quarta-feira, 28 de junho de 2017

Caminhos a trilhar

Acabei de ler atentamente o livro da Míriam Leitão "A VERDADE É TEIMOSA", quero parabenizar a autora pelos artigos que nos permite entender a crise que afeta o nosso país e como ela foi construída ao longo do governo do Partido dos trabalhadores. Leitura obrigatória por todos os interessados na condução da nossa política econômica e social. E que os erros do passado não venha novamente comprometer o nosso futuro. O último artigo do livro " No FIM DA CRISE O FUTURO", a economista aponta o caminho que devemos trilhar para realmente nos tornarmos uma nação em que possamos nos orgulhar. A seguir em resumo o que diz a Míriam: Os que chegam ao mercado de trabalho em meio à crise atual encontram muita porta fechada e uma montanha de amarguras para atravessar. A taxa de desemprego de jovens supera 25%, e os que conseguem colocação tem que reduzir o patamar dos sonhos que perseguiam. É natural a oscilação de períodos de maior e de menor crescimento, muitas vezes determinados por fatores externos que não podemos controlar.Contudo, é possível evitar uma recessão forte como a de 2015-2016 poque ela foi causada principalmente por imperícia na condução da economia e desprezo às lições que ficaram de outros momentos difíceis que atravessamos. Quem permitiu que a inflação voltasse a visitar os dois dígitos, ampliou gastos de forma insustentável e tentou manipular estatísticas fiscais cometeu erros velhos dos quais se sabia a consequência. O custo está sendo penosamente pago por todos nós,pelos jovens em particular, nesse retrocesso em que entramos. As crises não são eternas. Esta vai passar. Será necessário, então, o país estar preparado para a etapa seguinte da história. No mapa para o futuro há tarefas a executar e princípios que precisam ser confirmados. A democracia tem que continuar sendo aperfeiçoada.Uma das formas tem sido o combate à corrupção para que haja no país uma nova forma de fazer política, um novo modelo de negócios com o setor público. É fundamental não abandonar o esforço de reduzir a pobreza e a desigualdade porque esses males tem raízes profundas. A proteção do nosso patrimônio ambiental será a decisão mais sábia a tomar em um tempo em que a ameaça das mudanças climáticas ficará mais presente a cada década. Temos em abundância terra, água, fontes diversas de energia renovável, biodiversidade. É um patrimônio que já nos coloca em vantagem. Temos plena capacidade de construir nosso projeto de nação com mais progresso econômico e social.Não é apenas um desejo. Concretamente, podemos.Os jovens de hoje viverão um tempo de rupturas tecnológicas em que o mundo do trabalho será alterado várias vezes. O país precisa se preparar para essas mudanças constantes com educação de boa qualidade, investimentos em novas tecnologias, aumento da competitividade das empresas. O futuro será muito diferente do passado e, por isso, quanto mais soubermos dele mais preparados estaremos, mais chance teremos. A educação é, e sempre será , o coração do nosso maior desafio. Erramos tanto, continuaremos sendo tão descuidados, mas é nesse campo que ganharemos ou perderemos o futuro. Parabenizo a Míriam Leitão, mais uma vez pelo excelente livro que publicou e  por seu pensamento positivo.  Concordo que o nosso futuro está em nossas mãos e temos todas as possibilidades de obter um sucesso, só não podemos errar de novo adiando mais uma vez os sonhos de todos os brasileiros

terça-feira, 20 de junho de 2017

A questão brasileira

Caros leitores, é decepcionante a situação política do nosso país. Nosso presidente, senadores, deputados e grandes empresas  sendo investigados por corrupção, enquanto 14 milhões de brasileiros desempregados lutam para sobreviver no seu dia a dia. A corrupção desenfreada e institucionalizada em todos os níveis de governo (federal, estaduais e municipais), leva a população brasileira ao desespero pela falta de recursos na saúde, educação, segurança e infraestrutura. A situação econômica em que se encontra o Brasil, decorrente de um governo passado sem projeto de futuro e dirigido por uma pessoa sem as qualificações exigidas para o cargo exigirá um tempo mais elástico para que as coisas entre nos eixos. Gastaram mais do que arrecadavam, estimulando a inflação e dificultavam o trabalho do Banco Central  no controle dos preços. Endividaram o setor público, ao ponto de corremos sérios risco de termos o rebaixamento da nota de crédito do país.Ao gastar mais, reduziram a taxa de poupança, criando dificuldade para a retomada do investimento. Atualmente, controlamos a inflação, as taxas de juros estão diminuindo, as nossas exportações em relação a importação gerando um saldo positivo e a taxa de câmbio dentro do esperado do seu comportamento. Os reflexos no mercado de trabalho começa a dar sinais de vitalidade embora de forma muito lenta e os investimentos externos e internos acredito que retornarão. Mas é preciso que o ambiente político reflita segurança, que o nosso governante tenha respaldo político para que os investidores institucionais retome os projetos que garantam aumentos de produtividade  e geração de empregos em nossa economia. Reduzir a insatisfação com a qualidade dos serviços públicos, principalmente na educação que é a chave para o nosso progresso sustentado, deveríamos analisar as experiências bem sucedidas nesta área  com os países da Coreia do Sul e da Finlândia.As dificuldades na mobilidade urbana,muitas obras não foram concluídas desde a copa do mundo.Controlar melhor os preços das obras e os descumprimentos dos prazos das empreiteiras e das promessas dos governantes. Acredito que o nosso governante jamais irá utilizar aquele modelo arcaico baseado em repressão das tarifas públicas como política anti-inflacionária; desonerações de impostos e empréstimos subsidiados para alguns setores como incentivo ao crescimento; estímulo ao consumo através do crédito dos bancos públicos; forte redução de taxa de juros em momento inadequado; um pouco mais de inflação e relaxamento fiscal. O passado não serve de referência. A rejeição a todos os políticos, que aparece nas manifestações, é aceitável depois de tanta desilusão. Temos que fazer a transição para um mundo diferente e que o nosso país tenha no amanhã cidadãos bem informados e políticos que possa nos orgulhar.      

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Economia

Caros leitores, parabenizo a editora contexto pelo lançamento do excelente livro"O Brasil no contexto 1987 - 2007",organizado por Jaime Pinsky, onde diversos intelectuais tratam de vários temas relevante para podermos compreender a sociedade brasileira neste período. Livro que indico como leitura obrigatória a todos os intelectuais (profissionais, estudantes e professores) preocupados com o presente e o futuro de nossa nação.O livro é bom, instigante, rico de ideias e de sugestões. Destaco em resumo a participação de Antonio Corrêa de Lacerda, que trata do tema economia, onde mostra os dilemas da nossa política econômica, feliz em seus esforços para controlar a inflação,mas ineficiente em promover o crescimento. O autor é doutor em economia pela Universidade de Campinas (Unicamp), autor de diversos livros e tido como grande articulista dos jornais O Estado de São Paulo e Gazeta Mercantil. Diz o mestre em resumo:Nos últimos vinte anos a economia brasileira evolui em itens importantes, como o controle da inflação a partir de 1994. No entanto, permanece o desafio de atingir um nível de crescimento robusto e sustentado.De importador de petróleo no passado,o Brasil se vê hoje próximo da auto-suficiência. A dívida pública externa caiu substancialmente, nos tornamos até exportadores de aviões, aliviando em parte o problema da vulnerabilidade externa.No entanto,isso não solucionou as contradições de sermos um país de concentração de renda altíssima. Tornamos-nos quase imbatíveis no agronegócio, da agricultura e da pecuária. Mas o sucesso é sustentável ambientalmente? Ao mesmo tempo em que criamos multinacionais brasileiras de sucesso, as pequenas e médias empresas são sufocadas pelas condições adversas da economia interna e a crescente concorrência internacional.Esse é um país de contrastes. Mais do que nunca é preciso pensar o desenvolvimento na sua acepção mais ampla, que proporcione não apenas a melhora de indicadores em relação ao passado, mas também crie condições para aumentar a qualidade de vida do povo brasileiro. Uma melhora que não apenas advenha da ajuda social, mas também da educação, saúde, saneamento e condições de emprego. A análise do conjunto de indicadores da economia brasileira nos anos recentes aponta para significativas melhoras, como na questão da recuperação das contas externas e o controle da inflação. Por outro lado,permanece o desafio de melhorar a relação dívida pública/PIB e melhorar o perfil do endividamento. É preciso criar as condições para ampliar de forma expressiva o baixo crescimento da economia, recuperar as taxas de investimento e propiciar a criação de empregos e geração de renda. Tendo em vista o perfil da população brasileira e o elevado desemprego, especialmente entre os jovens, é urgente criar as condições para viabilizar um crescimento anual pelo menso equivalente a 5%. Isso por si só não garante o desenvolvimento, mas, é uma condição necessária, sem a qual a tarefa de melhorar a oferta de emprego e renda não se realizará. Vale apena a leitura completa do artigo do professor Lacerda. E mais uma vez indico o livro como leitura obrigatória. Parabéns  a todos os autores dos diversos artigos que consta neste livro.