segunda-feira, 27 de julho de 2015

O superavit primário

A equipe econômica do governo Dilma, liderada pelo ministro Joaquim Levy, percebeu que a meta de superavit primário estabelecida em 1,1% do PIB de 2015 não é possível ser atingida em razão do desaquecimento da economia que reduziu as projeções de receita governamental. A baixa confiança da economia brasileira, reduziu os investimentos e o consumo,que contribuiu para reduzir as atividades das empresas, o nível do emprego, e comprometer a arrecadação de impostos, deixando as contas públicas vulneráveis, e  que esta condição, inibem mais o investimento e estimula ainda mais a queda da confiança.  Assim, se estabeleceu uma nova meta de 0,4% do PIB. O objetivo da política fiscal, como tem afirmado o Levy, é  estabilizar primeiramente e a partir  daí reduzir a dívida pública em relação ao PIB. É humanamente impossível resolver este problema durante o ano de 2015, se faz necessário um esforço nos anos seguintes.O superavit primário gerado deve cobrir a diferença entre a taxa real de juros e o crescimento do PIB, de modo a estabilizar a dívida em relação ao PIB. Os economista, projetam uma dívida pública bruta  no final de 2015 em torno de 65% do PIB. Quanto aos juros, a taxa média esperada para 2016 está na casa dos 7,5%, deduzida a inflação prevista.Lembrando que o crescimento do PIB 2016 deve ficar em torno de 0,4%. Com está realidade o governo precisaria gerar um superavit primário em torno de quase 5%.  Se as condições interna e externa nos favorecer, esperamos nos anos a frente uma taxa real de juros declinando e o crescimento do PIB se acelerando. Segundo os estudiosos, a diferença entre a taxa real de juros e o crescimento econômico do PIB, se reduziria para 4,5% em 2017 e 3,2% em 2018. Resumindo, o ajuste fiscal é inevitável, e não se encerrará em 2015,mais deve se prolongar até 2018. Lembrando, que quanto mais demorado for o esforço fiscal, maior será o esforço exigido nos anos a frente. Esse ajuste fiscal, tem como proposito básico, sinalizar para os investidores a retomada da confiança e garantir as condições de solvência do nosso país.

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