sábado, 20 de novembro de 2010

Nevaldo Rocha o empreendedor

Leciono há muito tempo uma disciplina em diversos cursos na Universidade Potiguar, denominada empreendedorismo e uso como referência o Sr. Nevaldo Rocha como empreendedor de sucesso. Não precisamos buscar em outros estados brasileiros nem em outros países alguém tão comprometido com o mundo dos negócios como este homem. A cidade do Natal está de parabéns com a inauguração de um teatro de primeiro mundo no seu principal shopping center, equipamento que faltava nesta cidade turística que apartir de agora poderá receber várias peças e shows que antes não tinham como aqui se apresentar. Este empreendimento vai contribuir enormemente para a cultura e a disseminação do conhecimento e do saber. O grupo guararapes tem contribuído de forma decisiva no desenvolvimento econômico deste estado, através das suas fabricas empregando um número considerável de homens e mulheres e melhorando a vida de centenas de famílias. Mas este empreendedor já sonhava com novos projetos e surgiu o shopping Midway, lojas riachuelo e outros empreendimentos.Este centro de consumo que precisávamos, embora muitas pessoas que conheço afirmavam que se tratava de um elefante branco, que a cidade não tinha condições de dar sustentação a este projeto, com certeza deve estar revendo os seus conceitos. Há quase cinco anos em funcionamento, trazendo uma quantidade enorme de lojas nos mais variados seguimentos, proporcionando aos natalense conforto, segurança, novas opções e ampliando de forma considerável os novos horizontes no campo comercial. Aqueles que acreditaram hoje reconhece que este projeto está consolidado e além da geração de um número significativo de empregos, também contribuiu para que a população independente de sua classe de renda familiarizar-se com a cultura dos grandes centros de consumo. Lembro-me quando da sua inauguração, um grande político deste estado o senhor Aluizio Alves em reportagem, afirmou: "Nevaldo Rocha é um homem de alma grande" e realmente com ele eu concordo. A minha relação com este grupo já vem de muito tempo, quando estudante de economia fui levado para lá trabalhar pelas mãos do meu professor Odi, então auditor do grupo. Foi o meu primeiro emprego e nunca esqueço da data da minha admissão, treze de agosto de 1970, talvez seja por isso que gosto tanto do treze, pois tem um significado em minha vida. Lá passei mais de um ano, onde conheci o senhor Paulo Machado um grande executivo que muito com ele aprendi.Mas minha vocação era o mundo do ensino e teve que deixar o grupo e dedicar-me naquilo que eu sonhava, ser professor universitário e consegui ( da UNP e da UFRN), mas nunca deixei de acompanhar a evolução deste grupo, que muito nos orgulha e principalmente por ser este homem originário da nossa região. Digo em minhas aulas que precisamos aplaudir os empreendedores de sucesso, tê-los como guia ou referência, pois tem muito a nos ensinar pela sua experiência de vida como pessoa e como empresário. Classifico o senhor Nevaldo Rocha no grupo de empresários que prioriza o lucro, mas com foco na satisfação dos seus clientes, reinvestindo grande parte no fortalecimento do grupo, visando seu crescimento quantitativo e qualitativo.Várias vezes o vejo caminhando pelo shopping, e isto o mostra como um líder educador que pratica a pedagogia da presença, dividindo tempo, experiência e exemplos, ao mesmo tempo zelando pela empresa para que a mesma siga no rumo da sobrevivência, do crescimento e da perpetuidade.O senhor Nevaldo Rocha, começa a ter consciência de quem o sucederá e isto é um sinal de responsabilidade que é possuidor, preocupado com as novas gerações, os clientes, os acionistas e com o futuro do grupo demonstrando preocupação social, cultural e ambiental da empresa que dirige.Vida longa seu Nevaldo Rocha.

sábado, 13 de novembro de 2010

Câmbio

Sempre comento que o objetivo central do estudo de economia é buscar formulações que busque minimizar as dificuldades das pessoas em uma visão de médio e longo prazo, onde sua qualidade de vida seja a melhor possível. Quando as autoridades econômica do país define com clareza aonde quer chegar, vários objetivos de política econômica podem ser elaborados, especificamente na economia brasileira enxergamos quatro pontos que são perseguidos: combate a inflação, aumento da produção e do emprego, equilíbrio externo e uma melhor distribuição de renda. Nos últimos anos a economia brasileira tem apresentado indicadores de melhoria em todos os objetivos acima definido embora saibamos das inúmeras dificuldades que ainda persiste em nossa sociedade. Atualmente a grande discussão é sobre a taxa de câmbio, é bom lembrar que as variáveis que explicam está taxa e a razão de termos hoje uma moeda forte, se dá pelos bons fundamentos da nossa economia pelo apetite ao risco dos investidores, a diferença entre a taxa de juros nacional frente a norte-americana, preços de commoditeis e a taxa de câmbio do dólar frente as principais moeda, principalmente do euro. Ao analisarmos este conjunto de elementos percebemos que as únicas variáveis que temos controle sobre ela é a taxa de juros e o bom encaminhamento da economia.Para diminur os juros é necessário um ajuste fiscal e ajuste se dá ou atráves de redução de gastos ou aumento de receitas.Aumentar impostos nem pensar, seria uma tremenda estupidez, a sociedade já não aguenta está carga tributária vergonhosa que lhe é imposta. Do ponto de vista dos gastos requer o governo rever o seu tamanho para que possa ser surportável pela riqueza que a sociedade cria, desde que seja de um (tamanho aceitável). Ora o real se valoriza ante o dólar quando os indicadores econômicos sinalizam boa conduta econômica, os preço das commoditeis sobe e a taxa de juros interna sobe frente a externa. O real se deprecia, quando o dólar se valoriza no mercado internacional e quando os investidores diminuírem o seu apetite ao risco. Se buscamos equilíbrio que possa diminuir o nosso deficit em conta corrente em razão da valorização do real, que teremos que conviver com ela, é necessário que as ações sejam voltadas para a redução das taxas de juros do Brasil frente aos Estados Unidos sem comprometer a nossa meta de inflação que é um dos pilares de sustenção do nosso modelo macroeconômico, onde o governo deverá encontrar espaço para que isso ocorra, isto requer vontade política para ajustar os gastos governamentais, o resto é mera empulhação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mais Impostos

A volta do imposto do cheque conhecido como o CPMF é a maior insensatez que pode existir, é o governo confirmar a sua incompetência na gestão da saúde pública deste país. Sacrificar a população com mais um imposto, reduzindo a sua capacidade de compra, estimulando a informalidade que já encontra-se em um patamar perigoso e criando as condições para o aumento da corrupção nesta área. O nível de tributos que a sociedade brasileira paga encontra-se hoje em torno de 36% do PIB, bem maior que muitas sociedades ricas como o Japão e Estados Unidos, ou seja pagamos impostos como residíssemos em um país de primeiro mundo e temos um serviço público nas áreas de saúde, segurança e educação como se morássemos em um país de terceiro mundo. O grave problema da saúde não é a falta de recursos e sim a ausência de Gestão, a mídia está cansada de nos mostrar os escândalos em quase todos os Estados brasileiros e em seus Municípios onde a corrupção é desenfreada. Há na realidade uma verdadeira gangue em torno das verbas do ministério da saúde e nas secretárias de Estados e Municípios, onde as licitações são viciadas e os recursos não chegam ao seu verdadeiro destino e quando chega é a um custo proibitivo.É necessário que se tome providências para se criar um novo modelo de gestão,convocar uma instituição de renome como a Fundação Getúlio Vargas para elaborar um estudo profundo, e apresentar para a sociedade um novo desenho de gestão que iniba a corrupção e dê eficiência aos recursos que lhe são destinados. Alinhar a política de saúde com a política desportiva e de saneamento. Não existe investimento preventivo que garanta um custo beneficio tão alto na saúde publica que o saneamento.Ter nos lares brasileiros água tratada e coleta de esgoto é um fator de desenvolvimento e de crescimento sustentáveis. É universalizar a saúde para todos. O professor Paulo Rabello de Castro, em artigo publicado pela folha de São Paulo em 15/07/2009, cujo titulo era Decálogo do mau imposto em In-gana, escreveu: " Recorde, carga fiscal chega a 36% do PIB. Com essa manchete, a Folha mostrou que chegamos em 2008 à marca oficial dos 36% de peso do Estado nas costas do cidadão.Agora o governo abocanha mais de quatro meses da renda anual dos brasileiros!Nenhuma justificativa plausível existe para o descompasso tão gritante entre receita e contraprestação de serviços do governo. Fica claro que uma parcela privilegiada da população já se apropriou da máquina do Estado em proveito próprio. No livro Tributos no Brasil: Auge, Declínio e reforma(2008), com Ives Gandra Martins e Rogério Gandra, e mais uma dezena de notáveis especialistas, mostramos, mais uma vez, quanto o sistema tributário brasileiro inviabiliza o país como nação justa e madura.Em alerta contra o continuado desperdício de oportunidades, publico hoje este decálogo da tragédia tributária nacional, para ressaltar que o Brasil não é mais aquela Belíndia ( mistura de Bélgica com Índia, criação de Edmar Bacha, mas virou In-gana, na perspicaz paródia de Delfim Netto, que assim define o país como sendo metade Inglaterra, pelo nível dos impostos que cobra, e metade Gana, pela qualidade da contrapartida em serviços do Estado.Eis o decálogo do mau imposto em In-gana. 1) Aqui os pobres pagam o dobro dos ricos. Provado por pesquisas diversas(Fipe e Ipea) que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for o seu salário! 2) No brasil, para tributar basta flagar alguém trabalhando. É o único país que pune o trabalho. 3) Em In-gana, só metade da carga fiscal financia os serviços do Estado; a outra metade é toda ela para repartir entre juros e aposentadorias! 4) Aqui, qualquer reforma tributária será sempre para elevar a carga fiscal. 5) O custo administrativo de estar em dia com o fisco no Brasil é provavelmente o mais alto do mundo. Aqui, via de regra, o contribuinte é quem está errado.6) Nossa carga tributária recorde corresponde a uma ineficiência previdenciária recorde. Gastamos 12% do PIB para ter uma das previdências menos justa do mundo.7) Nos últimos anos ( Plano real), a carga tributária financiou uma conta de juros do tamanho da própria dívida pública original. É o peso financeiro dos políticos. 8) Com uma crescente carga fiscal, nem o governo investe nem deixa o setor privado investir. O setor público elimina, via tributação, mais de 60% da capacidade de investimento anual do setor privado.9) Contradição: com uma carga fiscal mais baixa ( máximo 30% do PIB), o Brasil poderia crescer o dobro ( 6% ao ano) até 2020 e arrecadaria o mesmo volume de tributos para o Estado. 10) O atual regime tributário não permitirá ao Brasil ser líder, nem mesmo dos países vizinhos, quanto menos se projetar na cena mundial. Enquanto perdurar o atual arranjo político e tributário, é melhor para In-gana continuar investindo apenas no futebol". Dito isto eu pergunto, e a reforma tributária tão necessária para o desenvolvimento econômico do nosso país quando finalmente será apresentada a nossa sociedade?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desafios

O nosso país escolheu para Presidente da República a primeira mulher a assumir o mais alto cargo da nação brasileira a Srª Dilma Rousseff. Aguardamos que ela cumpra os compromissos dito em campanha já que os desafios que se defrontará são enormes. Embora receba o governo em um cenário favorável, inflação estável na casa dos 5%, crescimento do PIB em torno de 7,5%, desemprego em queda em torno de 6%, dívida pública estimada em 59% do PIB, risco - país em 174 pontos, redução da pobreza, reservas internacionais na casa de 283 bilhões de dólares e a nação brasileira hoje credora em 42 bilhões em relação a dívida externa líquida.Mesmo assim, o nosso país é possuidor de graves problemas que precisará ser resolvido para que o seu projeto de prosperidade, poder e prestígio seja atingido. Embora sejamos a oitava economia do mundo, possuímos indicadores sociais e econômicos de uma nação de terceiro mundo, onde o Brasil ainda possui 30 milhões de miseráveis, a um deficit de 10 milhões de moradias, uma política de saúde pública precária, que precisa se alinhar com uma política desportiva bem definida e lembrar que saneamento é o investimento preventivo de melhor custo-benefício para a saúde pública. Uma educação sem qualidade no ensino fundamental e médio, comprometendo o desempenho das empresas que necessita de mão de obra qualificada. A violência urbana alimentado pelo tráfico de drogas em algumas cidades brasileira dificulta investimentos produtivos, além da insegurança jurídica, por ausência de regras bem definidas que possa atrair o capital privado. A sociedade não suporta mais este sistema tributário, arcaico, burocrativo, concentrador e regressivo, a única coisa que estimula é a informalidade e a corrupção.Rever as leis trabalhistas, estas foram desenhadas em 1940 na era vargas, a questão previdenciária encontra-se sem solução, pressionando o nosso desequilíbrio orçamentário e contribuindo para que tenhamos uma das mais altas taxas de juros do planeta terra. É preciso investir mais em infraestrutura, elaborar uma estratégia logística que integre todo o país,( energia, comunicação, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e outros modais) permitindo as empresas brasileiras terem ganhos de produtividade, para torna-se mais competitiva neste mundo extremamente dinâmico e evolutivo.Necessitamos de ampliar a nossa participação no mercado internacional, estimulando a exportação de produtos com alto valor agregado, fruto de uma política de criatividade e inovação. Criar uma atmosfera positiva, em que haja clareza no futuro e que o capital privado sinta-se estimulado a participar do nosso desenvolvimento com responsabilidade social e econômico: crescer de forma sustentáveis, harmonizando o homem,o econômico e o ambiental. Como bem definiu o professor Gustavo Franco, "O investimento privado precisa de outro tipo de incentivo: uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a carga tributária moderada, o custo do capital razoável, a macroeconomia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais profundo, os investidores institucionais prestigiados, o empreendedorismo celebrado e a chance de intervenções discricionárias de autoridades de vezo redentor desprezível. Esse conjunto de premissas ainda carece de um invólucro, um novo desenvolvimento, que melhor articule seus componentes e melhor o propague". Isto dito, o desafio é a nossa Presidenta buscar formas políticas de colocar em prática essas ações, que atenda as demandas sociais e as exigências de um capitalismo atual e competitivo.