sábado, 9 de julho de 2011

Um Novo Modelo

O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo auto - sustentável através do qual os bens econômicos crescem mais rapidamente do que a sociedade. Como é um processo, tem inicio, meio e nunca tem fim, estamos sempre inovando, modernizando e implementando novos princípios com o objetivo de acelerar o nível de bem estar da população. É bom lembrar que este processo não ocorre rapidamente, pois exige uma alteração profunda no âmbito social, econômico, político e uma nova postura da sociedade quanto ao futuro da nação com um custo muitas vezes elevado. O grande mestre Delfim Netto, em artigo na folha de são paulo em 11/05/2011, cujo título é Lição de casa, alerta sobre uma questão importante e diz: " Há visíveis discordâncias entre os economistas sobre como superar os problemas deixados pela crise de 2007- 2009. Ela desempregou, no plano da economia real, aproximadamente 30 milhões de cidadãos, desarticulou ainda mais a precária condição fiscal de um grande número de países, acentuou os imensos desequilíbrios (positivos e negativos) no balanço em conta-corrente de alguns deles e introduziu sérias dúvidas sobre a continuidade do uso do dólar como unidade de conta internacional. Essa confusão não é o fim, mas o começo de um novo conhecimento econômico. É evidente que o conhecimento só avança quando é contestado pela realidade: a ciência progride sobre suas falhas.O estado de dúvida ampla , geral e irrestrita deve levar à modéstia nas recomendações normativas frequentemente extraídas de modelos elegantes, mas de discutível vinculação com a realidade. Abre-se um vasto campo de conhecimento a ser retrabalhado e explorado". Mais adiante o mestre nos informa que "nunca foi tão importante como agora conservar o que sobrou da boa e velha lição que fez o sucesso do Estado indutor constitucionalmente controlado: 1- Realizar uma política fiscal com olhos no longo prazo, com moderados deficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública/PIB; 2- Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento; 3- Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir; 4- Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal, leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa;5- Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos; 6- Dar liberdade bem regulada aos mercados; 7- Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional". A participação de cada um nesse processo é muito importante. Devem se unir trabalhadores e empresários, dirigentes e dirigidos, governantes e governados, todos com um só objetivo: o progresso do país.Quando isso ocorre, o país melhora em ritmo crescente e o êxito do processo vai depender da capacidade do povo em se unir em função do bem estar comum, através de dirigentes que tenham competência e confiança da sociedade em saber conduzir a política econômica, para que todos cooperem e lutem por um país mais justo e rico, onde possam viver com liberdade, segurança e capazes de satisfazer suas necessidades legítimas.

Um comentário:

  1. Bom dia,

    é preocupante a gente ler diariamente que as dívidas em todas as esferas crescem diariamente. Parece que o mundo hoje se sustenta apenas em dívidas.
    Mais preocupante ainda é escutar o governo brasileiro falando que temos um superavit Primario... todos os menos informados (e isso é parte absoluta do povo Brasiliero) acreditam que o governo gasta menos que arrecada. A verdade é bem diferente... o nosso déficit é bem perto daquilo que as economias dos primeiros mundos tem.
    O que devemos pensar desta situação? O mundo todo com dividas astromicas, ou seja, toda o crescimento de qualidade de vida tem sido gerado através de dividas... consequentemente é algo sem sustentação.
    Vamos adiante. Observamos quase que diariamente a união e ou aquisição de empresas (exemplo atual é a tentativa de aquisição do Carrefour pelo grupo Pão de açucar, com dinheiro do BNDS, falava-se em 5 bilhões de reais), estamos tendo a oportunidade de testemunhar uma concentração de mercado como somente uma vez aconteceu na história do mundial. Foi no começo do século passado com o resultado de uma crise economica mundial e da segunda guerra mundial.
    Tomara que em especial a segunda parte da história não se repita. A segunda parte eu na minha modesta opinão acredito deficil de acontecer mas a primeira... esta me preocupa e muito, pois olhando para os Estados Unidos, Japão e para a Europa... estamos vendo algumas das maiores econocmias lutando contra a falência!

    Vamos ver e acompanhar as próximas semanas... vão ser no mínimo interessantes.

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