domingo, 14 de setembro de 2014

Pensando o Futuro

Independente de quem vai ganhar as eleições para presidente da república do nosso país uma coisa é certa, a condução da nossa política econômica terá que passar por uma série de mudanças que permita que a nossa política de demanda caminhe para uma situação expansionista. Os instrumentos das políticas: Fiscal, monetária, cambial e rendas que as autoridades governamentais dispõe terão que seguir novos caminhos, para podermos gerar os empregos que necessitamos como forma de melhorar o bem estar da população. Estratégias de crescimento para uma nação deve ser elaborada de forma dual (Duplo Planejamento) sempre olhando o futuro, visão de longo prazo e as decisões de curto prazo devem ser voltadas para a construção de projetos portadores de futuro que permita ao país minimizar os seus problemas econômicos. O professor Henrique Meirelles no jornal Folha de São Paulo, no dia 14\09\2014 em artigo cujo título é " Sob a névoa eleitoral " esclarece com muita competência está questão. Diz o mestre:" No curto prazo, três questões devem ser equacionadas para reduzir incertezas e elevar investimentos:1) aumentar o superávit fiscal, o que inverteria a trajetória de aumento da dívida e poderia evitar a redução da nota de classificação de risco do país; 2) assegurar a convergência da inflação ao centro da meta; 3) reduzir o déficit nas transações com o exterior, o que contribuiria para elevar confiança e investimentos. Para atingir estes objetivos, serão necessárias: 1) redução de despesas, desonerações e desembolsos do governo e eventuais correções arrecadatórias;2) correção dos preços administrados no início do governo conjugada a política monetária eficiente, que facilita a queda de expectativas de inflação e, em consequência, da própria inflação;3) maior liberdade de flutuação do câmbio, que ajuda a reduzir desajustes externos de curto prazo. Mas adiante o professor sinaliza os desafios de longo prazo. Sumarizando temos: 1)educação. Elevamos o número de alunos e os anos de escolaridade, mas agora é fundamental focar na qualidade; 2) custo fiscal elevado e complexo; 3) custo de energia acima da média mundial; 4) logística inadequada, com desempenho abaixo da média. Finalizando, o professor, sinaliza que se o Brasil não resolver os problemas de curto e longo prazo, deveremos manter crescimento baixo nos próximos anos. Resolvida as questões de curto prazo, sem endereçar as de longo prazo, o crescimento pode ficar entre 2% e 3%. Mas se enfrentarmos os desafios estruturais de curto e longo prazo, teremos condições de voltar a crescer ao redor de 4% como na década passada e aumentar o bem estar da população". O que precisamos é planejar,  e planejar é escolher, escolher a visão de futuro, escolher os alvos , escolher os caminhos, estratégias e táticas, os projetos, as ações, os responsáveis e os prazos, e, especialmente, escolher o que não será feito. O conceito de ajustar as questões estruturais  de curto e longo prazo é que os agentes econômicos precisam, cada vez mais competir no presente e, paralelamente se preparar para o futuro. Esta abordagem exige duas estratégias simultâneas e coerente entre si. Uma com foco na excelência da gestão das atividades atuais e outra concentrada na competência para gerenciar as mudanças necessárias para o futuro.

6 comentários:

  1. Maxwell Araújo - Marketing UnP15 de setembro de 2014 às 12:06

    Eu acho que esse seja o maior desafio da nossa sociedade, fazer com que as futuras gerações sejam menos vazias, que vislumbre o futuro como um ideal possível. Infelizmente, o que se percebe hoje em dia pelas conversas de mentes vazias que nos rodeiam todos os dias, é que o ranço da mediocridade, da mentira e da superficialidade, tomou conta dos assentos da primeira fila. Como uma semi celebridade saída de um reality show de mau gosto, a pobreza de espírito se coloca à frente de valores morais e comportamentais que edificam o futuro de uma sociedade. Muito se ouve falar acerca da reputação de dirigentes políticos, de dinheiro que viaja em roupas de baixo, de jogatina com dinheiro público, de cinismo eleitoreiro. Mas o que nós, enquanto cidadãos, estamos fazendo para que essa cultura do “jeitinho brasileiro” não se perpetue e destrua os sonhos de futuro daqueles que trabalham duro para chegar até lá? Me embrulha as entranhas pensar que o futuro de nosso país pode estar entregue às mãos de uma sociedade covarde, acomodada, volúvel, tacanha. Nos meus sonhos utópicos de país justo e desenvolvido, o mérito da mudança será dado aqueles que lutam por ideais nobres, por justiça, pelo desenvolvimento do intelecto, pela defesa de valores. Quanto aos miseráveis desprovidos de alma e moral, estes podem voltar às profundezas de suas insignificâncias pois o futuro não precisa de dejetos humanos que enlameiem suas veredas.

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  2. É interessante comparar a partir deste texto as propostas dos candidatos com relação as mudanças necessárias a política econômica do País. Já pudemos observar algumas propostas e comparando com que o texto revela, percebemos que
    nenhuma dela de fato tem a preocupação de fazer com que a economia trilhe por novos caminhos. Ao contrário já ouvimos candidatos afirmar que eleito presidente, por exemplo, acabaria com o Superávit primário, investindo em outro setor. Portanto, parabéns professor excelente texto que contribui não apenas para o nosso entendimento, mas ainda, para nos dar uma visão de como a economia brasileira precisa caminhar.

    Elenilsa Santos
    Marketing - UnP

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  4. Um dos maiores problemas da política brasileira é a perda de sua credibilidade, aliás, “política” já tornou-se um termo pejorativo em nosso país, por isso, somente os mais instruídos preocupam-se com o futuro da nação, a grande massa, por falta de conhecimento, esquiva-se das discussões e trocam o voto por qualquer favor afirmando “nenhum presta”. O caso é tão grave que até aqueles que querem fazer boas escolhas, acham dificuldades, pois não confiam nos discursos e nas propostas, ainda que o candidato seja honesto e competente.

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  6. Cláudia Geórgia, será que esse problema da política brasileira não é a falta de capacidade enxergar as coisa como deve ser? será que as pessoas que elegem os políticos não necessitam ter uma boa educação (inteligencia) para tomar decisões adequada (voto)?
    O que acontece muito no brasil, é, "eu" vou votar em fulano porque ele me deu tanto, e isso é falta de uma boa educação, e esse tipo de gente são pessoas que não tem capacidade de pensar no bem está do seu próprio pais e muito menos no seu futuro. Em relação a esse jeitinho brasileiro, não vamos á luga algum.
    "Sabemos que a educação brasileira está longe de se igualar a uma educação de um pais de primeiro mundo", mas isso não é impossível. Mas, infelizmente existem muitas pessoas que são adeptas de mente vazias e incapazes de visar o melhor para o nosso pais, e se nós não tomar uma atitude correta o Brasil vai permanecer em macha lenta. Pois essas pessoas sem conhecimento algum, necessitam de uma educação adequada para que venha ter uma visão ampla e enxergar de fato a realidade do nosso Brasil. Com a educação inadequada os conceitos (ideias) inteligentes vão continuar oculto e sem nenhuma perspectiva de proporcionar algo de melhor para um país. Na minha concepção o Brasil ainda está na lanterna da tabela, o qual vive aceso mas não sai de onde está.
    E para tirar nosso pais dessa vereda de lodo, não precisa de força, porque simplesmente a inteligencia resolve. Porém temos que ser inteligente o suficientemente para sabermos quais decisões devemos tomar e direcionar o brasil á frente, ao topo da tabela. E uma coisa é certa, o individuo que toma decisões inaceitáveis tem que arcar com suas próprias responsabilidade e na verdade são essas decisões inadequadas que o brasil permanece sem ordem e sem progresso.

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