sexta-feira, 4 de maio de 2012

O papel do Governo

Qualquer nação independente de sua posição geopolítica, possui nos  seus objetivos de política econômica quatro pontos que é comum a todas elas: Crescimento da produção e do emprego,controle da inflação, controle das contas externas e distribuição de renda. Para que esses objetivos sejam alcançados as autoridades econômicas elaboram as grandes políticas que são: Fiscal, monetária, cambial e rendas. É bom lembrar que essas políticas não são independentes são sim conflituosas exigindo das autoridades conhecimento e habilidade em saber utilizar os instrumentos de cada política para que os objetivos sejam alcançados. Ao governo cabe estabelecer internamente uma atmosfera positiva para o ambiente de negócios,  uma política fiscal onde os gastos governamentais amplie a sua qualidade e uma tributação moderada, uma política monetária onde o custo do capital seja razoável, estimulando o empreendedorismo e os investidores institucionais, através de uma política macroeconomica previsível e ao mesmo tempo definido o marco regulatório e fortalecendo cada vez mais o mercado de capitais. O sistema econômico que se organiza em torno dos mercados tem uma qualidade que o diferencia dos demais, consegue compatibilizar a eficácia produtiva com a liberdade de iniciativa, embora saibamos que a qualquer turbulência cria flutuação na produção e no emprego e ao mesmo tempo o seu processo distributivo leva a desigualdades de renda. Este modelo exige um Estado indutor constitucionalmente forte que permita  as condições de seu funcionamento. O papel do Estado é extremamente importante não só na produção de bens públicos de qualidade, mas estimular os empresários, investir na construção de uma logística que contemple todo o espaço do nosso país e principalmente utilizar na sua gestão os princípios da governança corporativa que são: equidade,transparência, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Precisamos, planejar com visões de longo prazo onde a política fiscal seja voltada para apresentar a médio prazo deficits nominais aceitáveis,  e que tenhamos uma relação dívida pública\PIB dentro de parâmetros consideráveis. A política monetária que é executada pelo Banco Central deve ter como objetivo garantir a estabilidade da nossa moeda e do sistema financeiro de tal modo que permita a médio prazo termos internamente taxas de juros reais próximas as praticadas externamente, lembrando que a política fiscal bem conduzida muito auxilia,para que esta meta seja atingida. As medidas de estímulos que estão sendo anunciadas, como renuncia fiscal, desoneração do custo previdenciario, redução das taxas de juros devem ser bem definidas com o objetivo de ativar não só a demanda mas também a oferta, precisamos eliminar de uma vez que a produção corra atrás do consumo. Estimular novos negócios requer definição clara das regras  para que o empresário tenha segurança jurídica, logo exige dar liberdade mas bem regulada. Para que a política econômica seja bem executada uma das exigências é que as autoridades tenham competência e habilidade no uso dos instrumentos disponíveis de cada política e que a nação brasileira possa no futuro não tão distante apresentar indicadores sociais e econômicos comparáveis as nações de primeiro mundo. Vamos aguardar.

10 comentários:

  1. Concordo com o que Senhor falou. Percebo que o Governo está começmado ao menos "sonhar" com uma taxa de juros adequada para o invistimento em novos negocios. Vejo que há uma enorme distancia ainda, mas espero eu.. que algo aconteça para o estimulo de novos negocios de fator crescente no País. RONY HEBERT

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  2. Professor, parabéns pelo seu aniversário domingo, muitos anos de vida, que o senhor contribua ainda mais com blog, porque a sociedade precisa de pessoas inteligentes como o senhor,a sociedade como um todo e carente de conhecimento.
    Alexsandra kelly e toda turma do 3MA.

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  3. Professor, tá bom de o senhor começar falar menos palavrão em suas aulas, já que o senhor se diz um profissional tão competente, ética e educação se aplicam a isso. Não pagamos para ouvir besteiras!
    Não trabalho o dia inteiro para chegar na faculdade e ficar perdendo o meu tempo.

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    1. Eu pagaria para ter aula só dele. Aprendi muito nas aulas do Prof. Marcos pra mim ele foi o melhor professor que já tive. Na UFRJ achei que teria bons educadores, mas nenhum chegou perto dele.

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    2. Sugiro à você Anônimo que não suporta palavrão, que saiba separar o joio do trigo e entenda que os palavrões ditos pelo mestre são apenas expressões de indignação ante a nossa triste realidade, claro que exprimí-los não soluciona nada, mas descontrai quem não está muito a fim de ouvir nossas tristes verdades. Outra coisa é o fato de o professor só usar tal linguajar pra criar um vínculo com a própria expressão corporal dele, que com o passar do tempo substitui os palavrões por uma pausa seguida de risadas, admita, você já deve ter rido muito e relaxado numa aula que tinha tudo pra ser cansativa, desanimadora (dada a nossa realidade econômica) e sem graça. Então jovem, relaxa e busque o aprendizado em sala de aula que, com certeza, supera os momentos de descontração com os ditos palavrões. Apropósito, os enlatados americanos tem mais palavrão do que o professor já foi capaz de dizer em 30 anos de carreira. Só não ouve quem não quer...

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  4. Apesar de atualmenete ter uma visão leiga até certo ponto em relação a economia politica de uma nação, concordo com toda medida que tenha o intuito de fazer nossa querida nação crescer, e obter uma expanção economica boa não somente para o pais, mas também povo brasileiro; vemos com estas medidas tomadas pelo governo que pouco a pouco nosso pais está se tronando uma economia mais forte e segura falando economicamente; vamos aguardar os resultados destas medidas governamentais. Ass. Pedro Henrique Aluno da Unp 3NA.

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  5. Juliana Cândida Gonçalves - 3NB e 7NB UnP - FP - Noturno15 de maio de 2012 às 16:40

    Estamos cientes que graças aos objetivos de política econômica que nossa nação possui evoluímos bastante nos últimos anos. É perceptível que há hoje mais empregos, inflação em níveis suportáveis (para quem viveu o auge das gigantes inflações dos anos 80 e 90), que já esteve em patamares assustadores e aniquiladores de qualquer sonho nosso em um dia sermos independentes, além de uma dívida sanada junto ao FMI (em 2007, ao menos é o que dizem) e a distribuição de renda que ocorreu graças à programas sociais como o bolsa família. É óbvio que dar o peixe nunca será tão bom quanto ensinar a pescar, mas já crescemos bastante e isto graças a uma visão diferente ocorrida em nossa política. Porém, há de se convir que para a dívida externa ser “paga” a nossa dívida interna duplicou, o que nos deixa muito aquém do ideal e desejável, além de nos fazer estagnar, porque gera consequências arrasadoras em nosso progresso, inibindo-o cada vez mais.
    Ainda reforço o fato de vivermos de paliativos que apenas amenizam a nossa triste situação sem resolvê-la de fato.
    Por que não se criam políticas que interajam positivamente entre si, de modo a convergirem para o bem geral sem que a melhoria de uma prejudique o bem estar da outra? Bem, penso que dar soluções para nossos problemas seria o mesmo que deixar de dar o peixe e ensinar a pescar, mas é o governo se mantendo o dono da vara que se mantém tantos famintos ao redor dependentes destes programas mascaradas de soluções.
    Aos empreendedores brasileiros restam minúsculas linhas de crédito que arrastam e retardam seu crescimento, pois estes precisam sonegar ou ainda não tributar ficando na informalidade por anos para conseguir sobrevier já que não há políticas sérias em nossa macroeconomia que dê subsídios reais a estes pequenos empresários, que geram renda e emprego à população. Então, estes sempre se veem forçados a darem o velho “jeitinho brasileiro” para manter-se no mercado driblando as regras, porque se as seguir fatalmente seu negócio morrerá e com ele sonhos.
    Se os princípios da governança corporativa são: equidade, transparência, prestação de contas e responsabilidade corporativa, que tal sugerirmos que nossos governantes políticos as pratiquem? Seria uma maneira de termos uma melhor visão ao que é feito com nossos suados tributos e impostos que pagamos aos baldes a cada segundo que se passa.
    Que as medidas de estímulos anunciadas venham e que estas injetem na economia uma realidade nova e totalmente diferente da que conhecemos, só assim teremos alguma chance perante o futuro incerto para uma nação que não sabe pensar à longo prazo e que peca por não ter uma visão clara do futuro, talvez por ser tão habituada a correr atrás do prejuízo sem ter tido nunca a noção de que estar no lucro não significa trapacear e tirar cartas da manga ou subornos das carteiras com o intuito de solucionar problemas, ao invés de soluções adiam os que tem e acabam criando outros, cada vez mais sérios e duradouros. Precisamos nos acostumar a ser honestos consigo mesmos dando-nos o direito de agir como uma nação rica que somos para só então conseguirmos alavancar nossa economia rumo ao desenvolvimento sustentável, tal qual são as nações de primeiro mundo.
    Será que não temos soluções para estes velhos problemas?

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  6. Professor sinto saudades das suas aulas, suas risadas e até seus pequenos palavrões,kkkk.
    Com certeza, se não fosse esta dinâmica utilizada pelo Senhor, a aula não seria tão produtiva. Estou no sétimo período de Administração e posso afirmar, que ainda não tive aulas tão ricas como as suas. Me desculpem os demais docentes. Não estou desmerecendo a metodologia utilizada por eles,mas nada que se compare com as aulas deste grande mestre.
    Obrigada por ter sido responsável pelo meu crescimento profissional, através dos seus ensinamentos acadêmicos.

    Adriana Vilela 7NA - FLORIANO UNP
    adrianavilelacid@hotmail.com

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  7. Layse 3NB - Floriano Peixoto25 de maio de 2012 às 06:04

    Hoje estava lendo uma reportagem sobre a crise na Europa, que afetou o Carrefour e o Atacadão que são os mesmo donos. E vi que a crise se deu devido a moeda dos europeus estar desvalorizada, e mesmo que se crie uma nova moeda eles não tem como valoriza-las mais. È como o senhor diz em todas as aulas, devemos ficar felizes por estarmos caminhando pra 18 anos da criação do "REAL". Temos muitas chances de nos tornamos um país de primeiro mundo. A os país que mais humilharam a gente estão caindo, Europa e EUA.

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  8. Professor Marcos, sou aluna da pós-graduação em políticas públicas e gestão governamental na UFRJ, e discordo totalmente com o comentário depreciativo aos mestres em Economia desta renomada Universidade. Gostaria de acrescentar que leio seu blog e suas opiniões vêm totalmente ao encontro das minhas e dos mestres referidos.
    Parabéns por seus comentários muito representativos, com um vocabulário simples e educativo, que contribuem para nossas reflexões acerca do nosso cenário econômico atual.
    Continuarei visitando-o. Abraços
    Assistente Social do INCA
    Claudia - Rio de Janeiro

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