segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O valor do saber

O professor César Camacho que dirige o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) chama a atenção em entrevista nas páginas amarela da revista veja, em outubro de 2015, da necessidade de um choque de gestão para elevar as universidades brasileiras atingir o topo da pesquisa. Segundo o mestre, as universidades brasileiras padecem do mesmo mal de outras instituições latino americanas: estão todas engessadas por regras que impedem a busca pelos mais talentosos. Os concursos públicos recrutam gente que terá sua vaga garantida até a aposentadoria, à revelia dos resultados obtidos ao longo do trabalho. Essas pessoas não podem ser dispensadas. O sistema em vigor, em geral, ainda restringe a prova a quem fala português, uma limitação grave. Se você pode abrir seu leque de escolhas ao mundo inteiro, por que estabelecer uma norma que deixa de fora tantos estrangeiros? Os países de maior sucesso acadêmico caçam mentes brilhantes independente de fronteiras geográficas, e vão longe. O modelo existente tem de ser inteiramente repensado. Hoje ele é voltado para dentro e não para fora dos muros universitários. Atualmente a economia mundial está passando por uma transformação significativa, que é a passagem do capitalismo de commoditeis para o capitalismo intelectual, onde  o primeiro os seus preços têm caído nos últimos anos, enquanto o segundo cresceu seu valor e passou a ser a fonte de riqueza das nações desenvolvidas.Para que o nosso país acompanhe está evolução neste mundo dinâmico, evolutivo e globalizado, necessita primeiramente educar a sua população, difundir internamente  a importância e o respeito pela ciência, através de incentivos financeiros  para a pesquisa, estimulando o surgimento de ambientes criativos e dando atenção as suas universidades e centros de pesquisas avançadas. Criando as condições para o surgimento de novas industrias na área do software, robótica, biocombustíveis, hardware, engenharia genética e em muitas outra áreas da atuação humana.Não existe outro caminho para a nossa prosperidade ou avançamos no conhecimento ou seremos eternamente  dependente de outras nações. Segundo o professor de física Michio Kaku da universidade da cidade de Nova York, afirma que:o mais importante é que as nações precisam aprender a fazer a transição da economia fincada em commoditeis para outro modelo, sustentado pelo capital intelectual. Isso se faz usando as commoditeis de hoje para pavimentar a modernização da economia amanhã. Os produtos primários devem ser usados como trampolim para o futuro.E nunca como um fim. Nações que não promoverem essa transição verão sua economia ser reduzida, gradualmente, a pó. Logo, o alerta do professor Camacho é extremamente relevante para planejarmos essa transição para tornarmos o nosso país competitivo no âmbito global. O jornalista Eduardo Oinegue, em artigo na revista veja em outubro de 2015  cujo título é " O valor do saber medido em quilos", onde sugiro que todos leiam este excelente artigo,afirma: em um país burocrático, cartorial, extremamente regulamentado, de alta e complexa carga tributárias,com baixo nível educacional e baixíssima produtividade,o estímulo à competição tende a zero. E diz, enquanto Brasília discute  a baixa política, a Terra continua a dar uma volta em torno de seu eixo a cada dia e uma volta em torno do Sol a cada ano e a cada novo raiar do dia o mundo lá fora está dizendo que não vai esperar pelo amadurecimento do Brasil. 

Um comentário:

  1. Realmente a reportagem "O valor do saber medido em quilos" está excelente. Se o Brasil não se atentar a isso, não temos futuro, como o sr. completou categoricamente "a terra continua a dar voltas...e o mundo não espera". Moro na Suiça e tenho admiração ao valor que essa cultura dá ao produto agregado. Pais que faz das "commodities" um trampolim para a economia bem sucedida. O Brasil nem precisa inventar. Basta usar um pouco do "saber". Em quilos.

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