quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os BRIC'S

O acróstico BRIC'S, denominação criada pelos analista da goldman sachs em um estudo especulativo sobre o comportamento futuro do Brasil, Rússia, Índia e China e que a mídia se encarregou de popularizá-la, mostra como esses países definiram seus projetos de poder, prosperidade e prestigio perante o mundo. No caso especifico do Brasil, precisamos acelerar a implantação das reformas internas tão debatidas e necessárias (tributária, trabalhista, política e previdenciária) para superar as imensas desvantagens estruturais para acompanhar o ritmo de crescimento dos outros componentes e assumir um papel importante quanto aos dois gigantes asiáticos (China e Índia), o que estamos assistindo é uma ascensão dos países IC (Índia e China) e não dos Bric's. A reforma tributária é hoje no meu entender o maior obstáculo para o desenvolvimento da nossa nação,aqui os pobres pagam o dobro de impostos que os ricos ou seja é o único país do mundo em que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for o seu salário, é o único que pune o trabalho e inibe a industrialização, neste país basta ter a iniciativa de trabalhar que já é tributado é impressionante a eficiência fiscalizatória. Segundo estudos, o custo administrativo que as empresas tem de estar em dia com o fisco é um dos maiores do mundo. Essa carga tributária só faz fortalecer a sonegação, estimular a informalidade e destruir empregos e renda.A ausência da educação de qualidade compromete a produtividade em todas as cadeias produtivas, a falta de escolaridade do nosso trabalhador dificulta assimilar os novos conhecimentos que a toda hora são incorporados em todas as atividades econômicas ou seja saber fazer e do fazer com eficácia fica prejudicado.Outro ponto a ser avaliado com atenção refere-se aos gastos públicos, é bom lembrar que a nossa dívida bruta do setor público já compromete 70% do PIB, toda vez que o Copom aumenta a taxa básica o custo da dívida aumenta, reduz investimento, concentra renda , diminui o nível de produção e emprego. Precisamos ampliar o nosso nível de poupança interna e direcioná-la a infraestrutura que hoje dificulta as empresas brasileiras terem ganhos de produtividade, que podem prejudicá-las no futuro o seu desempenho neste mundo extremamente competitivo.O professor Paulo Rabello de Castro em artigo seu na folha de São Paulo definiu com muita propriedade a situação do nosso país "Com uma taxa de poupança cadente, ou seja, a economia guardando cada vez menos recursos para o seu futuro, e um modelo, como cunhou Raul Velloso, especialista no assunto, de alto consumo presente e baixo investimento,estaremos condenando o Brasil ao mesmo tipo de dependência ao capital estrangeiro, sob forma de poupanças externas, que virão, sim, explorar o nosso pré-sal, o pós - sal, a siderurgia, a petroquimica, o grande varejo, a banca de investimentos, com todos os riscos de volatilidade historicamente associados a nossa crônica carência de poupança nacional". Necessitamos urgentemente de rever o nosso projeto de poder,prosperidade e prestigio, o que não podemos é dificultar aos brasileiros de investirem mais e comandarem assim seu próprio destino.Isto é inaceitável.

6 comentários:

  1. Um ou dois dias atrás, vi em um artigo da internet (não lembro o site) um especialista falando que que entre os bric's o brasil era que estava na frente, no desenvolvimento, por "n" fatores, totalmente ao contrário do seu comentário.

    os tributos é um ponto complicadíssimo, pois como estou totalmente por dentro de uma empresa da familia, vejo como é difícil gerenciar, tendo que pagar tantos impostos, sem se quer ter retorno algum do governo, pagamos nossos impostos desde que abrimos, mais não veio do governo algum tipo de incentivo, isto é uma coisa complicada para uma Pequena empresa, por esse motivo muito comerciantes preferem ficar na informalidade, pois irão ter um melhor resultado.

    Quase todo comerciante de sucesso, que começou pequeno, teve seu inicio na inadimplência, pois é muito mais fácil começar sem ter responsabilidade fiscal alguma.

    João Lucas Lemos

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  2. ÍNDIA E CHINA Em termos de IDE, estão em posições diferentes dentro dos BRIC. A China é o país que mais recebe investimentos externos direto dentro do bloco (US$ 108 bilhões em 2008, sendo o terceiro país que mais recebeu IDE no mundo), enquanto no mesmo ano a Índia recebeu US$ 42 bilhões, a Rússia recepcionou US$ 70 bilhões, e o Brasil US$ 45 bilhões. A Índia, apesar do menor volume de recursos recebidos, apresentou avanço considerável nos seus investimentos externos. A China, por sua vez, apresenta números superlativos em termos de investimento externo. Com taxas médias de crescimento em torno de 10% ao ano nos últimos anos, a China atingiu a posição de um dos principais polos mundiais de atração de investimentos, passando a exercer influência em todos os mercados globais.
    O Brasil precisa fortalecer seu setor quinário e mudar rapidamente sua politica tributaria atrazada e abusiva, o Brasil tem ainda uma contribuição muito pequena no pensamento da economia política, em comparação com a importância que vem tomando no cenario mundial.

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  3. Prof. Vejo de forma coerente suas colocações. Estamos vivenciando um momento único na história do nosso Brasil, onde as exportações estão indo de vento em polpa, a confiança na econômia Brasileira em alta, a figura do Presidente Lula no topo mais alto da parede ao lado dos homens mais poderosos no universo e não aproveitamos este momento para acabarmos com situações que não deve existir em um pais em desenvolvimento. Por isso, à urgência nas reformas tributária, previdenciária....

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  4. O Brasil tem um grande desafio pela frente, é de necessária importância que nos voltemos para os problemas mas graves como a desigualdade social, o saneamento, economia, corrupção, entre tantos outros; Sim, as taxas tributárias para o pequeno investidor, hoje, são autíssimas, muitos não conseguem aguentar tantos imposto e taxas cobradas, antes mesmo da abertura de seu comérico ou empresa. Concordo que muitos, dos pequenos empresários opitam por entrar no mercado através da informalidade, como forma de adquirir um capital, para poder entrar na formalidade, porém vale lembra que muitos começam e terminam na informalidade por opção, o que causa divergências para a economia, o desemprego, e a desvalorição dos produto, gerando assim uns dos fatores causadores do atraso que nos deixa atrás dos gigantes asiáticos, China e Índia.

    Inácia do Rosário de F. Azevedo

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  5. Vejo através deste artigo que o Brasil tem um grande caminho pela frente até se conseguir se igualar ou ultrapassar China e Índia No processo denominado BRIC'S. A desigualdade esta cada vez maior é incompreensível saber que quem ganha menos paga mais imposto que os que ganham mais. O que é isso? Uma exploração ao bolso do trabalhador. É impossível aceitarmos que a carga tributária seja tão elevada, comprometendo assim o surgimento de empresas legalizadas o que diminuiria a taxa de desemprego no pais daria melhoria devida a milhares de pessoas. Precisamos de Reforma Tributária com URGÊNCIA.

    Abraços,

    Jane CLézia (jannealysson@hotmail.com)
    Administração 2010.2

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