terça-feira, 27 de maio de 2025

BAIXO CRESCIMENTO ECONÔMICO

 Uma longa história por  trás do baixo crescimento. Diz o mestre: A redemocratização do nosso país se deu em um contexto social e econômico caracterizado por alta desigualdade, péssimas condições sociais para os mais pobres no momento da transição para a democracia e enraizados privilégios para as classes sociais mais altas. Uma sociedade desigual é tipicamente composta por uma massa de pessoas pobres e um pequeno grupo muito rico. Ao longo da história do país, desde o período colonial,os grupos mais ricos usaram seu poder econômico e antigos laços com a elite política para criar, preservar, e ampliar seus privilégios:crédito subsidiado de bancos públicos para grandes empresas, socorros financeiros a empresas e empreendimentos agrícolas, sistema judiciário frágil e sujeito a influência de poder econômico e proteção comercial aos produtos nacionais. Isso significou o enfraquecimento de instituições importantes para o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, gerou aumento dos gastos públicos correntes que levou a uma tributação mais alta e de pior qualidade, com reflexos negativos no O livro " POR QUE O BRASIL CRESCE POUCO?", do economista Marcos Mendes, onde indico aos estudiosos da área econômica, ele nos mostra com muita propriedade as razões sobre o baixo crescimento da economia brasileira. De uma leitura agradável, o Mendes utiliza seu conhecimento e sua experiência no setor público para explicar que este baixo crescimento foi uma escolha nossa, que se traduz em uma péssima combinação de A) altos gastos públicos; B) elevada carga tributária;C) baixa qualidade dos serviços de educação; D) insegurança jurídica; E) baixa poupança do setor público. Mas nos aponta a saída, que passaria, pela retomada da agenda de reformas,redução dos subsídios para empresas e focalização da política distributiva. Mendes, em seu livro,chama a atenção de que existe investimento e na produtividade,o que reduz o potencial de crescimento da economia. Ademais , o surgimento de um déficit público crônico diminuiu a poupança agregada da economia, encarecendo os custos de financiamento dos investimentos. A necessidade de atender a grupos sociais distintos, transferindo-lhes renda por meio de subsídios, salários e programas de transferência de rendas , levou também à necessidade de cortar investimentos em infraestrutura, pois simplesmente não havia recursos fiscais para tudo. Mais uma vez prejudicou -se o crescimento.Os segmentos mais ricos da sociedade, que controlam as grandes empresas, têm sido bem-sucedidos em se proteger da competição. Sistemas judicial e regulatório frágeis e economia fechada são úteis quando se deseja bloquear o surgimento de novos concorrentes, expropriar acionistas minoritários ou preservar uma situação de monopólio ou oligopólio. Tudo isso enfraquece a competição, desestimula o investimento e a busca de ganhos de produtividade, reduzindo o crescimento potencial. O livro de Marcos Mendes revela essas verdades mas nos aponta uma saída, só depende de nós como sociedade organizada e bem dirigida. Adquiram o livro e  tenham uma ótima reflexão sobre o baixo crescimento da economia brasileira.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

A ÚNICA PONTE PARA O FUTURO

 O professor João Cezar de Castro Rocha, escreveu um artigo na Revista Veja, de 30 de agosto de 2017, cujo título é "A ÚNICA PONTE PARA O FUTURO". Vidas Secas aponta para a educação que o país não conquistou,que vale a leitura e uma reflexão sobre o nosso país, as suas contradições e para onde caminhamos. Diz o mestre em resumo: Os últimos parágrafos de Vidas Secas contêm uma promessa que ainda não se cumpriu--- e nessa distância reside o dilema do Brasil. A leitura obrigatória, mas difícil,pois dilacera quem não tenha a consciência embotada por privilégios de magistrados, com tantos penduricalhos incorporados ao salário; aliás, recebido todos os meses com se, apenas por não ser ilegal, o imoral fosse da ordem do ordinário. Claro: mas quem julga as leis? Os próprios beneficiários da hermenêutica "meu pirão primeiro". E nunca ficam sequer ruborizados --- às favas o pudor: eis o espírito do tempo.

1- No mundo contemporâneo, nenhum país se metamorfoseou em nação sem investimentos concentrados e de longo prazo em áreas estratégicas: educação, ciência, tecnologia. Saúde e segurança, em tese deveriam ser direitos inalienáveis e básico. É uma desfaçatez propor recursos públicos para duvidosos partidos políticos sem a resolução urgente de questões tão primárias e que afetam toda a sociedade.
2- Depois de uma travessia assaz perigosa, palmilhando o barco seco todo o sertão, Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos sem nome se aproximam de um centro urbano. Pela primeira vez, o casal dialoga; isto é, projeta um futuro possível. Conheço o trecho de cor, mas sempre me comovo ao relê-lo: "Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foi esboçando. Acomodar-se-iam num sítio pequeno, o que parecia difícil a Fabiano, criado solto no mato. Cultivariam um pedaço de terra.Mudar-se-iam depois para uma cidade, e os meninos frequentariam escolas, seriam diferentes deles.
3- Nossos magistrados recebem auxílio-moradia mesmo quando residem no local em que exercem suas funções. Sem dúvida: e ainda tantos outros auxílios curiosos que tais. Não haverá espelhos em sua casa? Não leram Machado de Assis? Não pensam em sua biografia? Nesse oceano de passos falsos, como servir de exemplo à família?
4- Esqueço a prudência:tratar a educação, a ciência e a tecnologia como "gastos contingenciáveis" é ainda mais grave do que receber malas de dinheiro com a naturalidade de quem vocifera: ora, ser padrinho de uma boda não configura intimidade, muito menos parentesco; aqui sem regras.
5- Os meninos frequentariam escolas, seriam diferentes deles. Eis a única ponte para o futuro---não há outra.
Parabenizo o professor João Cezar de Castro Rocha, pela excelente analogia dos nossos dias com a grande obra de Graciliano Ramos. Vale a leitura do artigo do professor para fazermos uma reflexão para onde queremos caminhar.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

O Estado da Palestina

 Um dos maiores erros da humanidade foi ao criar o Estado de Israel não definirem também o Estado da Palestina. Entra ano e sai ano e está indefinição frustra o povo palestino que buscam o reconhecimento do seu país e da necessidade de se impor ao mundo como nação livre e independente. Realmente é uma das regiões mais conflituosa do mundo e as inúmeras tentativas de paz fracassam pela intransigência desses dos povos em não terem a capacidade de encontrar uma solução que acabe de uma vez por todas essas atrocidades que só contribui para diminuir a dignidade humana. Até quando essa brutalidade permanecerá? A bestialidade humana sobrepõe as questões humanitárias de convivência harmoniosa entre dois povos cujas raízes são tão próximas.Falta liderança ao mundo que seja capaz de encontrar uma solução pacifica entre eles, a agenda inacabada da política externa dos grandes líderes tem por obrigação focar está questão, até por respeito a humanidade.Não tenho dúvida, da necessidade da criação do Estado da Palestina, por mais argumentos que levantem não consigo entender.Tenho certeza que muitos líderes mundiais e o meu país também concorda com a definição imediata deste Estado, para dar um fim a está escalada da violência,que historicamente tem mutilado e matado tantos homens e ao mesmo tempo sendo o maior alimentador e estimulador da vingança entre esses dois povos.A situação é tão ridícula, que só faz diminuir a raça humana, quando visualizamos jovens em pleno esplendor da vida oferecerem-se a praticarem o suicídio na esperança de verem surgir amanhã um Estado livre e democrático, onde possam realizar com segurança suas habilidades e poderem criar os alicerces de uma sociedade onde as gerações futuras possam respirar paz e estabelecer para sempre uma convivência harmoniosa entre o povo árabe da Palestina e o povo de Israel.