domingo, 15 de agosto de 2010

Aperfeiçoar

A crise do sistema financeiro dos EUA e da Europa gerada pela irresponsabilidade de seus agentes e estimulados pela política monetária laxista do FED e do BCE que permitiu uma expansão no crédito que terminou em grande desastre e tendo repercussão em todas as economias do mundo , destruindo empregos e desacelerando o crescimento em vários países que não tinham nenhuma relação com a orgia criada, não é motivo para sentenciarmos o fim do capitalismo e a volta do estado produtor como alguns argumentam. É preciso isso sim, conciliar Estado e mercado no mesmo espaço econômico, tanto internamente nos países como na relação entre eles ou entre seus blocos. Está crise mostrou que existem limites para a expansão econômica baseada no crédito.Quando o emprego e a renda não acompanham a oferta de crédito, com certeza criara mais na frente a realidade da inadimplência como ocorreu e que sirva de lição para a nossa economia, lembrando que crédito e riqueza são coisas diferentes: riqueza é fruto exclusivo de trabalho e da poupança, e não de recursos de terceiros, colocado a disposição mediante um preço, a taxa de juros.Preço que podem ser manipulados gerando as famosas bolhas que são conhecidas (tecnológica, imobiliária e commodities). Precisamos de um plano econômico com normas e políticas que gerem empregos decentes e estimule as empresas produtivas, fortalecendo cada vez mais a economia real.Resgatar a função básica das finanças que é financiar a economia real através de empréstimos para que os empresários possam investir, inovar, gerar empregos e produzir bens finais e serviços. É bom lembrar que antes da crise, já existia uma pobreza exagerada no mundo, grande desigualdade social e alta presença do setor informal e do trabalho precário ou seja uma globalização que criou benefícios mais tornou-se desequilibrado, injusto e insustentável.Buscar o equilíbrio é estimular a economia real, lembrando que as pessoas julgam as suas vidas no presente e no futuro com base em sua vida no trabalho.O que buscamos é que as economias e as sociedades continuem abertas, permitindo a todos melhorias continuas no seu trajeto de vida na busca de suas realizações.Para isso, faz necessário que desta crise as lições que aprendemos possam estabelecer um novo marco multilateral que conduza o mundo para uma globalização justa e sustentável.

4 comentários:

  1. Grande amigo,

    é um prazer realizar mais uma leitura de um texto seu. Mais um tema de interesse geral e ao mesmo tempo urgente. Na verdade o crescimento baseado no crédito não é novo. Está na própria base da expansão do capitalismo em sua fase monopolista, quando imensos conglomerados formados por associações de empresas por controle acionário, cartés e trustes encontraram apoio no grande capital bancário. Desse casamento entre capital industrial e capital bancário nasce o seu filho mais ilustre: o capital financeiro. Acontece que esses conglomerados sempre tiveram apoio do Estado com políticas de proteção, legislação tarifária privilegiada, a até socorros em épocas de crises (que no último século não foram poucas). Mas e nós? E quando somos nós, pequenos empresários, trabalhadores assalariados ou até mesmo trabalhadores autônomos? quem nos socorre quando a bolha estoura? Parece que o liberalismo, a mão invisível de Adam Smith, só conduz tranquilamente o grande capital. Ou seja: liberalismo sim; mas seletivo. Liberalismo que escolhe. Intervenção mínima, sim. Mínima para nós. Para o grande capital, intervenção máxima. A expansão às custas do crédito (um dos grandes motores do capitalismo e também da globalização) de fato mostra seus perigos. É isso que leva Milton Santos (que não era economista)a propor uma obra com o título: "por uma outra globalização". O liberalismo é uma teoria acertada (na minha leitura), o capitalismo capaz de imensas contribuições, inclusives às classes pobres, e a globalização um processo inegável. Mas o modelo (e aí eu concordo com você!) deve ser pautado no trabalho como fonte de criação de valor.

    Grande Abraço, amigo!

    Sugestão: Ponha seus alunos para lerem os seus textos!!!

    Prof. Dinarte Lopes.

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  2. Essa crise na minha humilde opinião, serve de lição para o brasil! Pois se países Desenvolvidos que são as grandes potências mundiais praticamente "quebraram", imagine se essa crise fosse fortíssima no brasil, o país "sumiria" do mapa. Tudo na nossa vida é lição, tanto faz se acontece com agente, com o vizinho ou com qualquer outro, guardamos as coisas para sempre, para nunca cair no mesmo erro.

    João Lucas Lemos

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  3. Por incrível que pareça, temos um país que costuma se dá bem nas crises. Parece que apenas nesses momentos usamos a sabedoria do nosso povo. É nos momentos de contingência que nos destacamos e a meu ver conseguimos aperfeiçoar técnicas em situações de emergência.
    Algumas lições porém, deveriam ter sido aprendidas visto o fato de termos presenciado algumas crises, pois o ideal seria não chegar a ter a crise, mas havendo deve-se aprender com os erros. Concordo que apredemos algumas lições, contudo outras que parecem óbvias até mesmo para mim, deixam passar. Quer um exemplo? Anota aí: não vai demorar muito para a bolha do previdenciário estourar.
    Nosso sistema econômico só não é afetado por crises como dos EUA porque nossos bancos são rigorosamente submetidos a um controle e seus riscos devidamente colocados em balanço. Isso já é alguma coisa. Uma coisa que aprendi e que ainda falta no nosso país é que deve-se elevar o controle fiscal a nível constitucional, acredito que essa é uma grande lição para se tirar da ultima crise.
    Nossa tendência é aumentar a utilização das formas de crédito e espero que façamos isso de forma segura. Já que outros erraram, não precisamos cair na mesma armadilha, vamos ser prudentes.

    Diego Henrique

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  4. Aperfeiçoar é preciso, pois quando fazemos uma coisa e ela não dá certo devemos aprender com aquele erro e nos superarmos criando uma nova forma para lidar com aquela situação. A teoria da evolução diz que os macacos são os animais que mais se assemelham a nós humanos, mas há uma diferença, os macacos são apenas copiadores e nós seres humanos podemos refletir sobre o que passou e criar uma maneira para facilitar a nossa vida. Então, que criemos uma economia sustenvel. "Um empreendedor aprende com seus erros."

    Abraços,

    Jane CLézia (jannealysson@hotmail.com)
    Administração 2010.2

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