quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Até Logo Mais

Meus caros leitores, é com grande satisfação que termino o ano de 2010 com este artigo, agradecendo a todos que acessaram e os que tiveram a gentileza de aqui deixar os seus comentários que muito engrandeceu a minha coluna. Entro em férias e espero retornar na segunda quinzena de janeiro de 2011.Foi um ano extremamente rico para mim como professor e economista de poder ter apresentado os meus comentários e os debates que travamos em sala de aula sobre os diversos assuntos aqui discutidos. Desejo a todos do fundo do meu coração um feliz natal e um próspero ano novo, que os teus desejos e sonhos possam neste novo ano que se inicia serem realmente concretizados. Como gratidão, repasso do senhor Ignácio Larranãga um artigo chamado Oração da Noite: Meu pai, agora que as vozes silenciaram e os clamores se apagaram, aqui ao pé da cama minha alma se eleva a Ti para dizer:creio em Ti, espero em Ti, amo-te com todas as minhas forças, Glória a Ti, Senhor! Deponho em tuas mãos a fadiga e a luta, as alegrias e desencantos deste dia que ficou para trás. Se os nervos me traíram, se os impulsos egoístas me dominaram e dei lugar ao rancor e à tristeza,perdão, Senhor! Tem piedade de mim!Se fui infiel, se pronunciei palavras vãs, se me deixei levar pela impaciência, se fui um espinho para alguém, perdão, Senhor! Nesta noite não quero me entregar ao sono sem sentir sobre a minha alma a segurança da tua misericórdia, tua doce misericórdia inteiramente gratuita, Senhor. Eu te agradeço, meu pai, porque foste a sombra fresca que me cobriu durante todo este dia.Eu te agradeço porque-invisível, carinhoso, envolvente-cuidaste de mim como uma mãe em todas estas horas. Senhor, ao redor de mim tudo já é silêncio e calma, envia o anjo da paz a esta casa. Relaxa meus nervos, sossega o meu espírito, solta as minhas tensões, inunda meu ser de silêncio e de serenidade. Vela por mim, pai querido, enquanto eu me entrego confiante ao sono como uma criança que dorme feliz em teus braços. Em teu nome, Senhor, descansarei tranquilo! Assim seja! Abraços, Marcos Alves.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Setor Automobilístico

O professor Antonio Delfim Netto que considero como um dos economistas mais brilhante desse país, escreveu na Folha de São Paulo em 24/09/2008 um artigo cujo título era Fiducia, onde explicava que os equilíbrios na economia podem ser instáveis e diferem dos que ocorrem no mundo químico, por exemplo, no qual duas moléculas de hidrogênio adequadamente combinadas com uma de oxigênio produzem uma molécula de água em São Paulo ou Londres, no verão ou no inverno.Na economia as "moléculas" pensam, escolhem e, no limite se suicidam! Perfeita a definição do mestre, e eu acrescentaria que estas moléculas quando pensam para fazer a maldade, distorcer os preços relativos da economia como forma de ganhar em demasia ou melhor dizendo a ganância superando o medo e colocando em perigo todo o mecanismo de coordenação que o homem criou e a economia política aperfeiçoou, que são os mercados, que repousa sobre um único ingrediente que é invisível, mas a sua ausência pode criar uma série de incovenientes no circuito econômico que é a confiança. Todos nos humanos fomos e somos educados partindo da premissa que confiando uns nos outros podemos tornar mais eficiente as nossas atividades.Esta confiança exige um comportamento apoiado em normas morais reciprocamente aceitáveis. Tomemos como exemplo a indústria automobilística no Brasil, nunca se vendeu tanto carro popular como nos últimos anos, fruto da renda pessoal em elevação, das condições de crédito, isto é juros e prazos de financiamento e do estoque de riqueza da sociedade. A forma de realizar as vendas a prazo no meu entender é abusiva, as concessionárias negociam suas vendas financiadas junto as instituições financeiras, aumentando o valor final das prestações dos clientes de forma absurda o Banco Central tem que averiguar, analisar e tomar medidas que corrijam estes abusos no mercado de automóveis. Estas empresas não negociam só o carro estão negociando também dinheiro.Como isso acontece? Vejamos no ato do financiamento aparece o TC (tarifa de cadastro), onde parte ou total das TC são devolvidas as concessionárias, há ainda o retorno pago por contrato em cima do valor financiado chegando até a 8,4%. Além disso, há o que eles chamam de Plus, percentual pago no valor do financiamento feito pelo banco junto as concessionárias (varia de 1% à 3%). Tudo isso legalizado, as devoluções de TC e o Retorno estão na CET(custo efetivo total), documento padrão definido pelo BACEN,com todos os custos gerados pelo contrato e aparece, no campo "pagamento de serviços de terceiros". Exemplo do financiamento: Valor financiado R$20.000,00, valor da TC R$ 1000,00. Caso a revenda utilize um retorno de 7,2% ela recebera no ato um retorno de R$1440,00, mais a devolução da TC R$400,00, totalizando R$1840,00 de serviços a terceiro, fora no final do mês um plus de até R$600,00, gerando assim um financeiro de R$2440,00, representando assim um retorno financeiro de 12,2% do volume financiado. É bom lembrar que as revendedoras obtêm ainda o lucro com a venda do carro, acessórios, seguros e a venda do veículo usado.Verdadeira berração, na definição dos preços finais para os consumidores, que com extrema dificuldade tentam realizar um sonho que é ter um carro próprio, neste país a tara pelos lucros excessivos é uma doença crônica. Explicando melhor o Plus : nada mas é que um percentual acordado entre as instituições financeiras e as revendas como forma de premiação, onde são estipuladas as metas de volume a ser financiado.Tais premiações são pagas por fora da CET, e que levaria a uma perda de rentabilidade para os bancos caso um número elevado de clientes optassem em quitar os contratos antes do prazo contratado, pois tais valores futuros teriam que ser trazidos a valores presentes, caso raríssimo de acontecer, principalmente nos clientes de baixa renda.Os bancos pagam tal premiação visando uma rentabilidade futura da carteira adquirida. Se os consumidores se informarem e começarem a não aceitar tais regras, com certeza, está prática abusiva se reduzirá e os preços relativos dos financiamentos retornarão ao seu verdadeiro valor.Quando a confiança, desaparece entre os agentes se destrói toda a coordenação que o mercado cria e consequentemente toda a atividade econômica fica comprometida, por um mercado financeiro sem moralidade e estimulado por incentivos perversos. Na realidade a confiança do consumidor foi traída e ele foi explorado pela sua falta de conhecimento das alquimias e expedientes contábeis, do seu agente financeiro que lhe dava garantias de um custo benefício extremamente aceitável. É necessário restabelecer o mais rápido possível a confiança e construir as condições para a reprecificação desses ativos, condição necessária para a volta da normalidade, da geração de emprego e ampliando o bem estar de toda a sociedade, trilhando por um caminho ético que evite a destruição da economia real em uma atividade econômica importantíssima, que tanto contribui para crescimento do nosso produto interno bruto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cadastro Positivo

Em 10/12/2009 o Sr. Aldo Pereira escreveu um artigo na Folha de São Paulo, cujo título era"Obsoleto. Supérfluo. Perdulário. Corrupto."Tratava da importância e do real valor para a sociedade brasileira manter em funcionamento um Senado que afirmava: Com que eficiência, honestidade e custo o Senado tem cumprido suas funções?Por que não as atribuir à Câmara?Trabalha para o Senado um corpo de 10 mil funcionários, dois terços dos quais sem concurso, sob denúncias episódicas de favorecimento e de apadrinhamento. Gastos com pessoal, e outros, excedem neste ano os R$2,4bilhões, ou cerca de R$30milhões por senador, são R$200 reais subtraídos a cada família cadastrada no Bolsa Família. Este artigo é extremamente interessante e sugiro que leiam para cada um fazer suas reflexões. Em 2004, foi apresentado ao Senado o projeto de lei sobre o cadastro positivo. A ideia é termos um banco de dados onde informações sobre o pagamento sem atraso de contas de consumo, financiamento e cartão de crédito, permita traçar um perfil dos tomadores de crédito, evitar uma crise de superendividamento no país e o mais importante ajudaria a derrubar os juros dos empréstimos e ao mesmo tempo trazer mais de 26 milhões de pessoas ao mercado de crédito e injetar R$ 1 trilhão na economia. Foi anunciado que no final de 2010 está para ser sancionado pelo Presidente Lula. Eu pergunto o Sr. Aldo Pereira não tem razão? Leva-se seis anos analisando e mesmo assim gerando uma serie de desconforto para os consumidores segundo alguns especialistas. Que lentidão absurda, para solucionar um projeto tão importante para a sociedade brasileira, que convive com as mais altas taxas de juros do mundo. Este cadastro positivo fará um histórico individual de crédito das pessoas, incluindo todos os compromissos honrados, e não apenas informações de inadimplência, vai ser possível saber não só o perfil das dívidas mas quanto está no comércio e no setor de serviços e a real capacidade de pagamento do cidadão. Permitindo a aqueles que são bons pagadores terem um tratamento diferenciado na cobrança de juros nas suas solicitações de créditos. O modelo atual, do cadastro negativo as empresas só informa quando uma pessoa deixa de honrar o seu compromisso e pouco se importa com os bons pagadores já que no cálculo dos juros está embutido a inadimplência que é rateada por todos, tornando o spread cada vez mais elevado.O Brasil é um país diferente, no grupo do G-20 é o único que ainda não implantou o cadastro positivo. Experiências em outros países tem demonstrado a sua eficiência, necessitamos com urgência dessa aprovação e que se implemente o mais rápido possível, permitindo aos cidadãos cumpridores com suas obrigações que sejam beneficiados e garantindo a todos os setores da economia uma relação saudável entre os agentes econômicos, principalmente o varejo, além de ter um efeito psicológico no seio familiar, obrigando a terem conhecimento sobre os fundamentos das finanças, eliminando conflitos dentro de casa pela incompetência em não saber lidar com o dinheiro.Este projeto torna-se relevante quando estamos vivenciando um momento em que o nível de renda das pessoas aumentaram e o número de recém chegados ao mercado de crédito tem crescido consideravelmente, exigindo de todos o uso do planejamento nos seus gastos (principalmente a prazo) para que amanhã não passem por sérios constrangimentos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Nevaldo Rocha o empreendedor

Leciono há muito tempo uma disciplina em diversos cursos na Universidade Potiguar, denominada empreendedorismo e uso como referência o Sr. Nevaldo Rocha como empreendedor de sucesso. Não precisamos buscar em outros estados brasileiros nem em outros países alguém tão comprometido com o mundo dos negócios como este homem. A cidade do Natal está de parabéns com a inauguração de um teatro de primeiro mundo no seu principal shopping center, equipamento que faltava nesta cidade turística que apartir de agora poderá receber várias peças e shows que antes não tinham como aqui se apresentar. Este empreendimento vai contribuir enormemente para a cultura e a disseminação do conhecimento e do saber. O grupo guararapes tem contribuído de forma decisiva no desenvolvimento econômico deste estado, através das suas fabricas empregando um número considerável de homens e mulheres e melhorando a vida de centenas de famílias. Mas este empreendedor já sonhava com novos projetos e surgiu o shopping Midway, lojas riachuelo e outros empreendimentos.Este centro de consumo que precisávamos, embora muitas pessoas que conheço afirmavam que se tratava de um elefante branco, que a cidade não tinha condições de dar sustentação a este projeto, com certeza deve estar revendo os seus conceitos. Há quase cinco anos em funcionamento, trazendo uma quantidade enorme de lojas nos mais variados seguimentos, proporcionando aos natalense conforto, segurança, novas opções e ampliando de forma considerável os novos horizontes no campo comercial. Aqueles que acreditaram hoje reconhece que este projeto está consolidado e além da geração de um número significativo de empregos, também contribuiu para que a população independente de sua classe de renda familiarizar-se com a cultura dos grandes centros de consumo. Lembro-me quando da sua inauguração, um grande político deste estado o senhor Aluizio Alves em reportagem, afirmou: "Nevaldo Rocha é um homem de alma grande" e realmente com ele eu concordo. A minha relação com este grupo já vem de muito tempo, quando estudante de economia fui levado para lá trabalhar pelas mãos do meu professor Odi, então auditor do grupo. Foi o meu primeiro emprego e nunca esqueço da data da minha admissão, treze de agosto de 1970, talvez seja por isso que gosto tanto do treze, pois tem um significado em minha vida. Lá passei mais de um ano, onde conheci o senhor Paulo Machado um grande executivo que muito com ele aprendi.Mas minha vocação era o mundo do ensino e teve que deixar o grupo e dedicar-me naquilo que eu sonhava, ser professor universitário e consegui ( da UNP e da UFRN), mas nunca deixei de acompanhar a evolução deste grupo, que muito nos orgulha e principalmente por ser este homem originário da nossa região. Digo em minhas aulas que precisamos aplaudir os empreendedores de sucesso, tê-los como guia ou referência, pois tem muito a nos ensinar pela sua experiência de vida como pessoa e como empresário. Classifico o senhor Nevaldo Rocha no grupo de empresários que prioriza o lucro, mas com foco na satisfação dos seus clientes, reinvestindo grande parte no fortalecimento do grupo, visando seu crescimento quantitativo e qualitativo.Várias vezes o vejo caminhando pelo shopping, e isto o mostra como um líder educador que pratica a pedagogia da presença, dividindo tempo, experiência e exemplos, ao mesmo tempo zelando pela empresa para que a mesma siga no rumo da sobrevivência, do crescimento e da perpetuidade.O senhor Nevaldo Rocha, começa a ter consciência de quem o sucederá e isto é um sinal de responsabilidade que é possuidor, preocupado com as novas gerações, os clientes, os acionistas e com o futuro do grupo demonstrando preocupação social, cultural e ambiental da empresa que dirige.Vida longa seu Nevaldo Rocha.

sábado, 13 de novembro de 2010

Câmbio

Sempre comento que o objetivo central do estudo de economia é buscar formulações que busque minimizar as dificuldades das pessoas em uma visão de médio e longo prazo, onde sua qualidade de vida seja a melhor possível. Quando as autoridades econômica do país define com clareza aonde quer chegar, vários objetivos de política econômica podem ser elaborados, especificamente na economia brasileira enxergamos quatro pontos que são perseguidos: combate a inflação, aumento da produção e do emprego, equilíbrio externo e uma melhor distribuição de renda. Nos últimos anos a economia brasileira tem apresentado indicadores de melhoria em todos os objetivos acima definido embora saibamos das inúmeras dificuldades que ainda persiste em nossa sociedade. Atualmente a grande discussão é sobre a taxa de câmbio, é bom lembrar que as variáveis que explicam está taxa e a razão de termos hoje uma moeda forte, se dá pelos bons fundamentos da nossa economia pelo apetite ao risco dos investidores, a diferença entre a taxa de juros nacional frente a norte-americana, preços de commoditeis e a taxa de câmbio do dólar frente as principais moeda, principalmente do euro. Ao analisarmos este conjunto de elementos percebemos que as únicas variáveis que temos controle sobre ela é a taxa de juros e o bom encaminhamento da economia.Para diminur os juros é necessário um ajuste fiscal e ajuste se dá ou atráves de redução de gastos ou aumento de receitas.Aumentar impostos nem pensar, seria uma tremenda estupidez, a sociedade já não aguenta está carga tributária vergonhosa que lhe é imposta. Do ponto de vista dos gastos requer o governo rever o seu tamanho para que possa ser surportável pela riqueza que a sociedade cria, desde que seja de um (tamanho aceitável). Ora o real se valoriza ante o dólar quando os indicadores econômicos sinalizam boa conduta econômica, os preço das commoditeis sobe e a taxa de juros interna sobe frente a externa. O real se deprecia, quando o dólar se valoriza no mercado internacional e quando os investidores diminuírem o seu apetite ao risco. Se buscamos equilíbrio que possa diminuir o nosso deficit em conta corrente em razão da valorização do real, que teremos que conviver com ela, é necessário que as ações sejam voltadas para a redução das taxas de juros do Brasil frente aos Estados Unidos sem comprometer a nossa meta de inflação que é um dos pilares de sustenção do nosso modelo macroeconômico, onde o governo deverá encontrar espaço para que isso ocorra, isto requer vontade política para ajustar os gastos governamentais, o resto é mera empulhação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mais Impostos

A volta do imposto do cheque conhecido como o CPMF é a maior insensatez que pode existir, é o governo confirmar a sua incompetência na gestão da saúde pública deste país. Sacrificar a população com mais um imposto, reduzindo a sua capacidade de compra, estimulando a informalidade que já encontra-se em um patamar perigoso e criando as condições para o aumento da corrupção nesta área. O nível de tributos que a sociedade brasileira paga encontra-se hoje em torno de 36% do PIB, bem maior que muitas sociedades ricas como o Japão e Estados Unidos, ou seja pagamos impostos como residíssemos em um país de primeiro mundo e temos um serviço público nas áreas de saúde, segurança e educação como se morássemos em um país de terceiro mundo. O grave problema da saúde não é a falta de recursos e sim a ausência de Gestão, a mídia está cansada de nos mostrar os escândalos em quase todos os Estados brasileiros e em seus Municípios onde a corrupção é desenfreada. Há na realidade uma verdadeira gangue em torno das verbas do ministério da saúde e nas secretárias de Estados e Municípios, onde as licitações são viciadas e os recursos não chegam ao seu verdadeiro destino e quando chega é a um custo proibitivo.É necessário que se tome providências para se criar um novo modelo de gestão,convocar uma instituição de renome como a Fundação Getúlio Vargas para elaborar um estudo profundo, e apresentar para a sociedade um novo desenho de gestão que iniba a corrupção e dê eficiência aos recursos que lhe são destinados. Alinhar a política de saúde com a política desportiva e de saneamento. Não existe investimento preventivo que garanta um custo beneficio tão alto na saúde publica que o saneamento.Ter nos lares brasileiros água tratada e coleta de esgoto é um fator de desenvolvimento e de crescimento sustentáveis. É universalizar a saúde para todos. O professor Paulo Rabello de Castro, em artigo publicado pela folha de São Paulo em 15/07/2009, cujo titulo era Decálogo do mau imposto em In-gana, escreveu: " Recorde, carga fiscal chega a 36% do PIB. Com essa manchete, a Folha mostrou que chegamos em 2008 à marca oficial dos 36% de peso do Estado nas costas do cidadão.Agora o governo abocanha mais de quatro meses da renda anual dos brasileiros!Nenhuma justificativa plausível existe para o descompasso tão gritante entre receita e contraprestação de serviços do governo. Fica claro que uma parcela privilegiada da população já se apropriou da máquina do Estado em proveito próprio. No livro Tributos no Brasil: Auge, Declínio e reforma(2008), com Ives Gandra Martins e Rogério Gandra, e mais uma dezena de notáveis especialistas, mostramos, mais uma vez, quanto o sistema tributário brasileiro inviabiliza o país como nação justa e madura.Em alerta contra o continuado desperdício de oportunidades, publico hoje este decálogo da tragédia tributária nacional, para ressaltar que o Brasil não é mais aquela Belíndia ( mistura de Bélgica com Índia, criação de Edmar Bacha, mas virou In-gana, na perspicaz paródia de Delfim Netto, que assim define o país como sendo metade Inglaterra, pelo nível dos impostos que cobra, e metade Gana, pela qualidade da contrapartida em serviços do Estado.Eis o decálogo do mau imposto em In-gana. 1) Aqui os pobres pagam o dobro dos ricos. Provado por pesquisas diversas(Fipe e Ipea) que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for o seu salário! 2) No brasil, para tributar basta flagar alguém trabalhando. É o único país que pune o trabalho. 3) Em In-gana, só metade da carga fiscal financia os serviços do Estado; a outra metade é toda ela para repartir entre juros e aposentadorias! 4) Aqui, qualquer reforma tributária será sempre para elevar a carga fiscal. 5) O custo administrativo de estar em dia com o fisco no Brasil é provavelmente o mais alto do mundo. Aqui, via de regra, o contribuinte é quem está errado.6) Nossa carga tributária recorde corresponde a uma ineficiência previdenciária recorde. Gastamos 12% do PIB para ter uma das previdências menos justa do mundo.7) Nos últimos anos ( Plano real), a carga tributária financiou uma conta de juros do tamanho da própria dívida pública original. É o peso financeiro dos políticos. 8) Com uma crescente carga fiscal, nem o governo investe nem deixa o setor privado investir. O setor público elimina, via tributação, mais de 60% da capacidade de investimento anual do setor privado.9) Contradição: com uma carga fiscal mais baixa ( máximo 30% do PIB), o Brasil poderia crescer o dobro ( 6% ao ano) até 2020 e arrecadaria o mesmo volume de tributos para o Estado. 10) O atual regime tributário não permitirá ao Brasil ser líder, nem mesmo dos países vizinhos, quanto menos se projetar na cena mundial. Enquanto perdurar o atual arranjo político e tributário, é melhor para In-gana continuar investindo apenas no futebol". Dito isto eu pergunto, e a reforma tributária tão necessária para o desenvolvimento econômico do nosso país quando finalmente será apresentada a nossa sociedade?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desafios

O nosso país escolheu para Presidente da República a primeira mulher a assumir o mais alto cargo da nação brasileira a Srª Dilma Rousseff. Aguardamos que ela cumpra os compromissos dito em campanha já que os desafios que se defrontará são enormes. Embora receba o governo em um cenário favorável, inflação estável na casa dos 5%, crescimento do PIB em torno de 7,5%, desemprego em queda em torno de 6%, dívida pública estimada em 59% do PIB, risco - país em 174 pontos, redução da pobreza, reservas internacionais na casa de 283 bilhões de dólares e a nação brasileira hoje credora em 42 bilhões em relação a dívida externa líquida.Mesmo assim, o nosso país é possuidor de graves problemas que precisará ser resolvido para que o seu projeto de prosperidade, poder e prestígio seja atingido. Embora sejamos a oitava economia do mundo, possuímos indicadores sociais e econômicos de uma nação de terceiro mundo, onde o Brasil ainda possui 30 milhões de miseráveis, a um deficit de 10 milhões de moradias, uma política de saúde pública precária, que precisa se alinhar com uma política desportiva bem definida e lembrar que saneamento é o investimento preventivo de melhor custo-benefício para a saúde pública. Uma educação sem qualidade no ensino fundamental e médio, comprometendo o desempenho das empresas que necessita de mão de obra qualificada. A violência urbana alimentado pelo tráfico de drogas em algumas cidades brasileira dificulta investimentos produtivos, além da insegurança jurídica, por ausência de regras bem definidas que possa atrair o capital privado. A sociedade não suporta mais este sistema tributário, arcaico, burocrativo, concentrador e regressivo, a única coisa que estimula é a informalidade e a corrupção.Rever as leis trabalhistas, estas foram desenhadas em 1940 na era vargas, a questão previdenciária encontra-se sem solução, pressionando o nosso desequilíbrio orçamentário e contribuindo para que tenhamos uma das mais altas taxas de juros do planeta terra. É preciso investir mais em infraestrutura, elaborar uma estratégia logística que integre todo o país,( energia, comunicação, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e outros modais) permitindo as empresas brasileiras terem ganhos de produtividade, para torna-se mais competitiva neste mundo extremamente dinâmico e evolutivo.Necessitamos de ampliar a nossa participação no mercado internacional, estimulando a exportação de produtos com alto valor agregado, fruto de uma política de criatividade e inovação. Criar uma atmosfera positiva, em que haja clareza no futuro e que o capital privado sinta-se estimulado a participar do nosso desenvolvimento com responsabilidade social e econômico: crescer de forma sustentáveis, harmonizando o homem,o econômico e o ambiental. Como bem definiu o professor Gustavo Franco, "O investimento privado precisa de outro tipo de incentivo: uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a carga tributária moderada, o custo do capital razoável, a macroeconomia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais profundo, os investidores institucionais prestigiados, o empreendedorismo celebrado e a chance de intervenções discricionárias de autoridades de vezo redentor desprezível. Esse conjunto de premissas ainda carece de um invólucro, um novo desenvolvimento, que melhor articule seus componentes e melhor o propague". Isto dito, o desafio é a nossa Presidenta buscar formas políticas de colocar em prática essas ações, que atenda as demandas sociais e as exigências de um capitalismo atual e competitivo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Escolha

No próximo domingo os brasileiros vão às urnas escolher o nosso futuro Presidente da República, aquele que ganhar terá a responsabilidade de dirigir o nosso país por quatro anos e as suas decisões terá um impacto enorme em nossas vidas. Lamentavelmente, assistindo os debates pela televisão fiquei desiludido,esperava que as grandes questões fossem discutidas como :a reforma tributária, trabalhista, previdênciaria , a qualidade da nossa educação, a ausência da segurança e da saúde), na minha opinião os candidatos perderam muito tempo em acusações, corrupção e temas irrelevantes frente aos grandes problemas que a sociedade aguarda por uma solução a bastante tempo. O Brasil que vai às urnas apresenta um quadro social deprimente, para se ter uma ideia, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou no mês de julho/2010 o tamanho e o perfil do eleitorado brasileiro. Quanto ao grau de instrução, dos 135,8 milhões de eleitores, 5,9% são analfabetos, 14,6% dizem saber ler e escrever, mas não frequentaram a escola, e 33% frequentaram a escola mas não chegaram a concluir o 1º grau. No total das três categorias, 53,5% do eleitorado são semianalfabetos, além do mais, 67,5 milhões ganham , no máximo até dois salários mínimos e 13 milhões são pobres, ganham menos de um salário mínimo. Segundo varias reportagens que foram publicadas na mídia , quanto a educação os dados são assustadores.Talvez sejamos a única sociedade do mundo que almeja ser desenvolvida ostentando um índice educacional deplorável. Não é nenhuma surpresa, quando verificamos o péssimo desempenho dos nossos alunos, quando avaliados com estudantes de outros países. Aqui a uma verdadeiro contraste somos a oitava economia do mundo e em compensação 75ª colocada quando se mede o índice de desenvolvimento humano.Segundo Clóvis Rossi, em artigo publicado na folha de São Paulo, afirma"Não tenhamos medo das palavras: o Brasil que vai às urnas é um país pobre, obscenamente pobre para o seu volume de riquezas naturais, território e população. É também obscenamente desigual, apesar da lenda de que a desigualdade se reduziu.É impossível reduzir a desigualdade em um país que dedica ao Bolsa família ( 12,6 milhões de famílias) apenas R$ 13,1 bilhões e, para os portadores de títulos da dívida pública ( o andar de cima) a fortuna de R$ 380 bilhões, ou seja 36% do orçamento de 2009. Ainda assim, é um país feliz do que era há oito anos ou há 16 anos. Fácil de entender: O pobre quer apenas um pouco de pão, enquanto o rico, muitas vezes, quando encosta na gente, quer um bilhão, já ensinou mestre Lula". Diante desta precariedade que encontra-se a nossa sociedade, a escolha que a nação fizer, espero do futuro presidente que transforme em realidade que o Brasil é o país do presente e do futuro e que os indicadores sociais do amanhã nos orgulhe e não nos envergonhe.

sábado, 23 de outubro de 2010

Em Busca de um Novo Mundo

Um novo mundo está tomando forma neste novo século, originou-se no fim dos anos 60, na coincidência histórica de três processos independentes: revolução de tecnologia da informação, crise econômica do capitalismo e do estatismo e a consequente reestruturação de ambos e o apogeu de movimentos sociais e culturais, tais como:liberalismo, direitos humanos, feminismo e ambientalismo. A interação entre esses processos e as reações por eles desencadeadas, fizeram surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede; uma nova economia, a economia informacional/global e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real.Transformando nosso modo de pensar, de nascer, de produzir, de consumir, de negociar, de administrar, de comunicar, de viver, de morrer, de fazer guerra e de fazer amor. A sociedade em rede, como qualquer outra estrutura social, não deixa de ter contradições, conflitos sociais e desafios de formas alternativas de organização social. Tais desafios são provocados pelas caracteristicas da sociedade em rede, sendo, muito distinta dos apresentados pela era industrial do século passado. O espaço e o tempo, bases materiais da experiência humana, foram transformados à medida que o espaço de fluxos passa a dominar o espaço de lugares, e o tempo intemporal passou a substituir o tempo cronológico da era industrial. Nesse momento histórico de nossas vidas, vivenciamos uma sociedade dinâmica, evolutiva e instável, onde as pessoas tendem naturalmente a reagrupar-se em torno de identidades primárias: religiosas, étnicas, territoriais e nacionais. Assistimos o desenvolvimento de tecnologias de uma capacidade produtiva jamais vista, mediante o poder da mente. Dizíamos, penso logo existo, hoje afirmamos, penso logo produzo. Com isso, teremos tempo disponível para fazer experiências com a espiritualidade e oportunidade de harmonização com a natureza, sem sacrificar o bem estar material de nossos filhos. O átomo é o passado. O símbolo da ciência para este novo século é a da rede dinâmica, a única organização capaz de crescimento, sem preconceitos e aprendizagem sem guias.Todas as outras topologia são restritivas. Na verdade a rede é a organização menos estruturada da qual se pode dizer que não tem nenhuma estrutura.Nenhum outro sistema, cadeia, pirâmide, árvore, círculo e eixo, consegue conter uma verdadeira diversidade funcionando como um todo. Essa nova sociedade que está mudando nossos costumes, pensamentos e ideias, obriga que o estado desperte para esse novo mundo. O nosso país é heterogêneo por natureza, onde questões primárias ainda precisam ser resolvidas ( educação de qualidade,respeito ao meio ambiente,melhor distribuição de renda, melhor sistema de saúde e segurança). A exclusão social de grande parcela do nosso povo, pode ser em grande parte eliminada se tomarmos providências para dar aos menos afortunados condições de acesso aos novos conhecimentos tecnológicos. Não existe nada que não possa ser mudado por ação social consciente e intencional, munido de informação e apoiada em legitimidade. Se as pessoas forem esclarecidas, atuantes e se comunicarem em todo o mundo, se as empresas assumirem sua responsabilidade social, se os meios de comunicação se tornarem os mensageiros e não a mensagem, se os atores políticos reagirem contra a descrença e restaurarem a fé na democracia, se a cultura for reconstruída a partir da experiência, se a humanidade sentir a solidariedade da espécie em todo o mundo, vivendo na harmonia com a natureza, se partimos para a exploração de nosso interior, tendo feito as pazes com nós mesmos, se tudo isso for possibilitado por nossa decisão bem informada, consciente e compartilhada enquanto ainda há tempo, então eu acredito que possamos ser capazes de viver, amar e sermos muito felizes.

domingo, 17 de outubro de 2010

Atitudes

O nosso país vive um momento singular em sua historia com estabilidade monetária, poder aquisitivo em elevação, um conjunto de eventos que acontecerá em nosso território que qualquer outro país gostaria de ter ( Petróleo, Copa do mundo e olimpíadas), muitos investidores estrangeiros buscando parcerias para geração de novos negócios ou seja criamos uma atmosfera positiva para caminharmos para a consolidação do nosso projeto de prestigio, poder e prosperidade. Quando leio nos jornais ou em outras mídias a situação da população em muitas cidades brasileiras, sobre a violência, o analfabetismo que ainda persiste, alto consumo de drogas, a informalidade em crescimento e colocando em riscos as nossas vidas, a péssima distribuição de renda e milhões de pessoas sem nenhuma perspectiva de ascensão social, chego a conclusão que estamos vivendo em uma sociedade em que vamos bem em um país que vai muito mal, e não acredito de irmos muito bem por muito tempo em um país que vai mal. Como conseguimos conviver com tanta contradição, falamos ao mundo que vamos muito bem quando constatamos milhões de pessoas sem nenhuma esperança de ter um amanhã feliz. E por falar em felicidade vale a definição dada por Ziraldo que diz: " Felicidade é o estado em que o ser humano é o que sempre desejou ser e tem tudo o que precisa para exercer esse estado". Logo esse estado está muito distante de ser conquistado pela grande maioria da população brasileira e o que precisamos fazer ( famílias, empresas, governo e o resto do mundo), para alcançar um nível de bem estar para que todos possam viver de forma digna e que viver seja o maior espectáculo da vida. Como bem afirmou o Sr. Fábio Barbosa presidente do grupo Santander no Brasil "Você está fazendo algo que de fato está de alguma maneira construindo para termos um país mais justo, tudo o que você faz deve ser visto como parte da construção de uma visão maior, de uma imagem de um trabalho, de um impacto que você causa. Diversidade, vamos dar oportunidades para todo mundo ou não vamos? eu costumo diz que a diferença faz a diferença.Não tem nada melhor do que você ter um problema sendo visto por pessoas com ponto de vista diferentes, que permita a você ter uma melhor visão. Descobri que o maior problema na questão de diferenças, de diversidade, não é a questão racial,não é a questão da condição física e orientação sexual.É questão do pensamento. Como as pessoas são pouco tolerantes com alguém que não pense com elas e como são inteligentes as pessoas que pensam como nós pensamos. Isso é uma coisa impressionante". O que o Fábio quer demonstrar é que nós brasileiros precisamos mudar nossas atitudes frente aos grandes e pequenos delitos que ocorrem de forma continua, o melhor exemplo é a informalidade que nós somos grandes consumidores, quando sabemos que é uma atividade econômica tecnicamente ilegal. Segundo ele o que balizou a sua vida é uma citação de Ralph Emerson, que diz "Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz."Segundo Fábio "E o que você faz no dia a dia. Acho que nós temos no Brasil uma tolerância com relação a pequenos delitos.Uma tolerância, até uma leniência no vocabulário.De chamar de "informal" um tipo de atividade econômica que tecnicamente é ilegal. A gente tem uma mania também de ficar sempre olhando para o governo. Está nas nossas mãos.O país precisa sim de reforma de:previdência, trabalhista, fiscal, e tributária.Mas a mais importante é a reforma de valores, e reforma de valores não é o governo que faz. Somos nós no dia a dia, na nossa atitude diante de um problema, diante de uma dificuldade, diante de uma multa de trânsito, diante de uma multa de um fiscal como é que você reage aquilo? O que você faz? O que você dá como exemplo?Eu não sei definir ética, também nem quero.Eu sou muito pouco filosófico, e costumo dizer que ética é fazer a coisa de uma forma que você possa conversar a noite com os seus filhos à mesa da sala de jantar.Se pode conversar, provavelmente o que você fez foi ético, foi transparente.Mas eu acho que essa ideia de que a sociedade em que nós vivemos não é indissociável de nós.Ela é sim a somatória do que cada um de nós fazemos no dia a dia.Sociedade não existe: ela é simplesmente a somatória do que eu faço, do que ela faz, do que ele faz. Cada um faz uma coisa, e a somatória disso dá a sociedade que somos. Brasil será o que dele nós fizermos.Não existe outra coisa.Não está sendo terceirizado para que o governo faça, para que a gente fique do lado de cá,mas sim para que nós nos mobilizemos.Eu lembro, e dou sempre este exemplo também, que a gente está evoluindo muito como consumidor.Lembro que o meu pai, há muitos anos atrás, comprou um liquidificador na saudosa Casas Mapping.E daí fomos lá, eu e ele, porque o liquidificador não tinha funcionado.E o cara falou assim: Olha, o sr. abriu a embalagem, agora não dá mais para trocar o liquidificador.Meu pai ficou louco: Como é que você queria eu soubesse que ele não funcionava antes de abrir? Ah, mas o sr. abriu, eu sinto muito, agora o problema é do senhor. Era assim que era tratado um consumidor no Brasil há 20, 25 anos atrás.Evoluímos muito.O consumidor hoje não preciso dizer, você vai lá, troca o produto, recebe o dinheiro.Isso é uma evolução que vocês não percebem, porque muitos de vocês mais jovens não viram como é que a coisa começou.Daí, passou a ser também uma coisa de consumidor de serviços. Se eu fui bem atendido num restaurante ou num banco.E as pessoas estão começando a reclamar, o que eu acho ótimo.Aliás, só reclama quem tem alto-estima e acha que merece alguma coisa melhor do que aquilo que foi dado.Mas nós não evoluímos ainda como consumidor de cidadania.A gente continua votando, continua pagando imposto. Mas como se fosse uma coisa distinta, nos colocamos confortavelmente na posição de fica aqui com uma série de pequenos delitos,e criticando os que estão lá como se fossem coisas dissociadas.Temos: 1)- que entender que a somatória das nossas atitudes que faz o que está lá; e 2)- que nós temos que nos conectar, porque somos nós que pagamos com votos ou impostos, aqueles que estão lá.Então, essa é a ideia de que o Brasil vai ser o que dele nós fizermos.E se nós queremos, de fato, mudar o Brasil,eu acho que o mais importante é lembrar da frase de Ghandi que dizia,nós temos que ser a mudança que queremos ver no mundo". Está em nossas mãos o cenário de país que queremos amanhã. Eu procuro fazer a minha parte e você?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Economia Verde

Entende-se por economia verde o modelo econômico que tem como objetivo reduzir o risco de escassez ecológica e dano ambiental. A riqueza passará a ser avaliada com base no acumulo de capital físico(produtos e serviços feitos pelo homem, bens monetários), do capital humano(saúde, educação, inteligência), do capital social(segurança nas ruas e outros elementos da convivência em sociedade) e do capital natural(as pessoas respirar ar puro e beber água limpa). O modelo de crescimento econômico quantificado em função do PIB deixa de ser a razão maior e o aspecto qualitativo passa a ter um significado mais importante nas análises econômicas.As empresas terão que arcar com os custos ambientais que criam mesmo que isto tenham que aumentar o preço final dos bens para o consumidor final, só assim a obrigaria a buscar inovações para produzir os mesmos produtos sem poluir e substituindo determinados materiais por outros mais sustentáveis de forma continuada. A verdadeira inovação é fruto de limitações, de oportunidades e da engenhosidade humana. Segundo o Sr. Emílio Odebrecht:" a sustentabilidade é um intangível que se tranformou no espírito do nosso tempo. As práticas empresáriais sustentáveis devem visar a constituição de sociedades e países economicamente prósperos, politicamente estáveis e culturalmente diversos, condições indispensáveis para que uma organização possa estabelecer como rumo sobreviver, crescer e se perpetuar. Sustentabilidade e competitividade não são conflitantes ou excludentes, ambas são indissociáveis e sinérgicas. A marca também figura nessa categoria. Quando a sociedade vincula o nome de uma empresa a produtos e serviços de qualidade, preços justos e responsabilidade social, ou seja a um modo de ser, temos um ativo intangível que simboliza as boas práticas da organização que identifica". A sustentabilidade neste modelo econômico é a palavra chave para todo o empreendimento, todo processo produtivo e toda solução urbana do século XXI. Buscar o equilíbrio entre o econômico, ambiental e humano. O envolvimento da sociedade civil organizada, exigindo dos governos nos tres níveis : saneamento básico para termos rios limpos, planejamento urbano para gerar qualidade de vida e integração a natureza e desenvolvimento econômico com meio ambiente equilibrado, criará as condições de transferirmos esse patrimônio para a geração que nos sucederá no futuro e que possam responder amanhã aos novos desafios da história que ocorre em cada etapa da evolução humana.Tudo isso engloba o que chamo de riqueza pública, e a função dos governos é resguardá-la.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

As Crianças e Jovens do Brasil

No dia doze de outubro comemora-se o dia da criança, onde os comerciantes esperam bom movimento nas vendas onde os pais dirigem-se aos centros de consumo para adquirir lembranças para os seus filhos e netos. Recentemente estive em um deles já preocupado em presentear as minhas netas, já que meus filhos embora crianças eternas para mim, hoje direciono os presentes para os seus filhos. Ao sair e parar o meu carro no primeiro sinal semáforico, cujo objetivo é ordenar o transito, hoje também é ponto de encontro de crianças, jovens e adolescentes arriscando a vida entre os automovéis, prestando um serviço que muitas vezes não necessitamos, mais, muitos até que aceitam em razão da miséria em que vivem, sem nenhuma perspectiva de vida, soltos e livres para aprenderem, hábitos e costumes que em nada contribuirão para mudar o seu destino, longe da escola, sem direito a infância, geralmente originário de famílias desestruturada, mendigam por necessidade e serão os futuros marginais que com um pouco de sorte alguns irão para os centros de reabilitação e outros terão a vida extremamente curta. A maior riqueza de qualquer sociedade é as suas crianças e jovens, devem ser protegidas, amadas e preparadas para poderem amanhã exercerem funções que lhes proporcionem dignidade e que sintam-se realmente livres. E por falar em livres é bom lembrar que ser livre é ter emprego,moradia, ser bem alimentados,ter instrução para poderem ter a capacidade de informar-se, opinar e influir.Mais como isso pode acontecer com essas crianças e jovens, se nada tem, no seu mundo o que existe é um excesso de falta, um exagero do nada e uma abundância de incertezas e medos que o desafiarão pelo resto de suas vidas.Os nossos historiadores são felizardos por terem o privilegio de assistirem ao vivo e a cores em pleno século XXI, as praticas escravagistas a muito tempo banida em muitos países e que até hoje vigora em nosso país.Recuso-me a aceitar e envergonha-me como ser humano, a miséria coletiva.Todo ser humano tem direito a uma vida digna e esse quadro que assisto todos os dias é uma ofensa à condição humana.Ninguém escolhe a pobreza, ela é fruto de estruturas injustas, a minha agonia é ver crianças cheias de doenças, sem direito a infância, a jovem condenada a prostituição precoce, a mãe vendo o filho largar a escola para ingressar no narcotráfico, o pai desempregado sem poder sustentar a família.Precisamos fazer a transição do Brasil que vivemos, para um Brasil que nós queremos, não podemos aceitar que jovens e crianças sejam excluídas, dos frutos do progresso e do consumo, condenados a viverem nas ruas,degradados em sua dignidade. É necessário que toda a sociedade, já que este problema é uma questão pública, faça do combate a desigualdade social uma prioridade, ainda que venha a desagradar aos donos do dinheiro e do poder.Para o saudoso professor Milton Santos: " o nosso projeto de sociedade está, hoje ancorado em bens finitos, quando deveria ancorar-se em bens infinitos.Se os bens são finitos e o desejo infinito, a antinomia causa frustração para quem centra neles a razão de seu existir.Centrados em bens finitos, o desejo não encontra satisfação.Os bens da dignidade, da ética, da liberdade são infinitos. Sem valor de mercado, não podem ser adquiridos na esquina. O projeto de vida baseia-se no ter e não no ser". Como constatara Epicuro no séculoIV a.C.,"nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente". Se, neste sistema econômico que vivenciamos tudo se reduz a condição de mercadorias, e os produtos que são fabricados passam a ter maior importância do que as pessoas,e esta se sentem socialmente valorizada na medida que a possuem, vamos então produzir mais já que produção é uma questão técnica , mais vamos exigir uma melhor distribuição já que distribuição é uma questão política. Será que melhora, não sei.

sábado, 25 de setembro de 2010

A Crise Mundial

Neste século do conhecimento nos defrontamos com desafios que requer repensarmos e redefinirmos a nossa forma de viver. Que sociedade desejamos criar para que todas as nações possam convergir para uma situação mais igualitária e que transformações precisam ser feitas para garantir através do potencial de criação de riqueza do novo ciclo tecnológico atingirmos mais justiça social.O homem desenvolveu conhecimentos que nos garante a possibilidade de criar riquezas quase ilimitada, porém o progresso material visto isoladamente está mais do que evidenciado que é insuficiente se não estiver acompanhado por outros valores, como melhor distribuição de renda, direitos humanos, ética, honestidade , solidariedade, respeito pelos seus semelhantes e garantir maior liberdade com igualdades de oportunidades para todos.O mundo tem sim a capacidade de resolver essas questões o que nos falta é encontrarmos um elo entre o econômico, político e social a nível mundial. O interessante é que a globalização que é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe de governos e participar dela não é uma opção e sim fazer com que os países criem estratégias que possam melhorar o seu desenvolvimento através das oportunidades que ela cria, apresenta-se assimétrica e não solidária, ou seja temos os meios mais somos incompetentes para fazer melhor e com eficácia.Ou o homem volta a incorporar outros valores que a tempos atrás eram naturais e hoje estão desaparecendo para definir progresso ou criaremos um mundo que se torna a cada ano insuportável viver e pior comprometendo a consolidação de um mundo melhor e mais justo para os nossos filhos e netos viverem. Segundo o Senador Cristovam Buarque sinaliza que: "A humanidade testemunha, neste início de século, uma triste transformação.No mundo inteiro, e também no Brasil, os valores estão em estado terminal. O valor da honestidade desapareceu, substituído pelo reconhecimento da riqueza, que atualmente é medida pela capacidade de produzir. Já não são vistos como riqueza a cultura, o respeito, a religiosidade, o bem-estar. Um país cuja renda nacional seja elevada, mas concentrada nas mãos de poucos, é considerado mais rico do que outro que tenha sua renda distribuída com mais justiça. Um país que derrube florestas para plantar soja é tido como mais rico do que outro que proteja sua natureza. Uma sociedade que tolere o analfabetismo, a educação de má qualidade e a violência, mas que tenha renda per capita elevada, é classificada como desenvolvida.Está em estado terminal o próprio valor da palavra. O que vale é a aparência, não o real. O que importa é o que mostra a publicidade, o que traz a televisão, e não aquilo que todos sabemos que de fato existe. Como diz o filósofo francês Jean Baudrillard, a realidade é um simulacro, um espetáculo. As guerras só são reais se forem transmitidas ao vivo pela televisão, têm causas e implicações controladas pelos proprietários das grandes redes de comunicação, e por eles costumam ser moralmente justificadas.O valor da sabedoria também está em crise. Foi substituído pelo valor da especialização, pelo domínio e utilização de técnicas para enriquecimento próprio. No mundo de hoje, por exemplo, Sócrates não seria considerado um sábio: não teve um ofício que o enriquecesse, ensinou o que lhe parecia correto, e não o que tinha utilidade. Pior: morreu, porque não aceitou se corromper.Está em estado terminal o valor da sensibilidade. No mundo em que vivemos e trabalhamos, não temos o direito de ter sensibilidade. A banalização da maldade nos torna frios, indiferentes, insensíveis. Os sensíveis são considerados fracos.Vivemos ainda uma grave crise no valor da semelhança. A desigualdade reinante é tão grande que não se pode mais afirmar que os seres humanos cultivam o valor de se sentirem semelhantes. Quando observamos a diferença na qualidade de vida de crianças em países africanos e nos países europeus,ou de crianças ricas e pobres nas várias regiões do Brasil, e olhamos o futuro que terá cada uma delas, podemos nos perguntar se ainda existe o valor da semelhança entre a espécie humana.Dependendo do poder aquisitivo, e do consequente acesso aos produtos da ciência e da tecnologia, alguns terão uma vida mais longa e saudável, enquanto outros viverão menos e doentes. Muito em breve, apenas poucos seres humanos vão se reconhecer como semelhantes e cultivarão um sentimento crescente de distância e dessemelhança com relação aos demais. O valor da semelhança da nossa espécie está em fase terminal.Decididamente, nosso mundo vive a morte dos valores". Chegou o momento não podemos mais esperar para construirmos um mundo mais justo e agradável para se viver é condição necessária e suficiente que todos os líderes mundiais tomem consciência da importância de buscarmos uma sociedade com mais liberdade e democracia, com menor pobreza e dependência e com uma ordem mundial mais justa.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Conhecimento

Tenho dito em minhas aulas que o setor econômico mais relevante deste século do conhecimento é o quinário, é nele que a criatividade e a inovação ocorre é onde os países ricos investem verdadeiras fortunas como forma de manter sua hegemonia perante o mundo. É neste setor que encontramos a evolução da nanotecnologia, biocombustiveis, engenharia genética, consultorias de alto nível, robótica e outras invenções. Os países que trilharem esse caminho com certeza vislumbra no futuro a materialização do seu projeto de poder, prestigio e prosperidade.Recentemente foi divulgado a relação das 200 melhores universidades do mundo e por incrível que pareça entre as 20 melhores 15 são americanas é mais do que natural a importância deste país perante o mundo, onde eles investem 3,5% do PIB em pesquisa e inovação. Uma nação para se impor perante o mundo não precisa necessariamente de utilizar-se da sua capacidade de defesa e sim do seu conhecimento, principalmente em áreas vitais e extremamente importantes para o desenvolvimento econômico. A nossa dependência tecnologia é muito grande em diversas áreas do conhecimento, precisamos dos americanos, para nos fornecer habilidades e competência, para aprimorarmos as diversas atividades que exploramos como forma de saber fazer e de fazer com eficácia. Para competirmos com esses países é necessário redefinir prioridades hoje para amanhã nos encontrarmos em outro patamar.Segundo o Profº Paulo Rabello de Castro, "O Brasil está duplamente desenquadrado, tanto em termos de expansão do capital físico(plantas industriais,plataformas de serviços e infraestruturas físicas)quanto, principalmente, no tocante ao capital humano, via educação. Aqui entra o oportuno alerta de Carnoy.O aumento da produtividade de tudo que integra o crescimento, como gente, máquinas e organização depende, em sua essência, do saber fazer e do fazer com eficácia. A falta de escolaridade(horas e anos de escola) e a carência de substancia educacional(conteúdos fracos e ineficácia na aprendizagem) transformaram o nosso país numa espécie de depósito de ferro velho educacional. Nada a ver com a dedicação e o sacrifício pessoal de muitos mestres, Brasil afora". A sociedade brasileira, precisa de uma significativa mudança em infraestruras e apredizagem, onde muitos países começaram a fazer a transição da economia fincada no commodities para outro modelo, sustentado pelo capital intelectual.Isso se faz usando o commoditeis de hoje para pavimentar a modernização da economia de amanhã. Cabe aqui um alerta a todos os nossos intelectuais, que continuem denunciando está situação, de não concordar e de exigir mudanças, afinal como dizia o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso; " o intelectual ou é incômodo ou não é nada: em qualquer circunstância, em qualquer regime. O intelectual é, por definição, um ser incômodo: pergunta, chateia.E ninguém gosta de responder a certas perguntas.O que não podemos é nos acovardar intimamente e ceder à autocensura.Temos de alargar as fronteiras do permitido e tentar ampliar o grau de consciência da situação brasileira". Logo, o nosso futuro está nas escolhas que fizermos hoje, para que o nosso projeto de prestigio,poder e prosperidade seja alcançado, se é realmente isto que queremos.

sábado, 11 de setembro de 2010

Visão Sistêmica

A preocupação do homem sempre foi voltada para problemas globais, a prova disso está em uma obra clássica em que a ideia de sistema total faz-se presente:" A República " de Platão. Está obra esboça a estrutura política de uma Cidade-Estado e ainda hoje é referência em várias áreas do conhecimento humano como administração,direito civil e economia. No decorrer do tempo o homem percebeu que fenômenos pertencentes às diversas ciências, poderiam ter a mesma representação, ou seja leis matemáticas poderiam ser estruturadas de forma geral, explicando coisas comuns a física, biologia e economia.Assim, segundo Bertalanffy(1968) a lei do crescimento exponencial pode ser aplicada para traduzir fenômenos como o crescimento de células em organismos, desenvolvimento demográfico e funções de produção. O corpo humano em suas diversas partes, pode ser visto como uma empresa com seus diversos departamentos interdependentes. O objetivo maior da Teoria Geral de Sistemas é a criação de um corpo de conhecimento, leis e equações matemáticas, que expliquem fatos comuns às várias ciências e às várias disciplinas. A visão global dos problemas é uma exigência neste mundo moderno, dinâmico e evolutivo que os executivos utilizam para definir os objetivos que esperam alcançar. A perda dessa visão que vinha se acentuando através da especialização, tornou-se um grande mal, na medida em que os problemas cresceram em sua complexidade.A Teoria de Sistemas utiliza-se da Abordagem de Sistemas, que nada mais é que um modo de pensar, uma maneira lógica de desenvolver o raciocínio, quando trabalhamos com problemas amplos, nos quais necessitamos desta visão global.O moderno enfoque dos sistemas empresariais procura desenvolver, uma técnica para lidar com a complexidade da pequena, média e grande empresas.Um enfoque que não permite a análise separadas do todo, em virtude das complexas inter-relações das partes entre si e com o todo, Sabemos que a otimização das partes não corresponde à otimização do todo. Esta ideia vinha sendo contrariada num processo natural de desenvolvimento. Na verdade, a otimização das partes a especialização, conduziu a uma desintegração do todo. No mundo atual a dimensão das empresas e instituições modernas e a complexidade das decisões que são tomadas pelos gestores nos dias atuais, exigem uma visão global, um conceito de totalidade, para que os planos e as decisões sejam considerados em seus mínimos detalhes e em suas várias influências. O ambiente de um sistema empresarial é extremamente complexo exigindo dos empreendedores o conhecimento desta teoria. Por ambiente de um sistema empresarial, entenda que é o conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma influência sobre a operação da empresa. Qualquer alteração na empresa pode mudar ou alterar esses fatores externos e qualquer alteração nos fatores externos pode mudar ou alterar a empresa.Os fatores que a influencia e também é influenciado, poderiamos citar:sistema financeiro, governo, fornecedores, tecnologia, comunidade, concorrência, consumidores, sindicatos, mercado de mão de obra e outros. Diante desta complexidade,os executivos moderno,precisam pensar cosmicamente e agir globalmente ou localmente.Segundo o professor Vicente Falconi, os gestores precisam incorporar no seio organizacional os três fundamentos básicos para a gestão ser bem sucedida que são:Método, Conhecimento Técnico e Liderança. Por método que para mim é extremamente relevante e muitas vezes é o que falta na maioria das organizações: é definir as metas e o melhor caminho para alcançá-la por meio de análise é garantir a execução, é monitorar, medir, controlar e finalmente padronizar.Liderança é ter e reter os melhores, treinar à exaustão, criar bom clima de trabalho e ser generoso com quem merece. Conhecimento técnico é buscar no mercado é cultivar internamente é desenvolver por meio da pesquisa e inovação. A necessidade crescente de novos métodos e técnicas no campo da administração, planejamento e controle de projetos, levou os administradores, economistas e engenheiros a um grande desafio: desenvolver técnicas e métodos de planejamento, compatíveis com a imposição dos problemas atuais e a avançada tecnologia hoje disponível. Logo, um dos principais objetivos do pensamento sistêmico, é através de uma série de passos, conjunto de regras que procuramos guiar e construir linhas básicas para o desenvolvimento do nosso raciocínio e intuição em problemas cada vez mais complexos que o mundo empresarial moderno exige.

domingo, 5 de setembro de 2010

A Burocracia

Se você perguntar a qualquer empresário brasileiro quais os obstáculos para o crescimento da atividade produtiva no nosso país com certeza ele responderá: a alta carga tributária, elevado custo dos financiamento e ausência de infraestrutura tangível e intangível.Mais temos outra que inferniza a vida de todos os brasileiros e segundo os empresários contribuem para impedir o nosso crescimento econômico : a burocracia. O Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP, concluiu um excelente trabalho que mostra o tamanho do custo da burocracia brasileira. Estima-se em R$ 46,3 bilhões por ano, correspondentes a 1,47% do PIB.Neste documento os analistas comparam o Brasil com outras nações e constataram que quanto maior é o nível de burocracia, menor é o PIB per capita, a escolaridade e a competitividade do país, lembrando que ela estimula o surgimento da economia informal. Aqui o empreendedor que queira abrir uma empresa necessita de 16 procedimentos, para fechá-la leva em média 4 anos e o custo da demissão é elevadíssima quando comparadas com outras nações. A elevada burocracia cria o ambiente propício para o surgimento da corrupção e a tentativas de pagamentos de suborno e propinas, como forma de agilizar os negócios. Muitos pequenos e médios empreendedores preferem atuar na informalidade do que submeter-se as exigências formais e a sua complexidade, dificultando o surgimento de novos empregos formais, diminuindo a arrecadação, não contribuem com a produtividade e não garante segurança aos indivíduos que nela estão inseridos. Segundo o empresário Benjamin Steinbruch diretor-presidente da Compainha Siderúrgica Nacional e primeiro vice-presidente da FIESP, necessitamos com urgência de duas reformas que em muito contribuirão para reduzir a burocracia, diz o empresário:"Entre as reformas que o Brasil ainda não fez, há duas que poderão contribuir muito para a redução da burocracia: a tributária e a microeconômica. Na primeira, seria bem vinda, além do corte da carga tributária, a simplificação e a diminuição do número de tributos. Há 63 tributos federais, estaduais e municipais no país, com 3.200 normas, 56 mil artigos, 34 mil parágrafos, 24 mil incisos e 10 mil alíneas voltadas para a arrecadação. Há quem chame isso de manicômio tributário. Na segunda reforma, espera-se a extinção de uma parafernália de regras, de certidões, de controle cruzados, de registros em cartórios, de cadastros e de licenças que infernizam a vida dos brasileiros, empresários ou não, que se mantém na legalidade e na formalidade". Essas informações não deixa dúvidas que quanto maior a burocracia menor é a efetividade dos governos e o poder de competitividade dos países e de suas empresas. Em um mundo dinânico, evolutivo e instável, não podemos mais aceitar tamanha estupidez, a mim parece-me que Albert Einstein tinha razão quando afirmou que "Apenas duas coisa são infinitas, o universo e a estupidez humana".

domingo, 29 de agosto de 2010

Valores

No mundo em que vivemos, observamos que muitas pessoas só valorizam as coisas que o mercado define que precisamos ter, que tem preço, marcas bem trabalhada que estimula os desejos que compõe as grifes tão disputadas. Valorizamos as coisas que estão dentro de um contexto e deixamos de apreciar coisas simples, singulares e não damos importância por que não vem com a etiqueta de preço. Parece-me que a nossa noção de beleza e valor são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelo poder econômico, determinando o que podemos ter, sentir,vestir ou ser. Um dos homens mais rico do mundo, Warren Buffet afirmou " o dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro. Não se apegue às grifes famosas;use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável; afinal de contas, a vida é sua! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida; e conclui que as pessoas mais felizes não tem, necessariamente, as melhores coisas. Elas simplesmente apreciam aquilo que tem". É exatamente isso que precisamos aprender a valorizar aquilo que não tem preço, por que não se pode comprar. Aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance sem preço, sem patente e sem etiqueta de grife.Precisamos ficar mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado, sem preço e sejamos felizes.Não compramos o carinho, dedicação, abraços, beijos, amizade e o amor. O grande arquiteto do universo, nos ofertou gratuitamente coisas essências, como o ar que respiramos, o colorido das flores, raio de sol e o verde das árvores, e o que nós fazemos é simplesmente maltratar o ambiente em que vivemos para extrair valor e determinar preço de coisas sem nenhum sentido para nos humanos.Para essas pessoas a uma ausência de sensatez, excesso de vaidade e um consumismo que beira a loucura. O capitalismo na sua essência precisa do novo para sobreviver a inovação é parte integrante desse sistema, a economia como a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens, ou na prestação de serviços e portanto tem preço. Se prestarmos atenção, quantas coisas são criadas, tem preço e não tem nenhum significado para as nossas vidas, mas valorizamos por que o mercado sinalizou e não podemos ficar fora desse contexto.O professor Dinarte Lopes, nos ensinou que o mundo não é o lugar da coerência e da racionalidade.É o lugar da contradição. Diz o professor: " a racionalidade inerente ao capitalismo não suporta a moralidade, acho que a racionalidade da própria economia exclui a moralidade. A economia não é a esfera mais alta da existência humana e que moral e ética são necessários, mas a partir de um ponto situado fora da economia. A economia é o campo das trocas, dos interesses. Onde não há interesse não há troca, não há economia. A moral é o oposto, é o campo do desinteresse, faz-se por que é correto fazê-lo". Logo precisamos urgentemente rever os nossos valores e entender que a felicidade não é alcançada pelo conjunto de bens e serviços que compramos ela poderá ser conquistada pelo uso de coisas que apresenta-se a nós de forma gratuita e que não damos o verdadeiro valor.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Economia

O objetivo do estudo de economia é formular propostas que resolvam ou minimizem as dificuldades econômicas, visando melhorar as condições de vida das pessoas. Essa realidade é atingida através das formulações de política econômica, onde quatro objetivos com certeza estará presente nas preocupações de qualquer país :(crescimento econômico, controle da inflação, equilíbrio nas contas públicas e distribuição de renda equilibrada ). Por crescimento econômico é expandir a produção gerada no país, onde ao mesmo tempo estamos aumentando o nível de empregos e renda da população.Combater a inflação é melhorar a distribuição de renda é manter o sistema financeiro hígido no longo prazo, garantindo investimentos essências para que o progresso ocorra de forma continuada, permitindo a classe empresarial elaborarem os seus planejamentos de longo alcance e principalmente protegendo a nossa base produtiva.O equilíbrio nas contas públicas, é indispensável para que possamos gerar poupança para investir em infraestrutura e na área social. A distribuição de renda é buscar uma remuneração melhor da riqueza gerada pela sociedade,mas infelizmente uma das caracteristicas mais marcante do nosso sistema econômico é a alta concentração da renda nas mãos de poucas pessoas.Lembrando que está questão deixou de ser a muito tempo um problema econômico para se transformar em uma questão política. É bom lembrar que uma das questões muitas vezes ignoradas nas análises econômicas é a existência de conflitos entre as formulações dos objetivos de política econômica e o grande desafio das autoridades está justamente em manter todos bem alinhados, buscando obter a maior taxa de crescimento da produção,emprego e renda desde que a estabilidade de preços e o equilíbrio das contas pública seja mantida.Para que isso ocorra os governos utilizam os instrumentos de política fiscal, monetária, cambial e rendas.A política fiscal abrange gastos governamentais e tributação,política monetária em manter a liquidez da economia, a política cambial visa o nosso equilíbrio externo e a de rendas na definição de preços e salários. Para que ocorra melhorias na qualidade de vida das pessoas em uma visão de longo prazo de forma sustentada é necessário rever com urgência a implantação das reformas: previdenciária, tributária, trabalhista e política. Permitindo a todos os brasileiros sonharem em usufruírem do progresso e do consumo, pelo aprendizado dos fracassos do passado, não se acomodando com as condições do presente e desafiando por melhores condições de vida no futuro.

sábado, 21 de agosto de 2010

Cenário Econômico

De acordo com as pesquisas efetuadas no período (1981-2010), nos mostra que o crescimento médio do PIB brasileiro nos últimos trinta anos cresceu em torno de 2,6%.Neste período extremamente rico para o país, aconteceu vários eventos que marcaram profundamente o desempenho do nosso sistema econômico.Iniciamos com alto endividamento externo,os preços do petróleo em elevação,dificuldades no acesso ao capital externo, uma desorganização das contas públicas nos três níveis de governo, uma inflação sem limites, uma verdadeira orgia econômica.Mas foi neste período que aconteceram avanços significativos que proporcionaram ao país ter hoje uma nova imagem de uma nação que caminha para consolidar o seu projeto de poder, prestigio e prosperidade dentro de uma visão de longo prazo. Com a nova carta magna do país consolidada em 1988, com a implantação do Plano Real e com a Lei de Responsabilidade Fiscal um novo quadro institucional surgiu, permitindo organizar as finanças públicas, eliminar os desequilíbrios inflacionários e definir uma política monetária, fiscal,rendas e cambial mais equilibrada, permitindo assim uma extraordinária tranferências de renda para a população que estimulou o consumo interno, melhorando a qualidade de vida de milhões de brasileiros.Lembrando que para mantermos este quadro que hoje vivenciamos é necessário partirmos para a elaboração e implantação das reformas que a sociedade tanto exige (tributária, política,trabalhista e previdenciária). A nossa organização interna deu provas suficiente de maturidade no enfrentamento da crise de 2008, fomos o último a entrar e o primeiro a sair e isso só aconteceu em razão de termos as finanças públicas em ordem uma dívida pública em relação ao PIB em declínio e com expectativas de inflação bem definidas. Infelizmente, para surpresa minha, alguns empresários brasileiros solicitam a redução das importações como forma de proteger a economia nacional, querem a volta da estagnação da produtividade,o fim da inovação, o baixo crescimento, elevada concentração de renda e aumento das margens de lucros dos setores protegidos, que só proporcionou o surgimento de uns poucos ricos, queda do salário real e obrigando os consumidores e empresas a pagarem por produtos e serviços de péssima qualidade a preços superiores aos praticados no exterior,comprometendo a nossa integração internacional que ainda é extremamente pequena em nome da autonomia nacional.Para mim capital não tem pátria e sim conhecimento, que venha de onde vier e crie internamente novas riquezas que proporcione o efeito emprego e renda dentro das nossa regras bem definidas e lembrando que importação é sim um fator de produção.Ela limita certas indústrias de impor os seus preços, pode não ser agradável para atingir os seus lucros mas é muito bom para o nosso país.Poderemos sim, crescer nos próximos anos a taxas de 5% a 6% ao ano desde que as condições interna e externa se mantenha em equilíbrio e tenhamos a capacidade de elaborarmos as políticas fiscal, monetária, cambial e rendas bem ordenadas, caso contrário permaceremos sempre como um país do futuro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Aperfeiçoar

A crise do sistema financeiro dos EUA e da Europa gerada pela irresponsabilidade de seus agentes e estimulados pela política monetária laxista do FED e do BCE que permitiu uma expansão no crédito que terminou em grande desastre e tendo repercussão em todas as economias do mundo , destruindo empregos e desacelerando o crescimento em vários países que não tinham nenhuma relação com a orgia criada, não é motivo para sentenciarmos o fim do capitalismo e a volta do estado produtor como alguns argumentam. É preciso isso sim, conciliar Estado e mercado no mesmo espaço econômico, tanto internamente nos países como na relação entre eles ou entre seus blocos. Está crise mostrou que existem limites para a expansão econômica baseada no crédito.Quando o emprego e a renda não acompanham a oferta de crédito, com certeza criara mais na frente a realidade da inadimplência como ocorreu e que sirva de lição para a nossa economia, lembrando que crédito e riqueza são coisas diferentes: riqueza é fruto exclusivo de trabalho e da poupança, e não de recursos de terceiros, colocado a disposição mediante um preço, a taxa de juros.Preço que podem ser manipulados gerando as famosas bolhas que são conhecidas (tecnológica, imobiliária e commodities). Precisamos de um plano econômico com normas e políticas que gerem empregos decentes e estimule as empresas produtivas, fortalecendo cada vez mais a economia real.Resgatar a função básica das finanças que é financiar a economia real através de empréstimos para que os empresários possam investir, inovar, gerar empregos e produzir bens finais e serviços. É bom lembrar que antes da crise, já existia uma pobreza exagerada no mundo, grande desigualdade social e alta presença do setor informal e do trabalho precário ou seja uma globalização que criou benefícios mais tornou-se desequilibrado, injusto e insustentável.Buscar o equilíbrio é estimular a economia real, lembrando que as pessoas julgam as suas vidas no presente e no futuro com base em sua vida no trabalho.O que buscamos é que as economias e as sociedades continuem abertas, permitindo a todos melhorias continuas no seu trajeto de vida na busca de suas realizações.Para isso, faz necessário que desta crise as lições que aprendemos possam estabelecer um novo marco multilateral que conduza o mundo para uma globalização justa e sustentável.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os BRIC'S

O acróstico BRIC'S, denominação criada pelos analista da goldman sachs em um estudo especulativo sobre o comportamento futuro do Brasil, Rússia, Índia e China e que a mídia se encarregou de popularizá-la, mostra como esses países definiram seus projetos de poder, prosperidade e prestigio perante o mundo. No caso especifico do Brasil, precisamos acelerar a implantação das reformas internas tão debatidas e necessárias (tributária, trabalhista, política e previdenciária) para superar as imensas desvantagens estruturais para acompanhar o ritmo de crescimento dos outros componentes e assumir um papel importante quanto aos dois gigantes asiáticos (China e Índia), o que estamos assistindo é uma ascensão dos países IC (Índia e China) e não dos Bric's. A reforma tributária é hoje no meu entender o maior obstáculo para o desenvolvimento da nossa nação,aqui os pobres pagam o dobro de impostos que os ricos ou seja é o único país do mundo em que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for o seu salário, é o único que pune o trabalho e inibe a industrialização, neste país basta ter a iniciativa de trabalhar que já é tributado é impressionante a eficiência fiscalizatória. Segundo estudos, o custo administrativo que as empresas tem de estar em dia com o fisco é um dos maiores do mundo. Essa carga tributária só faz fortalecer a sonegação, estimular a informalidade e destruir empregos e renda.A ausência da educação de qualidade compromete a produtividade em todas as cadeias produtivas, a falta de escolaridade do nosso trabalhador dificulta assimilar os novos conhecimentos que a toda hora são incorporados em todas as atividades econômicas ou seja saber fazer e do fazer com eficácia fica prejudicado.Outro ponto a ser avaliado com atenção refere-se aos gastos públicos, é bom lembrar que a nossa dívida bruta do setor público já compromete 70% do PIB, toda vez que o Copom aumenta a taxa básica o custo da dívida aumenta, reduz investimento, concentra renda , diminui o nível de produção e emprego. Precisamos ampliar o nosso nível de poupança interna e direcioná-la a infraestrutura que hoje dificulta as empresas brasileiras terem ganhos de produtividade, que podem prejudicá-las no futuro o seu desempenho neste mundo extremamente competitivo.O professor Paulo Rabello de Castro em artigo seu na folha de São Paulo definiu com muita propriedade a situação do nosso país "Com uma taxa de poupança cadente, ou seja, a economia guardando cada vez menos recursos para o seu futuro, e um modelo, como cunhou Raul Velloso, especialista no assunto, de alto consumo presente e baixo investimento,estaremos condenando o Brasil ao mesmo tipo de dependência ao capital estrangeiro, sob forma de poupanças externas, que virão, sim, explorar o nosso pré-sal, o pós - sal, a siderurgia, a petroquimica, o grande varejo, a banca de investimentos, com todos os riscos de volatilidade historicamente associados a nossa crônica carência de poupança nacional". Necessitamos urgentemente de rever o nosso projeto de poder,prosperidade e prestigio, o que não podemos é dificultar aos brasileiros de investirem mais e comandarem assim seu próprio destino.Isto é inaceitável.

sábado, 7 de agosto de 2010

Estabilização

Qualquer sociedade avançada a sua população é possuidora de um conjunto de símbolos, mais três destaca-se: ( a moeda,o hino e sua bandeira ). A sociedade brasileira historicamente sempre respeitou o seu hino a sua bandeira mas sempre desmoralizou vários padrões monetários colocando em risco os programas de estabilização que eram aqui implementados e sendo visto pela comunidade internacional como um país de alto risco, provocando que os recursos financeiros que eram capturados exigiam em troca um elevado custo financeiro, contribuindo para a elevação da nossa dívida pública que em determinados períodos deixou a nação extremamente vulnerável frente ao mercado financeiro internacional e que nos obrigou decretar a moratória pela impossibilidade de honrar os compromissos perante os seus credores e criando uma atmosfera negativa em todo o sistema econômico na geração da produção, emprego e renda. Nos últimos anos com a implantação do plano real, temos presenciado uma evolução no ambiente econômico interno que é visível na melhoria das condições de vida de nossa população e sendo hoje bem visto pela comunidade internacional, fruto da adoção de uma política macroeconômica que garantiu a estabilização, onde controlamos a inflação e o ambiente externo.Sabemos que a estabilização é uma condição necessária, mas não suficiente para ampliar o ritmo de crescimento da produção interna, em uma visão de longo prazo, para atingirmos esse objetivo temos que elevar a nossa taxa de investimento em infraestrutura,modernizando toda a nossa logística (porto,aeroporto, rodovia, ferrovia e energia),permitindo as atuais e futuras empresas que venham instalar-se ter ganhos continuados de produtividades, condição de sobrevivência que se impõem neste mundo moderno. Nas condições atuais da economia nacional,verificamos a ausência da poupança pública,os nossos gastos com juros, pessoal e previdência social, compromete em sua totalidade esses recursos, a poupança externa diante das condições de incerteza que ainda persiste mostra claramente dificuldades para a sua utilização.Daí a necessidade de acelerarmos a implantação das reformas tão debatidas e necessárias para prosseguirmos com a nossa trajetória de estabilização macroeconômica (política, tributária, trabalhista e previdenciária).Segundo estudos realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-FIPE, sobre o custo do atraso, estima-se que a realização das reformas estruturais permitiria elevar o crescimento do país em 6% a 7% ao ano, o que seria louvável para melhorar a renda dos brasileiros, como para gerar empregos e absorver o crescimento da população economicamente ativa da nossa nação. O plano real é uma conquista do povo brasileiro que não aceita mais a volta da inflação e o descontrole das contas públicas, precisamos ter zelo pelo nosso padrão monetário, atualmente estamos assistindo a uma continua tendência de real forte que está contribuindo para a piora das contas externas, estimulando o crescimento das importações e inibindo a expansão das exportações.Cabe as autoridades desse país estar atento a esse movimento, não podemos continuar a marchar pela insensatez fiscal porque poderemos terminar amanhã muito mal.

sábado, 31 de julho de 2010

Consumo

Retorno a Natal após passar dez dias na cidade de São Paulo onde tive a oportunidade de verificar a força de sua economia e chego a conclusão que ela atingiu um nível de desenvolvimento tão alto que a torna diferenciada das demais capitais do país.Estive em duas áreas de negócios onde as pessoas que a frequentam apresentam rendimentos diametralmente opostos e mesmo assim dar para se notar o volume enorme de transações que são efetuadas.O consumo elevado é reflexo do aumento e da melhoria do rendimento da massa salarial e como sabemos salário é sinônimo de mercado criando as condições de termos uma dinâmica no produto interno bruto.Os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis,empresas públicas e privadas e o resto do mundo) precisam entender que é no consumo que estabelecem o surgimento de novos negócios quando temos certeza de ter encontrado uma nova percepção de novos negócios a um lucro superior a taxa real da economia.Para que isso ocorra é importante o governo estabelecer as condições necessárias e suficientes para que o empreendedorismo de oportunidade possa desenvolver-se de forma sustentada, é hora de revermos essa carga tributária excessiva que inibe e estimula a informalidade e a sonegação, comprometendo a geração de emprego e renda.Quando analisamos a renda nacional, observamos que a massa salarial aumentou, resultado direto dos programas sociais de tranferências de renda e do crescimento da economia.Poderíamos estar em uma situação mais favorável se pudêssemos equilibrar os rendimentos gerados de juros e lucros com a massa de salários. Quando verificamos o quanto se paga de juros e de lucros que ocorrem em alguns setores da economia ao ano neste país que é um escândalo quando comparado com o rendimento proveniente do trabalho é que temos certeza o quanto deixamos de incrementar o sistema econômico que poderia proporcionar um número maior de empregos e melhorar o bem estar de muitas famílias.Os empresários modernos perceberam que a sua sustentação no mercado dar-se na busca continuada da produtividade e que lucro é resultado de margem e giro, se reduzo margem e aumento giro mantenho o mesmo nível de lucro e consigo ao mesmo tempo reduzir preços e remunerar melhor os trabalhadores que se traduzirão em mais vendas e impostos criando um circulo virtuoso no sistema econômico.Para que isso ocorra em todas as cadeias produtivas é necessário que o governo estimule a concorrência,a inovação e facilite a entrada de novas empresas comprometida desta nova visão econômica do mundo contemporâneo e que direcione recursos para aumentar a competitividade das empresas brasileiras que hoje se defrontam com a ausência de infraestrutura e uma carga tributária excessiva.

sábado, 17 de julho de 2010

O Mundo

Quando olhamos os continentes que formam o planeta terra, percebemos as desigualdades gritantes entre eles,poucos países com elevado grau de desenvolvimento e muitos em uma situação que beira o desespero. O continente africano que recentemente realizou-se a Copa do Mundo nos mostrou a situação em que vive milhões de pessoas sem nenhuma esperança,ausência da educação, emprego,segurança e saúde.Embora a África do Sul tenha se tornado uma democracia e sendo hoje um país emergente, mesmo assim a miséria em que vive a maioria das pessoas é absurda.Parece-me que a dor alheia neste mundo dito moderno, evolutivo e dinâmico não nos pertence e que não cabe a nós denunciar, sinalizar, apontar e exigir ações que permita em um futuro próximo uma vida mais digna e cheia de esperanças. Para surpresa minha , a Campanha da Fraternidade de 2010 foi lançada com o tema "Economia e Vida",tendo como objetivo conscientizar as pessoas a não serem escravas do dinheiro, e que a economia tem de ser voltada ao serviço da vida e não à acumulação de bens e divisas. Iniciativa louvável que pela terceira vez é realizada de forma ecumênica, isto é, em conjunto por todas as igrejas.Afinal, não é possível viver só de esperanças do céu sem as responsabilidades da terra. A religião que não transforma a realidade humana passa a ser mera alienação. Quanto mais estudo e reflito sobre as diversas teorias da economia com o objetivo de ampliar cada vez mais a minha visão e buscar novas alternativas que venham minimizar as dificuldades das pessoas e ao mesmo tempo para que possa realizar uma ótima aula, na esperança de que uma boa palavra dita é como um bom alimento, traz saúde. Sou eternamente grato aos diversos professores e intelectuais que me construíram, mas constato que na realidade a globalização da economia não significou a universalização da fraternidade, o mundo ainda aguarda esta possibilidade. Mas é deste continente africano, ainda em construção que surge a luz na figura do seu líder maior Nelson Mandela, que ficou preso durante trinta anos e quando libertado, disse em seu discurso: "ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,por sua origem ou ainda por sua religião.Para odiar as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". Nascemos indivíduos e nos tornamos pessoas de boa índole através do conhecimento que vamos adquirindo no transcorrer das nossas vidas, para que possamos ter posse de si e disposição ao outro. Nós humanos fomos capazes de levar investimentos maciços para dar alegria a milhões de pessoas que puderam se confraternizar em torno de uma bola, logo somos capazes sim, de levar a todos os cantos do mundo a felicidade e a harmonia de viver em paz e com liberdade desde que haja vontade política de realizar e por falar em liberdade cito mais uma vez Cecilia Meirelles, in Romanceiro da inconfidência que diz;"Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta,que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda". Só nos resta esperar, como dizia Guimarães Rosa " esperar é reconhecer-se incompleto". O mundo ainda está incompleto.

domingo, 11 de julho de 2010

A Incompetência

Recentemente o professor Miguel Nicoletis em uma entrevista a um jornal local, revelou a sua decepção com os poderes constituídos desse Estado, com a falta de visão de futuro e de conhecimento sobre a importância do Instituto Internacional de Neurociências que ele trouxe para o nosso Estado.Para quem não o conhece é bom lembrar que é considerado hoje um dos maiores pesquisadores do planeta na área de neurociência e cotado para receber o Prêmio Nobel por suas investigações no tratamento do Mal de Parkison e em inúmeras iniciativas cientificas que em muito contribuirão no desenvolvimento do ser humano em vários aspectos de sua vida, tornando a cidade do Natal o centro do conhecimento de ponta da neurociência, atraindo uma quantidade de homens talentosos de vários cantos do país e exterior , de recursos consideráveis para a economia local e ao mesmo tempo criando as raízes para que outros institutos que relaciona-se com esta ciência marque também presença, estabelecendo um efeito mutiplicativo no mundo do conhecimento cientifico.Considerado hoje um dos maiores investimento do MEC, que é a criação do Campus do Célebro na cidade de Macaíba, onde funcionará um instituto de pesquisa e uma escola de ensino regular onde contribuirá para aprimorar a forma de aprendizado e novas técnicas cientificas que serão amanhã incorporadas na educação básica ou em toda a cadeia da educação, contribuindo para melhorar amanhã os nossos indicadores de qualidade em uma área de vital importância nesse mundo globalizado, instável, dinâmico e evolutivo onde só o conhecimento cientifico passa a ser o grande diferencial das nações.Em artigo passado cujo título era Novas Exigências , chamava a atenção dos políticos locais para o aprimoramento dos seus projetos junto ao governo central. Necessitamos de projetos portadores de futuro, estruturantes que venham mudar radicalmente o ambiente econômico, social ,ambiental e político da região, ampliando as oportunidades para a população, atraindo programas que mudem o destino das pessoas e não a repetição de programas assistêncialistas que só contribuem para mudar a vida das pessoas e em nada acrescentando a sua mobilidade social.O projeto do Nicoletis possui em sua essência esta qualidade e pode transformar-se como referencia para o mundo em transformação constante,onde sempre afirmo que só tenho duas certeza nesta vida que é:tudo vai mudar e que vou morrer. Não é admissível o grau de desinteresse dos poderes público local com um projeto dessa envergadura.Para mim , a conclusão que chego é a falta de competência das pessoas que elegemos à muito tempo e que em nada tem contribuído para tornar a região em um polo de conhecimento cientifico que tem tudo para minimizar a miséria em que vivem milhões de nordestinos.Muita incompetência.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Turismo

Uma das vocações naturais dos municípios que compõem a área metropolitana do Grande Natal (Parnamirim, Extremoz, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim e São José de Mipibu) é o Turismo.Uma atividade que atualmente emprega um número considerável de pessoas, cuja tendência é a cada ano novos serviços e produtos venham a integrar-se a estrutura atual com o objetivo de torná-la mais atrativa, eficiente e produtiva.Este setor tem apresentado ao longo dos anos um aumento substancial de investimentos não só da iniciativa privada como dos organismos público, visando dotar está área dos instrumentos essenciais para que possa desenvolver suas atividades dentro dos padrões internacionais.Essas iniciativas, só terão resultados satisfatórios quando houver por parte das autoridades uma preocupação em aperfeiçoar o recurso mais importante dentro dessa cadeia, que é o homem.De nada adianta instrumentalizar sem ensinar as pessoas as novas técnicas, com certeza os resultados serão frustrantes.É necessário lembrar que não existe atividade econômica que possua a capacidade distributiva tão elevada como o turismo, com ele ganha : O hoteleiro, barraqueiro,comércio,bares, restaurantes, similares,transportes, pousadas e uma infinidades de outras atividades ).Logo é necessário que tenhamos um planejamento estratégico que contemple um conjunto de cursos e seminários de forma intensiva ao longo do tempo,para que permita aos atores envolvidos tomarem conhecimento das novas tendências e de como agir em determinadas situações.Cursos direcionados para as mais complexas atividades até as mais simples, estabelecendo assim as condições para que possamos tornar irreversível uma atividade tão importante para a economia local. É bom lembrar, que quanto mais tranquila e agradável for a estadia dos turistas que aqui chegam , maiores as chances dele retornar aos mesmos locais,sendo de vital importância neste cenário de acirrada concorrência.Está atividade que expande-se a cada ano em razão de sua vocação natural (ambiente físico inigualável, povo hospitaleiro,culinária, artesanato,praias,rica história e o ar mais puro das Américas),obriga que as autoridades públicas prestem serviços de qualidade e criem mecanismos que exijam dos novos empreendedores e dos atuais uma postura profissional para que possam fortalecer cada vez mais esta atividade que cria um número considerável de emprego e renda na economia local e sendo parte integrante do vetor de negócios do Rio Grande do Norte.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parcerias

A iniciativa de construir vinte escolas (uma parceria governo e empresários) distribuídas no espaço geográfico do país voltadas para o ensino da inovação no ambiente industrial, é sem dúvida uma decisão louvável e extremamente importante para a nossa nação.A economia brasileira precisa investir em inovação para modernizar seu parque industrial, para poder suportar a competição local e internacional ao mesmo tempo criar novos produtos e serviços com o objetivo de conquistar novos mercados, gerando novos investimentos que traduzam em novos empregos e renda para a sua população.No momento atual, conseguimos controlar a inflação, temos reservas cambiais considerável mas está estabilização precisa ser traduzida em dinamismo, para isso necessitamos corrigir distorções estruturais que ainda impedem a nossa evolução. De acordo com o Banco Mundial, em 2008 a poupança bruta do país equivalia a 17% do PIB e 45% das mercadorias brasileiras exportadas envolviam produtos industrializados.Logo o nosso desafio é muito grande para passarmos da estabilidade para o crescimento, quando comparamos com a China e a Índia que chegaram a 38% e 54% de poupança bruta e 93% e 63% de produtos industrializados em suas exportações.Está mobilização empresarial para a inovação dirigida pela Confederação Nacional da Industria em parceria com o governo chega em um momento extremamente rico, as metas estabelecidas são ousadas: formar 1600 gestores da inovação, com o objetivo de ajudar 18 mil empresas a incorporar internamente a cultura da inovação e incentivá-la a propor projetos de pesquisa cujos recursos estão disponíveis na FINEP(Financiadora de Estudos e Projetos) e também em linhas de crédito no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por incrível que pareça não são usados por falta de projetos e dobrar o investimento em P&D até 2012, alcançando a marca de R$ 40 bilhões com investimento em inovação ao ano.Neste mundo moderno,onde o grande diferencial é o conhecimento, estimular a mobilização de recursos e de pessoal para a pesquisa e o desenvolvimento é o melhor caminho a seguir para criarmos as condições necessárias e suficientes de termos uma sociedade próspera para assumirmos um papel relevante no cenário internacional.Logo, a educação em toda a sua cadeia que é extremamente importante em qualquer sociedade passa apartir de agora a representar mais ainda um insumo básico, precisando cada vez mais melhorar os seus indicadores de qualidade para dar suporte a esse contingente de pessoas que serão envolvidas neste novo cenário que esperamos construir, só assim conseguiremos materializar esse sonho em realidade.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Produtividade II


Qualquer sociedade que tenha como meta a melhoria da qualidade de vida de seu povo tem que buscar de forma continuada ganhos de produtividade (diminuir custos, reduzir desperdício, melhorar a qualidade, produzir em menor tempo, utilizar menor quantidade de insumos por unidade produzida) em todos os setores da economia. Só assim, os preços relativos dos bens e serviços que aqui são produzidos podem diminuir de forma generalizada. É bom lembrar que quedas de preços elevam a renda disponível da população, incentiva o consumo, gerando um considerável aumento na produção, criando um círculo virtuoso de desenvolvimento decorrente dos ganhos sistemáticos da produtividade. Estamos vivenciando um momento rico em nossa sociedade, ou seja, a preocupação dos governantes independente de partido político em controlar a inflação, desregulamentando a economia, privatizando, criando condições para estimular a competição interna e atraindo o capital externo para aqui investir, através de regras estáveis e se comprometendo em respeitar os contratos. As empresas tiveram que adaptarem-se as mudanças e as novas exigências deste novo mundo extremamente competitivo. Para sobreviverem buscam, reduzir custos operacionais, desperdícios, reduzir estoques, aumentar o giro e o mais importante oferecer um serviço exemplar aos seus atuais e aos futuros clientes que venham captar. O acesso as informações de forma rápida e eficiente tem tornado os consumidores mais exigentes e o excesso da oferta de produtos e serviços com alto teor de homogeneidade e prazos de entrega cada vez mais curto estabeleceu dentro das empresas a necessidade de possuir uma estratégia logística que atenda a essa nova realidade econômica. Nessa nova economia que estamos vivendo as margens estão cada vez mais estreitas, com um ciclo de vida mais curto dos produtos, uma exigência maior de personalização dos produtos e prazos de entrega mais curto. No mundo atual a sobrevivência das empresas está em buscar cada vez mais aumentos continuados de produtividade, que lhe permita ter condições de definir uma política de precificação agressiva dos seus produtos e serviços, já que preço ainda é uma arma de mercado. A busca de produzir em menor tempo, utilizar novos recursos e materiais, reduzir custos, inflacionar qualidade em toda cadeia produtiva e estar sempre inovando, requer ter em seus quadros homens talentosos e familiarizados com os conhecimentos da produtividade para que o objetivo da organização seja alcançado. Toda sociedade brasileira, sabe da importância da estabilização econômica, como único caminho para atingir um desenvolvimento sustentável, e proporcionar a todos melhores condições de vida de forma duradoura, estamos cansados de tantas experiências frustradas do passado, precisamos retomar urgentemente o caminho da modernidade, evitando a qualquer custo a volta ao passado que só transtorno nos causou.Espera-se que as atuais políticas públicas, tenha como foco, a necessidade de reduzir o déficit público, como forma de gerar poupança pública interna e direcioná-la para os setores produtivos se modernizarem. Revisar as taxas de juros atualmente praticadas, facilitar tanto as exportações de nossos produtos como a importação de máquinas, equipamentos e conhecimento, para que possamos competir em um mercado cada vez mais complexo, extremamente exigente, dinâmico e instável. Desonerar a carga tributária excessiva que hoje vije, permitindo aos exportadores maiores desempenho e estimulando cada vez mais a busca de novos mercados, contribuindo para ampliar o nível de emprego e das nossas reservas cambiais. Se as políticas públicas, formuladas, tiverem este direcionamento de forma continuada, com certeza os resultados serão atingidos. A sociedade brasileira se beneficiará, reduzindo a pobreza, diminuindo os desequilíbrios regionais que hoje divide o nosso país. No futuro, não muito distante, poderemos constatar uma melhoria nos indicadores econômicos e sociais, comprovando que o melhor caminho a ser seguido é a busca continuada da produtividade.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sofrimento

Desde a década de oitenta do século passado a sociedade brasileira escutou muito dos seus governantes da dificuldade em que a nação encontrava-se, necessitando de sacrifícios hoje para termos um amanhã melhor.A paciência do nosso povo é uma coisa raríssima de encontrar em qualquer outra nação,acho que somos campeões mundiais da tolerância perante as exigências cada vez maiores do Estado em razão do nosso tão sonhado desenvolvimento sustentável.Cada governo apresentava uma infinidades de iniciativas que em nada contribuía para a grande maioria do povo brasileiro.O que assistimos foi um aumento gritante da pobreza, desemprego,violência e uma concentração vergonhosa da renda nacional nas mãos daqueles que decidem os caminhos do nosso país.A natureza colocou o gênero humano sob o domínio de dois senhores soberanos:a dor e o prazer.Para a grande maioria dos brasileiros parece-me que é a dor que nos governa em tudo o que fazemos, dizemos e pensamos.A falta de expectativa de dias melhores a cada década distanciou-se e já consumiu várias gerações e ainda hoje são exigidos mais sacrifícios em nome do bem estar do amanhã.O senhor prazer tem dado a todos de forma socializada a alegria através de dois ícones da sociedade brasileira que é a nossa seleção de futebol e o carnaval, pelo menos anestesia por um período os grandes sacrifícios que é imposto diariamente aos trabalhadores desta nação.Até quando iremos aguentar tamanha insensatez daqueles que detêm o poder? Parece-me que a visão escravagista está impregnada nessas pessoas, não se libertaram desses paradigmas que tanto tem diminuído,subtraído e dividido a nossa nação.O sofrimento de muitos deve dar tesão aos poucos que possuem muito,lembrando que estes são protegidos em todos os aspectos da sua vida e cuja acumulação dar-se tão rápida que deixa dúvidas quanto a sua honestidade.A incompetência institucionalizada nas áreas da saúde, emprego, renda, educação e segurança, contribuiu em muito para o surgimento do exercito dos marginais, bem equipados e com uma logística admirável, sinal que estão sendo bem dirigidos e ousados nas suas operações.O envolvimento de policias da esfera federal, estadual e do poder judiciário, apresentado de forma farta pela mídia é uma prova concreta da fragilidade em que encontrava-se a nossa sociedade sem saber em que acreditar.Mas neste novo século uma luz começa a surgir,aquela tendência da perpetuação da miséria começa a dar sinais de mudanças, no final da década de noventa, estabeleceram mecanismos de melhorar a distribuição da renda,propiciando a grande maioria as condições mínimas de uma vida digna,permitindo o acesso aos frutos do progresso e do consumo, ampliando o poder aquisitivo da população e fortalecendo o mercado interno, criando as condições para novos investimentos e a geração de muitos empregos, sem esquecer melhorias significativas na nossa educação, principalmente no nível técnico, cujo programa é elogiável.O governo que ora encerra seu ciclo, pela primeira vez o seu líder sai com uma popularidade enorme, fruto de sua determinação de dar continuidade ao modelo econômico do seu antecessor e por ter uma sensibilidade social elevada, razão do conhecimento das dificuldades por que passou em sua vida e eliminando que a nossa sociedade tivesse que conviver por muitas décadas sob o domínio soberano da dor que tanto tem maltratado a sociedade brasileira.