domingo, 13 de outubro de 2013

Joaquim Nabuco

O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, carioca ,sociólogo formado pela USP e hoje professor emérito desta instituição, lecionou em diversas universidades do Chile, Estados Unidos e da França e recentemente empossado na Academia Brasileira de Letras com todos os méritos, tem a cada ano lançado livros que nos encanta e estimula a nós professores, da necessidade de despertar aos jovens estudantes o conhecimento da nossa formação como nação. Diz Fernando Henrique:  Machado de Assis se refere a José Tomás Nabuco de Araújo como um dos melhores representantes de seu tempo e cuja  trajetória deveria despertar um interesse permanente nas gerações futuras. O livro, Pensadores que inventaram o Brasil, vai de encontro com este pensamento e começa apresentando o filho desde ilustre brasileiro Joaquim Nabuco. Como intelectual, homem público e  diplomata, este homem se antecipou no futuro. Diz Fernando, para Nabuco, cabe sempre recordar: a escravidão contaminava os mais diversos campos da vida nacional, desvalorizando o trabalho, viciando a instrução, comprometendo a indústria, minando o Estado, alimentando o patrimonialismo, sacrificando o pluralismo e sufocando a cidadania. A escravidão era para ele a condição sociológica que explicaria de maneira cabal o atraso brasileiro. Para combater de forma definitiva um problema tão arraigado, não bastaria a letra da lei, advertia Nabuco. Insistia na necessidade de complementar a Abolição com amplas reformas sociais e políticas, que incluíssem a democratização da estrutura agrária, a educação universal, a proteção do trabalho, uma previdência social operante, a federação. Preconizava reiteradamente que não basta acabava com a escravidão,era preciso destruir a obra da escravidão, por conhecer bem o sistema de poder vigente e saber que a emancipação dos negros, para ser duradoura, tinha que ser exaustivamente negociada. Era-lhe suficientemente familiar o hiato existente entre Estado e a incipiente sociedade civil para apostar numa capitulação forçada dos redutos escravagistas. É no parlamento e não nas fazendas nos quilombos do interior onde se há de ganhar, ou perder, a causa do abolicionismo, previa em "O abolicionismo". Sustentava que a ação política não deveria prescindir jamais da reflexão, da análise prévia e cuidadosa dos fatos. Fez dessa convicção um ritual em sua vida pública. Nem tudo que parecia benéfico à glória do Estado contava com sua anuência. Preocupava-se antes com os valores, respeitava a tradição conquanto fosse submetida à justiça. Daí sua desconfiança da república, que via como uma presa fácil das tiranias, ou uma aventura desnecessária, de pouco interesse para o progresso social. Costumava dizer que a grande questão da democracia brasileira não é a monarquia ( ou sua superação), é a escravidão. Mais adiante diz Fernando: sabemos que atualizados à linguagem de hoje, os preceitos enunciados de Nabuco ainda encontram resistência, incomodam aqueles que desejam fazer da soberania uma garantia da impunidade, um amparo que autoriza o desrespeito dos direitos básicos da pessoa humana, a degradação do meio ambiente, a deterioração da imagem externa do país. Este é o grande brasileiro (pernambucano) que Fernando destaca em seu livro. Outros breve citarei recomendando a leitura deste livro fantástico que escreveu. Parabéns,  professor pelo livro e por sua posse na Academia Brasileira de Letras. Desejando vida longa e riqueza intelectual permanente.

Um comentário:

  1. Um homem a frente do seu tempo, que não maquiava a dura realidade em que vivia o Brasil um pais de poucos, daqueles que se colocaram no poder quando fugiam de Napoleão, depois pela um a proclamação de independência que não vei pelo morte de Tiradentes nem pelo anseios popular e sim pelo por príncipes que não queria deixar um paraíso tropical, de índia lindas de bel-prazer do seu anseio como imperador que país consegue ser independente onde sua força produtiva e escrava, depois vemos a desejos de republica não como ideal de grandes mudanças, igual e liberdade e fraternidade como a mãe França e sim pelo insatisfação dos militares, e sua conspirações sobre o novo Rei. O Brasil nunca foi uma nação com ideais de equidade de que adiantaria para os negros uma lei de liberdade que não lhe garantia educação, trabalho remunerado, moradia, saúde que abolição foi essa onde a maiorias dele tiveram que volta e submeter até mesmo a duras humilhações... Os negros foram e são a força de construção desse país hoje talvez com outro nome nordestino, classe C, assalariado etc. Esse texto me trás as reflexão o outro Joaquim o "Barbosa" quando rasga a constituição em pleno Supremo Tribunal como forma de protesto a sua indignação sobre com a lei desse país e injusta para com aquele que subtrair o dinheiro público e ficam souto,enquanto o ladrão de galinha fica preso até mais de seis meses esperando a ineficiência da Justiça Nacional. Como diz a música " Que país é esse."

    Ivan Soares
    Aluno do 7MA/RF

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