sábado, 6 de outubro de 2012

A Crise da Europa

O projeto de união europeia teve inicio através da evolução de uma zona de livre comércio nos anos 80 para atingir a construção de uma federação que está em crise.É bom lembrar que em fevereiro de 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht, que exigia uma ordem monetária e disciplina fiscal, onde todos os participantes não poderiam ter deficit fiscal superior a 3% do PIB e de não permitirem que a relação dívida pública\ PIB fosse maior que 60%.Se observarmos, no inicio do projeto que tinha como objetivo maior criar um bloco econômico que fizesse frente aos Estados Unidos, ao mesmo tempo consolidando uma zona única de comércio e que esta integração pudesse criar as condições para eliminar as disputas historicamente  resolvidas pelo confronto militar. O problema começou quando as nações não respeitaram o tratado e isso ocorreu de forma generalizada. Alguns países perceberam que a união monetária sem uma união fiscal, previdenciária,bancária e trabalhista traria problemas no futuro e muitos não deram a devida atenção as reformas internas como forma de se ajustarem a uma nova realidade que exigia aumentos continuados de produtividade e controle nas contas públicas. Nações como Alemanha, Reino Unido, Itália e França  começaram a fazer as suas reformas que criou internamente uma insatisfação de sua população onde as manifestações públicas explodiram em todos os cantos mas que são necessárias para a consolidação dessa nova federação.Nações como Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda retardaram no avanço das reformas, acharam que os seus deficits seriam financiados em condições favoráveis para manterem um padrão de vida sustentável sem uma contra partida do seu desempenho econômico. A felicidade desta unificação é possuir um banco central comum com poderes para manter o sistema econômico em funcionamento enquanto exige de cada país a aplicação das reformas que acelere a sua competitividade. A mídia tem demostrado que está crise poderia ser resolvida se a Alemanha aceitasse  a possibilidade de uma expansão fiscal, mas a primeira ministra tem afirmado que expansão fiscal é para quem pode, não para quem quer,mas quem pode não quer. O seu país fez duras reformas no âmbito fiscal e trabalhista o que deveria ser seguido pelas outras nações. As  que perceberam que não poderiam seguir elevando a sua dívida, entraram em um circulo com cortes de despesas e investimentos do governo e do setor privado gerando redução da atividade econômica, diminuição da receita pública e privada e aumentando o desemprego.Está tragédia que se abate em muitas economias europeia deve servir de exemplos para o mundo, da necessidade de manterem deficits nominais aceitáveis, superavits  primários capazes de reduzir ao longo do tempo a relação dívida pública\PIB e implementar uma política fiscal responsável, política monetária executada por um banco central autônomo e uma política cambial com liberdade de movimentos de capitais e com intervenções do governo quando necessárias. A crise da eurolândia só será resolvida quando o mundo político europeu tomar consciência da necessidade da centralização das decisões políticas, econômicas e de suas políticas sociais. Finalizo afirmando que está crise de baixo crescimento, dívida muito alta, polarização política e crescente mal estar entre a população só será resolvida quando os europeus entenderem que necessita completar a união monetária com a união fiscal, bancária e uma maior integração política, caso contrário o sofrimento levará alguns anos.

4 comentários:

  1. Ótimo comentário professor. Me fez compreender toda essa crise que se passa na Europa. Danielle 7va UNP

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  2. Bom dia professor!!! Não entendi o fato da mídia querer colocar uma solução dessa crise na poderosa Alemanha. Por que só a Alemanha e não países como a Inglaterra de grande potencial econômico e grande organização. Bruno 4NB E.Civil Unp

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  3. A união européia teria que ser como uma família.
    Todos os países que compõem essa família, teriam que contribuir com as necessidades da comunidade, sacrificando os interesses particulares.Coisa esta que muitos dos membros da família Europa não fizeram.
    Raquel miranda,7ª MaRF.

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  4. Evandro Santos 7 ma floriano peixoto11 de setembro de 2013 às 06:20

    A situação vivida hoje pela Europa reafirma a necessidade da existência de principios administrativos e governamentais,a falta do planejamento,controle e acompanhamento promoveram um declínio na economia ,acarretando em medidadas necessárias que desestruturaram a população do país.Unificar as decisões em prol das melhorias tornará facil o controle e a estabilidade da economia.

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