terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Economia

Qualquer pessoa que não tinha conhecimentos aprofundados sobre a lógica da ciência econômica, percebia o absurdo da economia brasileira antes da implantação do Plano Real. A miséria atingindo níveis inaceitáveis, faltava recursos para a educação,saúde, saneamento básico, segurança,transportes urbanos,habitação e principalmente para a geração de empregos, estabelecendo um estado de insegurança, pessimismo, oportunismo político, descrença, conformismo e uma ausência de espírito público para com as grandes questões nacionais.A falta de confiança da sociedade em relação aos economistas naquela época é aceitável, quando das tentativas com choques ditos milagrosos, levou a inflação galopante, empobrecimento cada vez maior do seu povo e a nação se afastando a cada ano do primeiro mundo. Mas o Brasil mudou, e está conquista ocorreu com o lançamento do Plano Real em primeiro de julho de 1994.Desde então deixamos para trás décadas de hiperinflação, indexação, tablitas e planos frustados, para ingressarmos no rol dos países que podem planejar o seu futuro.A presidente Dilma Rousseff, recebe a faixa presidencial em uma situação econômica confortável em relação aos que assumiram anteriormente o cargo mais alto da República. Os resultados econômicos de 2010 comprovam o ótimo desempenho da nossa economia, o PIB (Produto Interno Bruto)atingiu a marca de 7,3% sobre o ano anterior, um resultado que não era atingindo desde o Plano Cruzado, em 1986. Diante deste quadro de expansão, os economistas que auxiliam a nossa presidente não terão que buscar um novo modelo para o nosso país e sim manter esse ciclo virtuoso que estamos vivenciando.Aliás a missão dos economistas como bem definiu o pai da ciência econômica, Adam Smith é "Gerar riquezas,combater a pobreza, aumentar e preservar patrimônios em todas as suas formas". Para que isso ocorra , a presidente Dilma terá que encontrar soluções para dificuldades que, se não forem superados, certamente irá comprometer no futuro o desempenho do nosso país. Manter a estabilidade dos preços, nenhuma sociedade cresce sem estabilidade monetária, a inflação de 2010 atingiu a casa de 5,9%, acima do centro da meta estabelecida que era de 4,5%.Conter os gastos públicos, o governo adotou princípios pouco ortodoxos para cumprir a meta de superavit primário: utilizou magia contabeis para atingir a meta no papel, sem praticá-la de fato.O ex-ministro Maílson da Nóbrega disse com muita propriedade:" A presidente precisa ter em mente que, no Brasil, a imagem política se assenta na estabilidade econômica.Decisões erradas podem influenciar em sua popularidade". As reformas que tanto comento (tributária, política,previdenciaria e trabalhista) precisam serem implementadas para que possamos induzir investimentos.Os economistas estimam que o Brasil, precisa investir 22% do PIB em infraestrutura e na ampliação da capacidade produtiva de suas indústrias, afim de manter-se numa trajetoria sustentável de crescimento e obter ganhos de produtividade, razão maior para o desenvolvimento de qualquer nação. Avançar em inovação e na pesquisa, sem elas comprometemos o nosso futuro e ficamos impedidos de desenvolver bens e serviços mais avançados e de maior valor agregado.O crescimento que estamos vivendo, nos aponta para a necessidade de formamos bons profissionais, setores como a contrução civil, engenharia naval e tecnologia da informação sofrem com a escassez e a falta de qualidade dos profissionais que formamos. A solução já cansei de comentar, passa pela melhoria da educação, o tempo médio de estudo da população brasileira ainda é muito baixo quando comparados com outras nações ditas desenvolvidas. E a qualidade não preciso comentar que todos nós conhecemos. O nosso país precisa urgentemente de reduzir a burocracia, que só faz dificultar a vida de quem quer criar riqueza e gerar empregos, estimular o empreendedorismos, fazendo surgir novos negócios, desestimulando a informalidade que não trás nenhum beneficio para aqueles que estão a ela vinculada e sim comprometendo várias cadeias produtivas. O futuro do nosso país depende de ousadia e grandeza dos projetos, chega de projetos emergenciais esse é o grande desafio da nossa presidente. Acorda Brasil.

2 comentários:

  1. Grande Marcos!
    Começando mais um ano com "gosto de gás", como se diz.
    Realmente, um país tão grande, bem humorado (apesar de suas mazelas) e promissor como o nosso, tem muito a crescer e contribuir com o planeta. Concordo plenamente que isso só será evidente quando houver a melhoria na educação, que você comenta no artigo. Somente com uma educação de qualidade (principalmente na base - nível fundamental), o Brasil poderá ser um verdadeiro celeiro de "projetos realmente portadores de futuro", como você mesmo costumava dizer nas nossas longas e agradáveis conversas no tempo da velha CODIN. Não precisamos ir longe. Olha só, por exemplo, a quantidade de vento que temos no litoral deste abençoado estado potiguar, presente diário e constante do nosso Criador. A "fonte" é gratuita e abundante. Sei que já há algum investimento em energia eólica no RN, mas poderia ser muito mais, por parte não só do Governo, mas também da iniciativa privada. Será que, se incentivados, nossos novos cientistas recém graduados não poderiam "bolar" formas mais eficazes e baratas na sua produção? Tá todo mundo, no mundo todo, arrancando leite de pedra pra poder gerar energia limpa. E a gente, curtindo a brisa, numa rede, tomando água de coco, sentindo a abundante brisa seguir seu rumo sem aproveitar mais nada dela. E, ainda por cima, pagando caro aos gringos pela energia elétrica e combustível fóssil, que a gente produz, mas, incrivelmente, não é suficiente, e a gente precisa complementar com importação. Pode?
    É mesmo... O Brasil precisa acordar, de verdade!
    Um abraço, felicitando pelo ano que inicia, e esperando pelos seus próximos ricos artigos!
    Júlio César

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  2. Professor Marcos Alves, de volta às publicações de seus excelentes artigos !! Mais um ano se inicia e estou sempre a comentar suas ideias e opiniões.

    Em relação ao tema citado, não é que eu queira sempre polemizar os assuntos aqui discutidos como já me vieram falar, mas é que eu tenho opinião formada sobre o assunto, o que para muitos vai de encontro com suas ideias.

    Acredito que o governo da Dilma será, ou um preparo para o retorno de Lula ou um governo sem expressão, visto o seu programa de governo.

    Inicialmente, ela quis propor ações e mais ações desenfreadamente. O resultado disso foi a retirada de boa parte do texto do programa.
    As reformas política e previdenciária, ela nem sequer comenta mais. A tributária que é a que ela enfatiza, acho muito difícil de sair e se sair vai ser incompleta, ineficiente e burocrática.

    Não quero dizer o governo representará uma total negatividade à nossa prosperidade econômica, mas não acredito que teremos os índices que eu sei que poderíamos alcançar com a máxima competência, iniciativa política e eficiência possível.

    Não sou pessimista professor, é só a realidade que eu enxergo...


    Diego Henrique

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