sábado, 21 de abril de 2012

O modelo brasileiro

O modelo macroeconômico brasileiro está centrado em três pilares:Meta de inflação, superavit primário e câmbio flutuante. A meta de inflação e a preservação da estabilidade do sistema financeiro constituem as missões do Banco Central. Este instrumento que busca colocar a inflação na meta estabelecida pelo governo e quando são atingidas eleva a confiança dos investidores e o nível de risco tende a diminuir colocando o país em uma posição de destaque que sinaliza para o mundo a nossa preocupação com a estabilidade monetária  e que os fundamentos da economia estão funcionando.Superavit primário, sinaliza para os investidores que os juros  da nossa dívida serão honrados, ampliando ainda mais a confiança do mercado financeiro internacional em relação ao nosso país. O câmbio flutuante, cuja taxa é definida pela entrada e saída de divisas e com as intervenções sujas promovidas pelo governo, busca-se uma taxa que estimule as nossas exportações e ao mesmo tempo contribua com o equilíbrio interno.Na minha opinião é um dos preços da economia mais importante e temos que ter cuidado na sua definição. Estamos caminhando para atingir (1994 - 2012) a maioridade do nosso modelo econômico conhecido como o Plano Real que é uma conquista da sociedade brasileira juntamente com a redemocratização e todos os brasileiros exigem que está conquista permaneça por muitos e muitos anos e se conseguirmos mantê-la, com certeza em uma visão de longo prazo teremos uma sociedade sem os vícios do passado que tanto maltratou a nossa população, principalmente os trabalhadores e os empreendedores inovadores. Qualquer nação independente de sua posição econômica tem nos seus objetivos de política econômica quatro pontos extremamente importante de serem alcançados que são:Crescimento  da produção e do emprego, combate a inflação, controle externo e uma melhor distribuição de renda. Para que esses objetivos sejam alcançados as autoridades econômica elaboram as grandes políticas que são: Fiscal, monetária, cambial e rendas. Lembrando que essas políticas não são independentes mas sim conflituosas para os propósitos que se queira atingir e cabe ao governo formular propostas que resolva ou minimize os problemas econômicos com habilidade e competência no uso dos seus instrumentos para proporcionar uma melhoria na qualidade de vida da nossa população. No artigo anterior me posicionei contrário as políticas verticais, que beneficia apenas um conjunto de setores, chamando a atenção da necessidade de partirmos para uma solução de longo prazo e não soluções temporárias que longo exigirão novas formulações sem no entanto resolver em definitivo os nossos gargalos que tanto impedem o nosso desenvolvimento. Muito se fala da necessidade de voltarmos para o nosso mercado interno e proteger a qualquer custo a nossa base industrial.Estimular o mercado interno é com certeza uma medida correta, mas não podemos esquecer que a importação é um fator de produção e nos proporciona aumentos continuados de produtividade quando adquirimos novas tecnologias e novos conhecimentos.Dependemos em muitos setores de conhecimentos que estão além das nossas fronteiras e ao mesmo tempo contribuem para a melhoria do bem estar da sociedade ampliando o universo de nossas escolhas.O empresariado brasileiro precisa entender o que Schumpeter nos ensinou:  que inovações e acesso ao credito é decisivo para uma sociedade avançar e não apenas só acumular riqueza. O Brasil nos últimos anos está vivendo um momento singular e precisa encontrar o caminho que nos leve a prosperidade de forma continuada, mas para isso é preciso atacar os grandes desafios que a sociedade exige que são as reformas: fiscal, tributária, trabalhista e previdenciária. Caso contrário, permaneceremos no mesmo lugar e com os mesmos problemas. Até quando?

3 comentários:

  1. Bom Dia. É uma felicidade imensa relembrar as aulas do Professor Marcos Alves, com esse Know How diferenciado. Este texto relembra muito as nossas aulas no 3° Período.

    O Brasil precisa de pessoas serias que amem esse país como nenhum outro, acho que falta muito patriotismo ao nosso povo, o que presta nunca está aqui.

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  2. Juliana Cândida Gonçalves Aluna 3NB e 7NB - UnP - FP29 de abril de 2012 às 14:33

    Fazendo uma ligação com o que disse o professor Marcos Alves, fiz uma breve pesquisa e encontrei um estudo realizado pelo Professor José Luis Oreiro (doutorado em Economia da Industria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000), já que o meu pouco conhecimento à respeito do assunto não me permitiria falar muito neste momento.
    O professor José Luis Oreiro propõe um novo modelo macroeconômico para o Brasil. Em seu modelo ele fala da obtenção de crescimento acelerado do produto real num contexto de estabilidade de preços.
    Para ele os pilares da economia deveriam ser: regime de metas de inflação flexível, regime fiscal baseado na geração de metas de superávit em conta-corrente do governo e administração da taxa de câmbio.
    Do material lido uma coisa me chamou à atenção quando o professor fala sobre a flexibilização do regime de metas de inflação e sugere que esta seja definida com base no core inflation (núcleo da inflação), expurgando os efeitos de aumentos dos preços da energia e dos alimentos, que são mais sensíveis aos choques de oferta. Isto leva a crer que sofreríamos menos impacto em situações de contingência ou de aumento da inflação. É claro que hoje já vivemos uma realidade muito melhor do que a que tínhamos nos anos 80, muitas das vezes citadas pelo professor, em que, de uma hora pra outra havia a remarcação de preços antes que os consumidores pudessem chegar ao caixa. Muitos lojistas se fartavam destas situações enquanto o povo brasileiro sofria com seu dinheiro valendo cada vez menos a cada dia que passava.
    O professor José Luis Oreiro diz ainda que o prazo de convergência para a meta de inflação seja estendido para 24 meses (salvo engano hoje é de 6 meses), de maneira a permitir um ajuste mais suave da taxa de juros nos casos em que pressões inflacionárias do lado da demanda agregada exijam um aumento dos juros. E, por fim, fala da adoção de “cláusulas de escape” que permitam a autoridade monetária se desviar da meta inflacionária quando e se certas circunstâncias se fizerem presentes (como, por exemplo, uma queda muito acentuada do PIB devido a um choque de demanda).
    É nítido que precisamos de uma mudança com foco no longo prazo no que tange a nossa economia. E sabemos que nossos governantes devem sim levar em consideração os quatro objetivos econômicos principais citados pelo professor Marcos Alves (crescimento da produção e do emprego, combate a inflação, controle externo e uma melhor distribuição de renda). Porém, se continuarem adiando e fazendo vistas grossas ao nosso passado ignorando nosso presente sem pensar em nosso futuro, não podemos esperar que coisas boas nos abracem logo à frente. Sei que construir é melhor do que reformar, mas se construímos errado e nossa base não foi boa, certamente uma reforma urgente sanaria muitos de nossos problemas econômicos e sociais. Basta que pra isso os poderosos deste país queiram tal mudança que, penso eu, ainda não ocorreram pelo fato de não beneficiarem os mesmos já que é da miséria do nosso povo que sobrevivem estes sanguessugas engravatados de Brasília.

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  3. Layse 3NB - Floriano Peixoto8 de maio de 2012 às 04:27

    Excelente artigo, inclusive nos ajuda a fazer o trabalho que o senhor passou.

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