sábado, 29 de setembro de 2012

Um país dividido

Segundo John Maynard Keynes, o maior problema político da humanidade está em encontrar instrumentos que permita combinar da melhor maneira possível três coisas: eficiência econômica, justiça social e liberdade individual. A maioria das nações perceberam que o melhor caminho para atingir esses propósitos está na economia regida pelos mercados e livre competição, desde que haja estabilidade macroeconômica que estimule a economia a integrar-se ao ambiente internacional e regional, que possua regras estáveis, respeito aos contratos como forma de estimular os investimentos privados e a garantir segurança jurídica. Necessita possuir uma cadeia educacional de qualidade que  permita a transição de um capitalismo de commodities para um capitalismo intelectual. Acontece que muitos obstáculos precisam serem eliminados como: Reforma dos sistemas tributário, trabalhista, político e previdenciário, fim das restrições e participação do capital estrangeiro,lembrando que capital não tem pátria e sim o conhecimento, possuir um sistema de relação do trabalho mais centrado na negociação, estimular instituições que venham gerar responsabilidade fiscal e monetária , inflacionar a administração pública de qualidade (eficiência) nos seus serviços e acelerar a eliminação dos monopólios constitucionais através das privatizações.Com certeza os resultados aparecerão na forma de um crescimento e desenvolvimento sustentável, redução da pobreza,melhoria dos indicadores sociais, eficiência e redução dos desequilíbrios regionais. É do conhecimento de todos que o nosso país é desequilibrado regionalmente onde a riqueza está na região sul e sudeste, a região centro oeste em crescimento acelerado em razão do desenvolvimento do agronegócio e a região norte e nordeste representa ainda a região problematica. Uma serie de projetos portadores de futuro foram iniciados nesta região ainda na gestão do governo Lula e até hoje não foram concluídos e que comprometem toda a produtividade sistêmica desta região que luta a anos não para se igualar as regiões ditas ricas mas caminhar para proporcionar maiores oportunidades de investimentos na exploração dos nossos recursos e potencialidades na esperança de melhorar o bem estar de milhões de brasileiros.A classe política nordestina precisa ser mas ativa, unidas terão mais força para exigirem do poder central a conclusão destes projetos que são prioritários para a nossa região. Segundo o Valor Econômico do dia 24\09\2012 relatou que:  " A execução dos grandes investimentos anunciados pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Nordeste está atrasada em três anos e meio, na média. O levantamento feito pelo Valor considerou os principais empreendimentos anunciados para a região na gestão Lula, que somam mais de R$ 116 bilhões - o montante exclui os projetos que, devido à complexidade dos entraves à sua execução, já não têm mais data prevista para ficarem prontos.Os atrasos têm reflexos no custo dos projetos, que já subiu muito. Contratos malfeitos, questionamentos ambientais e irregularidades nas prestações de contas formam o quadro que, segundo especialistas, não pode ser reproduzido em projetos futuros, como os anunciados no novo pacote de concessões de rodovias e ferrovias. As maiores dificuldades estão nas refinarias da Petrobras prometidas por Lula para Maranhão e Ceará, orçadas em quase R$ 60 bilhões. A primeira deveria ser inaugurada em setembro de 2013 - o empreendimento, porém, foi colocado "em avaliação" no plano de investimentos da Petrobras para o período 2012/16. A refinaria do Ceará, prevista para ficar pronta em 2014, não tem mais data para entrar em operação.Na área de infraestrutura o quadro não é diferente. As duas ferrovias previstas para o Nordeste estão muito atrasadas e sem prazo certo para conclusão. Com 1.728 km de extensão, a Nova Transnordestina já passou por troca de empreiteiras, demora nos repasses de recursos por parte da União e um processo traumático de desapropriações. Superados alguns dos entraves, as obras avançam no ramal que corta os Estados de Pernambuco e Piauí, previsto para ficar pronto em dezembro de 2014. O trecho cearense, entretanto, segue emperrado e sem perspectivas animadoras". Está claro que a governança corporativa do governo central frente as necessidades desta região falta transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa, condenando os nordestinos a conviverem com o sofrimento e a miséria e sem nenhuma perspectiva de um  futuro melhor. Realmente somos um país dividido.

sábado, 22 de setembro de 2012

Oportunidade de negócio

Qualquer empreendedor só fará investimentos se tiver certeza de que o mesmo apresentará uma lucratividade razoável e que haja retorno da quantia investida em um período relativamente curto. A decisão de investir depende de duas variáveis: taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. No campo do empreendedorismo tudo começa quando existe realmente alguém querendo comprar os serviços e os produtos que o empreendedor pretende oferecer, lembrando que a atividade empresarial em sua essência é a ação de vender e lucrar.Quando surge uma oportunidade de negócio que  é bem diferente de uma boa ideia,  não se limita apenas a realizar vendas  é preciso determinar o lucro que esta oportunidade de negócio vai gerar e não pode ser qualquer lucro. É importante ressaltar que o empresário só fará novas inversões, quando o retorno líquido ou lucro for maior do que a taxa de juros, que a eficiência marginal do capital seja elevada. Segundo a teoria Keynesiana, a eficiência marginal do capital é uma relação entre o rendimento provável de bens de capital adicional e seu preço.Os empreendedores de sucesso são aqueles que conseguem enxergar a necessidade do mercado por determinados produtos e serviços que ele planeja produzir, tem consciência de que se não vender não há negócio, tem informações suficientes que conseguirá compradores que lhe paguem um preço que seja compensador, que cubra os seus custos e permita ter lucro. Não segue os preços da concorrência, tem domínio dos seus custos e margens e acredita nos diferenciais dos seus produtos e serviços. Tem conhecimento da amplitude do mercado, analisa suas tendências, trabalha com riscos calculados e suas decisões de investir são avaliadas frente a possíveis  resultados que podem acontecer, reconhecendo que em um ambiente de negócio os modelos são todos probabilísticos. O empreendedorismos é definido nos diversos livros que trata deste assunto como  um conjunto de pessoas e processos que conseguem transformar ideias em oportunidades e a melhor  definição de empreendedor é dada pelo economista Joseph Schumpeter que afirma: "O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais". Precisamos estimular o empreendedorismo de oportunidade, criando internamente em nosso país uma atmosfera positiva, através de políticas macroeconômicas previsível. O marco regulatório definido em todos os setores, estimulando a consolidação de um mercado de capitais forte, prestigiando os investidores institucionais, buscando eliminar o custo Brasil, que retira a competitividade sistêmica do país em áreas facilmente identificáveis, como: tributação excessiva, ausência de qualidade dos gastos públicos, infraestrutura deficiente, juros elevados ,  melhorar a segurança pública no combate ao crime organizado e a informalidade,  inflacionar toda a cadeia educacional  de qualidade e reduzir os  altos encargos trabalhistas. Atrair os  empreendedores para o surgimento de novas oportunidades de negócio é de fundamental importância para o nosso país, na geração de empregos e renda, sinalizando para os nossos governantes na esfera Federal, Estadual e Municipal a consciência de implementar políticas públicas inteligentes que permita as empresas operarem com custos aceitáveis, gerando resultados positivos para ingresssarmos em um círculo virtuoso de poder, prestígio e prosperidade. 

sábado, 15 de setembro de 2012

Participação

A sociedade brasileira sinalizou através dos seus representantes livremente escolhidos para compor a Assembleia Nacional Constituinte de 1988 o desejou de construir   um processo civilizatório baseado em três pontos que estão na nossa constituição em vigor, que são: Construção de uma sociedade justa que amplie a igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, através da universalização gratuita do direito à saúde, educação e segurança. Sistema de escolha democrático em que o poder deve ser submetido de maneira periódica, ao voto universal. Regime republicano onde todos  devem estar sujeitos a mesma lei. Para que estes propósitos sejam alcançados, necessitam de recursos que inevitavelmente contribuem para termos uma carga tributária elevada. O grave problema que nos afeta é que temos uma carga tributária elevada e a contra prestação desses serviços públicos é em pequena quantidade e de baixa qualidade, exigindo maior eficácia do uso dos recursos nos três níveis de governo para que não comprometa o nosso desenvolvimento manifestado na nossa atual constituição.Estamos em tempo de eleições municipais e é natural que as pessoas discutam sobre o perfil dos candidatos, sobre suas qualidades e defeitos. Esse exercício de escolha é extremamente importante para o futuro que queremos construir, lembrando que as instituições públicas são movidas pelos políticos que escolhemos e são eles que determinarão o nosso futuro em termos de justiça social, qualidade de vida e exercício pleno de nossa cidadania. A nossa nação hoje é o resultado das nossas escolhas passadas. Se a miséria e a pobreza  existe hoje ainda em demasia, é fruto da ausência da justiça social e de uma melhor distribuição de renda que não foram implementadas no passado que precisamos corrigir no presente, dai a importância de nos mobilizarmos como sociedade para elegermos através do voto de cada eleitor  homens comprometidos com o nosso engradecimento humano. Frei Betto, que muito admiro, em artigo publicado na Folha de São Paulo no dia 14\09\2012, cujo título é " Os candidatos são todos iguais" , foi muito feliz em sua interpretação sobre o envolvimento das pessoas no pleito eleitoral quando afirma : "Um grupo insiste em se manter indiferente ao período eleitoral. Todos os candidatos são considerados corruptos,mentirosos, aproveitadores ou demagogos (ou tudo ao mesmo tempo). Mas não a há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. Ficar indiferente é passar cheque em branco, assinado e de valor ilimitado, ao candidato vitorioso. Governo e estado são indiferentes à nossa indiferença, aos nossos protestos individuais. É compreensível uma pessoa não gostar de ópera, de jiló ou da cor marrom. E mesmo de política. Impossível é ignorar que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último suspiro, tem a ver com política". Mas adiante o Frei Betto nos alerta de forma clara que todos nós somos ministeriados do nascimento à morte e diz: " Ao nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça.Vacinados, ao da Saúde; ao ingressar na escola, ao da Educação; ao arranjar emprego, ao do Trabalho; ao tirar habilitação, ao das Cidades; ao  aposentar-se, ao da Previdência Social; ao morrer, retorna-se ao Ministério da Justiça.E nossas condições de vida, como renda e alimentação, dependem dos ministérios da fazenda e do planejamento. Em tudo há política, para o bem ou para o mal. Faça como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão". Vamos todos participar de forma civilizada deste  pleito, escolhendo o seu candidato e ao vitorioso, desejar sucesso em sua trajetória executiva e que  as suas decisões venham ao encontro dos anseios de todos os brasileiros na construção de uma verdadeira sociedade civil.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mentalidade

Vivemos no século do conhecimento ou da transformação como muitos estudiosos revelam exigindo  um novo perfil de comportamento de todos os agentes econômicos.Muitas empresas ainda não absorveram a necessidade de buscarem de forma continuada um modelo que permita caminharem para um desenvolvimento    de caráter permanente. As crises no sistema econômico  que sempre existirão,obriga que as empresas tenham capacidade de se adaptar as novas regras que são estabelecidas por essas mudanças, lembrando que a cada crise, coloca a ideia de que é preciso mudar tudo. O nosso país nos últimos vinte anos tem melhorado,  e dois marcos regulatório foram essenciais: primeiro a redemocratização cujo sistema político ainda necessita se aprimorar para dar maior representatividade e proximidade dos escolhidos pela vontade popular aos seus eleitores.Segundo a estabilização econômica que transformou o país perante o mundo de uma nação subdesenvolvida para uma nação emergente e decente. Temos grandes gargalos a serem superados,os nossos indicadores sociais, a qualidade de nossos políticos e dos serviços e políticas públicas, o nosso sistema judiciário,a questão ambiental, a violência na sociedade, o crime organizado e a corrupção nas relações econômicas, políticas e sociais. Estamos realmente distante de termos ainda indicadores de desenvolvimento humano elevados e já atingidos pelos países ditos desenvolvidos. Neste mundo competitivo, os empresários precisam saber que a busca pela produtividade é a razão maior para que  a sua  empresa permaneça viva neste mundo dinâmico, evolutivo e instável.Para que isso ocorra, se faz necessário mudanças  na mentalidade de condução e direção dos seus negócios. Os colaboradores deste século são mais exigentes a medida que a sua escolaridade aumenta, vislumbram organizações onde existam possibilidades de progresso e desenvolvimento pessoal, o entusiamos cresce quando conhecem amplamente os objetivos a serem alcançados pelas empresas, onde impera a confiança, liberdade e responsabilidade mútuas. Aceitam o risco como condição para atingirem o desenvolvimento das empresa mas em contra partida esperam que a estrutura organizacional as políticas e os processos sejam flexíveis que levem em consideração as suas necessidades e os seus sentimentos, que tenham liberdade de expressão e que suas opiniões sejam levadas em consideração. Os empresários tem um papel relevante no ambiente político são eles que financiam a maioria dos políticos onde muitos deles não passam de meros representantes de seus interesses no alto escalão do governo.Esperamos que neste novo momento que estamos vivenciado os  recursos  conquistados por esses empresários possam ser direcionados a financiar  políticos que estejam pelo menos comprometidos para construção de uma sociedade civil que possamos amanhã nos orgulhar. Muitos são homens vencedores que o povo brasileiro admiram aonde chegaram e esperam que este sucesso também seja direcionado para o aprimoramento da gestão pública e de suas empresas, estabelecendo um clima de ordem, mas com alto grau de inovação onde os indivíduos aceitem o novo de forma natural. É preciso compreenderem que para se ter os melhores e retê-los em seus quadros não se limita apenas a altos salários é preciso também possuir um programa de treinamento exaustivo onde as pessoas se sintam bem informadas,conectadas com o mundo atual. Existe ainda empreendedores que não tem este alcance, acham que alocar recursos em treinamento é custo e não contribuem para o aprimoramento das suas operações e não influenciam na melhoria das relações internas e externas das suas empresas. Esses empresários precisam urgentemente serem informados que no atual modelo de desenvolvimento os risco são elevados justamente pelas inovações que surgem frequentemente e são irreversíveis e que precisam constantemente mudarem a sua forma de produzir para um mercado em constante mudança na forma de consumir e rever suas relações com a questão ambiental. Quando estes  empresários tomarem consciência deste novo mundo que estamos constantemente construindo e exigindo deles maior participação  neste processo,então a utopia de um país mais próspero, ético e seguro para todos os brasileiros terá grande change de se concretizar.

domingo, 2 de setembro de 2012

Marginalidade

Quando trafegamos pelas ruas da cidade do Natal e paramos em um sinal semafórico cujo objetivo é ordenar o trânsito também é um ponto de encontro de jovens e crianças fruto da miséria e do abandono. Vivem na marginalidade, muitas vezes para sobreviver passam a roubar e cometem vários delitos. São atuados, passam pela humilhação e muitas  vezes são submetidos ao castigo, como forma de correção. A violência urbana na cidade do Natal como em todo o Brasil mantém forte relação com o comércio das drogas, mas as razões deste problema são bastante conhecidas. Ausência da escola e de uma estrutura familiar, além de viverem em ambientes hostis e com excesso de falta de recursos para terem dignidade. Segundo estudiosos, algumas  característica , prevalece entre elas  a solidariedade e a lealdade, e são vistas dentro da comunidade em que vivem como pessoas normais, preservando o ambiente  em que estão inseridos e são violentos contra a sociedade que os oprime pela dor da sede, fome, espancamentos e sem expectativa de dias melhores. A violência entre eles se estabelece pelos espaços que buscam no mercado de drogas e pelos maus tratos recebidos pelos familiares que muitas vezes os levam a própria morte. Existe amor e ternura mesmo neste ambiente degradado e tenho certeza que todos lutam para conquistarem   até de forma desesperada um lugar digno na sociedade. Que sociedade é está que deixa milhões de jovens e crianças desamparadas criando as condições naturais para o surgimento dos futuros marginais em nosso país? Precisamos ir em busca do sentido e explicação dessa realidade. É inconcebível atualmente que qualquer homem fique à margem dessa realidade e  preso ao imediatismos das explicações prontas dos nossos governantes. É preciso sermos capazes de fazermos com que essas pessoas tenham uma compreensão mais elevada do mundo que transcenda seus limites, para que isso ocorra necessita de acesso a uma boa educação, saúde, alimentação, vestuário, habitação e lazer. Prover as condições mínimas para uma vida digna. A sociedade brasileira precisa refletir sobre está questão que nos angustia diariamente e a muitos anos sem solução e não esquecendo que somos o principal elemento da construção de  nossa história  e o nosso papel é realizar atos que nos engrandeça, que nos faça transcender. Ao analisarmos como se comportam essas famílias no dia a dia para suprirem suas necessidades básicas, é algo surrealista. As dificuldades são tantas que fica difícil de enumerá-las. Este processo de transferência da marginalidade passa de pai para filho e, posteriormente, para os netos, o que já se tornou secular neste país.Não vislumbram nenhuma esperança só agonia mais, mesmo assim aguardam na pura ilusão de que o amanhã seja bem melhor. Até quando continuaremos com está farsa, negando a milhões de brasileiros o direito de terem acesso aos frutos do progresso e consumo? Nenhum país do mundo possui um povo tão alegre,criativo e trabalhador como o nosso. O país é rico e injusto, negando todos os dias o acesso a saúde, educação, transporte, lazer, alimentação e trabalho, justamente aos jovens e crianças que sendo bem protegidos contribuirão no futuro, de forma honesta e sem trapaça para o desenvolvimento do nosso país.