domingo, 4 de dezembro de 2011

Estímulo ao Consumo

Recentemente o governo através da política fiscal e monetária baixou uma série de medidas voltadas para ampliar o consumo interno, ( redução da taxa básica da economia- SELIC, diminuição da carga tributária em alguns setores da economia, facilidade no crédito e eliminando restrições ao consumo de bens duráveis). A crise internacional, que já chegou ao nosso país e que deverá prolongar-se por falta de uma decisão política nos países ditos ricos, sinalizou a necessidade dessas medidas como forma de mantermos o nível de consumo e emprego interno. O consumo possui características próprias, é na realidade o principal componente da despesa interna, é o mais firme de todos os fluxos e depende da renda disponível. Para Keynes, na sua teoria da demanda do consumo, existem fatores subjetivos e objetivos que podem definir uma política de demanda expansionista ou contracionista. No início do governo Dilma o uso dos instrumentos da política fiscal e monetária estavam voltadas para a contração da demanda tendo como objetivo maior o combate a inflação que dava sinais de extrapolar as metas estabelecidas. Com o agravamento externo, houve uma reversão na condução da política fiscal e monetária.Segundo Keynes, os fatores subjetivos refletem preferências psicológicas onde as pessoas são estimuladas a consumir mais pela influência da propaganda, por atrativos do bem ou serviço ou pela expectativas dos níveis de preços. A classe média é a mais afetada em virtude do seu desejo de ascensão social.Os fatores objetivos, que podem estimular ou reduzir o consumo podemos citar: a distribuição de renda, no momento em que as disparidades da sinais de diminuição há uma tendência natural em se consumir cada vez mais, o melhor exemplo é este momento que estamos vivendo, uma nova classe social surgiu em razão direta do aumento de renda disponível; política fiscal e monetária do governo, sua influência é retratada nas alterações que foram feitas nos tributos diretos e indiretos. É notório a influência da taxa de juros no comportamento do consumo do brasileiro já que temos um dos maiores custos financeiros do mundo; o crédito, como se sabe está diretamente relacionado a política de juros que o governo adota, uma expansão nos prazos e redução das taxas de juros levam a aumentos no consumo; pagamento de dividendos, participação nos lucros, premiação pelas metas atingidas e redução da retenção de lucros por parte das empresas também levam a aumentos do consumo e finalmente a inflação, que naturalmente sua existencia provoca perda constante e crescente do poder aquisitivo do trabalhador, no primeiro momento pode até aumentar de forma desorganizada o consumo, mas prejudica fortemente ao planejamento global e ao próprio desenvolvimento econômico. A economia brasileira, que se organiza em torno dos mercados e com a presença marcante do estado em muitas atividades econômicas, mesmo nos últimos anos promovendo a concorrência, a inovação, criando uma atmosfera positiva, em que os horizontes são claros, a macroeconomia previsível, celebrando o empreendedorismo, privatizando vários setores da economia e fortalecendo o mercado de capitais o elemento de maior estímulo ao consumo ainda é determinado pelas medidas governamentais.

2 comentários:

  1. Boa noite estimado professor,

    mais uma vez estou aqui para comentar um dos textos, posto neste admiravel Blog.
    É curioso a gente ler os jornais do mundo. Parace que este problema das dividas é de hoje. Mas será que é? Como estes valores astronomicos conseguiram ser amontoados e muito mais importante quem é responsavel por isso!
    O nucleo da atual crise se diz que é a Europa, ou melhor a comunidade Europeia. é lá que detectamos o maior problema. Esquecemos que a poucos meses atras os americanos tiveram um problema bem parecido, indo para o outro lado do mundo, o Japão e novamente nos confrontamos com dívidas astronomicas. Ou seja aonde olhamos somente achamos dividas... Claro temos raras excessões... China, alguém conhece um outro pais??? Eu não me recordo de nenhum...
    Brasil??? Negativo! acams sim com a suposta divida externa no último governo, mas, e agora vem o problema, triplicamos a divida interna do governo... Como assim, o pais passando pela melhor fase economica da sua história próxima e mesmo assim a divida publica explode? Nós pagamos uma das maiores taxa de impostos do mundo, com retorno pífio... (saude, segurança, eduação, etc.)
    Acredito não estar todo enganado se eu falar que a riquesa do chamado mundo rico vinha em boa parta do dinheiro virtual gerado pelos bancos, emprestado aos diversos estados. Se isso for correto, deus nos proteja, porque aquilo que presenteamos todos os dias nos diversos jornais é somente o começo, porque ninguém está preocupado em pagar esta divida de volta... mas sim em cirar mecanismos em como aumentar estes valores...
    Tomara que tudo que eu aqui escrevi esteja errado... senão daqui a pouco a realidade vai nos alcançar... e esta realidade será terrivel!
    Forte abraço a todos e bom começo de semana

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  2. Olá Professor!É com muito prazer que leio este blog de assuntos tão relevantes e atuais.Vivemos numa sociedade globalizada e consumista, entendo que estimular o consumo é papel fundamental do governo. O consumo gera receita e dividendos para o país,mas temos que tomar cuidado com o consumo desenfreado,que leva o endividamento do cidadão e como consequência o aumento da taxa de juros que já é alta neste país. Um abraço e bom final de semana.

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