sábado, 17 de dezembro de 2011

Até logo

Meus caros leitores, informo que entrarei em férias e apartir da segunda quinzena de Janeiro de 2012, retornarei as minhas atividades acadêmicas de poder apresentar as minhas opiniões no mundo social, político e econômico. Agradeço a todos que me visitaram na esperança de que os meus artigos tenham contribuído para alimentar o debate e ao mesmo tempo ampliar as nossas visões e reflexões sobre o que acontece em nossas vidas. Os seus comentários foram extremamente ricos para que eu pudesse cada vez mais aprimorar os meus conhecimentos e muito me ajudaram. Desejo a todos um feliz natal e um ano novo cheio de realizações e felicidades. Repasso, uma mensagem do senhor Francisco Cândido Xavier, que muito me tocou e que espero de alguma forma que contribua para uma reflexão de cada um de vocês neste final de ano. "Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam...Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro poderá não ser tão alegre...Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos dolorosa...Que eu não perca os grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles podem acabar indo embora de nossas vidas...Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer ou retribuir...Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que as pessoas que eu amo podem não sentir o mesmo sentimento por mim...Que eu não perca a luz e o brilho, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo poderão escurecer meus olhos...Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo correndo o risco de ser o prejudicado...Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela, muitas vezes, poderá me exigir esforços incríveis para manter a sua harmonia...Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...E acima de tudo...Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!E que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um de nós é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor!" Que Deus abençoe a todos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Competitividade

É inegável as mudanças ocorridas no ambiente de negócios após a implantação do Plano Real, obrigando as empresas a adotarem uma série de medidas com o objetivo de se tornarem mais competitivas. No ambiente interno, onde prevalecia a proteção, passou a enfrentar os desafios da concorrência, o que a levou a necessidade de buscar de forma permanente ganhos de produtividade. Esse desafio provocou uma mudança nos objetivos das empresas em torno de seu negócio principal ou core business, onde passou a prevalecer a teoria do comércio internacional, que diz: "direcionar esforços nos bens em relação aos quais se tem maior vantagem comparativa". É visível os ganhos de produtividade nos processos de fusões e aquisições que ocorreram de forma generalizada na nossa economia. Ao mesmo tempo observamos que a abertura da economia que estimula a concorrência produz a concentração em função da busca da escalabilidade para se tornarem mais competitiva em nível global. O mercado de trabalho passou por uma mudança significatica, principalmente nos setores financeiro e industrial. Primeiro pela redução da inflação que provocou o fim das receitas bancárias, obrigando a elaborarem um forte ajuste, tornando o setor extremamente concentrado e gerando um forte desemprego, o mesmo ocorrendo com o setor industrial quando ficou exposto a concorrência externa e perceberam que não tinham condições de competir, justamente pela ausência de eficiência nos seus processos produtivos. Muitos economistas criticam o processo de inserção internacional do Brasil, afirmando que o país promoveu a abertura comercial, mas o sistema que as empresas operam é típico de uma economia fechada. Realmente a presença do custo Brasil, provoca que as empresas operem em condições de desigualdade frente as estrangeiras. Possuímos internamente custos que são facilmente visíveis:(juros elevados, tributação excessiva, ausência de infraestrutura e elevados encargos sociais).Dai a necessidade das reformas que tanto comento em meus artigos : "Tributária, trabalhista, previdenciária e política". O professor Antonio Evaristo Teixeira Lanzana da USP, que escreveu um livro extremamente rico cujo título é "Economia Brasileira- Fundamentos e Atualidade, onde fui seu aluno no MBA de Altos Gestores promovido pela USP-FIA, 2001, afirma que, segundo estudos desenvolvidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe-USP), a globalização, de uma forma geral, e a experiência brasileira com o Plano Real deixam lições importantes para o país. Em primeiro lugar, é importante destacar que a globalização é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe dos governos.Portanto, participar do processo não é uma opção; na realidade, a estratégia dos países precisa ser dirigida no sentido de alavancar o desenvolvimento, aproveitando as oportunidades geradas pelo processo. Segundo lugar, vale observar que os custos de transição são inerentes a passagem de uma economia fechada e com elevadas taxas de inflação para uma economia mais aberta e com estabilidade, no contexto do processo de globalização. Em terceiro lugar, é que a globalização gera novas oportunidades mas impõe custos extremamente crescente a países que adotam políticas domésticas inconsistentes.Em nenhum outro período da história recente, os fundamentos da economia foram tão destacados.A livre movimentação dos fluxos de capitais financeiros e o crescente investimento direto externo, que podem se constituir em importantes estímulos do processo de desenvolvimento econômico, serão ancorados nas economias em que há confiabilidade. Esses fluxos( quer financeiros, quer de investimentos de risco) não tenderão a migrar dos países, se a política econômica for estável e consistente, e, por consequência, criar perspectivas favoráveis de expansão. Mais adiante afirma o professor:Adoção de políticas macroeconomicas consistentes é condição necessária para manter a atratividade do país tanto para o capital financeiro internacional com, e principalmente, para o capital de risco.Afinal, um país com limitações de poupança interna não poderá prescindir da poupança externa, e, ainda, da necessidade de ter acesso às inovações tecnológicas. A adoção de uma política macroeconomica que garanta a estabilização (inflação controlada e equilíbrio no setor externo) é uma condição necessária, mas não suficiente, para acelerar o ritmo de crescimento do PIB brasileiro. A longo prazo, não há como atingir esse objetivo sem significativa elevação da taxa de investimento do país. Logo, precisamos acelerar as reformas com o objetivo de gerar os empregos necessários da população economicamente ativa e estimular um mercado interno que garanta prosperidade contínua as famílias brasileiras ou melhor ao nosso país.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Estímulo ao Consumo

Recentemente o governo através da política fiscal e monetária baixou uma série de medidas voltadas para ampliar o consumo interno, ( redução da taxa básica da economia- SELIC, diminuição da carga tributária em alguns setores da economia, facilidade no crédito e eliminando restrições ao consumo de bens duráveis). A crise internacional, que já chegou ao nosso país e que deverá prolongar-se por falta de uma decisão política nos países ditos ricos, sinalizou a necessidade dessas medidas como forma de mantermos o nível de consumo e emprego interno. O consumo possui características próprias, é na realidade o principal componente da despesa interna, é o mais firme de todos os fluxos e depende da renda disponível. Para Keynes, na sua teoria da demanda do consumo, existem fatores subjetivos e objetivos que podem definir uma política de demanda expansionista ou contracionista. No início do governo Dilma o uso dos instrumentos da política fiscal e monetária estavam voltadas para a contração da demanda tendo como objetivo maior o combate a inflação que dava sinais de extrapolar as metas estabelecidas. Com o agravamento externo, houve uma reversão na condução da política fiscal e monetária.Segundo Keynes, os fatores subjetivos refletem preferências psicológicas onde as pessoas são estimuladas a consumir mais pela influência da propaganda, por atrativos do bem ou serviço ou pela expectativas dos níveis de preços. A classe média é a mais afetada em virtude do seu desejo de ascensão social.Os fatores objetivos, que podem estimular ou reduzir o consumo podemos citar: a distribuição de renda, no momento em que as disparidades da sinais de diminuição há uma tendência natural em se consumir cada vez mais, o melhor exemplo é este momento que estamos vivendo, uma nova classe social surgiu em razão direta do aumento de renda disponível; política fiscal e monetária do governo, sua influência é retratada nas alterações que foram feitas nos tributos diretos e indiretos. É notório a influência da taxa de juros no comportamento do consumo do brasileiro já que temos um dos maiores custos financeiros do mundo; o crédito, como se sabe está diretamente relacionado a política de juros que o governo adota, uma expansão nos prazos e redução das taxas de juros levam a aumentos no consumo; pagamento de dividendos, participação nos lucros, premiação pelas metas atingidas e redução da retenção de lucros por parte das empresas também levam a aumentos do consumo e finalmente a inflação, que naturalmente sua existencia provoca perda constante e crescente do poder aquisitivo do trabalhador, no primeiro momento pode até aumentar de forma desorganizada o consumo, mas prejudica fortemente ao planejamento global e ao próprio desenvolvimento econômico. A economia brasileira, que se organiza em torno dos mercados e com a presença marcante do estado em muitas atividades econômicas, mesmo nos últimos anos promovendo a concorrência, a inovação, criando uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a macroeconomia previsível, celebrando o empreendedorismo, privatizando vários setores da economia e fortalecendo o mercado de capitais o elemento de maior estímulo ao consumo ainda é determinado pelas medidas governamentais.

domingo, 27 de novembro de 2011

Transposição de Águas do Rio São Francisco

Graciliano Ramos, publicou em 1938 um romance intitulado "Vidas Secas", onde relata um sentimento profundo pela terra nordestina, justamente onde ela é mais áspera, cruel e dura, sem no entanto, deixar de ser amada pelos que a ela estão vinculados. Os personagens deste romance se movimentam dentro de um ambiente hostil, tendo como marca principal o fenômeno da seca. O senhor Aluízio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte já falecido, quando ministro da integração nacional, apresentou a sociedade brasileira um projeto de grande alcance nacional, elaborado nos anos 80 do século passado onde mostrava que a transposição de águas resolveria definitivamente as trágedias das secas e permitiria o surgimento do progresso e do bem estar da população dos estados : (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco), tão sofrida e marginalizada durante tantos anos. Faz muito tempo que não tenho notícias deste projeto em que estágio se encontra, o que já foi feito e o que falta fazer para proporcionar o progresso e minimizar as dores e os sofrimentos que tem passado esse povo forte e resistente que é o nordestino. Classifico como um projeto portador de futuro para a macro região do nordeste. Este projeto se enquadra dentro de um programa com múltiplas ações, que vão desde os investimentos para o uso hidroagrícola aos investimentos no homem da região, criando a oportunidade de não serem tangidos como gado do seu ambiente, tendo que ir buscar a sua sobrevivência em terras desconhecidas, que em nada contribuirá para a sua libertação. Pelo contrário sendo discriminado e humilhado de forma vergonhosa nas regiões ditas desenvolvidas, por pessoas insensivéis ou melhor imbecilizadas. O projeto abrange desde a transposição, medidas de regularização fundiárias, eletrificação rural, ações de educação e saúde, além de um plano de desenvolvimento tecnológico e estudos de avaliação dos impactos ambientais.Só resta a nós nordestinos, nos unirmos independentemente de posições partidárias, para que este projeto realmente seja executado o mais rápido possível. Caso contrário, os futuros historiadores terão dificuldades em explicar como foi possível chegar-se ao final do século XX e iniciarmos o século XXI, sem nenhuma política para reverter definitivamente este quadro miserável que a cada ano a situação econômica e social da região do semi-árido do Nordeste só faz piorar e já romanceada em Vidas Secas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Projetos portadores de futuro

O Brasil é uma nação onde as desigualdades regionais aparecem de forma acentuada, existe a região da modernidade e da riqueza constituída pelas macro regiões sul e sudeste, onde encontra-se a maior concentração industrial, financeira e a melhor plataforma de serviços. A região centro oeste em pleno crescimento movido pelo agronegócio e a região norte e nordeste caminhando nos últimos anos para um crescimento através dos investimentos governamentais e privados, esperando pelo menos reduzir as disparidades perante as outras regiões.Sempre afirmo em minhas aulas que o equilíbrio entre as macros regiões do nosso país é muito difícil de acontecer,mesmo com a vontade política de alocar mais recursos em nossa região não temos mais condições de igualarmos as regiões ditas ricas em virtude dessas regiões terem alcançado uma dinâmica própria que só tende ao desenvolvimento, por ser possuidora de uma infraestrutura que proporciona e induz que novos investimentos ali aconteça. Especificamente, a nossa região nordeste necessita para acelerar o seu crescimento de implantarmos projetos portadores de futuro. E o que é projeto portador de futuro? São projetos que criem empregos e renda de caráter permanente,que estimule a vinda de novos projetos que venham se complementar e ampliar a nossa infraestrutura atual e que sirva de plataforma para o crescimento do amanhã. Recentemente estive em Recife e utilizei a rodovia BR101, e pude constatar a importância dessa estrada para a integração dos estados nordestinos, estrada de primeiro mundo que em muito estar contribuindo para estimular o turismo e o surgimento de novos negócios nesta região. Em Recife, o Porto de Suape é uma realidade, o número de empregos diretos e indiretos tem mudado a realidade das cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho como das cidades que estão em seu entorno. As oportunidade são enormes e o volume de negócios até difícil de avaliar.O Rio grande do Norte precisa acelerar a construção do aeroporto de São Gonçalo, duplicar a rodovia BR 304, unido os dois polos de negócios, a grande Natal e a grande Mossoró, criando as condições necessárias e suficientes para implantarmos as ZPEs (zona de processamento de exportação) do Assú e de Macaíba, gerando emprego e renda para a nossa população economicamente ativa e estabelecendo novas esperanças a um povo tão hospitaleiro e trabalhador. O potencial turístico do nordeste é enorme, precisamos é de um planejamento integrado que defina uma infraestrutura tangível e intangível (rodovia, ferrovia, aeroporto, energia, educação, saúde, segurança, cultura e comunicação) que possa contribuir para alavancar cada vez mais esta região e que amanhã as gerações futuras possa ter um nível elevado de inteligência, sensibilidade,moralidade, justiça e um bem estar elevado. Por crescimento, defino como um crescimento continuo do PIB em termos globais e per capita ao longo do tempo. Precisamos é de um desenvolvimento auto sustentável onde os bens econômicos cresçam a uma velocidade maior que a sociedade, mais não devemos focar só no ter mais e sim ter um permanente ter mais em todas as áreas. É a busca incessante da perfeição em todos os campos. Tenho esperanças, mais precisamos acelerar, afinal, estamos vivenciando um mundo dinâmico, evolutivo e extremamente instável.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Transparência

Não é de hoje que a classe política brasileira passa por uma imagem negativa perante a sociedade brasileira. Os escândalos envolvendo poder executivo, legislativo e até o judiciário já se tornou rotina nos principais jornais do país. Mas é preciso lembrar que existe políticos que muito nos honra no exercicio de sua profissão. Como exemplos, falo do Senador Cristovam Buarque, Demóstenes Torres, Pedro Simon e do Garibaldi Filho que tem tido um papel exemplar a frente da pasta da Previdência Social do Brasil. Com certeza outros nomes tanto no senado com na câmara federal, no executivo e no judiciário deve existir homens em que podemos confiar, infelizmente muitos recorrem a procedimentos que só contribuem para denegrir a imagem da nossa nação.O objetivo são os propósitos pessoais e não o coletivo. Os senhores Paulo Nassar e Wagner Pralon Mancuso em artigo na folha de São Paulo no dia 02\11\2011, cujo título é "Lobby e responsabilidade política", nos apresenta iniciativas de políticos de criar mecanismo de minimizar os acordos secretos entre lobistas e agentes públicos , ao mesmo tempo proporcionando maior transparência nas suas relações e facilitando ao mundo jornalistico condições de informar a sociedade as decisões em curso e despertando no país o interesse de acompanhar o comportamento dos atores envolvidos. Os autores do artigo nos lembra que: "O ex- senador Marco Maciel, em 1989 apresentou uma proposta de regulamentação da atuação dos lobistas no Brasil que foi aprovada no Senado e que até hoje encontra-se engavetada na Câmara desde 1990. A outra foi apresentada em 2007 pelo deputado Carlos Zaratini e até hoje sem uma definição". Mais adiante os autores apresentam os principais pontos destas propostas : Determinam o credeciamento dos lobistas; obrigam os lobistas a declarar matérias de interesse, gastos e atividades e a identidade de quem os contratou; determinam a divulgação dessas declarações; estabelecem punições para quem desrespeitar as regras; e criam medidas para garantir o contraditório. Há , portanto,dois grandes objetivos: dar transparência e equilibrar o jogo em torno das decisões". Mais adiante os autores argumentam a razão da não regulamentação profissional do lobista e enumera os motivos, diz os autores:"O primeiro é a inércia dos legisladores. A regulamentação impulsionaria a profissionalização do lobby, e a inércia talvez seja um meio de evitar concorrência pela representação de interesses. O segundo é a hesitação dos lobistas em defender a regulamentação. Por um lado, ela combateria o espectro e marginalidade que ronda a atividade. Por outro lado, obrigaria os lobistas a abandonar cenários obscuros, mais convenientes para a defesa de interesses ilegítimos. Além disso, teme-se que gere mais competição e burocracia ao determinar a declaração períodica de gastos e atividades. O terceiro é a ausência de pressão social, ao contrário do que ocorreu com o caso da lei da ficha limpa.Por fim, há a omissão do executivo federal: preponderante na produção legislativa do país, o executivo ainda não propôs ou patrocinou nenhum projeto.Ao lado da responsabilidade social e ambiental, a responsabilidade política é um grande desafio para o setor privado. A regulamentação do lobby pode ajudar a enfrentar esse desafio". A importância da regulamentação dos lobistas em muito iria contribuir para minimizar os escândalos que ronda todas as relações do setor privado com o setor público, ajudando a diminuir os desvios de recursos, punindo severamente os envolvidos através de uma boa comunicação interna e externa, estabelecendo um clima de confiança com a sociedade. A imagem e a reputação do setor privado são medidos como eles se relacionam com o governo, funcionários, investidores, financiadores e a comunidade em que atuam. Logo a regulamentação dos lobistas pode sim contribuir em muito para que a imagem das empresas como do próprio governo não seja comprometida por atos fraudulentos no presente e no futuro. É uma questão em que os nossos políticos deveriam discutir o mais rápido possível, para que tenhamos amanhã um futuro melhor e mais ético.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educação de Qualidade

A senhora Viviane Senna, psicóloga e presidente do Instituto Ayrton Senna, nos presenteou com um excelente artigo publicado na folha de São Paulo, no dia 01\11\2011, cujo título é Ensino amplo para mundo mais complexo, onde relata a constatação a que chegou o Seminário Educação para o Século XXI,realizado em São Paulo na semana passada, diz a autora:"Precisamos dar um passo a mais na construção de uma educação pública de qualidade. Temos de continuar lutando para que as crianças e adolescentes sejam devidamente alfabetizados, dominem a escrita, a leitura e o cálculo, algo que ainda estamos longe de conseguir.Mas temos de ir além, oferecendo já ao aluno um processo educativo que lhe permita desenvolver competências mais amplas, como a autonomia, a criatividade inovadora, a capacidade de trabalhar em equipe, a curiosidade investigativa, entre outras, denominadas academicamente como competências não cognitivas".Mas adiante a Viviane comenta da concordância quanto ao papel duplamente positivo do desenvolvimento das competências não cognitivas na escola. Afirma a autora:"De um lado, impactam diretamente o desenvolvimento intelectual dos alunos e adolescentes para lidar com as exigências do mundo do trabalho e da economia global, da participação social nas cidades e nas redes, diante de questões complexas das ciências e do ambiente, da ética, da democracia e da sustentabilidade. Elas sustentam os valores. Estudos de neurocientistas e economistas demonstram estatisticamente que esse grupo de competências tem o mesmo poder que as competências cognitivas na proficiência dos alunos, medida pelas notas, pela redução do abandono e pela escolaridade final atingida". Essa comprovação segundo a psicóloga foi constatada em pesquisas do Instituto Airton Senna, que atende a dois milhões de alunos da rede pública em 1300 municípios brasileiros. Mais adiante, ela constata que:"as competências não cognitivas têm ainda maior impacto que as cognitivas na determinação do sucesso e dos níveis de bem estar pessoal e social, tais como medidos pela redução nos níveis de criminalidade e tempo de desemprego, pela maior estabilidade conjugal e familiar, menor incidência de doenças como depressão, obesidade e alcoolismo e por maior longevidade". No final do artigo, ela chama a atenção, para que toda a cadeia educacional possa oferecer, como política pública e em larga escala, uma educação que salde as dívidas acumuladas dos séculos XIX e XX e que, ao mesmo tempo, habilite os alunos a viver plenamente, com valores e competências para fazer frente aos desafios do século XXI. O que a Viviane nos mostrou é que temos um custo Brasil elevado, não por possuirmos, uma política monetária em que os juros são extremamente elevados,uma política fiscal em que a tributação é excessiva e os gastos públicos sem a devida qualidade ou por uma burocracia absurda, mas sim por termos também uma educação limitada que prejudica o nosso país a ser mais competitivo. Precisamos de uma educação que forme homens competentes com habilidades que façam a diferença e não profissionais medianos que em nada contribuirá para mudarmos a situação em que nos encontramos. O senhor Gustavo Cerbasi em artigo na folha de São Paulo no dia 24\10\2011, cujo título é O custo Brasil indireto, afirma com muita propriedade esse assunto ao dizer:"Está aí um aspecto do custo Brasil que vai além da óbvia carga tributária, do custo da burocracia, da cara infraestrutura e do custo dos serviços de fura fila como despachantes e entregas expressas.Com uma infraestrutura subdimensionada, o trabalhador sai de casa cedo, volta mais tarde, descansa menos, produz menos, é mais ansioso, adoece mais e consome menos.Nossa infraestrutura é cara por falta de planejamento, que por sua vez decorre de falhas na educação. A educação ineficiente, além de não conseguir capacitar gestores para um planejamento competente, cria um contigente de profissionais subcapacitados que exercem funções que pouco agregam em produtividade e muito pesam no custo". Mais adiante o autor afirma:"Educação limitada sai caro, prejudica nossa capacidade de planejar e torna o Brasil menos competitivo. Precisamos de menos chefes e mais engenheiros e administradores competentes. Precisamos aprender a planejar, o que nunca soubemos fazer. À nossa nação não falta dinheiro. Falta apenas saber empregá-lo melhor". Que sirva de alerta, para as nossas escolas e universidades em buscar uma aproximação cada vez maior entre o saber e o fazer para que possamos amanhã minimizar as enormes dificuldades que ainda persistem em nosso país pela falta de habilidade e competência em nossa cadeia educacional.

sábado, 22 de outubro de 2011

Transgressões Éticas

A ausência da governança corporativa nos três níveis de governo e nos poderes constituídos reduz cada vez mais a qualidade de nossa democracia que foi duramente conquistada pela sociedade brasileira na década de 80 do século passado. É inegável que o Brasil evolui, redemocratizamos a nação e conquistamos a estabilização econômica, mas precisamos resgatar urgentemente a noção de valores éticos que esteja comprometida com o engrandecimento do nosso país.Não podemos aceitar mais esta corrupção avassaladora que se instala em todos os recantos do Brasil, comprometendo e estimulando nas gerações jovens a descrença em relação ao destino de nossa pátria.Não aceitamos mais a ideia de que o país sempre foi assim e que temos que conviver com esses abusos é parte integrante da nossa cultura, condenando a todos nós a conviver no mundo da mediocridade. O presidente Barack Obama em visita a África em 2009, afirmou: ( África não necessita de homens fortes, necessita de instituições fortes e definiu o século XXI, dizendo: No século XXI,instituições transparentes, capazes e confiáveis são a chave para o sucesso, parlamentos fortes, forças policiais honestas,juízes independentes, uma impressa independente, um setor privado vibrante, uma sociedade civil. São essas coisas, que dão vida a democracia, porque é o que importa na vida cotidiana das pessoas). É justamente isso que falta em nosso país,a sociedade brasileira está cansada de tanta roubalheira, clientelismo e corrupção nas atividades governamentais e privadas.É preciso evoluir, e implementar com maior rapidez, o uso dos princípios da boa governança corporativa em todos os níveis de governo e nos poderes constituídos que são:(Transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa). Esses princípios buscam assegurar a todos os executivos públicos uma conduta reta e eficiente no uso dos nossos recursos escassos e que os resultados se reflitam na melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.É preciso que os partidos políticos que dão sustentação a governabilidade do país tenham mais rigor nas suas indicações e que sua atuação a frente de ministérios, empresas públicas ou cargos comissionados a que tenham direito de indicação que sejam homens éticos e competentes para que a sociedade a cada dia aumente a sua confiança em relação aos governos.Confiança não se regulamenta e não pode ser imposta, ela precisa ser sentida e acreditada por toda a população. Isso sim, engrandece a nação perante o mundo e poderemos amanhã ser referência mundial no trato das questões públicas. A aplicação dos princípios da boa governança corporativa nas atividades do governo, embora necessária, não é suficiente para moralizarmos as suas ações.É preciso a participação de outras instituições que em muito contribuirão para moldarmos o senso moral da nossa população,como a igreja, escola , comunidade e organizações não governamentais, desde que estejam realmente comprometida com a evolução do nosso país. O senhor Duilio Duka de Souza em seu trabalho:Combate ao Racismo:Compromissos e Ações Propositivas, diz no item: A consciência e a cidadania ( Os sujeitos são construídos no mesmo ambiente em que vivem,convivem e produzem. Ser cidadão, ou cidadã, é poder ter condições de romper as barreiras da ignorância moral, espiritual e intelectual. É ter a capacidade de pensar e refletir a vida política, econômica, cultural e social em que vive, local e globalmente.Ser capaz de adquirir, e ter sempre presente em si, uma consciência histórica, democrática e internacional, cuja plataforma seja o direito de igualdade de oportunidade, a tolerância, a solidariedade, o respeito, a paz e a justiça).A sociedade brasileira está se informando cada vez mais a passos largos, as novas tecnologias tem ajudado em muito a busca pelo saber, não podemos correr o risco de colocar o país em um retrocesso político por práticas corruptas de alguns gestores públicos.O memorável escritor Aldous Huxley, no seu livro Admirável Mundo Novo, já nos alertava que" o preço da liberdade é a eterna vigilância ".É preciso ficarmos atentos. Finalizo, juntando a minha voz ao do professor Paulo Freire que me ensinou: "Não junto minha voz à dos que, falando em paz, pedem aos oprimidos, aos esfarrapados do mundo, a sua resignação.Minha voz tem outra semântica, tem outra música. Falo da resistência, da indignação, da justa ira dos traídos e dos enganados. Do seu direito e do seu dever de rebelar-se contra as transgressões éticas de que são vitimas cada vez mais sofridas".

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Mundo em Risco

Não existe melhor momento para se reformular o sistema econômico atual do que agora, onde as grandes economias passam por sérias dificuldades internas e generalizando um desequilíbrio a nível internacional e colocando em risco a sobrevivência de milhões de pessoas no mundo inteiro. A globalização como está desenhada cria uma instabilidade na sociedade moderna, exigindo mudanças significativas que devem ser definidas pelos países que compõe o G-20, cuja função é estabelecer uma governança corporativa global que busque o equilíbrio entre as nações e que o mundo possa caminhar em paz ,evitando que milhões de pessoas sofram no seu dia a dia, em suas condições de trabalho e voltem a ter novas esperanças em suas vidas. A crise que se originou na América e se estendeu a Europa é fruto da quebra de confiança (ausência de ética e competência) dos agentes financeiros irresponsáveis em relação aos seus usuários (a ganância superando o medo). É notório a necessidade de se reformular o papel das finanças, sua principal função é alimentar recursos para a economia real, direcionar capital para os empresários ou governos aplicarem nos diversos setores produtivos da economia tendo como objetivo maior a geração de emprego e renda e tendo um retorno justo e aceitável do risco que assumiram.O mundo encontra-se anestesiado, não se sabe o que pode ocorrer, o número de suícidios na Grécia passa a ser preocupante e pode se estender a muitos países levando ao desespero milhões de pessoas.Onde está os grandes líderes que não conseguem uma alternativa para solucionar está crise que vem desde 2007, colocando toda a sociedade mundial em risco? O maior líder da maior economia do mundo encontra-se encurralado dentro do seu próprio país e que até hoje não disse para que veio. A Europa na zona do euro permitiu a entrada de países que não tinham as condições exigidas para fazerem parte deste bloco, mas aceitaram e hoje estão revendo os erros que cometeram no passado e se negam a apoiar programas de recuperação ou exigem das nações sacrifícios inaceitáveis para a sua população para que suas economias amanhã possam se estabilizar.Se a globalização necessita das economias abertas para que novos mercados sejam conquistados é necessário que a governança global, apresente um novo modelo e que a conduza a um equilíbrio justo e sustentável e que todos os países direcione as suas energias para resgatar as pessoas e a produção ou seja colocar a economia real como objetivo maior e não secundário. O mundo precisa tomar vergonha e buscar neste século, conhecido como o século do conhecimento, direcionar as habilidades e competência adquiridas e acumulas durante tantos anos para eliminar a pobreza absurda ( em todas as áreas ) que ainda persiste em muitos continentes inclusive no meu país e transformá-lo em um mundo justo, equilibrado e sustentável.

sábado, 8 de outubro de 2011

O Estado da Palestina

Um dos maiores erros da humanidade foi ao criar o Estado de Israel não definirem também o Estado da Palestina. Entra ano e sai ano e está indefinição frustra o povo palestino que buscam o reconhecimento do seu país e da necessidade de se impor ao mundo como nação livre e independente. Realmente é uma das regiões mais conflituosa do mundo e as inúmeras tentativas de paz fracassam pela intransigência desses dos povos em não terem a capacidade de encontrar uma solução que acabe de uma vez por todas essas atrocidades que só contribui para diminuir a dignidade humana. Até quando essa brutalidade permanecerá? A bestialidade humana sobrepõe as questões humanitárias de convivência harmoniosa entre dois povos cujas raízes são tão próximas.Falta liderança ao mundo que seja capaz de encontrar uma solução pacifica entre eles, a agenda inacabada da política externa dos grandes líderes tem por obrigação focar está questão, até por respeito a humanidade.Não tenho dúvida, da necessidade da criação do Estado da Palestina, por mais argumentos que levantem não consigo entender.Tenho certeza que muitos líderes mundiais e o meu país também concorda com a definição imediata deste Estado, para dar um fim a está escalada da violência,que historicamente tem mutilado e matado tantos homens e ao mesmo tempo sendo o maior alimentador e estimulador da vingança entre esses dois povos.A situação é tão ridícula, que só faz diminuir a raça humana, quando visualizamos jovens em pleno esplendor da vida oferecerem-se a praticarem o suicídio na esperança de verem surgir amanhã um Estado livre e democrático, onde possam realizar com segurança suas habilidades e poderem criar os alicerces de uma sociedade onde as gerações futuras possam respirar paz e estabelecer para sempre uma convivência harmoniosa entre o povo árabe da Palestina e o povo de Israel.

sábado, 1 de outubro de 2011

Economia do Conhecimento

Relendo o livro" A RIQUEZA DO CONHECIMENTO", do Thomas Stewart, o mesmo autor de Capital intelectual, tomei a liberdade de apresentar alguns pontos de forma resumida que consta neste livro para fazermos uma reflexão sobre o futuro da sociedade e como o nosso país precisa se posicionar nesta nova economia ou conhecida como a economia do conhecimento. Segundo Stewart, no prefácio, ele sinaliza que nos últimos vinte anos, três grandes ideias transformaram profundamente o funcionamento das organizações. A primeira foi a Gestão da Qualidade Total. Desbravada por Deming e Juran, nas décadas de 1950 e 1960, o movimento da qualidade engolfou o Japão, convertendo aquele país, até então pilhéria do pós-guerra, em potência industrial. A segunda grande ideia foi a reengenharia. Concebida pelo acadêmico Thomas Davenport e popularizada por Michael Hammer, a reengenharia mostrou o poder emergente da tecnologia da informação, como instrumento para demolir as muralhas das velhas burocracia e dos sistemas impulsores de papel. A reengenharia ajudou os executivos e gerentes a melhorar os processos , a ver as organizações como tubulações de processos horizontais, em vez de aparatos monumentais de departamentos verticais. A terceira ideia é a do capital intelectual, que demonstra que hoje, os ativos mais importantes das empresas não são, em geral, bens tangíveis,equipamentos, capital financeiro ou participação de mercado, mas os intangíveis: as patentes, o conhecimento dos trabalhadores, as informações sobre clientes e canais de distribuição e a experiência passada que uma empresa guarda em sua memória institucional. O conhecimento sempre foi importante, mas hoje ele é mais do que parte da história da prosperidade: é o principal filão.As empresas que dominam a agenda do conhecimento são aquelas que triunfarão no século XXI.O conhecimento tornou-se o mais importante fator de produção e os ativos do conhecimento são hoje os mais poderosos vetores de riqueza, os líderes e organizações que assumirem o controle de seu próprio conhecimento galgarão os píncaros da competição. Afirma que o conhecimento é tão relevante para as empresas de baixa tecnologia, para as entidades sem fins lucrativos e para os órgãos públicos, quanto para os negócios de alta tecnologia. Enfatiza que o conhecimento também é de importância vital para as economias em desenvolvimento. No capítulo que trata dos pilares da economia do conhecimento, ele informa que as leis da nova economia e os lucros por ela gerados, ancora-se em três pilares.O primeiro é: o conhecimento impregna tudo que compramos, vendemos e produzimos. Tornou-se o mais importante fator de produção. O segundo é que os ativos do conhecimento passaram a ser mais importantes para as empresas do que os ativos financeiros e físicos. O terceiro é:para prosperar na nova economia e explorar esses novos ativos,precisamos de novas técnicas de gestão, novas tecnologias e novas estratégias. Define conhecimento não como soma, mas como agregação, interação e acumulação. O conhecimento envolve expertise. Para alcançá-lo é preciso tempo. O conhecimento dura mais do que a informação e por vezes é eterno. Ter conhecimento, dominar um assunto, é algo diferente e maior do que saber de um fato ou possuir muitas informações a respeito de alguma coisa. Mais adiante ele informa que em 1999, o conhecimento foi o principal item de exportação dos Estados Unidos.Ideias, conhecimento e informação sempre foram importantes, mas hoje, como em nenhuma outra época, definem nossa vida no trabalho.No posfácio, deste magnífico livro o autor informa que os países ricos em recursos naturais ainda enleiam na armadilha das commoditeis a crença de que suas minas, em vez de suas mentes, são a chave da prosperidade. Poucos compreendem que a riqueza dos recursos naturais será explorada pelos detentores da riqueza do conhecimento, que o valor dos recursos naturais é extraído de um lugar, e não criado num lugar.Diante desta constatação, a nossa nação, precisa acelerar os pilares da transição do capitalismo de commoditeis (modelo agromineral), para o capitalismo intelectual se quisermos amanhã ser uma nação respeitada no contexto internacional. Avança Brasil.

domingo, 25 de setembro de 2011

Música

Deixando de lado as incertezas do sistema econômico internacional, as dificuldades que milhões de pessoas estão passando neste momento em vários recanto do mundo, tomo a iniciativa de comentar uma dentre as muitas coisas que este maravilho mundo nos oferece que é a música. Não existe na minha opinião, instrumento tão poderoso como ela, que seja capaz de unir indivíduos das mais diferentes regiões do planeta terra. Sua capacidade de influenciar é tão poderosa que dificulta aos amantes desta arte diferenciar o tempo nas suas três dimensões: passado, presente e futuro. Passado associado a memória, o presente ao instante fugaz e o futuro a expectativa. As construções musicais passadas são tão presentes que com certeza, serão presentes das coisas futuras.Para felicidade nossa , o Brasil é possuidor desta riqueza, que quanto mais se explora mais ela tem a oferecer em escala crescente ao seu povo e ao mundo.A expressão musical brasileira é inconfundível, harmoniosa e diversificada. É através dela que criamos um espaço significativo para levarmos ao mundo as nossas mensagens, ideias, criticas e objetivos da nossa nação. Conseguimos aglutinar indivíduos, independentemente de raça e classe social, a aceitarem e admirarem suas criações, permitindo a todos se contagiarem por alguns instantes de sua magia e esquecerem dos enormes problemas que nos cerca, mostrando que viver sintonizado musicalmente é realmente maravilhoso. Como não podemos mudar o ciclo natural da vida, onde muitas pessoas que contribuíram enormemente para possuirmos as mais belas criações musicais deste mundo, tiveram que ir em circunstâncias diversas, tenho convicção que mesmo não estando fisicamente conosco, permanecem vivos e atuais no nosso presente e com certeza permanecerão presentes nas gerações futuras. Atualmente, estamos assistindo um encontro grandioso em nosso país, onde familias inteiras estão participando do Rock in Rio\2011, mostrando a força avassaladora que tem a música de unir não somente as famílias mas todas as pessoas do mundo. Os políticos do planeta terra precisam compreender que existe sim meios capaz de unir os diferentes povos em favor do desenvolvimento humano. A linguagem universal possuímos que é a música quando bem utilizada não tem quem resista. Não tenho dúvida que Deus no processo de criação do mundo, estava extremamente inspirado musicalmente para criar tamanha harmonia planetária e que nossos homens por incompetência não conseguiram eliminar as diferenças absurdas ainda existente em vários ponto do mundo. Se queremos provocar no mundo todo, alegria, prazer, satisfação e irmandade, o instrumento que Ele nos concedeu(a música) está em nossas mãos é só uma questão de vontade política de executar e proporcionar a todos a vivenciar o maior espetáculo do mundo que é viver intensamente cada instante da vida.

sábado, 17 de setembro de 2011

Circuito econômico

Quando analisamos o circuito econômico brasileiro constatamos que o nosso crescimento nos últimos anos baseou-se na capacidade exportadora do setor primário tendo como grande demandante a China que nos proporcionou termos hoje reservas cambiais em torno de US$ de 370 bilhões de dólares. Exportamos commoditeis em sua grande maioria e precisamos encaminhar para um novo modelo baseado no conhecimento, gerando produtos de valores agregados mais elevados. Para isso é necessário investimentos em novos centros tecnológicos e estimular no setor produtivo a cultura da inovação. A importação de máquinas, equipamentos e conhecimentos são fatores de produção necessários para ampliar a capacidade de gerar riqueza de uma economia é parte integrante do estoque de capital e estabelece aumentos continuados de produtividade razão de sobrevivência de qualquer sociedade moderna. Apresentamos nas últimas décadas um superavit na balança comercial. Ao compararmos poupança com investimento, constatamos que o volume de recursos para atender a construção de uma rede logística que integre todo o país é superior as reservas que somos capazes de criar. No nosso país, a poupança se origina das famílias, empresas e da poupança externa, não existe poupança pública. É preciso reduzir gastos públicos para abrir espaço ao investimento, permitindo produzir bens públicos com eficiência que o mercado não pode produzir. De qualquer maneira sinaliza que a nossa economia está em expansão.Cresceremos este ano porém a uma taxa inferior quando comparada com o ano anterior (2010). O quadro internacional não é animador,precisamos dar atenção ao nosso mercado interno com programas governamentais que estimule a poupança e a competitividade interna. Ao analisarmos gastos governamentais e tributação, a nossa situação é lamentável, falta qualidade nos gastos (nas área de educação,saúde e segurança) justamente nos setores críticos para o aumento da igualdade de oportunidade que exigimos na nossa constituição e necessária para acelerar o nosso desenvolvimento sustentável que tanto almejamos. Possuímos uma carga tributária elevada de primeiro mundo, com serviços só comparável as regiões mais atrasadas do planeta. Como resultado, convivemos historicamente com um deficit orçamentário. Este é o nosso país, o nosso circuito econômico sinaliza, superavit na balança comercial promovido por um modelo agromineral. Economia em expansão sem uma distribuição justa da riqueza gerada. A desigualdade continuará e só Deus sabe quando reverteremos este quadro agonizante que encontra-se milhões de brasileiros (não existe justiça social). Os gastos públicos sem qualidade maiores que a tributação que é paga pelos trabalhadores, já que os tributos em sua maioria são originados no consumo, logo a justiça fiscal deixa também de existir. Esperamos que os nossos governantes, compreendam da necessidade de revertemos este quadro perverso que se instalou no nosso país e que possamos construir um novo modelo civilizatório que amanhã as gerações futuras possam se beneficiar e se orgulhar das gerações atuais por ter tido competência e habilidade de estabelecer os pilares de um desenvolvimento justo e humano para todos os brasileiros.

domingo, 11 de setembro de 2011

Justiça fiscal e social

As economias que se organizam em torno dos mercados, tem uma qualidade: conseguem alinhar liberdade de iniciativa com a eficácia produtiva, embora crie dois problemas que precisam ser corrigidos: caminha para alta concentração de renda e qualquer crise que aconteça ocorre redução da produção e do emprego.Uma das deficiência deste sistema econômico, no meu entender esta no processo distributivo. Alguns estudiosos afirma que nada como um bom sistema tributário para corrigir está concentração. A sociedade brasileira optou pela construção de um modelo civilizatório que exige uma tributação elevada, na nossa constituição em vigor são contemplados objetivos justos, mas que requer recursos consideráveis para que possam ser alcançados.Queremos uma sociedade justa, que amplie as igualdades de oportunidades para todos os brasileiros e que lhe garanta de forma gratuita os serviços com qualidade na área da educação e saúde. Definimos um sistema de escolha democrático em que a população de forma periódica vai as urnas da sua aprovação ou não através do seu voto. Finalmente, optamos por um regime republicano em que todos sem exceção são submetidos à mesma lei. Como é do nosso conhecimento, não possuímos uma educação, uma saúde e nem tão pouco uma segurança com qualidade. Os impostos e contribuições que pagamos para o Estado não podem ser considerados uma obrigação do cidadão, mas o preço da nossa cidadania. A finalidade dos impostos é satisfazer as necessidades coletivas que não podem ser produzidas pelo mercado, mas é preciso mais eficiência nestas missões governamentais e um controle rigoroso no uso desses recursos. O maior economista do Brasil, o senhor Delfim Netto, afirmou em sua coluna na folha de São Paulo que; "a ideia ingênua e simplista de que todos os nossos problemas seriam resolvidos com a redução da carga tributária é irrealista. Pela simples e boa razão que ela contraria a preferência revelada na Constituição de 1988". Concordo com o mestre mas questiono como as classes sociais brasileira contribui para essa carga tributária, que hoje prejudica as empresas brasileiras competirem interna e externamente com as empresas estrangeiras, estimula a sonegação, amplia a informalidade, eleva os preços, estimula a corrupção e diminui o poder aquisitivo da massa de trabalhadores. Não esquecendo que tributação é um vazamento no circuito econômico e sua contra partida a injeção que se materializa pelos gastos públicos precisam ser melhor definidos e inflacionados de qualidade, para que os objetivos do nosso modelo civilizatório sejam atingidos. Uma pesquisa do Ipea revela que os 10% mais pobres têm 33% da renda tributada por impostos indiretos, enquanto os mais ricos chegam só a 22,7%. O banco Mundial, revelou que 55% da carga tributária nacional incide sobre o consumo, 31,5% sobre a renda e 13,5% sobre o patrimônio. Todo mundo sabe que quando o imposto está concentrado no consumo estamos penalizando os pobres e o setor produtivo. A maior concentração deveria estar na renda e no patrimônio. O imposto direto diz quem ganha mais paga mais. Em nosso país ocorre justamente o contrário, a maior incidência dos tributos arrecadados são provenientes do consumo, que recai sobre bens e serviços ou seja são os trabalhadores que pagam a conta. Recentemente o mundo ficou surpreendido, quando os milionários franceses, solicitaram ao presidente Sarkozy, que aumentassem as suas contribuições, por reconhecerem que precisam contribuir mais com o seu país neste momento de crise e que pagavam bem menos que a massa trabalhadora. O mesmo ocorreu com o megainvestidor americano Warren Buffet, quando afirmou que pagou 6,9 milhões de dólares de imposto no ano passado. E disse: " Isso parece muito dinheiro. Mas o que paguei é apenas 17,4% da minha renda tributável". No Brasil, temos amplo conhecimento sobre os pobres, onde estão, quantos são e criamos políticas públicas para garantir uma vida digna aos milhões de miseráveis que ainda existe neste país. Programas sociais tem como objetivo mudar o destino das pessoais, mas a sua operacionalização o tem transformado em programas assistêncialistas que muda apenas a vida das pessoais não contribuindo para a sua libertação e mobilidade social. A injustiça fiscal e social neste país é gritante, pouco se sabe sobre os ricos, quantos são onde estão e quanto pagam de tributos. Mas aguardo ansioso as manifestações dos ricos brasileiros em reconhecerem que além de pagarem pouco, solicitarão do governo reverem a carga tributária que estão submetidos e esse recurso seria utilizado para resolver a questão da saúde(tenho minhas dúvidas, com o CPMF a saúde era uma porcaria, falta é gestão e existe muita corrupção) sem necessitar de criar ou recriar impostos que vai penalizar ainda mais os trabalhadores. É só aguardarmos ( A fé remove montanhas).

sábado, 3 de setembro de 2011

A importância da mulher

Em Abril de 2010, escrevi um artigo que consta neste site, cujo título era" A Mulher", onde citava a sua evolução e a sua importância nos dias atuais. Em resumo dizia"Se perguntassem-me o que mais admiro e amo nesta vida, não teria dúvida em responder: A mulher. Essa minha confissão não limita-se simplesmente ao prazer que ela nos proporciona e sim na sua capacidade de dar a nós homens, a sensação de nos sentirmos vivos, felizes e amparados no transcorrer da nossa existência. O papel da mulher a partir da década de 1960 do século passado evoluiu tanto, que dificilmente seriamos capazes de delimitar a sua área de atuação nos dias atuais.No Brasil, onde são maioria e representam 51% da nossa população, visualizamos um quadro onde segundo informações são mais estudiosas. Como educador universitário a muitos anos, observo um número cada vez mais crescente de mulheres em cursos que antes era de predominância dos homens, participam cada vez mais na organização da sociedade civil e representam uma força de trabalho significativa na nossa economia.Infelizmente ainda observamos por parte dos homens uma visão arcaica, ultrapassada pelos seus questionamentos,tem homens que não aceita a companheira ganhar melhor que ele, sente ciúme, ao mesmo tempo é inadmissível as organizações ainda hoje praticarem remunerações diferenciadas nas atividades profissionais que desempenham. Acredito que seja fruto de uma sociedade machista ou das transferências culturais da própria família, onde o pai até pouco tempo era a figura principal e a mulher , a secundária.Fico horrorizado quando constato tanta brutalidade, indiferença e descaso aos vários papéis que desempenham, tais como: mãe, mulher, dona de casa e trabalhadora.É bom salientar que mesmo aquelas que se dedicam só as atividades do lar, exercem uma função de extrema importância, e pior, não há ganho financeiro, não é valorizado, não tem fim, é por demais cansativo e tem que ser feito". Recentemente lendo um artigo do senhor Nizan Guanaes, na folha de São Paulo, no mês passado cujo título é "O século da mulher", ele nos informa que a mulher é o caminho mais curto e eficiente para resolvermos os gigantescos problemas do mundo atual.Congratulações ao senhor Nizan pela sua visão holística que é possuidor e ressalto a relação dos grandes problemas que afligem a humanidade e ao mesmo tempo mostrando a sua solução com o engajamento da mulher neste processo.Diz o autor:"O que não falta no mundo de hoje são problemas enormes, e em muitos deles a mulher é o melhor caminho mais curto e eficiente para resolvê-los. Como resolver o problema das drogas, da obesidade infantil, da Aids ou da gravidez precoce sem engajar a mulher? Como expandir o microcrédito ou cobrar a melhora da qualidade de ensino sem o apoio da mãe de família? Como controlar a natalidade, questão fundamental num mundo sufocado, sem envolver a mulher? Dos dez maiores problemas da atualidade, na maioria deles a mulher é a solução. É a mulher quem organiza o lar, a família. Promover o desenvolvimento educacional e social da mulher é injetar desenvolvimento e prosperidade na veia". Mas adiante ele nos informa, " O desenvolvimento das mulheres no mundo inteiro é o caminho mais rápido para o desenvolvimento do mundo. E a situação da mulher no mundo ainda é de absoluto desrespeito. Tratadas como bichos e escravas, trancadas em quartos e debaixo de burcas, exploradas sexual e economicamente, humilhadas e reduzidas, as mulheres no mundo estão longe das esplendorosas e emancipadas mulheres do cinema, das novelas ou das revistas de moda". Compartilho com o autor quando afirma que tem absoluta certeza de que , se algo pode mudar radicalmente o mundo e transformá-lo em um lugar mais justo e melhor de viver, esse algo é a mulher.No meu artigo finalizo, afirmando a nossa evolução quanto as questões e importância da mulher em nosso mundo, quando digo: É notável o avanço das políticas públicas em nosso país, voltadas para proteger e dar dignidade ao seu exercício de cidadania, como exemplo podemos citar a lei Maria da Penha, que tem proporcionado as mulheres uma maior segurança nos seus relacionamentos com os homens. Só resta a nós,agradecermos tamanho conforto visual que nos proporciona todo dia a onde estiverem e fazermos uma revisão dos nossos valores em relação a elas e ao mesmo tempo solidarizarmos com o criador pela sua capacidade inventiva de ter nos oferecido para conviver e compartilhar com as nossas vidas o que há de melhor neste mundo, a mulher.

sábado, 27 de agosto de 2011

Genialidade

Recentemente o mundo tomou conhecimento da retirada do CEO da Apple, uma gigante no ramo da informática, considerada hoje como a organização mais valiosa no ambiente de negócios. O senhor Steve Jobs, deixa o cargo de principal executivo com um sucesso inacreditável conquistando milhões de fãs em todo o continente. Segundo Leander Kahney, autor do livro "A Cabeça de Steve Jobs", aconselho a todos a lerem, reúne as lições empresariais desse inovador visionário e revela os segredos de seu sucesso. Segundo o autor, Steve, embora considerado por muitos como um líder indiscutível no mundo da tecnologia da informação e do entretenimento é possuidor de um temperamento difícil de se lhe dar embora tenha conseguido em sua trajetoria construído parcerias sólidas e duradouras com outros gênios criativos como Steve Wozniak,Jonathan Ive e John Lasseter. Neste livro tem um texto que resume muito bem quem é este homem fascinante " Jobs é persistente quanto a detalhes. É minucioso, chato e perfeccionista, enloquecendo os subordinados com seu detalhismo. Mas onde alguns veem um perfeccionismo exacerbado, outros veem a busca da excelência. Sob sua orientação, desenvolvem-se produtos ao longo de rodadas quase infinitas de modelos e protótipos que são constantemente editados e revistos. O tempo todo Jobs insiste em uma atenção inusitada aos detalhes, o que assegura que a Apple apresente produtos com uma adequação e acabamento dignos de um artesão. Os produtos da marca vem constantemente ganhando prêmios de design, grandes e pequenos, instigando em seus consumidores uma fidelidade que beira a mania. A busca da excelência por Jobs é o segredo do notável design da Apple. Para Jobs, design não é decoração. Não é a aparência superficial de um produto. Não é apenas a cor ou os detalhes estilísticos. Para ele, design é a a maneira como um produto funciona. Design é função, não forma". Segundo Harold Bloom, em seu livro "Gênio os 100 autores mais criativos da história da literatura " diz: Todo gênio, a meu ver, é idiossincrático, extremamente arbitrário e, em última instânca , solitário. E esta difinição, caracteriza muito bem o senhor Job, em sua busca desenfreada pelo novo, criando produtos e serviços para mercados de massa em fabricas espalhadas pela Ásia e os promovendo como ninguém no mundo inteiro e sabendo usar em beneficio da sua empresa a linguagem do marketing. Em minhas aulas sobre negócios digo aos meus alunos que o bom empreendedor e aquele que tem em seu redor os melhores, por que ninguém consegue ter sucesso sozinho, trabalha com riscos calculados e aprende com seus próprios erros e isso Jobs executa muito bem. Ele nos ensinou e consta no livro do senhor Leander :Só estabeleça parcerias com atores nota dez e demita os idiotas, busque a mais alta qualidade,nas pessoas, nos produtos e na publicidades, invista nas pessoas, trave combates intelectuais, de total liberdade a seus parceiros criativos, não de ouvidos aos que só dizem sim, inclua todo mundo para ajudar a buscar o melhor e nunca faça concessões (a obsessão de Jobs pela excelência criou um singular processo de desenvolvimento que gera produtos verdadeiramente incríveis). Steve já esta na historia dos grandes gênios, mudou,implementou, modificou ,criou e inovou em uma área extremamente competitiva, a sua saga em busca da perfeição que sirva de modelo no mundo da gestão. Finalizo com a antiga ideia de gênio: Habilidade não é algo inato; mas genialidade o será, necessariamente. Eterna felicidades Steve Jobs.

sábado, 20 de agosto de 2011

A arte da transição

Segundo Adam Smith considerado o pai da ciência econômica afirmava que a missão do economista é gerar riquezas, combater a pobreza, aumentar e preservar patrimônios em toda as suas formas.O Brasil em uma visão de longo prazo precisa criar segundo estimativas 150 milhões de empregos até 2030 para atender a sua população na faixa de 15 e 65 anos. Um grande desafio para os economistas.O modelo brasileiro centrado na agricultura e na mineração e tendo como grande demandante a China jamais irá proporcionar atingirmos o tão sonhado desenvolvimento. Alguns estudiosos chegam a afirmar que a ordem mundial poderia ser conseguida através da divisão internacional do trabalho que a globalização hoje proporciona. A criação e inovação da indústria ficaria a cargo dos Estados Unidos, China e Alemanha, serviços com a Inglaterra e Índia e para os demais as atividades do setor primário.Se aceitarmos este princípio jamais construiremos a nossa base produtiva para nos tornarmos uma nação importante no cenário internacional.Segundo o professor Michio Kaku da universidade de Nova York e autor de best-sellers como Visões do Futuro: Como a Ciência Revolucionará o Século XXI e Hiperespaço, afirma: " As nações precisam aprender a fazer a transição da economia fincada nas commoditeis para outro modelo, sustentado pelo capital intelectual.Isso se faz usando as commoditeis de hoje para pavimentar a modernização da economia de amanhã. Os produtos primários devem ser usados como trampolim para o futuro. E nunca como um fim.Nações que não promoverem essa transição verão sua economia ser reduzida, gradualmente, a pó."Para que isso aconteça é necessário que o Estado estimule cada vez mais prioridades essenciais onde este caminho será trilhado e quais são: Educar as pessoas, eliminarmos a mediocridade e inflacionarmos de qualidade toda a nossa cadeia educacional.Fomentar o respeito pela ciência e isso exige mais recursos para os centros de pesquisas, estimulando a proliferação de ambientes criativos em todas as áreas do conhecimento. Embora tenhamos um contingente enorme de pessoas pobres, é bom lembrar que estes indivíduos se interessam em aprender sobre novas tecnologias que estão modificando o nosso mundo é só uma questão de ampliar as oportunidades, função que cabe não só aos nossos governos nos três níveis mas também a iniciativa privada e a organizações do terceiro setor. É preciso vontade política de querer mudar o nosso percurso em busca da nossa prosperidade.Essa nova economia sinaliza que muitos postos de trabalhos serão eliminados gradualmente, principalmente os que requerem um reconhecimento mínimo, quer de padrão, quer de senso comum. E que só florescerão no futuro os postos de trabalho que agregue cada vez mais valor pensante. Precisamos, que essas ações sejam o mais rápido possível implementadas, fortalecendo a competição doméstica entre as empresas para disputarem com eficiência nosso crescente mercado interno e ao mesmo tempo proporcionando ganhos de produtividade para enfrentar a competição do mercado externo.Criando a base de formar em nosso ambiente uma classe média crescente, próspera e estável. Ingressando de vez em um circulo virtuoso que tenha com objetivo fortalecer e ampliar cada vez mais a classe média, revigorando os nossos negócios, cuidando da nossa estabilidade econômica para promovermos a tão sonhada justiça social e eliminando de uma vez por todas a miséria que tanto maltrata muitos brasileiros ansiosos por uma oportunidade.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Corrupção

É lamentável o que vem ocorrendo com o nosso país em termos de corrupção, atualmente a mídia tem revelado os escândalos em vários ministérios, envolvendo não só políticos, mas lobistas, empresas e funcionários de carreira, inflacionando os gastos públicos em razão do enriquecimento ilícito, aumentando de sobre maneira os custos da execução das obras tão significativas para uma nação em desenvolvimento que não é possuidora de recursos financeiros em excesso. Fragilizamos a nação, diminuímos as possibilidades de realizar outras obras de infraestrutura tão necessárias ao nosso desenvolvimento e obrigando a nação muitas vezes a se endividar para concluí-la.Sei que a corrupção não é um privilégio da nação brasileira, ela está em todos os recantos e ainda sobrevive nos países desenvolvidos embora em menor intensidade. Está prática deixa nós educadores em sala completamente fragilizados, quando indagados pelos alunos, quando argumentam:"Até quando vamos continuar com essa situação?".É bom lembrar que o poder superior é espelho na condução dos negócios em esferas inferiores é preciso corrigir essas deficiências para caminhamos no trilho da decência e a nação brasileira possa amanhã torna-se um país onde a ética no ambiente de negócios prevaleça. Se não criarmos instrumentos capazes de debelar está estupidez que assola o nosso país estaremos criando as condições necessárias e suficientes para termos uma nação com o maior número de ladrões por metro quadrado do planeta terra. Se queremos efetivamente ingressar no primeiro mundo, e diminuir a corrupção, não basta combater a inflação, proibir os cartéis e abrir a economia para o mundo. É preciso investir cada vez mais na educação, aprimorando o seu maior ativo, os recursos humanos tão necessários para atuar nesta nova era do conhecimento. Reduzimos nos últimos anos o índice de analfabetismos mas a sua qualidade encontra-se com indicadores ainda vergonhosos. Logo toda a cadeia educacional fica comprometida desde a alfabetização até a universidade. Possuir uma imprensa livre e independente é primordial a qualquer nação, que passa a ser um grande vigilante das praticas políticas que acontecem no nosso cotidiano, informando e sinalizando as suas intenções e objetivos perante a opinião pública. Tem um papel fundamental no aprimoramento político de qualquer nação. Uma das razões para o uso indiscriminado da corrupção dentro do setor público é o excesso de burocracia que estimula o uso da propina dentro dos órgãos governamentais. É preciso com urgência implantar o sistema de meritocracia, valorizar os mais talentosos, criando um ambiente em que os funcionários respire crescimento, desenvolvimento e sintam-se prestigiados em suas funções.Um bom exemplo é a experiência no governo de Minas Gerais (leiam o Livro Choque de Gestão) que está servindo de guia para muitos outros estados brasileiros. Ao mesmo tempo introduzir o uso intensivo de tecnologias digitais que inibam o uso de práticas nocivas nos processos em que atuam. Além de uma educação de qualidade de uma impressa livre e independente e um serviço público profissionalizado se faz necessário possuirmos um poder judiciário em que a população confie, que seja reto em suas sentenças, não é aceitável assistirmos juízes envolvidos em vendas de sentenças, favorecimento aos poderosos que simplesmente envergonha a pátria e estimula o aumento da violência e do crime organizado, criando um custo elevado para aqueles magistrados honestos que aplicam os princípios da lei independente de classe social, contribuindo para instalarmos um caos nas relações sociais e colocando em risco o estado de direito que conquistamos a duras penas (basta rever a nossa história recente). Finalmente, aprimorar o nosso sistema político, cujas ações estejam voltadas aos interesses do povo. Modernizar a nossa democracia, onde a sociedade possa opinar a respeito das políticas públicas, segundo princípios permanentes de legalidade,que garanta igualdade e amplie cada vez mais a oportunidade para a toda população. Se os nossos líderes tiverem consciência, habilidade e competência para encaminhar a nação em busca desses objetivos,tenho certeza que em um amanhã não tão distante poderemos nos orgulharmos cada vez mais de ser brasileiros.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Empregabilidade

Toda vez que defronto-me com novas turmas nos diversos cursos onde leciono, chamo atenção dos meus alunos quanto a importância da empregabilidade nesses tempos extremamente competitivo que estamos inseridos. O mercado de trabalho a cada ano está mais exigente e ao mesmo tempo as empresas vencedoras buscam ter nos seus quadros homens que possuam foco nos resultados, com visão sistêmica, que tenham entusiasmos e que saibam trabalhar em equipe.Neste mundo dinâmico, evolutivo e instável que estamos vivenciando, exige de todos nós uma nova leitura de comportamento. As inovações são irreversíveis e aprender a reaprender é hoje uma necessidade, uma questão de sobrevivência. Como já dizia George S. Clason no livro: O homem mais rico da Babilônia "O que é mais importante: ouro ou sabedoria?Sem sabedoria, o ouro pode ser rapidamente perdido pelos que o têm, mas, com sabedoria, o ouro pode ser adquirido pelos que não o têm". Logo, sugiro que sempre tente coisas novas, mesmo que algumas experiências possam não vir a ser tão boas. Os sábios aprendem com os seus próprios erros os outros ficam sempre se justificando.Tenha sempre uma meta, por mais simples e modesta que seja, busque o melhor caminho para alcançá-la isto é estratégia e assegure a sua execução, mais avalie, controle e análise os resultados. Lembre-se que a formação e experiência devem acontecer no tempo certo, visto que o tempo é curto e extremamente valioso, não perca tempo com bobagens, com coisas que não o leva a lugar algum. Um indivíduo para ser bem sucedido não é preciso mentir ou trapacear, não esqueça que ética não é moda, é valor humano.O mundo dos negócios é pleno de acidentes, injustiças, falhas e conflitos. Se você não os suporta, sugiro que escolha outro caminho a seguir.Não existe função mais ou menos glamorosa, todas são espinhosa e exigem resultados pelos quais você será cobrado. Não esqueça que o mais importante neste mundo moderno é ter empregabilidade e não um emprego. Uma das exigências deste século do conhecimento, em razão das complexidades dos problemas que temos que enfrentar é que exige que tenhamos uma visão generalista mesmo sendo um especialista em determinada área. É preciso estar atento a cultura, não existe cultura útil e inútil, somente cultura e é diferencial competitivo. Neste mundo onde a criatividade e a inovação não para de acontecer, ter dúvidas em determinados momentos deve ser encarado como auto provocação e não como sinal de fraqueza. O nosso tempo é escasso e muito preciso para estarmos nos aborrecendo por coisas pequenas, manter um bom humor é sinal de competência. O cuidado com sua empregabilidade deve ser vista não como um evento, mas sim como um processo. Ele tem um começo, um meio, mas nunca um final, pois ele é um processo. Você melhora, aperfeiçoa, e até interrompe, mas nunca para o processo completamente. Finalizo com uma máxima, atribuída a Mahatma Gandhi, quando afirmava: "Aprenda como se fosse viver para sempre e viva intensamente como se fosse morrer amanhã". O que você está esperando?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Viver

Cheguei a São Paulo no dia 13/07/2011, atendendo a uma solicitação do meu filho que encontra-se em recuperação de uma cirurgia delicada, mas graças a Deus esta em plena recuperação. O que me chama atenção nesta cidade fantástica é o seu desenvolvimento em todos os campos mas acompanhado de uma violência que deixa todos assustados. O nível de desemprego encontra-se no seu ponto mínimo, quando comparado a anos anteriores o aumento da renda é visível, o consumo independente das medidas de contenção adotadas pelo governo continua acentuado e a violência urbana não cede. O que se constata é um aumento do consumo de drogas em todas as classes sociais que tem levado um contingente enorme de jovens a enveredar por um caminho cujos resultados todos nós o conhecemos.Caminhando por regiões de alta renda constato a presença de inúmeras favelas ao seu redor, convivência essa que tem gerado sérios problemas para as famílias que lutaram para obter uma qualidade de vida digna e hoje se encontra com dificuldade de usufruir com liberdade aquilo que conquistaram. Prova concreta ainda da péssima distribuição de renda que ainda impera no nosso país. Erros do passado se comprova agora no presente e compromete o nosso futuro e políticas sociais efetivas de inclusão precisam ser implementadas urgentemente para revertermos este quadro assustador que encontra-se o nosso país.Os crimes comuns nesta cidade não é um privilégio dos paulistanos, ela se universalizou por todos os recantos, furtos nos sinais semáforicos, arrastões em prédios e condomínios, explosões de caixas eletrônicos, estupidez no trânsito e uma intolerância nunca vista nos relacionamentos pessoais encontra-se em todos os lugares, o melhor exemplo vem de um país desenvolvido, o caso recente da Noruega.É preciso repensar para onde estamos caminhando, a melhoria do sistema econômico não é condição necessária e suficiente para torna a sociedade mas feliz embora saibamos que possuir bens ter acesso a um conjunto de serviços torna a vida mas agradável, gera conforto operacional mas se não for acompanhado por uma educação doméstica e formal de qualidade não chegaremos a lugar algum. Este problema não é uma questão de âmbito governamental passa a ser uma questão pública onde todos nós temos que nos envolver, desde a dona de casa, governo em todos os níveis, empresários, organizações não governamentais e educadores em buscar um modelo que dignifique o que há de mais belo no mundo que é o espetáculo da vida e que nos foi oferecido pelo maior arquiteto do universo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Relações Externas

É inegável a importância da China para a economia brasileira nos últimos anos. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. O destino dos investimentos chineses em nossa economia estão centrados principalmente em energia, mineração, agricultura e produção de aço. Os estados brasileiros que mais receberam recursos chineses são: Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia. Como sabemos, o grande desafio chinês é justamente ter a capacidade de alimentar uma população gigantesca que aumenta a cada ano o seu poder aquisitivo em razão do seu desenvolvimento e exigindo da nação maiores investimentos em infraestrutura portuária e rodoviária para ter condições de lidar com a complexa logística que envolve o deslocamento de produtos elaborados no exterior. A mídia brasileira chama atenção que nações estrangeiras estão comprando terras que podem amanhã comprometer a nossa soberania. É bom lembrar que hoje o estrangeiro só pode adquirir terras mediante a permissão do Conselho de Segurança Nacional e do Congresso e novas medidas estão sendo analisadas para ampliar essa restrição. O vice-ministro de Relações Exteriores, o diplomata Kunsheng, em uma entrevista recente ao jornal Valor Econômico em 19/07/2011, afirma que: "A América Latina tem uma terra fecunda e cultura peculiar. Para a China essa região é fascinante e misteriosa". Para ele, não é pouca coisa o tamanho do comércio entre seu país e a América Latina que cresceu 10% em 2010 num total de US$ 183 bilhões. Para o Brasil, a relação com China é extremamente importante em termos econômicos, sociais e políticos, quando assistimos a uma crise sem precedente na Europa e América do Norte. A nossa aproximação cada vez maior só irá trazer benefícios em áreas ainda não dominadas por nós, como o conhecimento espacial e tecnológico em que eles possuem conhecimentos e esta tranferência seria muito importante para nós brasileiros consolidarmos nossa posição na América do Sul. A China é um ótimo parceiro e cabe a nós termos a capacidade de valorizar no presente e no futuro uma relação tão saudável entre estas duas nações.

sábado, 9 de julho de 2011

Um Novo Modelo

O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo auto - sustentável através do qual os bens econômicos crescem mais rapidamente do que a sociedade. Como é um processo, tem inicio, meio e nunca tem fim, estamos sempre inovando, modernizando e implementando novos princípios com o objetivo de acelerar o nível de bem estar da população. É bom lembrar que este processo não ocorre rapidamente, pois exige uma alteração profunda no âmbito social, econômico, político e uma nova postura da sociedade quanto ao futuro da nação com um custo muitas vezes elevado. O grande mestre Delfim Netto, em artigo na folha de são paulo em 11/05/2011, cujo título é Lição de casa, alerta sobre uma questão importante e diz: " Há visíveis discordâncias entre os economistas sobre como superar os problemas deixados pela crise de 2007- 2009. Ela desempregou, no plano da economia real, aproximadamente 30 milhões de cidadãos, desarticulou ainda mais a precária condição fiscal de um grande número de países, acentuou os imensos desequilíbrios (positivos e negativos) no balanço em conta-corrente de alguns deles e introduziu sérias dúvidas sobre a continuidade do uso do dólar como unidade de conta internacional. Essa confusão não é o fim, mas o começo de um novo conhecimento econômico. É evidente que o conhecimento só avança quando é contestado pela realidade: a ciência progride sobre suas falhas.O estado de dúvida ampla , geral e irrestrita deve levar à modéstia nas recomendações normativas frequentemente extraídas de modelos elegantes, mas de discutível vinculação com a realidade. Abre-se um vasto campo de conhecimento a ser retrabalhado e explorado". Mais adiante o mestre nos informa que "nunca foi tão importante como agora conservar o que sobrou da boa e velha lição que fez o sucesso do Estado indutor constitucionalmente controlado: 1- Realizar uma política fiscal com olhos no longo prazo, com moderados deficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública/PIB; 2- Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento; 3- Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir; 4- Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal, leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa;5- Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos; 6- Dar liberdade bem regulada aos mercados; 7- Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional". A participação de cada um nesse processo é muito importante. Devem se unir trabalhadores e empresários, dirigentes e dirigidos, governantes e governados, todos com um só objetivo: o progresso do país.Quando isso ocorre, o país melhora em ritmo crescente e o êxito do processo vai depender da capacidade do povo em se unir em função do bem estar comum, através de dirigentes que tenham competência e confiança da sociedade em saber conduzir a política econômica, para que todos cooperem e lutem por um país mais justo e rico, onde possam viver com liberdade, segurança e capazes de satisfazer suas necessidades legítimas.

domingo, 3 de julho de 2011

Educação Doméstica

Falta à maioria da juventude atual, educação doméstica.É inacreditável como certos comportamentos em sala de aula, cinema, clube ou em qualquer ambiente nos deixa assustados pelas atitudes que os jovens assumem. Acredito que seja em razão direta dos pais terem que trabalhar e os filhos serem praticamente educados pelas assessoras do lar, faltando orientação de como se comportar, respeitar o próximo, saber que sua liberdade vai até o ponto em que não prejudique a do outro e de tomar conhecimento da necessidade do silêncio em determinados ambientes. A educação doméstica, aliada a formal, permite aos homens se refinarem e terem uma nova visão de mundo e de comportamento.Segundo Gabriel Chalita juntamente com o padre Fábio de Melo no livro "Cartas entre amigos - sobre ganhar e perder"na sétima carta ele diz:O menino mimado que grita com a babá e que dá ordens e que provoca riso dos pais é um menino que está sendo construído torto. E há pais que tem a pachorra de dizer:" viu como ele tem personalidade?" Isso não é personalidade!É falta de educação, falta de respeito.Em outro trecho ele cita que uma pessoa de boa vontade vai sendo construída aos poucos. E apresenta um ensinamento de Nelson Mandela que diz:"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.Para odiar as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". O padre Fábio de Melo, na oitava carta nos adverte:"nascemos indivíduos.Só podemos nos tornar pessoas à medida que nos exercitamos na edificação dos dois pilares: posse de si e disposição ao outro. Ser pessoa é estar na posse do que se é, oferecendo-se aos outros. Essa oferenda fomenta a fraternidade, gera realizações e transforma o mundo". Embora a dinâmica da sociedade seja cada vez mais exigente com as pessoas em busca de sua sobrevivência, cabe aos pais, dedicar algumas horas de forma permanente para dialogar com os filhos sobre vários temas.É uma forma de educá-los e ao mesmo tempo aproximá-los, já que durante a jornada de trabalho, mal se encontram.É importante ressaltar, que muitos jovens são desestruturados, justamente por não terem no lar alguém com quem conversar e seus questionamentos que devem ser muitos, encontram as respostas em suas amizades, que em vez de mostrar o melhor caminho, acabam prejudicando-os. A quantidade de jovens que hoje lotam as agendas dos consultórios de psiquiatria é uma prova concreta dos lares desajustados, das separações mal resolvidas, da falta de atenção dos pais e amizades perigosas que se efetivaram ao longo do tempo. Acredito que esta questão tão presente em nossos lares, só será em parte resolvida, quando os pais tomarem conhecimento da importância da sua presença na formação do caráter dos seus filhos. Precisamos refletir sobre isso.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Mudanças

Vivemos em uma sociedade dinâmica, instável e evolutiva onde nós humanos para sobrevivermos temos que nos adaptar a esta nova realidade. Os dias, meses e anos passam com uma velocidade que nos espanta e a instabilidade surge em função da globalização que nos disponibiliza uma série de conhecimentos que amanhã já se tornarão sem utilidade. Ao mesmo tempo o lançamento de novos produtos e serviços de vida curta nos deixa extremamente preocupados, exigindo mudanças de atitudes, modos e uma nova linguagem de administrar.Desde a abertura da economia com a estabilização macroeconômica implantada, as empresas, governos e cidadãos passaram a ter acesso a novos produtos e serviços e a competição das empresas brasileiras deixou de ser doméstica e passou a ser global, provocando profundas modificações nas atividades de produção, custos, produtividade, logística, qualidade, distribuição e uso intensivo da tecnologia da informação.Nos dias atuais, a informação passou a ser o maior recurso que as entidades possuem e vencerá aquelas que souber melhor utilizá-la em benefício próprio.A sobrevivência dependerá de sua capacidade em surpreender, encantar, entusiasmar e antecipar os desejos dos seus clientes.Logo,os que pensam que o mercado e o cliente não mudaram, que os lucros excessivos podem ocorrer, que não devem dar atenção a custos e qualidade e nem investir em treinamento e que otimizar a prestação dos serviços não é relevante, terão sérias dificuldades de se adaptarem a esta nova ordem mundial. O Brasil mudou, as classes sociais se modificaram em razão das elevações de renda onde um contingente enorme de pessoas passaram a consumir bens e serviços antes restritas as classes abastardas, existe um mercado potencial a ser explorados é hora de estabelecer estratégias e incorporar esse contingente de consumidores em sua cadeia produtiva. O senhor Nizan Guanaes em artigo publicado na folha de São Paulo, no dia 28/06/2011 cujo título é Os próximos bilhões, nos mostra está realidade com muita clareza:"Quem decifrar antes esse novo consumidor/produtor terá acesso privilegiado ao vetor de crescimento mais sustentável do país.Mas decifrá-lo não será fácil se usarmos as medidas do antigo regime brasileiro, excludentes por natureza. Elas não servem mais.O novo espírito é o da inclusão.É preciso primeiro envolver esse novo cidadão consumidor na sua estratégia. Ela terá mais sucesso se ele não for apenas objeto da estratégia,mas sujeito. Envolva-o na sua cadeia de produção, principalmente na sua cadeia de inovação. Ele sabe, mais do que você, sobre o mercado que você quer atingir.Imagine a contribuição que essa massa de brasileiros ex-excluídos pode dar aos negócios no país em empreendedorismo e em produtividade, sem falar na demanda por novos produtos e serviços.Mas é fundamental deixar os preconceitos de lado. Eles não são o que você está pensando. São muito melhores. E mais exigentes. Pense mais em escala do que em margem. E pense em qualidade. Baratear o produto reduzindo sua qualidade é fórmula certa para o desastre, é adicionar insulto à injúria.Barateie seu produto pensando na escala, inovando na produção e na distribuição, nunca reduzindo qualidade.A emergência desses novos cidadãos econômicos não é um fenômeno brasileiro,mas global."É hora de mudar, aceitar o novo para sobreviver, afinal os tempos mudaram.

domingo, 19 de junho de 2011

Articulação

A falta de articulação nos procedimentos administrativos da máquina estatal é gritante. Os projetos a serem efetivamente concluídos, exigem de quem coordena, paciência, tolerância e acima de tudo discernimento em função da baixa capacidade gerencial dos seus recursos humanos, que necessitam urgentemente de absorver novas habilidades e competências para que suas tarefas sejam desenvolvidas com maior qualidade e agilidade. A baixa qualificação do pessoal em muitas áreas, aliada a burocracia excessiva, inviabiliza quaisquer cronograma previamente estabelecidos, estimula a corrupção e penaliza a sociedade pela não conclusão de projetos essenciais, cujo objetivo é a busca do desenvolvimento.É necessário que se crie um ambiente de estímulo à qualificação profissional, ao treinamento continuado, que se implante no serviço público os três fundamentos básicos para uma gestão ser bem sucedida que são:( Liderança, conhecimento técnico e método).Que se implante no serviço público uma filosofia meritocrática, que estimule e reconheça o servidor dedicado, inteligente e moderno e puna e demita o incompetente, finalizando de uma vez por todas o pacto com a mediocridade.A criação da escola de governo, cursos de gestão pública e palestras esclarecedoras dos mais diversos assuntos são iniciativas positivas e que precisam ser continuadas de forma exaustiva. A meu ver, o modelo de gestão deve estar articulado com a política de desenvolvimento do Estado. É necessário criar condições de competitividade na máquina administrativa para promover o desenvolvimento, introduzindo novas técnicas que levem dinamismo a arte de administrar. Os novos conhecimentos do mundo digital aplicados na administração pública, devem ter como meta a construção de sistemas eficientes de forma a integrá-los no dia a dia do servidor público para que possa prestar um serviço de qualidade e que a sociedade seja beneficiada e ao mesmo tempo orgulhosa de perceber no serviço público novos conceitos sobre o tempo e suas relações com os homens,mudanças, novas propostas e quebras de paradigmas. Sempre alerta, com novas reflexões e conquistas.

sábado, 11 de junho de 2011

Ler

A falta do hábito da leitura por parte dos alunos universitários é algo assustador,dificulta o seu desenvolvimento nas disciplinas que estão cursando e as dificuldades em escrever determinadas situações em que são submetidos chega a ser patético. A deficiência no uso da língua pátria é uma função aditiva, já que as causas aparecem a partir do primeiro grau e vão se estendendo até o término da universidade. Precisamos urgentemente combater essa dificuldade para não comprometermos inclusive as oportunidades que o mercado de trabalho oferece aos jovens recém formados. Estimular os alunos a voltarem a ler com frequência é uma obrigação de todos os educadores e não existe, pelo menos é essa a minha opinião, melhor maneira de compreender, entender, ter facilidades de escrever e argumentar sobre qualquer assunto que não seja através da leitura.As instituições de ensino em toda a cadeia educacional devem estabelecer programas de incentivo a leitura de forma exaustiva, buscando eliminar do pensamento dos estudantes, como alguns falam em sala de aula, que sua área é ciências exatas portanto o português é apenas um detalhe.Puro engano, numa sociedade evolutiva e dinâmica que estamos vivendo onde o individuo tem que ser múltiplo, sem esse conhecimento, dificilmente haverá espaço no mercado de trabalho. A falta de sintonia tão comum em sala de aula, quando afirmam: compreendo e não consigo escrever é a prova concreta da falta de leitura.Ter gosto pelos livros vem de duas origens: através da transferência cultural onde os pais já são acostumados a ler e a levar os filhos a bibliotecas e a livrarias ou via escola onde os alunos são estimulados a irem buscar conhecimento, acessando a biblioteca, internet e qualquer outro meio de informação, eliminando a inércia pela leitura.O Doutor em letras Evanildo Bechara um dos mais respeitado especialista da língua portuguesa, em entrevista recente na revista veja resumiu de forma clara a nossa deficiência:"O domínio do idioma é resultado da educação de qualidade.Isso nos falta de maneira clamorosa. O ensino do português nas escolas é deficiente. Uma das razões recai sobre o evidente despreparo dos professores. É espantoso, mas muitas vezes, antes de lecionarem a língua, eles não aprenderam o suficiente sobre a gramática. Além disso, não detêm uma cultura geral muito ampla nem tampouco costumam ler os grandes autores, como faziam os antigos mestres. A verdade é que a maioria não tem tem vocação para o magistério. Só escolhe essa carreira porque, quando chega o momento de ingressar na universidade, ela é uma das menos concorridas no vestibular. A situação do mercado de trabalho também conspira contra a permanência dos melhores professores nas salas de aula. Por falta de incentivos, muitos abandonam o magistério para se empregar na iniciativa privada como revisores, tradutores e editores". A responsabilidade dos educadores , mesmo dispondo de vários recursos tecnológicos da era moderna é imensa, exigindo de nós uma luta constante para mostra como o uso e o hábito de ler é importante para o aprimoramento intelectual e profissional dos jovens brasileiros.

sábado, 4 de junho de 2011

Um Novo País

Uma nação que busca torna-se desenvolvida não pode possuir 16 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza ( segundo censo de 2010), em sua grande maioria concentra-se nas regiões norte e nordeste. O maior ativo de uma sociedade é o nível de educação do seu povo, precisamos eliminar o nosso apego à ignorância e o nosso desprezo por boas universidades e excelentes centros de pesquisas e inovações.Estabelecer uma educação básica de qualidade para todos é o único caminho.Através da educação e de novos conhecimentos as pessoas ampliam a sua visão critica e o seu nível de tolerância também se expande, permitindo uma convivência saudável entre os sexos e uma maior valorização da mulher.Reduzir a mortalidade infantil deve ser um dos propósitos mais significativos de qualquer país permitindo as nossas crianças oportunidades de viverem com dignidade e com esperança no amanhã.Para que isso ocorra precisamos zelar pela saúde de nossas gestantes e ao mesmo tempo ter capacidade de combater doenças que nos afligem a muito tempo como a aids, malária, dengue e outras. Melhorar a qualidade de vida e respeito ao meio ambiente é um esforço de toda a nação, inflacionando de conhecimentos e habilidades a toda sua população, mostrando a importância de estabelecermos um novo modelo de responsabilidade social e ambiental. Com o crescimento econômico que estamos vivenciando permitir a todos um trabalho digno em que o indivíduo possa exercer a sua cidadania e ao mesmo tempo contribuir com o nosso desenvolvimento é uma tarefa extremamente gratificante.Esses objetivos citados ( Metas do Milênio) se alcançados poderemos em breve atingir um estágio de desenvolvimento tão esperado pelo povo brasileiro.

sábado, 28 de maio de 2011

Governança Corporativa Global

Em setembro de 2009 as oito nações (G-8) que tinham as funções de definir as grandes políticas mundiais perceberam que não havia condições de levar avante as suas orientações sem a presença de outros países e transformaram esse colegiado em G-20, permitindo que todos os continentes fossem representados e particularmente o continente latino americano hoje liderado pelo Brasil, Argentina e México. Este colegiado hoje mais representativo, tem como objetivo discutir a cooperação e a coordenação de políticas Globais que venha a facilitar o comércio internacional de forma justa, que proporcione a longo prazo as condições de redução da pobreza e do desemprego e definindo principalmente questões relevantes no campo financeiro. O G-20, sabe que as principais ameaças mundiais que precisam ser enfrentadas são: uma de ordem macroeconômica que trata do colapso dos ativos, fruto da irresponsabilidade dos agentes financeiros das nações ditas desenvolvidas, guerras fiscais que hoje deixa várias nações em uma situação critica (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Reino Unido) a volatilidade do câmbio que tem criado sério desconforto nas relações internacionais, além das questões comerciais e ambientais. Essa reestruturação dos organismos internacionais precisa avançar mais ainda, em sua distribuição de poder para caminharmos na construção de uma nova ordem mundial.Questões que colocam o mundo em risco, como as guerras e a proliferação das armas nucleares são discutidas ainda pelos atores tradicionais que não querem compartilhar o poder. O Brasil há anos vem reivindicando um assento no conselho permanente de segurança da ONU, como forma de aumentar a participação dos países em desenvolvimento em questões que afetam toda a humanidade e as dificuldades são enormes para a sua efetivação. As políticas excludentes não podem prevalecer isso é contra-senso, as políticas externas não podem ficar condicionadas por princípios ideológicos, precisamos buscar uma ordem mundial menos hierarquizada e a globalização através dos meios de comunicação, permitiu que qualquer tema de interesse global todos os continentes através dos seus representantes possam participar da construção de um mundo globalizado que nos garanta racionalidades econômicas,comportamentais, meio ambiente, direitos humanos e o uso de armamentos. O mundo aguarda ansioso por mais segurança e paz.

domingo, 22 de maio de 2011

A Caminho do Desenvolvimento

Segundo os estudiosos o nosso país sempre se relacionou com o mundo, através de um entendimento de concordância e não de posições próprias e autônomas.A nossa formação se origina da visão grego-romana, influenciada pelo messianismo judaico, imposta à população local e africana. Fomos descobertos graças ao mercantilismo europeu e sofremos influência da revolução inglesa no nosso processo de industrialização.O nosso país ingressa no século XXI, desejando atingir um padrão civilizatório das nações ditas desenvolvidas. Aqui dispomos de uma população integrada em termos linguístico e cultural e possuímos ainda uma das últimas reservas naturais do mundo. Temos um parque industrial diversificado e com uma das economias mais frágeis, baseada na pior concentração de renda do mundo, carências de infraestrutura, falhas na regulação, comércio ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade, uma classe política inoperante e muitas vezes corrupta e indicadores sociais e econômicos vergonhosos entre as macro regiões. Mas estamos em busca de um futuro melhor e nele as alternativas serão encontradas. A sociedade brasileira precisa enfrentar este desafio que está na consciência do risco atual e na esperança do nosso potencial para superá-la. Não esquecer que a liberdade é uma necessidade natural, mas ser livre é uma conquista social.Ser livre é um processo contínuo de ir à luta para garantir as conquistas já feitas e ampliá-las. O censo-2010, mais uma vez demonstra que a caracteristica marcante da sociedade brasileira é sua dualidade. Os indicadores econômicos e sociais revelam duas macro regiões onde a modernidade tem vida (Sul e Sudeste) e a região Centro Oeste começa a apresentar indicadores de crescimento enquanto a região (Norte e Nordeste) possui o maior contingente da pobreza extrema deste país. Em alguns estados do nordeste é gritante a situação em que se encontra milhares de famílias. Estimulo a todos os brasileiros terem acesso aos dados do IBGE-censo 2010. As regiões Norte e Nordeste, os indicadores revelam uma sociedade primitiva, vivendo em nível de subsistência, no mundo rural ou em condições de miserável marginalidade urbana, apresentando padrões de pobreza e ignorância comparáveis aos das mais atrasadas sociedades afro-asiáticas. É urgente eliminarmos essa desigualdade regional, para permitir a transformação pessoal e social do nosso povo.Buscar formas alternativas de convivência é um exercício necessário à nossa liberdade, uma prática fundamental. Como muitos afirmam é do novo que se faz o presente. Não há porque esperar, os nossos sonhos precisam ser vividos agora. Amanhã eles serão outros. Queremos viver hoje sim a nossa utopia. Vamos acabar de vez por todas o mito do paraíso futuro. Não vamos deixar de viver o hoje esperando o amanhã. Viver o hoje com toda sua intensidade, no pleno gozo da liberdade, faz da vida uma atividade política criadora e apaixonante.