segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Visão de longo prazo

É inacreditável certas posições de alguns políticos brasileiro sobre a real situação que nos encontramos. O novo ministro da saúde, afirma que a volta da CPMF é um imposto ( embora seja definida como contribuição), saudável e extremamente importante para a regularização das contas públicas e que não vai pesar no cotidiano dos agentes econômicos e inclusive da até exemplos da contribuição em dada faixa de renda. O ministro não têm nenhuma noção da carga tributária que vigora neste país. Só acredito em uma estabilização duradoura  nas contas públicas quando se reduz gastos e não criando novos encargos para a sociedade, dificultando ainda mais o crescimento do setor privado. A perda de competitividade no Brasil é uma coisa vergonhosa, as empresas absorvem uma carga tributária elevada e os cidadãos não tem acesso a uma melhor infraestrutura,o que aumenta o custo final dos produtos.Falta uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação,investimentos em infraestrutura e ter a coragem de elaborar uma nova política fiscal para o país. O governo precisa urgentemente demonstrar ao setor produtivo que estímulos serão dados para contemplar a oferta do país e quais ações do governo precisa destravar, juntamente com as ações da classe empresarial para criar as condições de demanda e oferta para que tenhamos um crescimento aceitável para o nosso país. O que falta é um projeto de longo prazo, medidas imediatistas que só enxerga o curto prazo, não resolverão os nossos problemas, como se a ciência econômica fosse dotada de magia. Precisamos realizar uma política fiscal de longo prazo, que tenha um controle severo sobre a relação da dívida pública em relação ao PIB, e que tenhamos uma boa qualidade no financiamento da dívida, apresentar para a sociedade mecanismos que reduza os gastos para abrir espaço para o investimento, supri com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir, realizar uma política monetária que garanta  a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal,leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa,criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos, dar liberdade bem regulada aos mercados e não tentar  violar as identidades da contabilidade nacional. Essas medidas já tinham sido levantadas por muitos economistas,  que não foram levadas em consideração e olha aonde chegamos... A sociedade brasileira tem a impressão que este governo está anestesiado, sem iniciativa, travado, e é preciso acelerar,correr contra o tempo,ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para uma sociedade se desenvolver.

Um comentário:

  1. Simplesmente perfeito, continue nos presenteando com seu grande conhecimento.

    ResponderExcluir