sábado, 1 de outubro de 2011

Economia do Conhecimento

Relendo o livro" A RIQUEZA DO CONHECIMENTO", do Thomas Stewart, o mesmo autor de Capital intelectual, tomei a liberdade de apresentar alguns pontos de forma resumida que consta neste livro para fazermos uma reflexão sobre o futuro da sociedade e como o nosso país precisa se posicionar nesta nova economia ou conhecida como a economia do conhecimento. Segundo Stewart, no prefácio, ele sinaliza que nos últimos vinte anos, três grandes ideias transformaram profundamente o funcionamento das organizações. A primeira foi a Gestão da Qualidade Total. Desbravada por Deming e Juran, nas décadas de 1950 e 1960, o movimento da qualidade engolfou o Japão, convertendo aquele país, até então pilhéria do pós-guerra, em potência industrial. A segunda grande ideia foi a reengenharia. Concebida pelo acadêmico Thomas Davenport e popularizada por Michael Hammer, a reengenharia mostrou o poder emergente da tecnologia da informação, como instrumento para demolir as muralhas das velhas burocracia e dos sistemas impulsores de papel. A reengenharia ajudou os executivos e gerentes a melhorar os processos , a ver as organizações como tubulações de processos horizontais, em vez de aparatos monumentais de departamentos verticais. A terceira ideia é a do capital intelectual, que demonstra que hoje, os ativos mais importantes das empresas não são, em geral, bens tangíveis,equipamentos, capital financeiro ou participação de mercado, mas os intangíveis: as patentes, o conhecimento dos trabalhadores, as informações sobre clientes e canais de distribuição e a experiência passada que uma empresa guarda em sua memória institucional. O conhecimento sempre foi importante, mas hoje ele é mais do que parte da história da prosperidade: é o principal filão.As empresas que dominam a agenda do conhecimento são aquelas que triunfarão no século XXI.O conhecimento tornou-se o mais importante fator de produção e os ativos do conhecimento são hoje os mais poderosos vetores de riqueza, os líderes e organizações que assumirem o controle de seu próprio conhecimento galgarão os píncaros da competição. Afirma que o conhecimento é tão relevante para as empresas de baixa tecnologia, para as entidades sem fins lucrativos e para os órgãos públicos, quanto para os negócios de alta tecnologia. Enfatiza que o conhecimento também é de importância vital para as economias em desenvolvimento. No capítulo que trata dos pilares da economia do conhecimento, ele informa que as leis da nova economia e os lucros por ela gerados, ancora-se em três pilares.O primeiro é: o conhecimento impregna tudo que compramos, vendemos e produzimos. Tornou-se o mais importante fator de produção. O segundo é que os ativos do conhecimento passaram a ser mais importantes para as empresas do que os ativos financeiros e físicos. O terceiro é:para prosperar na nova economia e explorar esses novos ativos,precisamos de novas técnicas de gestão, novas tecnologias e novas estratégias. Define conhecimento não como soma, mas como agregação, interação e acumulação. O conhecimento envolve expertise. Para alcançá-lo é preciso tempo. O conhecimento dura mais do que a informação e por vezes é eterno. Ter conhecimento, dominar um assunto, é algo diferente e maior do que saber de um fato ou possuir muitas informações a respeito de alguma coisa. Mais adiante ele informa que em 1999, o conhecimento foi o principal item de exportação dos Estados Unidos.Ideias, conhecimento e informação sempre foram importantes, mas hoje, como em nenhuma outra época, definem nossa vida no trabalho.No posfácio, deste magnífico livro o autor informa que os países ricos em recursos naturais ainda enleiam na armadilha das commoditeis a crença de que suas minas, em vez de suas mentes, são a chave da prosperidade. Poucos compreendem que a riqueza dos recursos naturais será explorada pelos detentores da riqueza do conhecimento, que o valor dos recursos naturais é extraído de um lugar, e não criado num lugar.Diante desta constatação, a nossa nação, precisa acelerar os pilares da transição do capitalismo de commoditeis (modelo agromineral), para o capitalismo intelectual se quisermos amanhã ser uma nação respeitada no contexto internacional. Avança Brasil.

6 comentários:

  1. Nessa nova era da informação, A Gestão do Conhecimento e Inteligencia Competitiva é o ativo mais relevante, as organizações vem acada dia com um papel diferencial na busca por ativos, deixando de lados os tangíveis, buscando a melhora no Capital Intelectual das pessoas, que após a era industrial ganha um destaque indiscutível no mercado econômico. Na verdade hoje quem faz a diferença é as pessoas, não adianta ter um super computador, ou uma super empresa, se não tiver um CI preparado para gerir, isso está causando uma reviravolta no mercado atual, é a inteligencia competitiva.

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  3. Mais uma vez discorrendo temas atuais, de grande relevância, parabéns.
    Em um dos livros que o senhor indicou o prof Vicente Falconi diz "Capacidade analítica e Conhecimento, aliados a uma liderança que faça acontecer, são O VERDADEIRO PODER!", pois para ele o verdadeiro porder está no conhecimento que é extraído das informações pela prática e análise.

    Livro: O Verdadeiro Poder.

    Um grande abraço,

    Ricardo Vitor

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  4. Adorei o texto Professor... Fiquei bem empolgada em relação a este livro "A riqueza do Conhecimento", percebo cada vez mais que o capital intelectual é o ponto principal para que as empresas ganhem força neste mercado tão competitivo.

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  5. Boa noite professor Marcos Alves, é com imenso prazer que comento um artigo tão relevante, como todos os outros que aqui estão. Bem, pensando na transformação do mercado e bons profissionais em líderes vejo quanto as empresas (as que merecem destaque) investem no seu ativo mais importante: as pessoas.Peço licença para comentar uma passagem de como as coisas estão melhorando nas organizações: Trabalho no comércio há cerca de quatro anos, lutei na empresa que eu trabalho durante dois anos para eles me assistirem na universidade, falei de analista em Rh a gerente comercial, com muita insistência e argumento consegui um reembolso universitário, mas para isto tive que convencê - los o quanto era importante investir no bem mais precioso de uma organização, hoje eles ajudam cinco líderes que assim como eu tem uma meta e uma carreira para seguir.Ai, professor Marcos, fico pensando, se esta empresa não tivesse tirado essa venda dos olhos o que teria acontecido? Prefiro não comentar...

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  6. Concordo plenamente com os pontos explorados no seu artigo, principalmente no contexto do capital intelectual, que hoje, infelizmente ainda ficamos muito atrás de grandes nações, se hoje somos uma economia emergente, creio que se não mudarmos nosso foco e aprendermos a criar, valorizar e reter ativos de conhecimento, nosso caminho para a ”nova economia” está comprometido. Temos que parar de exportar apenas commoditeis e começar a exportar conhecimento, para sermos uma nação respeitada em âmbito internacional.
    Carlos Fernando Matias de Góis -7NA-FP

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