domingo, 6 de dezembro de 2015

Erros e vícios na política brasieira

Em fevereiro de 2015,escrevi este artigo "Erros e vícios", onde retratava o comportamento da classe política do nosso país. O momento é extremamente propício para mais uma vez refletirmos sobre está crise política  que estamos vivenciando. Segue o texto:

O que estamos assistindo em nosso país são velhos erros e vícios que foram se acumulando nas práticas políticas ao longo de todos esses anos dentro da administração pública e privada que só causam indignação e desmoralização da classe política. O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seu livro "Cartas a um jovem político", orienta que na  política algumas regras precisam ser seguidas, afirmava que:" Na vida política , ou você tem vocação para servir o público, ou é melhor não tentar, porque sem essa vocação, corre-se o risco de usar a política como escada para conseguir vantagens pessoais. Isso acontece em grande medida e é o que causa o repúdio tão grande do povo aos políticos. Uma coisa é você ser político no sentido comum, outra coisa é você ter uma visão de estadista. Aí já é mais complicado, poucos têm essa capacidade. Estadista é aquele que projeta o futuro do seu país, consegue enxergá-lo no contexto mundial e é capaz de conduzi-lo nessa direção. Políticos comuns existem aos milhares, os estadistas são bem poucos. Mas adiante diz o mestre: a diferença entre um bom e um mau político é ter coragem para corrigir o erro e enfrentar a derrota, não insistir naquilo que está errado e saber recuar quando necessário. Isso se chama sabedoria. Para ser um bom político é preciso, igualmente, ser capaz de ouvir. O grande político é o homem que consegue juntar pessoas de talento. Hoje ninguém mais pode saber tudo sozinho. A maneira de lidar com isso é se cercar das pessoas certas, atrair gente competente, formar equipes que saibam trabalhar com eficiência, motivar todas essas pessoas. O bom político tem que aprender a se reciclar permanentemente. O que era ser político há 30 anos é completamente diferente do que é ser político hoje. Política é um processo contínuo de convivência, diriam, em que você não cria apenas, recria também. Política não é a arte de separar os bons dos maus, mas sim a arte de tentar convencer os maus a ficarem bons. E depende também do que você chama de bom. Das várias disciplinas úteis para um político e onde as leituras certamente vão ajuda-lo, acredito que o mais importante é ter uma noção da história. É saber situar-se em seu tempo, ter consciência de que este se forma em uma sucessão contínua de êxitos e fracassos e que o que hoje é bom pode ter sido julgado mau ontem e vice-versa. No mundo atual, também é preciso saber alguma coisa de economia, claro, porque a economia predomina nos acontecimentos e nas sensações da sociedade. É bom para qualquer político moderno, igualmente, estar familiarizado com preceitos de administração. A grande diferença da administração em relação à política é que ela tem regras básicas, que precisam ser cumpridas. Requer disciplina e cooperação. Em política não. Mais ainda, na administração existe uma hierarquia estabelecida. O político, quando chefia uma burocracia administrativa não deve saltar as linhas de comando, nem mudar regras a cada novo impulso de vontade que tenha. Fundamental para governar não é a popularidade, mas sim o respeito, se você perde o respeito não governa. E o respeito se ganha agindo com seriedade no governo. Resumindo, para governar é fundamental ter rumo, direção, competência e ser respeitado". O grande estadista indiano Mahatma Gandhi, mostrou  com muita competência ao mundo  o que destrói o ser  humano. Dizia Gandhi: Política sem princípios, prazer sem compromisso, riqueza sem trabalho, sabedoria sem caráter, negócios sem moral, ciência sem humanidade e oração sem caridade. A classe política brasileira deveria seguir o pensamento do ex-presidente Fernando Henrique e Mahatma Gandhi para resgatar a credibilidade  de uma das carreiras mais brilhante que um homem pode seguir, a política. Eu acredito.

Um comentário:

  1. Excelente artigo. Fui aluna do grande professor Marcos Alves, não perdi o hábito de acompanhar seus artigos, e diante do que está acontecendo em nosso país sabia que aqui exiatiria artigo atualizado e muito bem embasado. Eu também acredito, professor!
    Sou Andressa de Água Nova-RN, sua ex-aluna de administração da UnP-RF.

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