domingo, 30 de novembro de 2014

Nova proposta de governo

O objetivo central da ciência econômica é formular propostas para resolver os problemas econômicos, de forma a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Definida a nova equipe econômica do  novo governo Dilma, tendo como ministro da fazenda o senhor Joaquim Levy, com vasto conhecimento em política fiscal, bem formado e segundo especialistas com ideias corretas. É preciso que garanta ao ministro que  execute a sua política sem interferência do Palácio do Planalto. A missão é dura, principalmente em um governo que se habituou a gastar mais do que arrecada. Cortar gastos públicos com o objetivo  da política fiscal, ajudar a política monetária a reduzir as taxas de juros reais internas a se aproximar das taxas de juros reais praticadas nos países desenvolvidos. O equilíbrio das contas públicas é essencial para o nosso país voltar a ter credibilidade junto aos investidores externos e internos e assim conseguir sair desta situação de crescimento pequeno, baixa produtividade, inflação alta , juros elevados e uma carga tributária  insuportável. Quatro objetivos de política econômica deverão ser seguido para melhorar a situação brasileira nesses próximos quatro anos, são: crescimento da produção e do emprego, controle da inflação, equilíbrio nas contas externas e distribuição de renda. Lembrando que é preciso ter consciência  que os objetivos da política econômica não são independentes, sendo muitas vezes conflitantes. O conflito entre os objetivos de política econômica ,muitas vezes levam a interpretações diferenciadas em determinado período. Um programa que consegue reduzir a inflação, mas gera uma recessão, pode ter uma avaliação positiva para aqueles que veem no controle da inflação o principal objetivo da política econômica, não esquecendo, só teremos juros de primeiro mundo quando tivermos uma inflação de primeiro mundo. Para aqueles que entendem que o principal objetivo deveria ser o crescimento da produção, a avaliação certamente será negativa. Resumindo, o grande desafio desta nova equipe econômica é manter todos os objetivos de política econômica sob controle. Inicialmente, este novo governo  precisa  sim, de um forte ajuste fiscal e de uma política monetária austera que resulte na queda da nossa dívida pública, inflação controlada e garanta a volta da  estabilidade econômica. Precisamos voltar a crescer acima de 4% ao ano, desde que mantida a estabilidade dos preços e o equilíbrio das contas externas, aumentar a nossa produtividade, melhorando a qualidade de toda a cadeia educacional, reduzir tributos, estimular o empreendedorismo, combater a corrupção que nos envergonha e que deixa o país fragilizado no âmbito internacional, ter regras estáveis e respeito aos contratos, estimulando a volta do investimento privado e eliminando a insegurança jurídica que tanto os empresários reclamam, melhorar a nossa infraestrutura, concluir as obras estruturantes que são essenciais para reduzir as desigualdades regionais   e que a nossa cadeia produtiva se integre as cadeias globais, só assim conseguiremos consertar os desequilíbrios construídos nos últimos anos do primeiro governo Dilma Rousseff.


domingo, 16 de novembro de 2014

Por um mundo melhor

Os chefes de Estado do G-20  que se reuniram desde sábado passado na Austrália demonstram preocupações com a situação econômica global. O baixo crescimento persistente nos países europeus, aliado ao novo modelo chinês de crescimento moderado, levam a apoiarem o uso de políticas fiscais e monetárias anticíclicas, com o objetivo de alavancar o comércio internacional que estimularia a base exportadora  gerando emprego e renda. O baixo crescimento global aprofunda a miséria em diversos continentes que é fruto perverso da injusta distribuição de renda e que pode se tornar um sério problema para todas as nações. O G-20 sabe onde encontram-se os bolsões de carência máxima do planeta terra, basta que as metas do milênio  que foram estabelecidas e aprovadas pela ONU em 2000 na maior reunião de dirigentes mundiais já realizada em todos os tempos sejam implementadas e com certeza o mundo mudara. Os oito jeitos de mudar o mundo  são: acabar com a fome e a miséria; educação básica de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a aids, a malária e outras doenças; qualidade de vida e respeito  ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. Especificamente na América Latina que hoje possui três representantes no G-20, (Brasil, Argentina e México), ainda persistem carências de infraestrutura, erros de regulação, comércio ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade, corrupção, vulnerabilidades às mudanças climáticas, eventos extremos, que têm vitimado centenas de famílias e iniquidades sociais ainda não corrigidas. Os indicadores nos alerta que no mundo inteiro as disparidades de riqueza e renda só têm aumentado. A governança global, cuja funções são exercidas pelo G-20, enfrenta um conjunto de ameaças que precisam ser resolvidas para  o mundo respirar paz, desenvolvimento e crescimento sustentáveis. Os problemas são de ordem econômica, comercial e ambiental: excesso de endividamento das economias ricas e ausência de uma regulação global no âmbito do sistema financeiro internacional, os mercados ilegais (armas, drogas, órgãos e pessoas) que nos envergonha como seres humanos e que só fragiliza as nações, a questão da descarbonização do planeta e o uso intensivo por água, alimentos e energia nas próximas décadas, precisam de respostas imediatas e estratégias para alcançá-las. Globalmente o mundo corre sérios riscos no ambiente econômico, geopolítico, tecnológicos e ambientais, exigindo novas competências para enfrentá-lo. Realmente, precisamos encontrar a  melhor  estratégia para o mundo ser feliz.

domingo, 9 de novembro de 2014

Credibilidade

A presidente reeleita, Dilma Rousseff, precisa definir-se  sobre qual o caminho a ser seguido pelo seu governo em relação a política econômica do nosso país. No seu primeiro mandato os desequilíbrios são facilmente observados no campos fiscal, inflação, crescimento, governança e energia elétrica. O nosso país sai desta eleição dividido, é preciso que a nossa líder tenha humildade de reconhecer os erros cometidos e coragem para reverter os caminhos escolhidos no passado para não comprometermos ainda mais o nosso futuro. Aqueles que não votaram em Dilma, esperam que esta mudança caso ocorra, possam nos dar esperança de ingressarmos em um círculo virtuoso de aumento de produtividade e crescimento sustentável, que proporcionaria maiores níveis de bem estar para todos os brasileiros e principalmente para os menos favorecidos. Queremos um Estado  forte mais constitucionalmente controlado, que possua uma política fiscal com os olhos voltados para o futuro, que elimine os desperdícios, corrupção e abra espaço para o investimento. Que a política fiscal tenha um rígido controle na relação dívida pública\PIB e que possa contribuir com a política monetária para garantir confiança em nossa moeda, no sistema financeiro e permitir que as taxas de juros praticadas internamente se aproxime das taxas de juros aplicadas nos países desenvolvidos. O Estado seja capaz de suprir com eficiência os bens e serviços que não cabe ao mercado produzi-lo, eliminar a contabilidade criativa das identidades da contabilidade nacional que só desmoraliza todo o sistema decisório do nosso país e o deixa vulnerável perante as empresas de risco (possibilidade de perdermos o grau de investimento) o que provocaria uma fuga ainda maior dos investimentos que comprometeria a capacidade de crescimento da nossa economia. Criar incentivos inteligentes para os agentes econômicos, dar liberdade bem regulamentada aos mercados e realizar as reformas tão discutidas na campanha presidencial (tributária, trabalhista, previdenciária e política), só assim restauraria a confiança e a credibilidade dos agentes econômicos perante o governo. Lembrando que os vinte anos de estabilização que conquistamos foi fruto do respeito aos pilares de sustentação do modelo macroeconômico (superávit fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação). O que se observa no primeiro mandato de Dilma é uma ausência dos fundamentos essenciais para termos uma boa governança que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Falta definir o alvo, escolher o caminho, garantir a execução, medir, avaliar e padronizar.  Como exemplo, temos  as grandes obras estruturantes do Nordeste que nunca são concluídas gerando incertezas e desconfiança da população em relação a gestão deste nosso país. Na área econômica se cercar de nomes respeitados e retê-los em seu mandato, restaurando a autonomia do Banco Central e definindo um novo papel ao Itamaraty como forma de fomentar a expansão da nossa economia no âmbito internacional para tirarmos proveito em termos de produtividade da integração com as cadeias produtivas globais. Lembrando que a base de uma boa governança é a confiança. Confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acredita por todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresas públicas e privadas e o resto do mundo). Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, empregados, políticos, funcionários público e, acima de tudo, dos homens que hoje nos governa. Avança Brasil.

sábado, 1 de novembro de 2014

Ambiente Empresarial

O ambiente empresarial é extremamente estressante, qualquer empresa seja ela pequena, média ou grande independente do setor em atua precisa estar atenta a um conjunto de elementos que está em seu entorno e que pode influenciar ou ser influenciada por eles. Poderíamos citar preocupações de caráter permanente como a concorrência, consumidores, fornecedores, tecnologia, governo nos três níveis, sindicatos, comunidade, mercado de mão de obra e etc. As empresas brasileiras, sabem que elas não competem só com as empresas locais ou regionais a competição é global exigindo dos seus dirigentes uma nova forma de gerenciar os seus negócios em um mundo globalizado. As empresas para sobreviverem neste mundo evolutivo, dinâmico e instável é preciso incorporar em seu seio  organizacional os fundamentos básicos para a gestão ser bem sucedida e que foram definidas pelo consultor de empresas Vicente Falconi que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Por método entenda: Definir metas, definir o caminho para alcançá-las por meio da análise, garantir a execução, medir/controlar/monitorar e padronizar. Conhecimento técnico tem haver com buscar no mercado, cultivar internamente e desenvolver por meio da pesquisa e inovação. Liderança é as empresas terem os melhores, treinar à exaustão, criar bom clima de trabalho e ser generoso com quem merece. As organizações podem durante o seu percurso apresentar alguns tipos de doenças que podem prejudicar o seu desenvolvimento. Os executivos cuja missão é mantê-las vivas precisa estar atento aos sintomas de cada  uma dessas doenças e montar estratégias que leve as organizações a um ambiente de saúde organizacional. Segundo os especialistas as doenças empresariais podem ser classificadas em: Econômicas - Quando se constata um retorno baixo ou irrisório sobre o capital investido. Lembrando que o investidor só fará novas inversões, quando o retorno líquido for maior do que a taxa de juros vigente, ou seja que a eficiência marginal do capital seja alta. Financeiras - Quando observamos alta necessidade de capital de giro, despesas financeiras elevadas e  alta influência de capital de terceiros. Técnicas - Alto nível de reclamações e devoluções de clientes e uma alta dependência tecnológica externa. Mercadológicas - Processo de distribuição confuso, política de precificação fora da realidade, baixa competitividade no mercado e baixo retorno nas campanhas promocionais. Administrativas - Utilização ineficiente dos recursos disponíveis e retrabalho. Comportamentais - Falta de motivação dos colaboradores, baixo nível de coesão, alto nível de atritos e uma enorme rejeição as mudanças. No mundo em que vivemos, o ativo mais importante em qualquer organização é o seu capital intelectual (recursos humanos), já dizia o senhor Hélio Beltrão que: " O comportamento de uma empresa depende muito mais do desempenho dos homens que a compõem do que da excelência de seus manuais e ou de sua organização". Ter e reter os talentos em seus quadros é uma questão de sobrevivência neste século do conhecimento e da transformação. Como dizia Bernard Shaw: " Alguns homens veem as coisas como são e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?" E não esquecendo o que Ludwig Von Mises afirmou: " A história da humanidade é a história das ideias".