sábado, 31 de agosto de 2013

A Cidade do Natal

O Plano Diretor de uma cidade é um instrumento de gestão extremamente importante para o Prefeito tomar suas decisões, permitindo que a cidade que dirige cresça de forma ordenada ou seja o seu crescimento e desenvolvimento ocorra de forma sustentável. A cidade do Natal tem tido nos últimos anos a infelicidade de absorver intervenções municipais de péssimas escolhas, senão vejamos: a ex-prefeita Vilma construiu no bairro do Alecrim, uma das obras que deveria ser estudado na academia  no curso de arquitetura como um case de uma intervenção sem sentido, o famoso camelódromo, onde tornou o bairro do Alecrim, que tem uma história na formação da cidade do Natal, completamente desestruturado e pior em seu entorno e no acesso da avenida Coronel Estevão, onde os cidadãos trafegam pela rua já que as calçadas são tomadas pelos camelôs,projeto sem estética, de uma plasticidade horrorosa desfigurando completamente uma área de um bairro tão tradicional. O alcance social de uma prefeitura é enorme e o seu Plano Diretor tem que contemplar a geração de emprego e renda definindo os espaços para que o comércio ocorra e gere riqueza. A construção de um mercado modelo verticalizado e inteligente que absorvesse os comerciantes e camelôs, dando a eles dignidade em suas tarefas e criando um ambiente de trabalho saudável para todos, era o deveria ter ocorrido. Os natalenses,tem assistido nos últimos anos a proliferação de bancas de revistas e bares em quase todas as avenidas no seu canteiro central, as únicas que ainda não foram invadidas são Salgado Filho,  Prudente de Morais e Engenheiro Roberto Freire.As suas transversais são tomadas por esta atividade  e pior, os usuários deste espaço são de uma ousadia que nos leva a afirmar que nesta cidade a  governança corporativa não existe.Eles acimentam o canteiro, colocam mesas e cadeiras, vendem bebidas alcoólicas e as pessoas frequenta com a maior naturalidade,colocando em riscos suas vidas. Algumas pessoas levam inclusive os seus filhos, que ficam circulando enquanto os pais bebem e se alimentam, é de um surrealismo nunca visto em lugar nenhum.Tomando como exemplos as Avenidas Antônio Basílio e Nascimento de Castro, constata-se que da avenida nove até o bairro de Morro Branco os canteiros centrais são invadidos por esta atividade e pelo comércio informal. Descaracteriza toda a plasticidade dessas avenidas que foram projetadas para dar maior visibilidade as pessoas que nelas trafegam. Esse uso indevido do solo está ocorrendo em uma área da cidade que foi planejada há muitos anos e que consta na história do desenvolvimento da cidade do Natal. Solicitamos ao Prefeito Carlos Eduardo que impeça esta desorganização não só nos canteiros centrais das nossas avenidas como também, devolva ao bairro do Alecrim o espaço que foi tomado por uma das piores intervenções já feita em uma gestão municipal. Que permita aos moradores e comerciantes do bairro uma melhoria ambiental e  visual ,estimulando uma revitalização de uma área histórica e significativa para a cidade do Natal.  

domingo, 25 de agosto de 2013

Acesso a informação e ao conhecimento

Os professores Vanderlei Canhos, Dora Ann Canhos e Sidnei de Souza, escreveram um artigo cujo título é: "INFORMAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICA DE CIDADANIA",  que consta no livro Práticas de Cidadania da Editora Contexto. Um artigo extremamente rico e oportuno nos dias atuais e tentarei retratar algumas passagens que no meu entender é importante que tenhamos conhecimento.Diz os mestres: O meio ambiente é a base natural sobre a qual se estruturam as sociedades humanas. O desenvolvimento socioeconômico requer, portanto, uma condição harmônica de relacionamento de seres humanos com o meio ambiente. Os conflitos socioambientais em geral são conflitos gerados pela disputa de acesso e posse de recursos naturais como os recursos hídricos, petróleo, produtos extrativistas,incluindo recursos florestais e pesqueiros, ou disputas pelos serviços gerados pelo meio ambiente, como qualidade da água e do ar.Em função da crescente utilização não-sustentável dos recursos naturais, agravada por uma maior demanda em função de aumento populacional, a destruição ambiental e os conflitos socioambientais tendem a aumentar. A situação pode ser amenizada, e até mesmo resolvida, por meio do emprego e apropriação de avanços científicos e tecnológicos e pela adoção de políticas e estratégias adequadas que conduzam a uma maior sustentabilidade ambiental.E  e nessa esfera de análise e equacionamento dos conflitos socioambientais que a educação ambiental, voltada para a formação da cidadania, passa a ter importância fundamental. E é também nessa esfera que informação de qualidade, disponível, compreensível e acessível é essencial. Qualidade ambiental e cidadania estão intimamente relacionadas. Mas adiante os professores ressaltam: a resolução dos problemas e o planejamento de um futuro sustentável exigem, além de competência local, a articulação entre os diferentes segmentos da sociedade ( nos planos local, regional e internacional). Assim, a evolução para um cenário de maior equidade e justiça social passa necessariamente por um processo de socialização da informação e do conhecimento. O terceiro setor surge na década de 1990 como portador de uma nova promessa: a renovação do espaço público, o resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do capitalismo ( cidadania empresarial), a conservação do meio ambiente e a superação da pobreza.Naquela década, houve uma transição da ação social assistencialista para uma cidadania ativa. Pode-se definir o terceiro setor como sendo o conjunto de iniciativas provenientes da sociedade, voltadas à produção de bens públicos. Tem como papel fazer frente aos problemas sociais mais prementes do país.Representa uma mudança no papel do Estado e do Mercado e na forma de participação do cidadão na esfera pública.Rompe a dicotomia entre o público e o privado e é fruto da democratização da sociedade brasileira (maior maturidade e consciência cidadã) e do desenvolvimento da sociedade civil organizada. Internalizar esses princípios e conceitos implica ainda mudanças significativas nos valores e nos estilos de vida das sociedades atuais.Daí a importância da educação , da informação e da conscientização pública, que, aliadas a instrumentos econômicos, jurídicos e a políticas adequadas, tem a missão de alterar comportamentos e promover mudanças substantivas de valores e atitudes. Os professores alertam e dizem que o maior desafio é transformar a informação e o conhecimento científico em infraestrutura para a tomada de decisão e formulação de políticas públicas é um enorme desafio para a comunidade científica e para os gestores públicos. Transformar esta mesma informação em infraestrutura para a participação cidadã é um desafio ainda maior, mas, se bem sucedido, será um instrumento fundamental capaz de influir nos processos culturais vigentes. Finalizo, convidando a todos que leiam o artigo dos professores que é de grande relevância para toda a humanidade neste mundo em transformações continuada para que possamos crescer e desenvolver de forma sustentáveis.

sábado, 17 de agosto de 2013

Nova regulação financeira

As funções da governança corporativa global é atribuída ao principal fórum de cooperação econômica mundial conhecido como o G-20. A sua existência tem como foco principal discutir a cooperação e a coordenação de políticas a serem adotados por todos os países ou regiões onde tem os seus representantes. Os grandes desafios que este colegiado se defronta são no âmbito macroeconômico (guerras fiscais, volatilidade do câmbio e colapso dos ativos), comercial (mercados ilícitos de toda ordem que criam custos para as atividades lícitas) e a questão ambiental motivada pelo crescimento da demanda por recursos naturais e energia. Atualmente, estamos vivenciando uma valorização do dólar em relação ao real que cria desconforto e preocupação aos agentes econômico do nosso país. Uma valorização acentuada estabelece situações como:Dólar e juros mais elevados, dificulta o credito externo para as empresas do nosso país.Dólar mais caro estimula uma inflação maior prejudicando a situação  das empresas com dívida externa eleva os custos dos investimentos produtivos gera um desconforto na classe empresarial, desestruturando toda a política de precificação o que ocasiona dúvidas sobre a real possibilidade de crescimento do país e ainda eleva de forma acentuada suas dívidas. Está desvalorização acentuada prejudica uma das maiores empresas do Brasil (Petrobras) que necessita importar gasolina mais cara para vender barato aqui, deixando-a em uma situação vulnerável.Mas até o momento as tentativas de uma ação global para uma regulação financeira mais rígida não foi concluída talvez por conflito entre as partes. A teoria econômica sinaliza que a taxa ideal de câmbio é aquela que permite ao país encontrar um equilíbrio interno e externo. Internamente é uma situação onde o produto efetivo  do país esteja próximo do seu potencial e, que a inflação encontre-se ao redor da meta estabelecida pelo governo. Este equilíbrio nos diz que existe uma relação direta entre a taxa de câmbio e o ritmo de expansão da demanda interna, ou seja: demanda forte requer taxa de câmbio forte para manter a economia funcionando sem pressões inflacionarias, enquanto a queda da demanda precisa de uma taxa de câmbio fraca para evitar deflação. Quando analisamos a questão externa a relação entre demanda interna e câmbio a relação é inversa. No Brasil,um dos pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico é a meta de inflação, atualmente nos encontramos com uma inflação acima do centro da meta (4,5%) e bem próximo do teto estabelecido pelo governo (6,5%). Diante deste quadro onde a economia americana da sinais de recuperação e o seu Banco Central já sinaliza aumentos de juros na remuneração dos títulos de sua dívida os países emergentes com certeza se defrontará com problemas internos que está valorização cria e compromete ainda mais o crescimento de todos. O mundo precisa de uma nova regra nas relações financeiras internacionais.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Círculo vicioso

Nos últimos meses a mídia tem chamado atenção sobre a questão da inflação, órgãos como IBGE, FIPE e DIEESE tem alertado sobre os aumentos de preços que tem ocorrido de forma generalizada e persistente, reduzindo o poder aquisitivo da sociedade.Se olharmos com atenção a inflação que insiste em elevar-se é fruto do desarranjo histórico da economia nacional. Neste momento a inflação encontrá-se em patamar que nos preocupa, logo o Banco Central utiliza um dos instrumentos de política monetária para freá-la aumentando os juros, com os juros elevados reduz-se o consumo e os investimentos e todo o sistema produtivo fica comprometido em seu crescimento, gerando aumento do desemprego. Quando a inflação encontra-se em níveis satisfatório, a política monetária reduz os juros a economia volta a ser impulsionada e a sociedade amplia o seu nível de consumo. Novamente em determinado momento as empresas não conseguem atender a demanda que foi estimulada e novamente observa-se elevações de preços e os estudiosos afirmam que tratá-se de uma inflação de demanda. A economia brasileira vive em constante mudanças conhecida como (stop and go). Todos nós sabemos que uma economia sólida para ser construída requer ações que combatam as causas e não os sintomas.A nação brasileira necessita elevar o seu nível de poupança  de crédito contínuo e de juros estáveis para estimular os investimentos buscando um equilíbrio entre a oferta e a demanda. Um grande empresário brasileiro chamado Emílio Odebrecht já nos alertava que :" Quando a produção no Brasil parar de correr atrás do consumo e quando tivermos uma cultura da poupança,inclusive no setor público, nos libertaremos do circulo vicioso que nos encontramos". A classe política brasileira juntamente com a classe empresarial precisa elaborar um plano com foco no longo prazo, montando uma estratégia positiva que vá ao encontro das necessidades da sociedade que hoje se manifesta em todo o território nacional. E quais as prioridades devem ser levadas em consideração para caminharmos alcançarmos o crescimento, reduzindo cada vez mais o desemprego e proporcionando maior distribuição de riqueza? Primeiro acabar com a fome e a miséria, segundo educação básica de qualidade para todos,terceiro investimentos em infraestrutura, quarto investimento em pesquisa e inovação e acelerar as reformas que tanto a sociedade clama que são: Tributária, política, previdenciária e trabalhista. A sociedade acordou, cabe agora ao governo escutar e agir de forma coletiva com responsabilidade para formular e implantar um novo modelo de gestão que nos leve a uma situação confortável e duradoura, já que o nosso destino é  construirmos uma sociedade sustentável, e que sirva de exemplo para o mundo.