domingo, 26 de outubro de 2014

O Gestor

 Caros leitores, o artigo a seguir reflete a realidade do nosso país. Vivemos um momento em que precisamos definir com clareza o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder. Está em nossas mãos escolher o nosso futuro CEO que dirigira o nosso país pelos próximos quatro anos. O artigo do economista e cientista social Marcos Troyjo cujo título "Procura-se CEO para o Brasil" na folha de São Paulo  no dia 24\10\2014, define com muita propriedade a nossa realidade e a necessidade de fazermos uma boa escolha.
Hoje sua unidade apresenta estrutura de custos excessivamente elevada para fazer frente a competidores mais baratos. Sua produtividade é demasiado baixa para medir-se contra os mais avançados. Sua logística é atravancada para se equiparar aos mais ágeis. A unidade a ser liderada pelo profissional encontra-se enredada no baixo crescimento. A pirâmide demográfica de seus colaboradores, ainda a gerar benefícios econômicos positivos, em breve se inverterá. O executivo haverá de evitar que seus acionistas fiquem velhos antes de se tornarem ricos. A principal característica da unidade a ser conduzida pelo profissional é o subdesempenho. A burocracia asfixia negócios e intimida novos empreendimentos. O profissional será positivamente avaliado se sua unidade subir 20 casas nos rankings internacionais de competitividade. O CEO ambicionará não somente o grau de investimento, mas também o "business grade". Muitos setores produtivos ou regulatórios esclerosaram-se por presença sindical orientada ao velho contraste capital/trabalho. Outros são instrumentalizados pelo compadrio ideológico. Empresários passam a enxergar bancos oficiais, e não o mercado, como seu "target". Caberá ao chefe executivo levar adiante verdadeiro "turnaround". Seus acionistas mais jovens têm deixado de mostrar apetite para risco e desafio. Em vez de se alimentar de um ambiente em que poderão tornar-se bilionários a partir de "start-ups", sonham com o emprego estatal. O chefe envidará esforços para que o seu setor educacional privilegie educação empreendedora e ensino de ciências e matemática. Fará com que 2% de sua receita destinem-se à inovação. Trabalhará para que seus "stakeholders" contem ao menos três universidades entre as cem melhores do planeta. Espera-se que o chefe executivo insira sua unidade nas cadeias globais de valor. Para tanto, desenhará plano de trabalho para desafios na Europa, EUA e Ásia-Pacífico. Criará condições para que triplique o número de multinacionais brasileiras. Reconverterá a estratégia industrial do atual foco em substituição de importações para a promoção de exportações.
Remuneração e benefícios são compatíveis com o que se pratica no mercado. A principal recompensa do CEO, contudo, será a honra de inaugurar nova fase na trajetória de desenvolvimento do Brasil". As urnas, em busca do melhor para o nosso país.
 
 

    

domingo, 19 de outubro de 2014

Desenvolvimento

O desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. Se o desenvolvimento é um processo, todos os países que tenham pretensão de se desenvolver, precisa planejar este desenvolvimento. Para que uma nação atinja um elevado estágio de desenvolvimento político, econômico e social, precisa ter um corpo político de líderes capazes de exercer uma orientação firme e segura nas várias camadas da sociedade durante um longo período de tempo. Quanto ao tempo, verificamos que o processo de desenvolvimento é contínuo. Nenhum país alcançou o estágio ótimo de desenvolvimento, pois sempre terá alguns setores com deficiências a serem corrigidos. Por ser contínuo, o desenvolvimento econômico de uma nação pode passar por fases de retardamento ou de um retrocesso. Especificamente o Brasil que hoje encontra-se em uma fase critica de retardamento do seu processo de desenvolvimento criando dificuldades enormes no crescimento de sua economia. O homem precisa se realizar mentalmente e desenvolver suas potencialidades. Para que isso ocorra , se faz necessário que todos tenham acesso a uma cadeia educacional de qualidade, a cultura, aos recursos naturais e aos avanços tecnológicos disponíveis em uma sociedade e ao mesmo tempo se integrando as cadeias produtivas globais. O Brasil precisa urgentemente sair deste circulo vicioso de baixa produtividade, baixa renda real, baixa demanda, baixa poupança, baixo investimento, deficiência  de capital, uma enorme imperfeições nas estruturas mercadológicas e bens públicos escassos e sem qualidade. Estimular a competição, quando os mercados são abertos e com grande números de competidores, asseguram o melhor preço e a melhor qualidade, que só benefícios  gera para toda a sociedade. A missão regulatória deste país precisa entender que cabe ao Estado dar liberdade bem regulamentada aos mercados com o proposito  de assegurar ( e não de controlá-los) o bom funcionamento deste e torná-los cada vez mais abertos e competitivos. O professor Antônio Delfim Netto em artigo na Folha de São Paulo , no dia 15\10\2014 cujo título é Candidato, afirmou com muita competência: "O que é afinal, esse fenômeno a que damos o nome de desenvolvimento? É apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho. Ele depende de muitas coisas: do tratamento e dos estímulos dados a cada trabalhador e aos empresários, do ambiente de trabalho, da disposição de cooperação efetiva de cada um no processo global. Mas depende de duas condições necessárias ( ainda que não suficiente): 1) É preciso alocar a cada trabalhador um volume crescente de capital físico(por exemplo, trocar um arado puxado a boi por um trator) que incorpore ganhos tecnológicos e 2) É preciso dar a cada trabalhador a capacidade, isto é, o preparo técnico, para tirar proveito da sofisticação do estoque de capital que lhe é alocado. Simplificando: Desenvolvimento Econômico = aumento da produtividade da mão de obra = mais capital físico com sofisticação crescente para cada trabalhador associado ao seu preparo técnico para operá-lo". Para que isto ocorra diz o mestre se faz necessário a participação do setor privado. O mistério do baixo crescimento do PIB com baixo desemprego que ocorre no Brasil é que a política de inclusão empregou toda a mão de obra com pequenas habilidades e baixa produtividade, logo com baixos salários. Neste momento a resposta para sairmos deste circulo vicioso e ingressarmos no circulo virtuoso  "o nosso desenvolvimento" cabe aos candidatos que desejam ser o nosso futuro presidente da república.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Economia Atual

A moderna economia está dividida em Economia Descritiva, Teoria Econômica e Economia Aplicada. A descritiva evidência fatos pontuais, sem a utilização da análise teórica. Utiliza dados empíricos e análise comparativa. A Teoria econômica analisa o funcionamento de um sistema econômico, utilizando um conjunto de hipóteses acerca do mundo real. Ela divide-se em duas áreas: Microeconomia e Macroeconomia, a primeira estuda o comportamento das empresas e dos indivíduos, preocupa-se com a formação dos preços e do funcionamento do mercado de cada produto individual. A segunda refere-se aos agregados nacionais, analisa o funcionamento do conjunto da economia, envolvendo o índice geral de preços, renda nacional, mudanças no comportamento do mercado de trabalho, taxa de câmbio e o balanço de pagamentos. É bom lembrar que o estudo dessas variáveis macro, as autoridades governamentais estabelecem as grandes políticas que são:( Fiscal, Cambial, Monetária e Rendas),tem como objetivo influenciar o nível de atividade econômica, para que o sistema econômico se mantenha em equilíbrio. As decisões macroeconômico têm influência no ambiente microeconômico do mercado. O comportamento dos consumidores e das empresas também influência no nível agregado. A Economia Aplicada, utiliza a análise fornecida pela Teoria Econômica, para explicar o sentido das ocorrências definida pela economia Descritiva. Quando analisamos a situação econômica do nosso país, percebemos que a nossa política fiscal não têm contribuído para facilitar a política monetária no combate da inflação e termos taxas de juros decente. O país cresce pouco, têm juros elevados e uma inflação resistente que encontra-se acima do centro da meta e possui uma política tributária que inibe qualquer investidor que tenha intenção de gerar riquezas. A nossa inflação é constituída pelos custos excessivo que são impostos ao setor produtivo, custo do trabalho, tributos, juros e uma política de câmbio fora de foco. Falta investimentos, a nossa taxa é ridícula não chega a 19% do PIB, a ausência de transparência  nas contas públicas e o uso da contabilidade criativa desmoraliza o nosso sistema de decisão e aumenta o nível de desconfiança da sociedade em relação ao governo. Lembrando que a satisfação de uma sociedade é medida pela combinação do aperfeiçoamento dos bens de consumo e da qualidade dos bens públicos que são ofertados pelo governo. O Brasil é um país em desenvolvimento que apresenta carência em diversas áreas e que precisa  de um governo competente e ético que permita a todos sonhar com um amanhã em que o nosso projeto de prosperidade, prestígio e poder possa ser consolidado.

sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições 2014

Amanhã o Brasil vai às urnas. É a sétima eleição geral deste país após a redemocratização onde 142 milhões de brasileiros escolherão os políticos (poder executivo) e renovarão as Assembleias  Estaduais, Câmara Federal e um terço do Senado Federal que decidirão sobre o nosso futuro nos próximos quatro anos. Independente de quem ganhar as eleições os novos governantes terão que caminhar a nossa política econômica  na direção de termos uma política fiscal voltada para o longo prazo, e inflacionar qualidade no financiamento da nossa dívida e serem extremamente rigoroso no controle da relação dívida pública/PIB. Redefinir os gastos públicos, eliminando desperdício e corrupção para abrir espaço para os investimentos. Ter capacidade de suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir. Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda, mantenha o sistema financeiro confiável, que possa garantir a inflação no centro da meta estabelecida pelo governo e que as taxas de juros praticadas internamente possa se aproximar das taxas praticadas  externamente. Uma das deficiências nossa está na missão regulatória, é preciso dar liberdade bem regulada aos mercados para que os investidores se sintam confiantes e reduzam as incertezas jurídicas. A economia brasileira precisa ser estimulada, onde todos os agentes econômicos se sintam prestigiados. Acabar com o uso da contabilidade criativa que simplesmente desmoraliza o sistema de tomada de decisões deste país. O conjunto de politicas (fiscal, monetária, cambial e rendas) possuem seus instrumentos que exige das autoridades competência em saber usá-las, para que os objetivos de aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, melhorar a nossa distribuição de rendas e ter um controle equilibrado de nossas contas externas possam serem atingidos. Lembrando aos futuros governantes que política fiscal e monetária não são independentes e o melhor exemplo é a situação atual deste país. Que os futuros governantes não esqueça que os indivíduos desempenham dois papeis , são consumidores de bens produzidos pelo mercado e ao mesmo tempo cidadãos  usuários de bens públicos. O que a sociedade mais reclama  é pela melhoria dos bens ofertados pelo setor público. A busca do bem estar geral de uma sociedade  está ligada diretamente as condições de oferta dessas classes de bens. A carga tributária que é imposta a nós brasileiros era para termos uma qualidade bem melhor nos bens que são supridos pelo setor público ( segurança, saúde, educação básica, modal de transporte, saneamento e cultura ).Esta escassez de bens públicos compromete a governança corporativa do nosso país e só estimula tensões sociais que geram externalidades negativas para toda a sociedade. Esperamos dos eleitos maior comprometimento com as grandes questões que tem deixado a nossa sociedade vulnerável e sem perspectiva. Que saibamos escolher amanhã.