segunda-feira, 13 de março de 2017

A questão da produtividade

Para que o desenvolvimento de uma nação ocorra é necessário que três elementos fundamentais se consolidem. 1- Investimentos em máquinas, instalações e infraestrutura; 2- Incorporação de mão de obra ao processo produtivo e 3- Ganhos permanentes de produtividade.A produtividade palavra mágica deriva de muitos fatores, com destaque para a educação, que é a base do conhecimento e daí da inovação e da tecnologia. Boas instituições de ensino, com educação de qualidade em todos os níveis e gestão pública adequada aumentam a produtividade via menos burocracia,menores custos e mais eficiência. É preciso compreender que a busca do crescimento do PIB é necessário mas não suficiente se tivermos os nossos olhos voltados para o futuro. Um país com PIB em alta mas com baixa produtividade terá, em pouco tempo,um encontro marcado com a inflação ou a estagnação.Pela mesma razão, um país em que a renda aumenta mas a produtividade se mantém estagnada está simplesmente consumindo mais riqueza do que produz e, consequentemente, comprometendo a qualidade de vida das próximas gerações. A produtividade é a chave do progresso das nações por resumir em um único indicador diversas outras variáveis. Se a produtividade cresce muito e por longo tempo, com toda a certeza o país tem alta qualidade na educação, nível adequado de investimento, capacidade de inovação e carga  fiscal não punitiva.A existência de um ambiente de negócios atraente e com segurança jurídica é um poderoso emulador da produtividade, que, por sua vez, realmente realimenta e legitima aquelas condições, em um desejável ciclo virtuoso. A produtividade é até mesmo a medida indireta da qualidade da classe política, pois ela cresce sempre que seus mandatários pensam mais na próxima geração do que na próxima eleição e, para corrigir distorções incapacitantes do país, estão prontos a amargar impopularidade pessoal momentânea em troca de benefícios para todos pelas próximas décadas. A constatação mas aguda foi que chegamos ao limite da exaustão em nosso país dos extraordinários ganhos de produtividade que a economia experimentou com a derrota da inflação, a lei de responsabilidade fiscal, privatizações e outras reformas  modernizadoras do governo FHC. É necessário que a classe política  brasileira esteja atenta a está questão que compromete as gerações futuras. É  preciso preparar o país para trilhar o caminho do crescimento e desenvolvimento sustentável, com mais eficiência, reduzindo a pobreza que nos envergonha  e que está presente em qualquer estado brasileiro, melhorar os indicadores sociais e reduzindo os desequilíbrios regionais.

2 comentários:

  1. excelente abordagem prof...
    Para o seu próximo tema abordado, o senhor poderia falar sobre a transposição do rio são francisco, gostaria de ver a opinião de um economista, os benefícios sociais e econômicos gerados com sua conclusão, mesmo de atrasos nas obras e superfaturamento da mesma.

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  2. Juliana Cândida Gonçalves28 de março de 2017 às 17:31

    Professor Marcos Alves,
    Grande honra de poder acompanhar seu brilhantismo, sinto saudades das aulas.

    Falando em produtividade, o que dizer da terceirização? O que podemos vislumbrar num futuro não tão distante? Precarização da mão de obra? Exploração do trabalhador? O que o Sr pensa a respeito deste tema?

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