domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mudanças

Vivemos um momento que precisamos definir o mais rápido possível o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder. O Brasil apresenta uma estrutura de custos excessivamente elevada para fazer frente e poder participar deste mundo globalizado.Temos que reconhecer que nossa produtividade é demasiadamente baixa em relação aos países avançados. O ambiente de negócios é confuso,não estimula os empreendedores internos e externos a investirem,uma burocracia sufocante, uma logística degradada por falta de investimentos e manutenção e uma mão de obra cujas qualificações deixa muito a desejar. Muitos setores produtivos  que poderiam gerar emprego e renda encontram-se esclerosados por uma presença sindical orientada ao velho contraste capital\trabalho e outros são instrumentalizados pelo compadrio ideológico arcaico.A classe empresarial brasileira há muito tempo só enxerga os bancos oficiais e não o mercado. Estimular a inovação de empresas criativas e fortalece-las para sua integração as cadeias globais é de fundamental importância. O mercado internacional, move-se em três direções:( Intrassetorial, intrafirmas e intraprodutos ) é preciso reconhecer está realidade e tirar proveito das nossas potencialidades. Criarmos condições, para ampliarmos o número de multinacionais brasileira, para ingressarmos nos mercados europeus, americanos e asiáticos . Elaborar uma estratégia industrial que estimule a exportação. Os benefícios e melhores remunerações só ocorrerão amanhã com o que se pratica hoje. É hora de iniciarmos uma nova fase na trajetória do nosso desenvolvimento. É claro que o desenvolvimento sustentável que tanto buscamos necessita que os nossos governantes direcionem esforços,para equilibrar os macros mercados: (trabalho, cambial, bens e serviços e moeda), as reformas tributárias,previdenciária, trabalhista e política precisam ser aceleradas para sinalizar para a sociedade que o governo nos três níveis(federal, estaduais e municipais) agente econômico extremamente importante, está também preocupado com a situação que nos encontramos.A classe política brasileira, precisa se renovar e está atenta as mudanças que o mundo  sinaliza, basta de corrupção, ter zelo pelos bens públicos, aprimorar a nossa governança corporativa e usar de modo intensivo a tecnologia da informação e comunicação, como forma de otimizar o nosso sistema decisório  e ampliar a transparência das suas ações.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A lucidez de Delfim Netto

Mais uma vez abro espaço nesta coluna para apresentar aos meus leitores um artigo elaborado pelo maior economista do Brasil, o professor Delfim Netto, na Folha de São Paulo,no dia 17\02\2016, cujo título é "Lucidez", coisa que não falta a este grande economista. A seguir o artigo, que vale sua leitura por todos aqueles que têm responsabilidade por este país.  Talvez o mais difícil problema que resolvemos foi o do processo inflacionário quando ele atingiu o seu paroxismo no governo Collor. O seu sucessor, Itamar Franco –uma personalidade mercurial–, realizou um governo de boa qualidade: 1) crescimento médio de 4,9% em 1993-94; 2) superavit primário de 5,6% do PIB em 1994 e 3) negociou a dívida externa que se arrastava havia anos. Com isso construiu as condições internas e externas para um bem sucedido programa de estabilização monetária. Iniciado pelo ilustre ministro da Fazenda Rubens Ricupero e terminado por Fernando Henrique Cardoso (que com ele se elegeu presidente), será sempre lembrado como um corajoso e ousado ato político de um modesto presidente que incorporou e executou o Plano Real, uma fina joia que honrará para sempre os economistas que o conceberam.Estamos hoje numa situação parecida. O desequilíbrio fiscal em que nos metemos não será resolvido sem uma retomada do protagonismo do Poder Executivo e da volta do crescimento.Dilma tem de convencer o PT que não há outra saída que não a de aprovar as medidas constitucionais e infraconstitucionais capazes de garantir o equilíbrio das contas públicas no prazo de alguns anos.Quanto mais crível, isso é, quanto mais rápida for a reconstrução da confiança da sociedade, mais rápida será a volta do investimento e do crescimento. Não há mais tempo! Como diz o velho ditado "se alguma coisa não pode continuar para sempre, em algum momento ela, por bem ou por mal, vai parar".Esgotou-se o tempo de políticas populistas refratárias às limitações físicas impostas pela realidade qualquer que seja a organização da sociedade: o capitalismo "real" ou o socialismo "real".Só no pensamento mágico do inexistente socialismo "ideal" da vulgata marxista (pobre Marx, nas mãos da nossa "esquerda"!) ensinado na disciplina de história nas nossas escolas, é que elas podem continuar para sempre...O PT precisa de um "aggiornamento" como está sendo imposto aos socialistas franceses pelo ministro das finanças Emmanuel Macron.A presidente sabe o que fazer, dispõe de bons quadros técnicos e tem tempo para enfrentar nossas adversidades. Indo pessoalmente ao Congresso mostrou a sua disposição de assumir o protagonismo que o Brasil dela espera.A oposição sabe que diante do saudável "principismo" do Supremo Tribunal Federal a probabilidade do seu impedimento é mínima. E a presidente sabe que sem apoio do Congresso, reconstruir o equilíbrio fiscal estrutural é impossível. A nação espera, angustiada, um ataque geral de lucidez! 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O capitalismo real

O maior economista do Brasil o professor Delfim Netto, em artigo na Folha de São Paulo no dia 16\12\2015, cujo título é "Capitalismo", define muito bem a essência deste sistema e faz uma analogia com as virtudes do socialismo ideal, tão propagado nos nossos livros de historia, segundo o mestre, fonte do delírio  socialista de ingênuos que se pensam progressistas. A seguir o magnífico artigo que serve para reflexão: O capitalismo "real" é o espantalho usado para exaltar as virtudes do socialismo "ideal", propagado nos nossos livros de história, fontes do delírio socialista de ingênuos que se pensam progressistas.O "capitalismo" seria um ser monstruoso que existe fisicamente e tem alma: pensa, comanda, reage, oprime e se alimenta da conspiração permanente contra a maioria desprovida da sociedade.A verdade é que a estrutura social e econômica a que chamamos de "capitalismo" é apenas um instante na incessante busca do homem por uma organização que lhe permita viver livremente a sua humanidade num ambiente de relativa igualdade.O homem precisa primeiro, satisfazer as suas necessidades naturais de forma eficiente, o que o levou a explorar a coordenação das atividades produtivas através do mercado. Nele, pela troca, descobriram como aproveitar suas diferentes habilidades na divisão do trabalho. Mas os mercados são tanto mais eficientes, quanto mais apoiados num Estado forte, constitucionalmente controlado, capaz de mantê-los competitivos, o que está na base da propriedade privada. Essa propiciou a mercadização do trabalho e da terra, que separou os homens em duas classes: os que alugam a sua força de trabalho (os operários) e os que as alugam (os capitalistas).Para equilibrar o poder econômico do capital, os trabalhadores, organizados em sindicatos e partidos, impuseram o sufrágio cada vez mais universal, que os vem empoderando progressivamente.Ninguém melhor do que Marx entendeu a eficiência revolucionária, as limitações e as injustiças do capitalismo e que ele é apenas um momento da história que continuará a desenrolar-se.Seu generoso sonho foi tentar encontrar "cientificamente" o caminho final...O problema é que a história é um acidente aleatório, aberta a todas as possibilidades. Os caminhos podem ser muitos e surpreendentes, mas a direção do vetor tem sido a mesma: maior liberdade combinada com maior igualdade e relativa eficiência produtiva para que sobre tempo ao homem para realizar a sua humanidade. Tudo temperado com tolerância política porque, a rigor, os três valores (liberdade, igualdade e eficiência produtiva) são incompatíveis. A última moda é culpar o "capitalismo" pela desgraça ecológica que se abate sobre o mundo. Pois bem, o socialismo "real" (produto de asseclas que certamente Marx rejeitaria) da União Soviética foi o maior destruidor de ambiente do século 20. E o socialismo "real" da China tem na poluição ambiental o seu maior problema. Isso mostra que a poluição não é privilégio de nenhum regime. É o resultado da atividade humana... Excelente a argumentação do professor, quando analisamos a construção dos modelos e os meios utilizados é que percebemos qual o sistema vencedor.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O Turismo no RN

Uma das vocações naturais dos municípios que compõem a área metropolitana do Grande Natal é o Turismo.Uma atividade que atualmente emprega um número considerável de pessoas, cuja tendência é que a cada ano novos serviços e produtos venham a integrar-se a estrutura atual como objetivo de torná-la mais atrativa, eficiente e produtiva. Este setor tem apresentado ao longo dos anos um aumento substancial de investimentos não só da iniciativa privada como dos organismos público, visando dotar este  setor dos instrumentos essenciais para que possa desenvolver suas atividades dentro dos padrões internacionais.Mas quando vivenciamos, percebemos a ausência de uma política integradora, as estradas de acesso em péssimo estado colocando em risco a vida dos turistas, os moldais de transportes precisam ser melhor avaliados, as vias de maior movimentação como a de Pipa (rua dos golfinhos), não concluíram o calçamento o  que dificulta a movimentação das pessoas e fazendo os comerciantes perderem vendas,melhorar a iluminação pública para dar maior segurança e conforto. É necessário lembrar que não existe atividade econômica que possua a capacidade distributiva tão elevada como o turismo, com ele ganha: (hoteleiro, barraqueiro,comércio, bares, restaurantes,similares,transporte,pousadas,serviços, artesanato e uma infinidade de outras atividades). Logo é necessário que tenhamos um planejamento estratégico que contemple alem das obras de infraestrutura, um conjunto de cursos e seminários de forma intensiva ao longo do tempo, para que permita aos atores envolvidos tomarem conhecimento das novas tendência e de como agir em determinadas situações.Cursos direcionados para as mais complexas atividades até as mais simples, estabelecendo assim as condições para que possamos tornar irreversível uma atividade tão importante para a economia do RN. Está atividade que expande-se a cada ano em razão de sua  vocação natural ( ambiente físico inigualável, povo hospitaleiro,artesanato rico, praias maravilhosas, rica história e o ar mais puro das Américas), obriga que as autoridades públicas prestem serviços de qualidade e criem mecanismos que exijam dos novos empreendedores e dos atuais, uma postura profissional para que possam fortalecer cada vez mais está atividade de forma sustentável, que cria um número considerável de emprego e renda , contribuindo com a redução da pobreza, melhorando os indicadores sociais e econômicos e sendo parte integrante do vetor de negócios do Rio Grande do Norte.