses abusos vergonhosos que só nos diminuem e compromete toda a sociedade. A nação brasileira precisa sinalizar para o mundo que possuímos um projeto de prosperidade, poder e prestígio, para tanto é preciso acabar com a impunidade, estimular o empreendedorismo e a inovação, ampliar os investimento em infraestrutura ( energia, transporte, mão de obra qualificada, telecomunicações e informática), garantindo aumentos continuados de produtividade que só assim amplia o bem estar de todos os brasileiros. Meus caros leitores,entro em férias e espero retornar se Deus permitir na última semana de janeiro de 2013.Feliz ano novo para todos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

O homem dos olhos azuis



Existem pessoas que foram extremamente importante na sua formação e mesmo depois de sua morte continua exercendo um fascínio impressionante. O meu gosto pela literatura, pela música, teatro, esportes e tantas outras manifestações culturais, de uma boa bebida, mulheres,  de me vestir bem e usar um bom perfume são na realidade transferências culturais deste homem, que convivi durante onze anos em sua casa. O  meu amor é tanto que basta olhar alguém com os olhos azuis que  o relaciono a ele.Tenho três netos, um homem  e uma mulher de olhos azuis  que naturalmente me faz recordá-lo. A sua importância em minha vida foi e é marcante, ainda hoje em meu descanso minha memória ao trazê-lo ao presente me recordo, como aquele homem era inteligente, bonito, elegante, sempre lisonjeado por aqueles que o cercava. Tinha uma qualidade singular, amigo dos amigos, fiel ao seu pensamento e muitas vezes traídos por aqueles que defendia. Não conto as vezes nos domingos pela manhã em sua rede no terraço lendo os principais jornais, tomando o seu conhaque preferido e acendendo um bom charuto e lá para as tantas colocado um disco na vitrola. Lembro muito bem quando ia trabalhar a sua elegância, bem penteado, perfumado e que nunca esquecia de colocar na lapela do seu terno uma pequena flor que colhia do seu jardim. O meu primeiro contato com a literatura estrangeira foi um livro que me ofereceu em 1969 e que o tenho até hoje em minha biblioteca particular. Lembro-me do título do romance e do seu autor: "Meu filho que nasceu no mar" de James Vance Marshall. Quando vim morar em Natal, a saudade era enorme, sentia a sua falta e quando escutava uma música  que dizia "naquela mesa estár faltando ele", muitas vezes me continha para não chorar. Quando faleceu, minha irmã mais velha me pediu para falar algumas palavras e a única coisa que me veio a minha mente é que aquele homem ,fez jus ao tempo que Deus  o concedeu para viver. Fez em toda a sua existência,   sempre muito:" trabalhou, estudou, amou, calçou, vestiu e bebeu ". Foi realmente merecedor e sua trajetória ainda esta viva na vida de muitos que o conheceu e servindo de exemplo a sua forma de contemplar o mundo. Casou muito cedo, viajava muito, assumiu posições relevantes, era amigo pessoal de alguns políticos de renome nacional, como o ex-presidente Juscelino e Jango e o ex-governador  Miguel Arraes,  foi mal interpretado pelo golpe militar que o julgava comunista quando na realidade era sim um trabalhista lutava por melhorias dos portuários chegou a ser o primeiro presidente da União dos Portuários do Brasil delegacia- Pernambuco e um dos fundadores da União dos Portuários do Brasil, cuja sede era no Rio de janeiro e o representante do norte e nordeste da classe portuária junto ao governo federal . Durante o golpe, foi duramente perseguido, destituíram do cargo, criaram inquéritos sem sentido para anos depois no próprio regime militar no governo mais violento da era Médici ser condecorado pelos serviços que tinha prestado a nação. Mesmo assim não perdeu a sua postura, os leais amigos o ajudaram a travessar aquele período de agonia. Este homem, que foi e ainda hoje exerce um influência enorme em minha vida, chamava-se Álvaro Gomes Alves, o homem dos olhos azuis que era o meu avô por parte de meu pai. Obrigado vovô, por tudo que me ensinaste e que ainda hoje ao olhar os meus netos através dos seus olhos lembro-me de ti.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Prudência

Quatro objetivos de política econômica são  comuns a qualquer país independente da sua posição política, econômica e social que são: aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, distribuição de renda e controle das contas externas. Segundo os princípios das finanças públicas cabe ao governo determinadas missões tais como: estabilizadora, alocativa, distributiva, crescimento, regulatória e bens e serviços. Os instrumentos que utilizam são as políticas: fiscal, monetária, cambial e rendas. Essas políticas são utilizadas para o controle da demanda agregada, que é a variável estratégica que determina o nível de produção da economia. Na política fiscal a sua atuação se dá através das despesas e receitas do governo enquanto a política monetária utiliza o controle da base, depósito compulsório e política de redesconto. A cambial é definir a melhor taxa de câmbio que permita o produto interno bruto efetivo estar próximo ao produto interno bruto potencial e que a inflação esteja ao redor da meta estabelecida pelo governo. A política de rendas tem como objetivos determinar preços e salários, lembrando aos ( trabalhadores, comerciantes e empresários) que uma economia estabilizada não pode reajustar preços e salários acima da inflação e da sua produtividade gerada em cada setor.A política de demanda pode seguir dois caminhos ou é expansionista ou contracionista o que estamos vivenciado agora em razão de um ambiente externo incerto, como a Europa em crise, a América em crescimento lento e a China em desaceleração as autoridades econômicas do nosso país tem se voltado para estimular o nosso mercado interno utilizando a queda da taxa de juros que é um estímulo ao consumo e ao investimento, permitindo que os empresários aumentem as suas despesas com aquisição de bens de capital e ampliação das instalações das suas empresas, lembrando que o aumento nos investimentos gera um aumento na renda e no emprego, resultando em crescimento na renda mais do que proporcional devido ao efeito multiplicador dos investimentos. Para fazer crescer a renda o governo tem definido um conjunto de obras de infraestrutura que compõe o PAC (programa de aceleração do crescimento), aumentando o seu investimento, ampliando transferências e reduzindo tributos. A taxa de câmbio tem se mantido no nível que o governo manipula com o objetivo de tornar as nossas exportações mais competitivas. A política de rendas os preços em queda em razão das medidas fiscais e monetárias e os salários se mantendo estáveis através do controle da inflação.Mas o que estamos assistindo é que o Brasil independente do seu crescimento verificado nos últimos anos e  das suas conquistas, como a redemocratização e da sua estabilidade econômica ainda persistem problemas internos que requer uma solução imediata como: infraestrutura deteriorada, leis trabalhistas anacrônica, sistema tributário esclerosado e comércio ilícito. Ao mesmo tempo verificamos que no ambiente empresarial o seu nível de confiança quanto ao futuro está em baixa dificultando as suas decisões de investir justamente pela ausência de previsibilidade do futuro.Segundo Sylvia Nasar no seu livro "A imaginação econômica" ela afirma que:" Alfred Marshall chamou a economia moderna de Organon, palavra do grego antigo que significa instrumento,não um conjunto de verdades, mas um mecanismo de análise útil para descobrir verdades e, como o termo sugere, um instrumento que nunca estaria completo ou perfeito, mas que sempre exigiria melhorias, adaptações e inovações. Seu aluno, John Maynard Keynes, definiu a economia como um aparelho mental que, como qualquer outra ciência, era essencial para analisar o mundo moderno e aproveitar ao máximo suas possibilidades.Todos os pensadores estavam à procura de instrumentos intelectuais que ajudassem a solucionar o que Keynes chamou de o problema político da humanidade: como combinar três coisas, eficiência econômica, justiça social e liberdade individual". Não podemos esquecer que a nossa estabilidade econômica foi conseguida em cima de três pilares que são: meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante que não podem ser relaxados em nome de um crescimento que tem apresentado resultados nos últimos dois anos medíocres. É preciso cuidado e muita atenção para que medidas adotadas agora não venha comprometer a nossa estabilidade futura.Ser mais cauteloso agora é garantir um amanhã mas seguro para todos.  

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Decisão de investir

O IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sinaliza que o crescimento da nossa economia este ano se situará em torno de 1,6%, muito abaixo do que era esperado no início do ano e bem inferior quando comparado com os país emergentes. O setor industrial a sua contribuição ainda não apresentou o resultado esperado mesmo com as medidas adotadas pelo governo,como: desoneração tributária (política vertical), juros em queda, câmbio desvalorizado, redução dos encargos nas folhas de pagamentos e a participação da iniciativa privada na construção de nossa infraestrutura. Novas medidas e oportunidades surgiram para promover uma melhora no desempenho industrial como: redução da energia, pré-sal, PAC, estimulo a construção civil e ao mercado interno.O professor Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, extremamente inteligente escreveu na Folha de São Paulo no dia 02\12\2012 um artigo, cujo título é O enigma do investimento, excelente, onde apresenta a sua experiência em analisar o que leva um empresário a investir. Diz o mestre:" Apesar de bons estudos, muitas vezes não se compreende bem os motivos que levam o empresário a assumir risco, levantar capital e investir no negócio. As declarações de empresários tendem a não ajudar muito, pois é natural que usem essas oportunidades para influenciar decisão governamental na busca de benefícios para sua empresa ou setor.Dirigi uma instituição financeira global que, no processo de avaliação de risco e perspectiva, monitorava criteriosamente os planos de empresas clientes e a evolução de seus investimentos. Além disso, tenho participado do conselho de organizações globais cuja função mais importante é analisar, aprovar e monitorar investimentos.Nessa experiência, vejo que os investimentos de longo prazo são extremamente racionais e baseados em previsões objetivas. O famoso instinto animal do empresário existe na tomada do risco e no apetite pela expansão. Mas para o investimento ser bem-sucedido, o processo deve ser metódico e rigoroso. A decisão de investir é baseada em projeções de venda, custo, lucro, retorno do investimento. Simples assim.Essa dificuldade de reação dos investimentos está ligada a uma questão fundamental e pouco falada: a previsibilidade. Não bastam projeções excelentes de vendas, por exemplo, se a confiança do empresário nas projeções é baixa.Portanto os fatores fundamentais ao investimento são, nessa ordem: 1) projeções de demanda, custos e margens; 2) previsibilidade macroeconômica do país nos próximos anos; 3) previsibilidade das regras do jogo; 4) previsibilidade de volumes e de margem de lucro.Nos EUA, a grande questão é a incerteza nas contas públicas, o chamado "abismo fiscal". Até que ele se defina com clareza para os próximos anos, os empresários não investirão o que se espera.No Brasil, o grande avanço da economia, do crédito e dos investimentos nos últimos anos se deu em função do aumento da previsibilidade econômica e da consolidação das regras do jogo. É fundamental manter essa previsibilidade para dar confiança aos empresários pequenos, médios e grandes na trajetória futura de vendas.A partir daí é questão de competência da empresa de analisar a conjuntura geral e específica e acertar as previsões para o seu mercado". Concluímos que a expectativa dos agentes econômicos  influência o nível de demanda da economia, existem períodos nos quais as incertezas em relação ao ambiente interno e externo provoca redução nos níveis de consumo para fazer frente a um eventual período de dificuldades.O mercado europeu incerto a China nossa grande demandante em desaceleração e a economia americana começando lentamente a se recuperar e os riscos de endividamento interno elevado, contribui para uma redução do setor industrial.  Por está razão as políticas públicas de longo prazo  devem se voltar para as reformas tributária, trabalhistas e previdenciária.  Reduzir o  custo do capital, melhorar a nossa infraestrutura, estimular a inovação e a criatividade ampliando assim a nossa   competitividade industrial. Ao analisarmos os dados  de desempenho dos setores da economia até os dias atuais, verificamos não uma tendência a desindustrialização e sim uma perda de dinamismo que requer políticas que estimulem a volta do investimento, inovação e criatividade e que permita  que a competitividade do país que é formada por energia, transporte, telecomunicações,  informática e mão de obra qualificada amplie cada vez mais a  todos os setores da economia sua participação na geração de riqueza do nosso país.

domingo, 25 de novembro de 2012

Reflexão

Nunca a humanidade evolui tanto os seus conhecimentos em todas as áreas do saber como a atual. A sociedade a cada dia se defronta com uma série de novidades que torna o desenvolvimento de suas tarefas fáceis, rápidas e mais confiáveis. O avanço tecnológico tem proporcionado materializar um conjunto de produtos e serviços que até pouco tempo achávamos impossível de acontecer.Ao mesmo tempo, visualizamos um contraste, ao percebermos que ingressamos em um novo século, sem no entanto conseguirmos eliminar da face da terra dificuldades que levam milhões de pessoas ao desespero diariamente, como a fome, desemprego, habitação, saúde, segurança , transporte e muitas outras coisas que são essenciais a uma vida plena de prazer e satisfação. No transcorrer da minha vida tive o privilegio de participar de vários encontros de tecnologias, congressos e feiras no Brasil (na maior capital do país) e no exterior, onde as novidades tecnológicas que foram apresentadas deixavam você  encantado e ao mesmo tempo chocado com as novas regras de vida que serão estabelecidas daqui por diante. Basta falar do espaço virtual que cria ambientes para você participar sem no entanto, exigir o seu deslocamento físico e o contato com os olhos e as mãos perdem o significado. As grandes avenidas denominadas de infovias com certeza serão onde ocorrerá o grande tráfego de contato entre as pessoas com o mundo, tornando o acesso ao conhecimento, fácil e rápido, permitindo a todos se adaptarem às novas regras que sistematicamente serão colocadas à sua disposição (banda largada).Mas quando me retirava daqueles ambientes sofisticados e encantador e dirigia-me ao hotel e tinha contato real com o nosso povo, não compreendia o tamanho dualismo de vida que o próprio homem criou, sem dar resposta aos inúmeros favelados que vivem ao redor de onde a modernidade acontecia.Parece-me que a vida, a razão maior de tudo, cedeu lugar ao descobrimento de novas regras, onde só uma minoria tem o direito de usufruir deste progresso tecnológico.Que sociedade é essa capaz de dominar tantos conhecimentos, construir uma infinidade de produtos e serviços, sem no entanto sintonizar esses avanços aos problemas primários que a maioria da população sofre diariamente? Desde quando  alocar tantos recursos no descobrimento de novos produtos e serviços é mais relevante do que proporcional a todos, o mínimo para viver de forma digna? Eis uma questão para se refletir.

domingo, 18 de novembro de 2012

Rio Grande do Norte

A capital potiguar, além dos muitos adjetivos que a qualifica, ostenta uma característica primordial que  é a hospitalidade do seu povo simples que logo conquista o turista, fazendo com que sempre volte para mais uma vez desfrutar das delicias locais. O meio físico é sem dúvida um componente essencial para a sedução do turista. Com uma temperatura média de 28º centigrados, sol brilhando por quase dez horas seguidas e o clima mais seco e ameno do país, faz da cidade um ótimo espaço para viajantes. Todos esses fatores são essenciais, devido à importância que o turismo representa para a economia local, além dos seus efeitos sobre o campo social, político e cultural. A sua contribuição ao crescimento econômico é através do incremento de industrias associadas a ela, como meios de hospedagem, transporte, artesanato, restaurantes,, comércio,taxistas, barraqueiros e uma infinidade de atividades a ela correlacionado.A atividade turística apresenta uma característica que a diferencia  de qualquer outra que é ser extremamente distributiva. Nela ganha todos os atores que estão envolvidos, necessitando de uma política que vise conscientizar as pessoas que nela atuam, pois esta atividade deve ser encarada  como duradoura  e não dentro de uma visão imediatista, provocando no período de alta estação verdadeira exploração do turista, com práticas de preços diferenciados com relação a outras cidades, contribuindo para que se tenha  um dos custos de vida mais altos da região. É bom lembrar que Natal concorre com outras capitais do nordeste que é possuidora de uma infraestrutura muito avançada, Recife ( Em cada esquina a uma intervenção governamental) e consequentemente concorrente em potencial. Ao governo estadual e municipal, juntamente com a iniciativa privada, cabe elaborar um plano turístico integrado ( Grande Natal) que vise torná-la duradoura e rentável, buscando a médio e longo prazo eliminar os fatores desfavoráveis, como: limpeza das praias,saneamento, deficiência de equipamentos, insegurança, acesso precário as praias mais distantes, alto custo das passagens aéreas, falta de divulgação no mercado nacional e internacional e finalmente revitalizar a via costeira para tornar está atividade tão importante  para o estado na geração do emprego e renda. Há muito tempo escuto que o Rio grande do Norte é viável, mais precisamos desenvolver um estudo integrado de nossas potencialidades, como forma de atrair capitais que se interessem em explorar nossas riquezas em escala industrial. Não podemos mais esperar que algum empresário descubra o Rio Grande do Norte, temos sim, que elaborar vários perfis de projetos, mostrando as nossas potencialidades e apresentando nos fóruns de negócios do mundo inteiro, vontade política, talento para realizar e sair desta inercia que só sacrifica  a população local, vamos eliminar a burrice, a burocracia, a mesmice,ser criativo, inovador e entender que dirigir um Estado é bem diferente de ser dirigente de um município. Acorda Rio Grande do Norte.

sábado, 10 de novembro de 2012

Obstáculos

Comento em sala de aula dos fundamentos atuais que a maioria das nações tem aplicado como forma de atingir um crescimento e desenvolvimento sustentável, reduzir a pobreza, melhorar os indicadores sociais, reduzir as desigualdades regionais e buscar  maior eficiência.Os fundamentos que refiro-me são: Investimento em educação, maior integração a economia internacional, integração regional e social, respeito aos contratos, regras estáveis, estabilidade macroeconômica e economia  de mercado e livre competição. Acontece que entraves precisam ser eliminados para que as conquistas aconteçam como a reforma do nosso sistema tributário, previdenciário, trabalhista e político. Quanto ao sistema tributário a classe empresarial tem solicitado a muito tempo da necessidade de termos um sistema mais justo e competitivo que tenha como objetivo maior o crescimento sustentável,que crie empregos e diminua as grandes disparidades sociais deste país. O setor industrial que atualmente tem apresentados desempenhos abaixo do esperado sugere um sistema mais transparente, simplificado que desonere investimentos, exportações, importações,  o custo do trabalho e que privilegie a eficácia dos gastos públicos. No meu entender é o maior obstáculo ao desenvolvimento e crescimento das atividades produtivas deste país. Não existe no mundo um sistema igual a este, dificulta as empresas brasileiras se relacionar nos mercados globalizados.É antigo, envelhecido foi concebido quando a nossa nação vivia em um ambiente de completa desorganização econômica, vem sofrendo constantes modificações de caráter temporário que em nada contribui  em uma visão de longo prazo. É oneroso, complexo, causa insegurança jurídica e estimula a corrupção. O sistema tributário tem que ser entendido como um importante instrumento de desenvolvimento econômico e de redistribuição de renda. Quanto a questão distributiva, observa-se que o nosso sistema é fortemente regressivo, em função da predominância de impostos indiretos, diferentemente do que ocorrem em outros países. A elevada taxação do emprego formal leva a diminuição na contratação de empregados com carteira assinada. A ausência de vinculo formal reduz o investimento em treinamento e compromete a empregabilidade dos trabalhadores. Estimula a informalidade e cria dificuldades para a previdência, porque amplia o contingente de homens desprovidos de proteção no momento da aposentadoria, colocando nas gerações futuras mais um encargo a ser solucionado. Está claro que maior tributação ocasiona menor renda disponível, levando a redução do consumo das famílias e menor investimento nas empresas. Inflaciona preços, reduz empregos estimula informalidade e compromete a produtividade da nossa nação. O pior é mesmo tendo uma carga tributária elevada comparada aos países desenvolvidos e tendo uma contra prestações de serviços de péssima qualidade, mesmo assim o governo gasta mais do que arrecada, gerando um déficit orçamentário que desorganiza o sistema financeiro, os recursos que poderiam ser direcionados para a atividade produtiva é alocado para o financiamento público,estimulando juros e reduzindo consumo.A arrecadação excessiva realmente limita o nosso crescimento. Acrescente a este caos as outras reformas ( política, trabalhista e previdenciária). Um bom momento para que os nossos ilustres deputados e senadores terem o que fazer no novo ano que se inicia.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Equilíbrio

Qualquer nação independente da sua posição política, econômica e social busca entre os seus objetivos de política econômica, aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, distribuir melhor a renda e ter um controle nas  contas externas. Para que esses objetivos sejam atingidos elaboram as suas políticas: fiscal, monetária, cambial e renda. Essas políticas não são independentes como muitas pessoas acham são sim conflituosas e cabe as autoridades econômicas terem a habilidade e competência em calibrar os seus instrumentos com o objetivo de encaminhar o país para um  crescimento e desenvolvimento sustentável. As nações que optaram em estabelecer um Estado indutor constitucionalmente controlado tem conseguido resultados positivos, perceberam que precisam construir uma política fiscal voltados para o futuro, com déficits nominais aceitáveis,  com uma boa qualidade no financiamento de sua  dívida e um controle severo na relação dívida pública\PIB. Perceberam a importância de economizar nos gastos do governo criando condições para o surgimento da poupança pública para a realização dos investimentos, dar mais eficiência aos bens públicos que o mercado não tem condições de suprir. Ser possuidor de uma política monetária que garanta a estabilidade da sua moeda e de um sistema financeiro saudável que com as condições mais favoráveis da política fiscal permita fazer com que a nossa taxa real de juros se aproxime das taxas praticadas nas nações desenvolvidas. Estimular de forma horizontal os agentes econômicos, definir os marcos regulatórios dos mercados e estimular a sua concorrência e jamais maquiar os resultados da sua contabilidade nacional. O modelo macroeconômico brasileiro se sustenta em três pilares que são:  Metas de inflação, superavit primário e câmbio flutuante. A estabilização é uma conquista do povo brasileiro e estamos a dezoito anos colhendo frutos que são visíveis a todos os brasileiros.O nosso êxito é fruto de termos uma inflação controlada durante todos esses anos,a nossa situação fiscal tem melhorado fruto da queda dos juros  e por contribuir com melhores resultados nas nossas contas públicas, as nossas reservas internacionais aumentaram em razão do nosso melhor desempenho nas exportações.É preciso que, tanto os empresários, os comerciantes e trabalhadores façam as suas reivindicações de aumentos de preços e salários dentro das metas estabelecidas pela inflação e levando em consideração a produtividade atingida em cada setor .O governo para positivar as expectativas dos agentes precisa sinalizar para a sociedade que continuara a perseguir a redução da dívida pública e o Banco Central dar sinais de que jamais abandonara a meta de inflação estabelecida pelo governo. Lembrando o que nos disse o ex-presidente do Banco Central,o senhor Henrique Meirelles :"A melhor maneira de derrubar as taxas de juros é não se preocupar tanto com as taxas de juros  e sim com a inflação".Se essas condições forem consolidadas esperamos que a classe empresarial tenha capacidade de perceber a necessidade de novos produtos  ou serviços e que tenha certeza que conseguirá encontrar compradores que paguem um preço que compense os custos e lhe dê lucro e desenvolvam uma  estrutura industrial ou comercial que funcionem e que consiga operar gerando responsabilidades fiscais e monetária.Caminhando para uma maior eficiência econômica, reduzindo a pobreza, melhorando os nossos indicadores sociais e econômicos  e todo mundo trabalhando para o nosso desenvolvimento.

sábado, 27 de outubro de 2012

A busca das autonomias

Historicamente as sociedades humanas sempre buscaram   se organizar em nações e definirem seu estado, com o objetivo de maximizar ao longo do tempo o bem estar de sua população. Qualquer nação busca ter três autonomias: Alimentar, energética e militar. O nosso país, conquistou autonomia alimentar, aqui se alguém passa fome não é por falta de capacidade produtiva e sim por falta de renda, já que uma das características mais marcante de nossa sociedade é possuir uma  distribuição de renda extremamente concentrada. A energética, embora sejamos possuidor de uma das matrizes mais limpa do mundo e novas fontes renováveis a ela se incorpora (eólica, solar e etanol) além do pré-sal da sinais de fadiga, em trinta e cinco dias o país sofreu quatro apagões e dois de grande porte deixando duas macros regiões (norte e nordeste) as escuras. Como é do conhecimento de todos somos uma nação dividida, assunto que já tratei em artigo anterior,(Um país dividido), onde os projetos portadores de futuro para a região nordestina estão atrasados e penalizando toda a competitividade dessa macro região, falta governança do governo central e ausência da classe política em exigir as conclusões desses projetos. Imaginem o que devem pensar os investidores estrangeiros que estão em visita de negócios nos diversos estados nordestinos fazendo análise de risco sobre os recursos que pretendem aplicar na exploração de um novo empreendimento, quando sentem a ausência do principal insumo do processo produtivo que é a energia. Qual será a sua decisão? Adiar, aguardar ou quem sabe buscar outra nação que lhe proporcione as condições necessárias e suficientes para que possam operar. Mais uma vez nós nordestinos perdemos inúmeras oportunidades de negócios que com certeza iria nos beneficiar na geração do emprego e renda.O senhor Adriano Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura, na folha de São Paulo no dia 27\10\2012 no espaço Mercado, afirmou: "Os recentes apagões, em diferentes localidades, evidenciam problemas na transmissão e na distribuição.Os leilões de energia, ao comercializar empreendimentos de geração em regiões distantes dos grandes centros, contribuem para a construção de linhas de transmissão longas e, consequentemente, difíceis de serem gerenciadas e mantidas.Tal fato, associado a uma fiscalização insuficiente do setor, levou à inadequação dos investimentos em manutenção, motivada pela dúvida sobre o destino das concessões do setor elétrico". A militar segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, afirmou em audiência no senado  que só temos condições de suporta uma hora de guerra , em razão da  fragilidade de nossas forças armadas. Quanto tempo estamos aguardando uma definição sobre a compra dos  aviões para modernizar a nossa aeronáutica e como está a nossa marinha e o nosso exército?Um país de dimensões continentais que faz fronteira com diversas nações é possuidor de uma área que é almejada por muitos países como a amazônia pode dar-se o luxo de negligenciar tais decisões?Parece brincadeira. Todas as nações independentemente de sua posição política, econômica e social busca desesperadamente alcançar  essas  três autonomias, para que possam garantir a execução do seu projeto de prestigio, prosperidade e poder. O nosso país não é diferente, sabe dessa necessidade porém ainda não encontrou o melhor caminho para garantir a execução dessas prioridades. O gigante está adormecido e nas escuras.

domingo, 21 de outubro de 2012

Novo Mundo

A passagem do século XX para o século XXI está marcado por três processos que são: revolução da tecnologia da informação,crise econômica do capitalismo e socialismo e o surgimento de movimentos sociais e culturais (direitos humanos, feminismo e ambientalismo), que fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede, uma nova economia, a economia informacional global e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real.A sociedade em rede, como qualquer outra estrutura social, também apresenta contradições, conflito sociais e desafios de estar sempre buscando alternativas em sua organização. Neste mundo das transformações que estamos vivenciando nunca o homem tinha atingindo uma capacidade produtiva tão elevada como agora, mediante o poder da mente.Penso logo produzo. A mudança está em cada emprego, cada setor, cada serviço e em todas as organizações.Criamos constantemente novos mercados para novos produtos e serviços e realidades políticas e econômicas novas para nos adaptarmos a esse mundo dinâmico, evolutivo e instável que estamos inseridos. Neste novo mundo a qualificação profissional é mais exigente, as pessoas precisam entender que não podem mais parar de estudar é uma condição de sobrevivência. Este novo mundo que inventamos pode nos levar a melhorar ou piorar o nosso destino dependerá da nossa capacidade de como a humanidade reagirá a ele. O senhor Julius Genachowski,  presidente da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos afirmou:" O impacto da banda larga no progresso da humanidade será muito mais revolucionário neste século XXI do que foi o do carvão, do petróleo e da eletricidade nos séculos anteriores. Ela funciona como verdadeira estrada da informação e do conhecimento, levando a cada ser humano a internet e todas as demais formas de comunicação, com enorme impacto sobre a economia, a prosperidade global e até mesmo sobre a promoção e a manutenção da paz mundial". Chego a conclusão que não existe nada que não possa ser mudado por ação social consciente e intencional, munido de informação e apoiada em legitimada.Se todas as pessoas forem esclarecidas, atuantes e terem o poder de se comunicarem com o mundo,  se as empresas públicas ou privadas assumirem suas responsabilidades sociais,  se os políticos tomarem consciência da importância da democracia, se a humanidade universalizar a solidariedade da espécie em todo o mundo, vivendo em harmonia com a natureza e buscando a paz em nosso interior baseado por uma decisão bem informada, consciente e compartilhada, então, talvez, finalmente possamos ser capazes de viver, amar e ser amados. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Por um mundo melhor

Embora muitas famílias possuam em suas casas uma quantidade enorme de tecnologias a sua disposição, eliminando um conjunto de tarefas rotineiras e sem fim, mesmo assim não extravasam tanta felicidade no transcorrer dos seus dias, gerando uma ociosidade não criativa, levando o homem a se isolar cada vez mais e consequentemente o calor humano desaparecendo, deixando-o mais frio e distante. A tecnologia incorporada no nosso dia à dia, tem como objetivo principal nos livrarmos da rotina, permitindo expandir a nossa criatividade e  as relações familiares tornarem-se mais próximas como antigamente: pai, filhos, esposa, parentes e amigos, estabelecendo uma relação duradoura, discutindo problemas comuns e buscando alternativas para questões mal resolvidas. As trocas de conhecimento e experiências passadas com certeza ajudarão em muito, refletir sobre o nosso posicionamento. Como sabemos, sábio é o que não se envergonha de aceitar uma verdade nova e mais sábio é o que a aceita sem hesitação, além disso é muito bom ouvir opiniões contrárias, por que permite um revisionismo histórico de nossas ações, mesmo sabendo que isso ocorre raramente, justamente em razão da ausência destas praticas.O vazio que nos incomoda tanto, a falta de expectativas melhores, a desesperança nas soluções de problemas primários que ainda afligem os homens, tem transformado os nossos dias depressivos, sem motivação, criação, isolamento, aumento do suicídio (quando se vive em um meio de tantas adversidades, a morte prematura para muitos transformam-se em um prêmio)  e os finais de semana que poderiam ser festivos, prazerosos e alegres se transformam em verdadeiros tormentos.A quantidade de assaltos, roubos, sequestros e arrastões que estamos assistindo em todos os estados brasileiro é prova suficiente da péssima distribuição da riqueza que ainda impera neste país. A falta de oportunidade aos milhões de miseráveis que necessitam desesperadamente de sobreviver, requer com urgência por parte daqueles que decidem, a apresentação de um novo caminho a ser percorrido pela sociedade,caso contrário a guerra hoje instalada a sua tendência é aumentar e agravar ainda mais a nossa governança e a comprometer a nossa jovem democracia.A busca da construção de um novo país requer vontade política para implantarmos as metas estabelecidas para esse novo milênio que se inicia que são: Acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos,igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a aids,a malária e outras doenças, qualidade de vida  e respeito ao meio ambiente e finalmente todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.Afinal estamos nesta vida para quê? Acredito que novos valores precisam urgentemente serem redescobertos para propiciar a todos um sentido mais digno de viver.Chegamos ao início deste novo século com uma realidade absurda, como se todos os sistemas sociais tivessem fracassados.Nos países ricos, ainda encontramos a miséria, aumentou a desigualdade e a pobreza, desemprego crônico levando milhões de pessoas a dependência às drogas químicas e ao consumo supérfluo e gerando um vazio existencial. Os futuros historiadores terão dificuldades em explicar essa catástrofe em que se inicia esse novo milênio. Como foi possível utilizar tantos recursos para se chegar a desarticulação social, a falência da economia, colapso das finanças, a falta da moeda e o desarranjo social.O mundo de hoje exige uma ruptura que vá além da simples substituição de classes  no poder e além da distribuição mais equitativa da renda. A crise que  vivenciamos transcende a economia e assume uma clara conotação civilizatória.

sábado, 6 de outubro de 2012

A Crise da Europa

O projeto de união europeia teve inicio através da evolução de uma zona de livre comércio nos anos 80 para atingir a construção de uma federação que está em crise.É bom lembrar que em fevereiro de 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht, que exigia uma ordem monetária e disciplina fiscal, onde todos os participantes não poderiam ter deficit fiscal superior a 3% do PIB e de não permitirem que a relação dívida pública\ PIB fosse maior que 60%.Se observarmos, no inicio do projeto que tinha como objetivo maior criar um bloco econômico que fizesse frente aos Estados Unidos, ao mesmo tempo consolidando uma zona única de comércio e que esta integração pudesse criar as condições para eliminar as disputas historicamente  resolvidas pelo confronto militar. O problema começou quando as nações não respeitaram o tratado e isso ocorreu de forma generalizada. Alguns países perceberam que a união monetária sem uma união fiscal, previdenciária,bancária e trabalhista traria problemas no futuro e muitos não deram a devida atenção as reformas internas como forma de se ajustarem a uma nova realidade que exigia aumentos continuados de produtividade e controle nas contas públicas. Nações como Alemanha, Reino Unido, Itália e França  começaram a fazer as suas reformas que criou internamente uma insatisfação de sua população onde as manifestações públicas explodiram em todos os cantos mas que são necessárias para a consolidação dessa nova federação.Nações como Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda retardaram no avanço das reformas, acharam que os seus deficits seriam financiados em condições favoráveis para manterem um padrão de vida sustentável sem uma contra partida do seu desempenho econômico. A felicidade desta unificação é possuir um banco central comum com poderes para manter o sistema econômico em funcionamento enquanto exige de cada país a aplicação das reformas que acelere a sua competitividade. A mídia tem demostrado que está crise poderia ser resolvida se a Alemanha aceitasse  a possibilidade de uma expansão fiscal, mas a primeira ministra tem afirmado que expansão fiscal é para quem pode, não para quem quer,mas quem pode não quer. O seu país fez duras reformas no âmbito fiscal e trabalhista o que deveria ser seguido pelas outras nações. As  que perceberam que não poderiam seguir elevando a sua dívida, entraram em um circulo com cortes de despesas e investimentos do governo e do setor privado gerando redução da atividade econômica, diminuição da receita pública e privada e aumentando o desemprego.Está tragédia que se abate em muitas economias europeia deve servir de exemplos para o mundo, da necessidade de manterem deficits nominais aceitáveis, superavits  primários capazes de reduzir ao longo do tempo a relação dívida pública\PIB e implementar uma política fiscal responsável, política monetária executada por um banco central autônomo e uma política cambial com liberdade de movimentos de capitais e com intervenções do governo quando necessárias. A crise da eurolândia só será resolvida quando o mundo político europeu tomar consciência da necessidade da centralização das decisões políticas, econômicas e de suas políticas sociais. Finalizo afirmando que está crise de baixo crescimento, dívida muito alta, polarização política e crescente mal estar entre a população só será resolvida quando os europeus entenderem que necessita completar a união monetária com a união fiscal, bancária e uma maior integração política, caso contrário o sofrimento levará alguns anos.

sábado, 29 de setembro de 2012

Um país dividido

Segundo John Maynard Keynes, o maior problema político da humanidade está em encontrar instrumentos que permita combinar da melhor maneira possível três coisas: eficiência econômica, justiça social e liberdade individual. A maioria das nações perceberam que o melhor caminho para atingir esses propósitos está na economia regida pelos mercados e livre competição, desde que haja estabilidade macroeconômica que estimule a economia a integrar-se ao ambiente internacional e regional, que possua regras estáveis, respeito aos contratos como forma de estimular os investimentos privados e a garantir segurança jurídica. Necessita possuir uma cadeia educacional de qualidade que  permita a transição de um capitalismo de commodities para um capitalismo intelectual. Acontece que muitos obstáculos precisam serem eliminados como: Reforma dos sistemas tributário, trabalhista, político e previdenciário, fim das restrições e participação do capital estrangeiro,lembrando que capital não tem pátria e sim o conhecimento, possuir um sistema de relação do trabalho mais centrado na negociação, estimular instituições que venham gerar responsabilidade fiscal e monetária , inflacionar a administração pública de qualidade (eficiência) nos seus serviços e acelerar a eliminação dos monopólios constitucionais através das privatizações.Com certeza os resultados aparecerão na forma de um crescimento e desenvolvimento sustentável, redução da pobreza,melhoria dos indicadores sociais, eficiência e redução dos desequilíbrios regionais. É do conhecimento de todos que o nosso país é desequilibrado regionalmente onde a riqueza está na região sul e sudeste, a região centro oeste em crescimento acelerado em razão do desenvolvimento do agronegócio e a região norte e nordeste representa ainda a região problematica. Uma serie de projetos portadores de futuro foram iniciados nesta região ainda na gestão do governo Lula e até hoje não foram concluídos e que comprometem toda a produtividade sistêmica desta região que luta a anos não para se igualar as regiões ditas ricas mas caminhar para proporcionar maiores oportunidades de investimentos na exploração dos nossos recursos e potencialidades na esperança de melhorar o bem estar de milhões de brasileiros.A classe política nordestina precisa ser mas ativa, unidas terão mais força para exigirem do poder central a conclusão destes projetos que são prioritários para a nossa região. Segundo o Valor Econômico do dia 24\09\2012 relatou que:  " A execução dos grandes investimentos anunciados pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Nordeste está atrasada em três anos e meio, na média. O levantamento feito pelo Valor considerou os principais empreendimentos anunciados para a região na gestão Lula, que somam mais de R$ 116 bilhões - o montante exclui os projetos que, devido à complexidade dos entraves à sua execução, já não têm mais data prevista para ficarem prontos.Os atrasos têm reflexos no custo dos projetos, que já subiu muito. Contratos malfeitos, questionamentos ambientais e irregularidades nas prestações de contas formam o quadro que, segundo especialistas, não pode ser reproduzido em projetos futuros, como os anunciados no novo pacote de concessões de rodovias e ferrovias. As maiores dificuldades estão nas refinarias da Petrobras prometidas por Lula para Maranhão e Ceará, orçadas em quase R$ 60 bilhões. A primeira deveria ser inaugurada em setembro de 2013 - o empreendimento, porém, foi colocado "em avaliação" no plano de investimentos da Petrobras para o período 2012/16. A refinaria do Ceará, prevista para ficar pronta em 2014, não tem mais data para entrar em operação.Na área de infraestrutura o quadro não é diferente. As duas ferrovias previstas para o Nordeste estão muito atrasadas e sem prazo certo para conclusão. Com 1.728 km de extensão, a Nova Transnordestina já passou por troca de empreiteiras, demora nos repasses de recursos por parte da União e um processo traumático de desapropriações. Superados alguns dos entraves, as obras avançam no ramal que corta os Estados de Pernambuco e Piauí, previsto para ficar pronto em dezembro de 2014. O trecho cearense, entretanto, segue emperrado e sem perspectivas animadoras". Está claro que a governança corporativa do governo central frente as necessidades desta região falta transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa, condenando os nordestinos a conviverem com o sofrimento e a miséria e sem nenhuma perspectiva de um  futuro melhor. Realmente somos um país dividido.

sábado, 22 de setembro de 2012

Oportunidade de negócio

Qualquer empreendedor só fará investimentos se tiver certeza de que o mesmo apresentará uma lucratividade razoável e que haja retorno da quantia investida em um período relativamente curto. A decisão de investir depende de duas variáveis: taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. No campo do empreendedorismo tudo começa quando existe realmente alguém querendo comprar os serviços e os produtos que o empreendedor pretende oferecer, lembrando que a atividade empresarial em sua essência é a ação de vender e lucrar.Quando surge uma oportunidade de negócio que  é bem diferente de uma boa ideia,  não se limita apenas a realizar vendas  é preciso determinar o lucro que esta oportunidade de negócio vai gerar e não pode ser qualquer lucro. É importante ressaltar que o empresário só fará novas inversões, quando o retorno líquido ou lucro for maior do que a taxa de juros, que a eficiência marginal do capital seja elevada. Segundo a teoria Keynesiana, a eficiência marginal do capital é uma relação entre o rendimento provável de bens de capital adicional e seu preço.Os empreendedores de sucesso são aqueles que conseguem enxergar a necessidade do mercado por determinados produtos e serviços que ele planeja produzir, tem consciência de que se não vender não há negócio, tem informações suficientes que conseguirá compradores que lhe paguem um preço que seja compensador, que cubra os seus custos e permita ter lucro. Não segue os preços da concorrência, tem domínio dos seus custos e margens e acredita nos diferenciais dos seus produtos e serviços. Tem conhecimento da amplitude do mercado, analisa suas tendências, trabalha com riscos calculados e suas decisões de investir são avaliadas frente a possíveis  resultados que podem acontecer, reconhecendo que em um ambiente de negócio os modelos são todos probabilísticos. O empreendedorismos é definido nos diversos livros que trata deste assunto como  um conjunto de pessoas e processos que conseguem transformar ideias em oportunidades e a melhor  definição de empreendedor é dada pelo economista Joseph Schumpeter que afirma: "O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais". Precisamos estimular o empreendedorismo de oportunidade, criando internamente em nosso país uma atmosfera positiva, através de políticas macroeconômicas previsível. O marco regulatório definido em todos os setores, estimulando a consolidação de um mercado de capitais forte, prestigiando os investidores institucionais, buscando eliminar o custo Brasil, que retira a competitividade sistêmica do país em áreas facilmente identificáveis, como: tributação excessiva, ausência de qualidade dos gastos públicos, infraestrutura deficiente, juros elevados ,  melhorar a segurança pública no combate ao crime organizado e a informalidade,  inflacionar toda a cadeia educacional  de qualidade e reduzir os  altos encargos trabalhistas. Atrair os  empreendedores para o surgimento de novas oportunidades de negócio é de fundamental importância para o nosso país, na geração de empregos e renda, sinalizando para os nossos governantes na esfera Federal, Estadual e Municipal a consciência de implementar políticas públicas inteligentes que permita as empresas operarem com custos aceitáveis, gerando resultados positivos para ingresssarmos em um círculo virtuoso de poder, prestígio e prosperidade. 

sábado, 15 de setembro de 2012

Participação

A sociedade brasileira sinalizou através dos seus representantes livremente escolhidos para compor a Assembleia Nacional Constituinte de 1988 o desejou de construir   um processo civilizatório baseado em três pontos que estão na nossa constituição em vigor, que são: Construção de uma sociedade justa que amplie a igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, através da universalização gratuita do direito à saúde, educação e segurança. Sistema de escolha democrático em que o poder deve ser submetido de maneira periódica, ao voto universal. Regime republicano onde todos  devem estar sujeitos a mesma lei. Para que estes propósitos sejam alcançados, necessitam de recursos que inevitavelmente contribuem para termos uma carga tributária elevada. O grave problema que nos afeta é que temos uma carga tributária elevada e a contra prestação desses serviços públicos é em pequena quantidade e de baixa qualidade, exigindo maior eficácia do uso dos recursos nos três níveis de governo para que não comprometa o nosso desenvolvimento manifestado na nossa atual constituição.Estamos em tempo de eleições municipais e é natural que as pessoas discutam sobre o perfil dos candidatos, sobre suas qualidades e defeitos. Esse exercício de escolha é extremamente importante para o futuro que queremos construir, lembrando que as instituições públicas são movidas pelos políticos que escolhemos e são eles que determinarão o nosso futuro em termos de justiça social, qualidade de vida e exercício pleno de nossa cidadania. A nossa nação hoje é o resultado das nossas escolhas passadas. Se a miséria e a pobreza  existe hoje ainda em demasia, é fruto da ausência da justiça social e de uma melhor distribuição de renda que não foram implementadas no passado que precisamos corrigir no presente, dai a importância de nos mobilizarmos como sociedade para elegermos através do voto de cada eleitor  homens comprometidos com o nosso engradecimento humano. Frei Betto, que muito admiro, em artigo publicado na Folha de São Paulo no dia 14\09\2012, cujo título é " Os candidatos são todos iguais" , foi muito feliz em sua interpretação sobre o envolvimento das pessoas no pleito eleitoral quando afirma : "Um grupo insiste em se manter indiferente ao período eleitoral. Todos os candidatos são considerados corruptos,mentirosos, aproveitadores ou demagogos (ou tudo ao mesmo tempo). Mas não a há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. Ficar indiferente é passar cheque em branco, assinado e de valor ilimitado, ao candidato vitorioso. Governo e estado são indiferentes à nossa indiferença, aos nossos protestos individuais. É compreensível uma pessoa não gostar de ópera, de jiló ou da cor marrom. E mesmo de política. Impossível é ignorar que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último suspiro, tem a ver com política". Mas adiante o Frei Betto nos alerta de forma clara que todos nós somos ministeriados do nascimento à morte e diz: " Ao nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça.Vacinados, ao da Saúde; ao ingressar na escola, ao da Educação; ao arranjar emprego, ao do Trabalho; ao tirar habilitação, ao das Cidades; ao  aposentar-se, ao da Previdência Social; ao morrer, retorna-se ao Ministério da Justiça.E nossas condições de vida, como renda e alimentação, dependem dos ministérios da fazenda e do planejamento. Em tudo há política, para o bem ou para o mal. Faça como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão". Vamos todos participar de forma civilizada deste  pleito, escolhendo o seu candidato e ao vitorioso, desejar sucesso em sua trajetória executiva e que  as suas decisões venham ao encontro dos anseios de todos os brasileiros na construção de uma verdadeira sociedade civil.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mentalidade

Vivemos no século do conhecimento ou da transformação como muitos estudiosos revelam exigindo  um novo perfil de comportamento de todos os agentes econômicos.Muitas empresas ainda não absorveram a necessidade de buscarem de forma continuada um modelo que permita caminharem para um desenvolvimento    de caráter permanente. As crises no sistema econômico  que sempre existirão,obriga que as empresas tenham capacidade de se adaptar as novas regras que são estabelecidas por essas mudanças, lembrando que a cada crise, coloca a ideia de que é preciso mudar tudo. O nosso país nos últimos vinte anos tem melhorado,  e dois marcos regulatório foram essenciais: primeiro a redemocratização cujo sistema político ainda necessita se aprimorar para dar maior representatividade e proximidade dos escolhidos pela vontade popular aos seus eleitores.Segundo a estabilização econômica que transformou o país perante o mundo de uma nação subdesenvolvida para uma nação emergente e decente. Temos grandes gargalos a serem superados,os nossos indicadores sociais, a qualidade de nossos políticos e dos serviços e políticas públicas, o nosso sistema judiciário,a questão ambiental, a violência na sociedade, o crime organizado e a corrupção nas relações econômicas, políticas e sociais. Estamos realmente distante de termos ainda indicadores de desenvolvimento humano elevados e já atingidos pelos países ditos desenvolvidos. Neste mundo competitivo, os empresários precisam saber que a busca pela produtividade é a razão maior para que  a sua  empresa permaneça viva neste mundo dinâmico, evolutivo e instável.Para que isso ocorra, se faz necessário mudanças  na mentalidade de condução e direção dos seus negócios. Os colaboradores deste século são mais exigentes a medida que a sua escolaridade aumenta, vislumbram organizações onde existam possibilidades de progresso e desenvolvimento pessoal, o entusiamos cresce quando conhecem amplamente os objetivos a serem alcançados pelas empresas, onde impera a confiança, liberdade e responsabilidade mútuas. Aceitam o risco como condição para atingirem o desenvolvimento das empresa mas em contra partida esperam que a estrutura organizacional as políticas e os processos sejam flexíveis que levem em consideração as suas necessidades e os seus sentimentos, que tenham liberdade de expressão e que suas opiniões sejam levadas em consideração. Os empresários tem um papel relevante no ambiente político são eles que financiam a maioria dos políticos onde muitos deles não passam de meros representantes de seus interesses no alto escalão do governo.Esperamos que neste novo momento que estamos vivenciado os  recursos  conquistados por esses empresários possam ser direcionados a financiar  políticos que estejam pelo menos comprometidos para construção de uma sociedade civil que possamos amanhã nos orgulhar. Muitos são homens vencedores que o povo brasileiro admiram aonde chegaram e esperam que este sucesso também seja direcionado para o aprimoramento da gestão pública e de suas empresas, estabelecendo um clima de ordem, mas com alto grau de inovação onde os indivíduos aceitem o novo de forma natural. É preciso compreenderem que para se ter os melhores e retê-los em seus quadros não se limita apenas a altos salários é preciso também possuir um programa de treinamento exaustivo onde as pessoas se sintam bem informadas,conectadas com o mundo atual. Existe ainda empreendedores que não tem este alcance, acham que alocar recursos em treinamento é custo e não contribuem para o aprimoramento das suas operações e não influenciam na melhoria das relações internas e externas das suas empresas. Esses empresários precisam urgentemente serem informados que no atual modelo de desenvolvimento os risco são elevados justamente pelas inovações que surgem frequentemente e são irreversíveis e que precisam constantemente mudarem a sua forma de produzir para um mercado em constante mudança na forma de consumir e rever suas relações com a questão ambiental. Quando estes  empresários tomarem consciência deste novo mundo que estamos constantemente construindo e exigindo deles maior participação  neste processo,então a utopia de um país mais próspero, ético e seguro para todos os brasileiros terá grande change de se concretizar.

domingo, 2 de setembro de 2012

Marginalidade

Quando trafegamos pelas ruas da cidade do Natal e paramos em um sinal semafórico cujo objetivo é ordenar o trânsito também é um ponto de encontro de jovens e crianças fruto da miséria e do abandono. Vivem na marginalidade, muitas vezes para sobreviver passam a roubar e cometem vários delitos. São atuados, passam pela humilhação e muitas  vezes são submetidos ao castigo, como forma de correção. A violência urbana na cidade do Natal como em todo o Brasil mantém forte relação com o comércio das drogas, mas as razões deste problema são bastante conhecidas. Ausência da escola e de uma estrutura familiar, além de viverem em ambientes hostis e com excesso de falta de recursos para terem dignidade. Segundo estudiosos, algumas  característica , prevalece entre elas  a solidariedade e a lealdade, e são vistas dentro da comunidade em que vivem como pessoas normais, preservando o ambiente  em que estão inseridos e são violentos contra a sociedade que os oprime pela dor da sede, fome, espancamentos e sem expectativa de dias melhores. A violência entre eles se estabelece pelos espaços que buscam no mercado de drogas e pelos maus tratos recebidos pelos familiares que muitas vezes os levam a própria morte. Existe amor e ternura mesmo neste ambiente degradado e tenho certeza que todos lutam para conquistarem   até de forma desesperada um lugar digno na sociedade. Que sociedade é está que deixa milhões de jovens e crianças desamparadas criando as condições naturais para o surgimento dos futuros marginais em nosso país? Precisamos ir em busca do sentido e explicação dessa realidade. É inconcebível atualmente que qualquer homem fique à margem dessa realidade e  preso ao imediatismos das explicações prontas dos nossos governantes. É preciso sermos capazes de fazermos com que essas pessoas tenham uma compreensão mais elevada do mundo que transcenda seus limites, para que isso ocorra necessita de acesso a uma boa educação, saúde, alimentação, vestuário, habitação e lazer. Prover as condições mínimas para uma vida digna. A sociedade brasileira precisa refletir sobre está questão que nos angustia diariamente e a muitos anos sem solução e não esquecendo que somos o principal elemento da construção de  nossa história  e o nosso papel é realizar atos que nos engrandeça, que nos faça transcender. Ao analisarmos como se comportam essas famílias no dia a dia para suprirem suas necessidades básicas, é algo surrealista. As dificuldades são tantas que fica difícil de enumerá-las. Este processo de transferência da marginalidade passa de pai para filho e, posteriormente, para os netos, o que já se tornou secular neste país.Não vislumbram nenhuma esperança só agonia mais, mesmo assim aguardam na pura ilusão de que o amanhã seja bem melhor. Até quando continuaremos com está farsa, negando a milhões de brasileiros o direito de terem acesso aos frutos do progresso e consumo? Nenhum país do mundo possui um povo tão alegre,criativo e trabalhador como o nosso. O país é rico e injusto, negando todos os dias o acesso a saúde, educação, transporte, lazer, alimentação e trabalho, justamente aos jovens e crianças que sendo bem protegidos contribuirão no futuro, de forma honesta e sem trapaça para o desenvolvimento do nosso país.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sustentabilidade social e ambiental

Nas minhas aulas de economia quando apresento o circuito econômico e comparo variáveis econômicas, sinalizo a situação do meu país e  afirmo que em nossas vidas esta análise também tem um significado.Quando comparo por exemplo, poupança que é um vazamento no circuito econômico com investimento que é uma injeção, informo três situações: poupança igual a investimento estabelece que a equilíbrio na economia, poupança maior que o investimento gera retração e poupança menor que investimento sinaliza expansão na economia. Quando faço uma análise comparativa entre tributação que é vazamento com gastos governamentais que é uma injeção, apresento três situações que são: equilíbrio, déficit ou superávit orçamentário. Fala-se muito em desenvolvimento sustentável, que deve ser compreendido como a preservação do processo evolutivo, incluindo o homem. Sabemos que as condições originais do meio ambiente está em permanente evolução com ou sem a presença do homem. As externalidades negativas que muitas atividades empresariais geram ao meio ambiente comprometem a nossa permanência no planeta, o que exige maior disponibilidade de água, comida, energia e ar em quantidade e qualidade para que a própria humanidade evolua. Isso exige que governos nos três níveis, empresas públicas e privadas, organizações não governamentais e as famílias participe ativamente para  preservarem essas condições mínimas. As empresas são ditas responsáveis quando tem a capacidade de relacionar suas ações e resultados com os requisitos da ética, desenvolvimento e bem estar das comunidades nas quais exerce influência. As empresas responsáveis é aquela que busca utilizar o mínimo de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços, retornando ao meio ambiente o mínimo possível de rejeitos. Além da responsabilidade que deve ter com o ciclo de vida dos seus produtos e serviços. A empresa responsável ela cuida de toda a sua cadeia produtiva desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados. Mas sustentabilidade não se limita ao ambiente empresarial ela começa dentro de nossa própria casa. O senhor Gustavo Cerbasi em artigo na folha de São Paulo no dia 27\08\2012,cujo título é 'Sustentabilidade começa em casa', foi muito feliz em seu artigo quando afirma : "Sustentabilidade começa pelo que você faz para que sua existência não seja um problema para os demais". O professor mas adiante nos revela que : "Ser sustentável é mais do que fazer um gesto eventual pelo futuro. Sustentabilidade começa em casa, pelo que você faz para que sua existência não se torne um problema para as demais pessoas neste mundo. Isso tem a ver com como você aproveita a água, a energia, os insumos e os alimentos. Mas tem também a ver com como você lida com seu orçamento. Quem lida de maneira desequilibrada com o dinheiro está criando problemas futuros não somente para sua vida mas também para a vida das pessoas com quem convive. Aqueles que têm dificuldades para poupar serão dependentes da ajuda do governo ou de seus familiares. Sem cuidar de seu futuro, precisarão de apoio financeiro e comprometerão o consumo dos filhos, forçando-os também a uma situação de privações, de dificuldade de poupar e, consequentemente, fazendo com que também se tornem dependentes da ajuda futura do governo ou dos familiares. É um círculo vicioso. Quem planeja e poupa o suficiente para viver no futuro com o rendimento do próprio patrimônio deixa de ser um ônus para o Estado. Se gastasse menos com o auxílio às famílias, o Estado teria mais recursos para administrar o interesse coletivo, incluindo a preservação do ambiente e o investimento em tecnologias para a sustentabilidade. Obviamente, essa minha utopia está considerando que, com mais recursos disponíveis, o Estado buscará o interesse coletivo de longo prazo. Hoje isso ainda não acontece.É curioso perceber que poupar não basta. Aqueles que poupam demais, seja por ganância ou por temor excessivo do futuro, limitam a circulação do dinheiro na economia. Com o comércio, a indústria e os serviços faturando menos, o governo tem de investir pesado em subsídios e em políticas de compensação e de incentivo. Gastando mais do que deveria com o equilíbrio da sociedade no presente, o Estado está deixando de cuidar do futuro. Ou seja, está deixando de adotar políticas de sustentabilidade. Costumo afirmar que gastar demais é tão perigoso quanto poupar demais, e isso tem tudo a ver com a construção de um futuro saudável para a economia pessoal e da sociedade. É por isso que a educação financeira não pode se limitar a planilhas, a cálculos e a simulações de investimentos, como muitas das primeiras experiências nesse campo têm sido praticadas nas escolas. Tenho visto métodos eficientes em transformar gastadores compulsivos em poupadores compulsivos. Infelizmente, um grave erro.  A essência da educação financeira deve ser a busca do equilíbrio, e por isso também deveria ser parte dos esforços de sustentabilidade nas escolas e nos debates. Finanças deveria ser tema de aulas de ciências, filosofia e estudos da sociedade, objetivando educar os jovens para que tenham escolhas mais inteligentes e duradouras. Depois disso, caberia discutir o assunto também nas aulas de matemática. Não é o que vem sendo feito.No dia em que cada família souber consumir com qualidade, ou seja, maximizando sua satisfação a cada compra, aproveitará melhor o que consome e, consequentemente, consumirá em menor quantidade. Isso naturalmente já contribui para o ambiente, sem muito esforço adicional. Nesse caso, se abraçar uma árvore lhe faz feliz, continue fazendo-o, nem que seja apenas pelo seu bem-estar pessoal". Finalizo, afirmando que um mundo sustentável é, antes de tudo, uma prática de cidadania, requer a participação consciente dos indivíduos. Implicam em mudanças de comportamento de todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresa pública e privada e o resto do mundo). Como bem definiu o senhor Odede Grajew, " A sustentabilidade social e ambiental em escala global está estreitamente relacionada à consciência e à prática cotidiana de cada um de nós".
 

 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Relações internacionais

As grandes questões que fragilizam a governança mundial hoje tem a participação e influência cada vez mais apreciada dos países ditos emergentes. A Governança Global hoje é completamente diferenciada, se compararmos com um passado não tão distante.Antes recebíamos orientações e hoje participamos ativamente na elaboração de diretrizes que buscam harmonizar as relações internacionais. Mesmo que seja no âmbito macroeconômico, comercial e ambiental. As questões referente a guerra e paz ainda é definida pelas grandes potências, o que precisa ser revista em um futuro não tão distante. O Brasil independente do seu crescimento e das suas conquistas, como a redemocratização e a sua estabilização econômica ainda persistem  problemas internos que requer uma solução como: infraestrutura deteriorada, leis trabalhistas anacrônicas, sistema tributário esclerosado, crime organizado  perda da biodiversidade, comércio ilícito e ausência de regulação em inúmeras atividades.Precisamos deixar de ser um mero mercado emergente para nos transformar em uma sociedade decente. O mundo nos aponta que a humanidade clama por democracia, cansou de homens fortes que governava de forma única, era o Deus do país e o progresso estava em suas decisões. O melhor exemplo  vêem do mundo africano, asiático e da revolução oriental que está ocorrendo ainda hoje. As sociedades perceberam que neste século para terem sucesso necessitam de instituições fortes que sejam confiáveis, capazes e transparentes.Precisam de parlamentos fortes, policiais honestos, juízes independentes , imprensa livre e de um ambiente de negócios fervescente. Um simples olhar ao nosso país percebemos que cometemos equívocos no passado, que comprometem o presente, onde   cidadãos são impedidos de se cruzarem porque suas estradas são paralelas, nos obrigando a  ampliar cada vez mais a igualdade de oportunidade. Devemos nos rebelar contra a naturalização de um país separado e desigual.Precisamos construir urgentemente um novo país. Começando com uma boa educação em toda a sua cadeia . Que possibilite a construção de diversos caminhos e que todos os caminhos nos leve, ao aumento da inteligencia, sensibilidade, moralidade, justiça e bem estar social.Lembrando que a redemocratização foi relevante mas  que a  liberdade educa e a educação liberta. Sem educação, não há liberdade. Aos governos cabe garantir as condições necessárias para que o novo floreça. O desenvolvimento requer invenção do futuro, como dizia o grande Celso Furtado. O nosso país, apesar da situação confortável em que se encontra frente a um ambiente externo indefinido para continuar a sua trajetória de crescimento precisa equacionar problemas internos que ainda persistem e nos atormenta a anos.A nossa presidente Dilma disse aos nossos diplomatas em uma reunião que: "temos que equacionar três amarras do país e construir o caminho, o chamado quarto caminho. As três amarras são: taxa de juros, taxa de câmbio e impostos altos. E o caminho é a educação de qualidade". Isto revela o quanto nossa presidente está comprometida com as reais necessidades da nação. Sinais de novos tempos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Agências Reguladoras


Caros leitores, a seguir apresento o conceito das agências reguladora,onde extrai da Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Agência reguladora é uma pessoa jurídica de Direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país, a exemplo dos setores de energia elétrica, telecomunicações, produção e comercialização de petróleo, recursos hídricos, mercado audiovisual, planos e seguros de saúde suplementar, mercado de fármacosvigilância sanitária, aviação civil, transportes terrestres ou aquaviários etc. As Agências Reguladoras são criadas através de Leis e tem natureza de Autarquia com regime jurídico especial. Consistem em autarquias com poderes especiais, integrantes da administração pública indireta, que se dispõe a fiscalizar e regular as atividades de serviços públicos executados por empresas privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização.
Estas devem exercer a fiscalização, controle e, sobretudo, poder regulador incidente sobre serviços delegado a terceiros. Correspondem, assim, a autarquias sujeitas a regime especial criadas por lei para aquela finalidade especifica. Diz-se que seu regime é especial, ante a maior ou menor autonomia que detém e a forma de provimento de seus cargos diretivos (por mandato certo e afastada a possibilidade de exoneração ad nutum, ou seja, a qualquer momento). Não são, porém, independentes. Estão sujeitas ao mesmo tratamento das autarquias, e passiveis de idênticos mecanismos de controle:

Atribuições:
  • levantamento de dados, análise e realização de estudos sobre o mercado objeto da regulação.
  • elaboração de normas disciplinadoras do setor regulado e execução da política setorial determinada pelo Poder Executivo, de acordo com os condicionamentos legislativos (frutos da construção normativa no seio do Poder Legislativo).
  • fiscalização do cumprimento, pelos agentes do mercado, das normas reguladoras.
  • defesa dos direitos do consumidor.
  • incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais, objetivando à eliminação de barreiras de entrada e o desenvolvimento de mecanismos de suporte à concorrência.
  • gestão de contratos de concessão e termos de autorização e permissão de serviços públicos delegados, principalmente fiscalizando o cumprimento dos deveres inerentes à outorga, à aplicação da política tarifária etc.
  • arbitragem entre os agentes do mercado, sempre que prevista na lei de instituição.
Na esfera federal brasileira, são exemplos de agências reguladoras a ANATEL, ANEEL, ANCINE, ANAC, ANTAQ, ANTT, ANP, ANVISA, ANS e ANA.
Cumpre tarefa de grande relevância, pois sua função é essencialmente técnica e sua estrutura é constituída de tal forma a se evitar ingerências políticas na sua direção.
No Brasil, além das agências reguladoras federais, existem agências reguladoras estaduais e municipais". Juridicamente muito bem definida e com as suas atribuições bem descritas e quanto as  operações das empresas que atualmente atuam nos diversos setores vitais da nossa economia, apresentam serviços de péssima qualidade que compromete toda a cadeia produtiva do país.Cobram pelos serviços que prestam valores extremamente elevados quando comparados com as nações desenvolvidas ou mesmo nos países  que são originarias.Parece-me que o mercado brasileiro é propicio ao retorno fácil em relação ao investimento feito e que não tem com o que se preocupar com a fiscalização. A telefonia móvel mesmo com o impedimento de negociação de novas linhas recentemente, continua ruim e não houve nenhuma melhora, quanto a energia elétrica houve erros nos cálculos das tarifas cobradas no passado e a sua devolução aos usuários só Deus sabe quando acontecerá se vai realmente acontecer. Empresas ganhadoras dos leilões para gerenciarem rodovias federais é um verdadeiro caos, completo abandono e o pior é que estamos efetivando novas concessões de aeroporto, porto, rodovias e ferrovias , com o objetivo de reduzir o tamanho do estado, direcioná-lo para as atividades de maior relevância como: (educação, saúde, saneamento básico e  etc)  e ao mesmo tempo estimular uma maior participação da iniciativa privada na construção e manutenção  de nossa infraestrutura.  Com riscos de piorar o que já existe de ruim se não houver uma maior presença das agências reguladoras deste país. Sou favorável as concessões desde que as empresas que venham explorar essas atividades se comprometa a  implantar uma nova filosofia de gestão e que a eficácia nas operações seja percebida pelos brasileiros. Caso contrário, vamos formular um novo conceito uma nova forma de estimular as parcerias entre o setor público com o privado com o objetivo de melhorar de forma continuada a busca pela  produtividade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Gastos em Educação

O economista Maílson da Nóbrega em artigo na revista veja em 25\07\2012, cujo título é "SOBRE O AUMENTO DE GASTOS PÚBLICOS NA EDUCAÇÃO", revela de forma brilhante as contradições do nosso modelo educacional e sinaliza que o aumento dos gastos públicos em educação para 10% do PIB, aprovado em comissão especial da Câmara é um enorme equívoco. Afirma Maílson que o país já destina 5,1% do PIB na área, enquanto é de 4,8% a média dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quase todos muito ricos.Segundo as Nações Unidas/Unesco, nossos gastos superam, como proporção do PIB, os de Japão, Alemanha, Coreia do Sul e    Canadá. Mesmo assim, no último teste conduzido pela OCDE/Pisa, ficamos em 53º lugar entre 65 países em leitura, matemática e ciência. A nossa frente estão Colômbia, México, Uruguai, Chile, Tailândia, Turquia e outros países emergentes.A China ficou em primeiro lugar nas três matérias. O professor chama atenção do modelo chinês e diz: Lá se despende menos de 4% do PIB, mas a educação é a alavanca do seu robusto desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, a taxa de analfabetismo caiu de 22,8% para 5,7% da população adulta (9,7% no Brasil). Para o professor José Pastore, a educação é a arma definida por eles para dominar o mundo, revolucionando a preparação de talentos para ciência e tecnologia. Mais adiante ele nos mostra uns dados interessante sobre o modelo chinês e afirma que na última década,o número de jovens chineses nas melhores universidades do mundo cresceu dez vezes.Em 2009, havia 120000 deles em escolas americanas, a maioria em cursos de pós-graduação. Os brasileiros eram 7500 (3500 em pós-graduação). Segundo o Wall Street Journal, em 2011 os chineses compunham quase a metade dos estudantes estrangeiros em curso de mestrado e doutorado nos Estados Unidos. Diz ainda que, com gastos menores do que os do Brasil, a China avançou muito em pesquisa e desenvolvimento, o que requer pessoal de altíssima qualificação. Em 2011 a China superou os Estados Unidos e o japão no registro de patentes.Não por acaso, sua economia cresce cada vez mais com base em produtos de alta tecnologia, como bens de capital para telecomunicações. Os chineses ganharam da Alemanha em painéis solares. A China é o terceiro país a enviar astronautas ao espaço. Sua estação espacial será concluída em 2020. Há plano de pôr um chinês na lua até 2025. Segundo o professor o que o Brasil precisa é de uma revolução no uso dos gastos públicos em educação: melhorar a gestão dos recursos, aumentar a qualificação dos professores e remunerá-los bem e por desempenho, como acontece nos países bem sucedidos em elevar a qualidade da educação. Em artigo anterior chamava a atenção das mudanças que estão ocorrendo neste século da transformação, exigindo uma permanente adaptação das nações frente as mudanças muito rápidas, provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Neste mundo em permanente transição, um dos elementos mais afetados é o ensino, que busca consolidar técnicas e mecanismos que permita forma indivíduos aptos para a nova sociedade. Não se pode mais ensinar para uma verdade mais para a compreensão de várias verdades circunstanciais.As nossas certezas são relativas e sujeitas a mudanças contínuas. Cabe as universidades brasileiras se posicionar sobre o seu papel, nesta nova onda avassaladora que está varrendo da face da terra velhos hábitos e práticas rotineiras, implantando uma nova concepção de tempo e espaço, estabelecendo novos padrões de comportamento e de avaliação, em todos os aspectos da atividade do homem.Finalizo com a mesma afirmação do artigo passado.Acorda Brasil.