quinta-feira, 25 de julho de 2013

Situação real

Estive recentemente em São Paulo, onde tive o privilégio de exercer o papel de avô, atividade extremamente gratificante. Hoje sou especialista em brinquedoteca e passeios ao ar livre nos parques desta cidade e  conhecendo toda a logística  envolvida, o que não é fácil. Mas também conversei muito com o meu filho que é empresário e com alguns amigos seus e a impressão que ficou é a enorme dificuldade da classe empresarial em produzir neste país. Eles afirmam que introduzem novos métodos, inflaciona os seus colaboradores de conhecimento e amplia a produtividade dentro das empresas e todo esse ganho é perdido em função da ausência de infraestrutura do nosso país. Todos afirmam,que os clientes querem o produto na sua porta (CIF) e para que isso ocorra, é uma verdadeira maratona que inferniza a classe produtiva. Um país para ser competitivo no mundo atual precisa de energia, transporte,mão de obra qualificada, comunicações e informática. O nosso país é possuidor desses requisitos? Além dessas dificuldades adicione a burocracia, carga tributária excessiva, custo do trabalho em elevação, inflação em alta e taxas de juros elevado. A perda de competitividade no Brasil é uma coisa vergonhosa, as empresas absorvem uma carga tributária elevada e os cidadãos não tem acesso a uma melhor infraestrutura, o que aumenta o custo final dos produtos. Falta uma política agressiva para estimular a competitividade, o estímulo a inovação, investimentos em infraestrutura e continuar nas desonerações tornado-a não pontuais e sim estruturais na economia.A nossa presidente precisa urgentemente demonstrar ao setor produtivo que estímulos serão dados para contemplar a oferta do país e que as ações do governo ( precisa destravar) juntamente com as ações da classe empresarial com certeza contribuirá para criar as condições de demanda e oferta para que tenhamos um crescimento aceitável para o nosso país. O professor Antonio Delfim Netto, em artigo na Folha de São Paulo em 11 de maio de 2011, cujo título Lição de casa, chama a atenção de que nunca foi tão importante como agora conservar o que sobrou da boa e velha lição que fez o  sucesso do estado indutor constitucionalmente controlado:" a) Realizar uma política  fiscal com olhos no longo prazo, com moderados deficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública\PIB;b) Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento; c) Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir; d) Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que , com o conforto da política fiscal, leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa; e) Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos;f) Dar liberdade bem regulada aos mercados;g) Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional.Mesmo com uma boa lição de casa, diz o mestre, a política econômica exige arte para calibrar os instrumentos disponíveis ( por exemplo, as políticas fiscal e monetária), para atingir os objetivos: uma inflação parecida com a do resto do mundo e o pleno uso dos capitais humanos e físico. Por uma boa razão: as políticas fiscal e monetária não são independentes. A arte é juntar pragmatismo, pertinácia e paciência". A sociedade brasileira tem impressão que este governo esta anestesiado, sem iniciativa, travado e é preciso acelerar, correr contra o tempo, ampliar a nossa produtividade que é o único caminho para uma sociedade se desenvolver. Acorda Brasil.

4 comentários:

  1. André Lemos Araújo26 de julho de 2013 às 08:28

    Excelente post professor. Realmente estamos com uma Ferrari, bem abastecida, mas a nossa equipe de pilotos é despreparada. Podemos ainda dizer que não estão à altura da posição que ocupam. Desenvolver o Brasil não é uma coisa difícil. Está na própria vocação do país. Somos grandes em todos os sentidos e nos faltam "homens" como você.Encerro dizento um "não acorda Brasil", pois já acordamos. Digo um avante Brasil!

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  2. Professor Marcos o artigo retrata fielmente as barreiras e gargalos que impedem o crescimento e desenvolvimento do Brasil, mas enquanto não for atacada a causadora principal desses males não só para a economia do país, como também para toda sociedade brasileira, a famigerada "corrupção", que impede a construção de escolas, estradas, ferrovias, portos, adutoras, hospitais e toda infra-estrutura necessária, é claro que todos no "padrão fifa", mas como fazer, combater e vencer esse mal, se aqueles que criam as leis são os que mais as corrompem e entre outras coisas, com as suas mais variadas regalias, que aumentam e muito os gastos com o dinheiro dos impostos que deveriam ser revertidos em serviços de qualidade para a sociedade em geral.

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  3. Realmente, essa é a situação real de nosso país. Como futuros administradores já conseguimos enxergar as dificuldades de produção da classe empresarial no Brasil, introdução de novos métodos, abrangência do conhecimento e aumento da produtividade. As empresas absorvem cargas tributárias altíssimas e as pessoas não tem acesso a uma infraestrutura melhor, apenas burocracia não weberiana, alto custo de trabalho, inflação em alta e elevadas taxas de juros.
    temos que acordar para essa situação, tudo que vemos aqui tem que ser influenciado e mudado pelas manifestações e ação passiva da população (como o professor comenta em seu próximo artigo - "Manifestações"), o governo tem que tomar iniciativas e incentivar o aumento de nossa produtividade, como supracitado no fim de seu artigo - "...Esse é o único caminho para uma sociedade se desenvolver. ACORDA BRASIL!!!"

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