domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rio + 20

A cidade do Rio de Janeiro em Junho\2012 vai sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável a Rio + 20, onde mais de 50000 chefes de estado, de governos, representantes de organizações internacionais, empresários, professores e estudantes estarão discutindo metas para conciliar desenvolvimento com proteção ambiental. Afinal o que entendemos por economia verde? Modelo econômico que busca reduzir o risco de escassez ecológia e dano ambiental. A riqueza gerada pela sociedade passará a ser medida não mais pelo capital físico e sim pela combinação deste com o capital humano, social e natural. Uma das maiores autoridades em economia verde, o senhor Pavan Sukhdev,indiano e economista sênior do Deustsche Bank, afirmou em entrevista concedida a revista veja em Junho de 2010 que:" Para o capitalismo voltar a funcionar, é preciso entender a riqueza como uma combinação do capital físico (produtos e serviços feitos pelo homem, bens monetários), do capital humano (saúde, educação e inteligência), do capiatal social (segurança nas ruas e outros elementos da convivência em sociedade) e do capital natural ( a possibilidade de respirar ar puro e beber água limpa).O modelo de progresso econômico quantificado apenas no PIB é uma falácia. Estamos presos em um esquema que privilegia a quantidade contra a qualidade.Isso é ilógico". O senhor Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), será o mediador dos debates sobre a preservação dos recursos naturais no Rio + 20, em entrevista a pagina amarela da revista Veja desta semana afirma:" está otimista com esse encontro e que a economia verde só traz benefícios, embora tenha consciência de que os países ainda têm muita dificuldade em agir de maneira coordenada, tanto regional quanto internacionalmente. E que espera que nações ricas principalmente a americana apresente disposição para implementar as medidas discutidas neste encontro. Seria ingênuo, se não economicamente inviável, pensar no futuro do desenvolvimento sustentável sem a participação dos americanos. É urgente que os países cheguem a um consenso. É verdade que houve pouco avanço na esfera internacional,mas já se vê um progresso considerável em iniciativas realizadas dentro de cada país". Está preocupação com o futuro da humanidade e a necessidade dos governos se prepararem para a transição para a economia verde,diz o senhor Pavan:"Como economista ambiental, há uma espécie que, na minha opinião, não precisa ser salva: a das empresas improdutivas e pouco sustentáveis.Os governos deveriam simplesmente deixá-las morrer. Precisamos, de segurança na rua, de transportes públicos de qualidade e a custo decente, de ar puro para respirar. Chama isso de riqueza pública, e a função dos governos é resguardá-la. Os governos estão preso ao seguinte modelo: o crescimento do PIB influência nos lucros corporativos, estes elevam o nível de arrecadação de impostos, que por sua vez alimenta o orçamento deficitário do estado. Uma maneira de sair deste círculo vicioso é mudar a taxação de recurso.Em vez de arrecadar impostos sobre renda e bens, com é feito hoje, seria melhor taxar os efeitos externos negativos da atividade empresarial. Se o custo ambiental do produto fosse incluído no preço final, aí, sim, as empresas teriam de inovar. Atualmente, a inovação apenas tem substituído consumo por mais consumo. A verdadeira inovação é fruto de limitações de oportunidasdes e da engenhosidade humana.Em uma economia verde, haverá ainda mais inovação, porque as empresas terão de descobrir uma maneira de fabricar os mesmos produtos sem poluir e substituindo determinados materiais por outros, mais sustentáveis. O setor financeiro correm para as atividades onde estão os negócios mais bem sucedidos. Em uma economia verde não será diferente. As empresas com melhor retorno financeiro, aquelas com maior estabilidade e bom padrão de crescimento, serão sempre privilegiadas pelos banqueiros". Não é fácil para muitas nações implementar essas medidas,principalmente nos países de fragilidades democráticas, porque vai inicialmente de encontro com interesses de muitos grupos empresariais e o poder econômico com certeza prevalecerá independente de não assegurar o bem-estar à sociedade e de não deter a destruição do meio ambiente. É preciso compreender que a transição para a economia verde gera emprego, renda e melhora a qualidade de vida de toda a humanidade.Vamos aguardar.

15 comentários:

  1. Como amanhã começar um novo semestre letivo, muito bom começar lendo um belo artigo, concordo com suas palavras professor Marcos Alves, acho que tudo que é novo a princípio tem rejeição, mas com o passar do tempo o mundo vem mudando de maneira tão rápida que a hoje temida economia verde para alguns, se tornará um sucesso imenso no nosso planeta terra.

    João Lucas Lemos 4MA - FP - UnP

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  2. rafael bezerra de oliveira13 de fevereiro de 2012 às 03:18

    É com grande satisfação Professor Marcos Alves Que reflito sobre os seus artigos.Diante desse questionamento, podemos chegar a conclusão de que os governos precisam rever seus conceitos pois a economia verde vem propocionar um crescimento sustentável, onde a sociedade virá as ser beneficiada como um todo, tanto com o meio ambiente como na geração de empregos,mas o impecílio é que as organizações precisam de investimentos, onde seus gestores tem que quebrar paradigmas e refletir que no século XXI as empresas tem que pensar no meio ambiente.

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  3. Existem várias vertentes para serem observadas, pois de um lado estão os interesses sociais, onde a sociedade como um todo está preocupada com a qualidade de vida; de outro lado estão os empresários, ávidos para obterem lucros cada vez maiores, sem dar muita importância ao prejuízos ambientais que causam e ainda existe a classe política preocupada única e exclusivamente em locupletar-se com a situação, seja aparecendo para a sociedade como um defensor da natureza ou para o empresariado como a pessoa capaz de defendê-los, obtendo como moeda de troca apoio de ambas as partes. Creio que neste embate a sociedade sairá vitoriosa, mas terá que vencer várias batalhas antes de saborear os prazeres que a natureza bem cuidada e preservada certamente trará.

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  4. Muito bom o seu artigo professor, com certeza aprendemos muito ao ler esses artigos. Mas diante do que li,vejo que nós enquanto Sociedade, temos que se tornar conscientes e adotar hábitos para vir a melhorar e ajudar a preservação do meio ambiente, são hábitos, coisas simples mas que fazem toda a diferença, precisamos ser reeducados com novos hábitos. o governo poderá e deve ter iniciativas assim como a cidade do Rio de Janeiro e muitas outras iniciativas que estão surgindo, isso é muito bom é uma garantia de que se está fazendo algo pela sustentabilidade, mas acredito que a Sociedade em geral precisa mudar,e que tem um papel fundamental, a conscientização e o consumo desenfreado, temos que continuar sendo consumidores, mas o conhecido consumidor ''verde'' passando a consumir produtos que menos contaminam o meio ambiente, dando privilégio aquilo que está sendo investindo na preservação do meio ambiente. Acredito que 50% está nas mãos dos governadores, com desenvolvimento de projetos e 50% nas nossas mãos enquanto sociedade.

    Gerlane, 16 de fevereiro de 2012.
    UnP Turma 1MA.

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  5. Para o Brasil tal tema é muito importante tendo em vista a enorme riqueza de seus recursos naturais, dos quais países desenvolvidos fazem grandes alardes para preservá-los. Só não consigo entender o que o Brasil quer com tais países que degredaram os recursos naturais deles, com modelos de desenvolvimento altamente prejudiciais ao meio ambiente, todos apontam através de estudos o desmatamento da floresta Amazônia, mas não vemos grandes alardes, como por exemplo nos Estados Unidos, por motivos econômicos não estão preocupados nem um pouco se devastarem uma área do tamanho do Sergipe, se com isso gerar emprego e desenvolvimento. A Bulgária por exemplo tem grandes reservas de carvão mineral e boa parcela da economia orbita em torno delas, através das usinas termoelétricas e outros usos, são um povo altamente instruídos, sabem de toda essa conversa de sustentabilidade e proteção ao meio ambiente, mas ninguém (pessoas, políticos) querem abandoná-las, sabendo que o país despencaria, com desemprego e enfraquecimento da economia. Eles continuarão com essa atividade por mais, pelo menos uns 70 anos. Se perguntarmos a um cidadão de Nova York, sobre o problema da escassez da água potável no planeta, a resposta será: Que problema? Mas se perguntarmos ao um cidadão, da maioria dos países da África, a resposta será um discurso de pelo menos quinze minutos. Desenvolvimento sustentável é muito importante para nós, brasileiros, mas vivemos num globo e temos que nós voltar contra esses vizinhos poluidores que só se fazem de preocupados com o tema, me lembro da frase do ex presidente americano George Bush: "Se para nos desenvolvermos mais, for preciso poluir mais, então poluiremos mais". Hora, se lá em casa nos preocupamos em evitar a proliferação do mosquito que transmite a dengue, e temos um vizinho que não o faz, certamente padeceremos desse mal, embora estejamos fazendo nossa parte.


    UnP - Administração 3ª Serie - Turma 3NA

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  6. Juliana Cândida (Aluna UnP 3NB e 7NB)19 de fevereiro de 2012 às 07:55

    É incrível como estas grandes reuniões das cúpulas são tão eficazes quanto tapar o sol com a peneira. Fazendo uma rápida retrospectiva pode-se concluir que a ECO 92 apenas deu abertura para que se iniciassem as preocupações bastante superficiais com o meio ambiente
    Mal se viu alguma coisa mudar, até porque, na época, a tecnologia existente não nos permitia ter uma exata noção de quais problemas enfrentávamos em relação ao meio ambiente ou que viríamos a enfrentar com o passar do tempo de forma quantitativa. Chamam a crescente poluição de “perigosa”, mas não sabiam dizer exatamente o que este termo significava
    15ª Conferência das Partes (COP 15) realizada em Copenhague no ano de 2009, mais uma vez não gerou resultados palpáveis à curto prazo. O que houve foi muita falácia e nenhuma meta foi estabelecida de forma global, apenas local, ou seja, os países terão de informar a ONU quais iniciativas farão para diminuir o aquecimento global.
    O que nos leva a crer que nenhuma destas grandes reuniões será suficiente se as empresas e seus respectivos administradores não tomarem por si só medidas inovadoras de desenvolvimento sustentável. Ou ainda se os governos em suas três vertentes (Federal, Estadual e Municipal) não começarem desde já a disseminar na população desde muito cedo o respeito ao meio ambiente
    Pelo visto, as ações devem ser locais para que tenham resultados globais.
    Recordo-me de algo que jamais vou esquecer que me ocorreu ainda no ensino fundamental quando uma professora de português ensinou para a turma as conseqüências catastróficas que um simples hábito (diga-se mal hábito) de jogar o lixo nas ruas podem causar, não só a quem o pratica, mas a todos que vivem em determinada comunidade. Ela falava das enchentes por lixos entupindo bueiros, de animais morrendo no mar por lixos ali lançados e falou ainda do quanto cada um de nós, mesmo que sozinhos, poderia contribuir para que este mal crescesse ou da decisão por simples ações para evitar tais acontecimentos.
    Nos trouxe a consciência de que uma simples embalagem de um chocolate a menos lançado na rua, era, em duas vias, uma pessoa a menos poluindo ao mesmo passo que era um lixo a menos causando danos irreparáveis. A partir daquele momento, se deixo cair, mesmo que por acidente, uma embalagem no chão, até mesmo um palito de picolé que é mais facilmente degradável, ocorre em mim um imediato mal estar, fazendo com que, ao menos eu, tenha a consciência de guardar no bolso ou na bolsa minha poluição diária e lançá-la fora apenas em local adequado.
    O quero dizer é que, a única solução para os problemas que o planeta já enfrenta está no fazer e não no falar. Educar e não punir. É algo que deve ser praticado diariamente. Porém, os maiores poluidores são ainda os mais resistentes a assumirem seu papel e a fazerem as mudanças porque, infelizmente, o lucro e o poder sempre falam e, pelo visto, falarão mais alto.
    Do fundo do meu coração, espero que esta reunião traga á tona que algo precisa ser feito, porque falado já foi e sempre é em todas estas reuniões. Até quando o dinheiro falará mais alto detrimento da manutenção da vida de todo um planeta?

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  7. Se considerarmos que no inicio do ano 2000, o desenvolvimento sustentável era praticamente um termo desconhecido pela população e por grande parte das empresas, ouso afirmar que a questão ambiental atualmente já avançou muito. Ensinavam nas escolas a educação ambiental, mas o assunto não entrava nas rodas de conversas, nas famílias, na sociedade, na mídia, entre outros. Hoje, doze anos depois, a questão já é diferente: se proliferam pelas faculdades e universidades cursos voltados para a questão ambiental. O consumidor começa a se conscientizar e exigir ações sustentáveis das empresas que elas consomem o seu produto. As empresas, igualmente, percebem os benefícios de adotar uma produção alternativa. Um desses métodos, a Produção Mais Limpa, gera benefícios ao evitar a criação de resíduos, diminuindo o impacto ambiental e os custos das empresas, lhe oferecendo maior competitividade. E de quebra gera imagem positiva da corporação, abrindo caminho para o marketing verde e o ecodesing. Ou seja, em um curto espaço de tempo, a questão ambiental saiu de assunto coadjuvante para protagonista muito rapidamente. É claro que a consciência ambiental já veio antes, na década de 60, com a publicação do livro "Primavera Silenciosa", passando pela ECO-92, os movimentos ambientais, a Conferência de Kyoto e a RIO+10, mas só a partir da década passada é que os efeitos colaterais dos desmandos do homem na natureza se intensificaram, despontando o assunto como pauta importante para todos. E como já foi dito nos comentários anteriores, ainda há muita coisa a se fazer. Não basta só conferências, reuniões, tem que se colocar em prática o que foi discutido e acordado (a Agenda-21, fruto da Eco-92, pouco foi aplicada), o consumismo desenfreado precisa parar, a adoção de fontes de energias alternativas e renováveis, o ciclo de vida do produto precisa aumentar para que possa ser reutilizado ou reciclado, entre outros. Qualquer iniciativa ambiental, por menor que seja, gera um impacto glocal (global + local), que se todos o perceberem e começarem a agir, com certeza fará a diferença.

    Luan David - 4NA.

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  8. Olá professor Marcos Alves, adorei o artigo. O que tenho a dizer sobre este assunto? Nâo querendo me tornar repetitiva visto que em todos os comentários foi citado "devemos parar com o consumo desenfreado, devemos ter consciência, mudar nossos hábitos..." O que tenho a acrescentar? EDUCAÇÃO, pois tudo começa com a educação, é da escola que sairão os futuros consumidores e futuros empreendedores.
    GRANDE ABRAÇO!

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  9. Ótimo artigo professor, exatamente os governantes, empresários e sociedade em geral devem rever e refletir seus conceitos da sociedade capitalista e se habituar a economia verde, que vai proporcionar inovação , criatividade e bem estar para toda a sociedade. Incentivar desde a base os futuros consumidores a comprar produtos ecologicamente corretos para uma economia sustentável.

    Karen Leonita- 3MA FP

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  10. e vejo de forma bem critica e realista gostaria de acreditar que o Brasil mesmo a longo prazo se adapte a sustentabilidade mas um pais que se preocupa com apagão nossa energia elétrica e por hidrelétrica ainda falta muito mesmo será que realmente esses políticos que nos mesmos escolhemos ai eu ate pergunto será que a voz do povo e a voz de Deus realmente olha so quem elegemos pra nos roubar falta cultura inteligencia se ta melhorando eu mesmo não noto nada parece que esta e piorando e a utopia deque nossa economia esta entre as dez maiores do mundo deve ser algum jogo de marketing entroca de algo e necessário uma mudança brutal e radical na mentalidade brasileira.

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  11. Muito bom o seu artigo; O senhor se expressa de maneira polida e com conhecimento de causa. O Brasil precisa passar pela revolução da educação em todas as esferas. Os governantes precisam investir no maior patrimônio de uma nação que é o seu povo. Infelizmente a classe política, na sua grande maioria sobrevive da ignorância do seu povo. Como promover um desenvolvimento sustentável? Investindo no seu maior patrimônio: O seu povo, através da educação. Jorge Robson ADM 3MA.

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  12. O desenvolvimento sustentável deve ser escolha de muitas empresas para ajudar o meio ambiente.No futuro só aquelas que contribuem para a preservação do meio ambiente terão mais chances de crescer no mercado.

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  13. Espero que assim seja,que invistam na economia verde para trazer reais benefícios para nossa sociedade.E não para gerar descazo e transtornos economicos,políticos e ambientais.Assimjuntos vamos aguardar pelo que virá.
    3MA...

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  14. Enquanto nós, estudantes de administração, aprendermos que o princípio da TGA é PODC acredtito que continuará assim, porém como o senhor bem diz em aulas: "O princípio da administração é a produtividade", onde claramente entendemos que produtividade é aumentar consideravelmente a aceitação do bem/produto com excelente qualidade e o mínimo de rejeitos. 3nb FP

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  15. Layse 3NB - Floriano Peixoto24 de abril de 2012 às 11:55

    http://www.valor.com.br/rio20/2630368/crise-mundial-desafia-resultados-da-rio20-diz-coutinho

    Fala sobre o RIO+20

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